Shingeki no Kyojin — A Grande Guerra Titã. escrita por Sevenhj777


Capítulo 27
Cerimônia de premiação.




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Enfileirados uniformemente, os heróis da guerra estavam um ao lado do outro, agora com medalhas de honra em seus pescoços enquanto a platéia aplaudia fortemente.

 

Lisa Manifield estava com sua icônica trança na altura da cintura, com uma tiara branca e com jóias preciosas na cabeça. Usava um vestido branco e chamativo, com uma saia que arrastava no chão. Ysabel Gestova estava logo ao lado, completamente distinta da ruiva: usava um smoking feminino, escondendo mais detalhes de seu corpo.

 

Ethan fez uma breve reverência para plateia, usando seu terno negro. Seu cabelo loiro, como sempre, estava jogado para o lado, exibindo sua elegância e sofisticação. Pouco à direita, Garric estava com os longos fios de cabelo negros presos num rabo de cavalo, usando um smoking prateado.

 

Logo ao lado, Eivor que não fazia tanta questão de estar ali. Tanto é que literalmente usava roupas convencionais: uma blusa preta com mangas que iam até o pulso, luvas negras e seu manto nas costas. Dylan Becker estava sem barba desta vez, com o cabelo raspado ao lado e atrás, mas mantido em cima.

 

Ulrich Keer estava, como sempre, imponente. O blazer mal cabia no seu peitoral, deixando a blusa social entre-aberta em alguns pontos. O cabelo continuava raso, mas a barba ruiva crescia especialmente no cavanhaque.

 

Akira por fim, estava ao lado do ruivo, com uma blusa social branca simples e uma calça preta. Escondia muitíssimo bem seus ferimentos e se comportava como se nada tivesse acontecido, pelo menos quando parado.

 

— Eu falei.

 

Ellie sussurrou logo ao lado, com seu sorriso branco exposto. Seus longos cabelos negros estavam soltos, e seus olhos brilhavam de orgulho de si mesma, mas se abaixaram quando viu o seu velho pai na plateia.

 

Mas estava linda: usava um vestido branco muito menos extravagante que o de Lisa, com uma saia que chegava até pouco acima de seus joelhos e um tecido fino, justo à cintura.

 

A platéia continuou as palmas, agora todos aqueles heróis tinham medalhas de honra, que simbolizavam o fim da resistente nação de Marley.

 

A música voltou a tocar por todo salão, e a multidão de barões e lordes foram se dispersando pelos cantos do âmbito, seja para comer ou então para dançar. Finalmente os heróis desciam do palco e se juntavam a multidão.

 

— Eivor. — Uma voz chegou até o Ackerman, que olhou para o lado. Era Sigurd, com vestes elegantes mas um olhar furioso. — Eu só quero que saiba que eu não me esqueci do que fez. Independente de de quem tenha recebido ordens, eu não vou te perdoar nunca.

 

Eivor semicerrou os olhos, mas não esboçou uma reação de fato expressiva. Olhou para trás e lá estava o patriarca dos Erigon e pai de Pietro, tomando várias como se nada tivesse acontecido.

 

— Como você disse, eu apenas segui ordens. Eu sou um Ackerman, afinal. — Eivor soava irônico, mas não ficou tempo suficiente para o loiro o contestar: imediatamente deu os ombros e seguiu em frente.

 

Por mais curioso que fosse, Lisa Manifield e Ysabel Gestova conversavam, mesmo sendo pólos completamente opostos até no estilo de roupa. Lisa sempre era simpática, falava muito e simpatizava com qualquer estranho; Ysabel era completamente introvertida, e mal ousava interagir senão com membros de sua própria família, e claro, a ruiva.

 

— Olá, Ysabel. — A voz de um homem logo se aproximou. Era seu irmão mais novo, trajado com um terno negro e com uma grandiosa cicatriz que ia desde o queixo até a altura dos olhos azuis que tinha. — Há quanto tempo.

 

— Leopold. — Ysabel voltou à ser curta e fria quando o encontrou, mudando completamente de quando estava a sós com Lisa. — De fato. Não esperava encontrá-lo aqui.

 

O clima estava intenso, e Lisa podia sentir facilmente isso. Os irmãos Gestova se encaravam como se estivessem prestes a devorar um ao outro, e a ruiva sabia como sair dali: entrelaçou seus braços ao de Ysabel e desviou de assunto.

 

— Venha, Ysabel. Tenho que te apresentar ao meu pai! Ele está logo ali. — Tentou esquivar, mesmo que a desculpa não fosse lá uma maravilha.

 

— Tem razão. — Ysabel respondeu, dando os ombros. Seu irmão, por outro lado, não parava de fitá-la por um único instante. — Até mais, "irmãozinho".

 

Distante daquele clima tenso, Akira e Ellie caminhavam um ao lado do outro pelo salão, conversando entre si. O Ackerman ainda tinha algumas dificuldades físicas, que o faziam cambalear levemente.

 

De repente, uma mulher se aproximou da dupla. Era uma moça jovem, com uma pele branca e limpa, olhos negros e de origem asiática junto a um coque típico de Hizuru. Usava também um longo kimono, com o emblema do clã Azumabito marcado em suas costas.

 

Os olhos de Akira imediatamente se arregalaram num tom de surpresa, a reconhecendo imediatamente.

 

— Nubasa!

 

— Akira. — ela o reverenciou, deixando um bonito sorriso amostra.

 

Imediatamente os dois se abraçaram. O motivo? Simples, eram primos. Nubasa Azumabito era a filha única de Kurono, e também uma das únicas familiares que não desprezou Akira durante a infância.

 

— É melhor eu ir indo.

 

Ellie se despediu simpaticamente, deixando Akira e sua prima a sós. Deu as costas e foi se aprofundando solitária pelo salão.

 

Todos pareciam contentes e ocupados. Akira com Nubasa se reencontravam e deixavam a conversa fluir; Lisa apresentava Ysabel para família Manifield, apresentando o pai excêntrico, a mãe e as crianças; Dylan Becker oferecia doces para seu filho mais novo, com cerca de nove anos; Ulrich estimulava seus irmãos e irmãs – muito parecidos com ele – a beber; Garric se juntava a quieta família Tybur e se divertiam entre si, e no final, apenas Ellie estava sozinha.

 

Cabisbaixa, prosseguiu caminhando pelo salão, até que uma mão tocou seu ombro.

 

— Ellie. — Era um homem mais velho, apesar de bem cuidado. Tinha cabelos negros e olhos azuis, como sua filha. Mas parecia mais desgastado, experiente. Era alto e forte, mas ainda soava como se fosse muito mais velho do que realmente era (devido a cara de cansado) — Podemos conversar?

 

A garota se surpreendeu, já que faziam meses desde a última vez que viu o homem. Imediatamente o tom de surpresa voltou para o cabisbaixo, já que não podia esperar muito de seu pai, não depois da morte de seu irmão.

 

— Claro, Roy.

 

O chamou pelo nome, evitando olhar direto para os olhos de seu pai. Ele prosseguiu:

 

— Eu só queria dizer que estou orgulhoso de você. — Os olhos de Ellie se arregalaram em surpresa. — Eu acredito que eu fracassei como pai. Eu tenho sido insensível desde a morte de Akari, e venho descontando em você. A verdade... é que eu sempre temi perdê-la. — Os olhos do homem se encheram de lágrimas, e a postura forte e imponente era desmontada na frente de sua filha. — Eu não aguentaria perder outro filho... não você. Eu te subestimei, pensei que talvez fosse questão de tempo para seu fim ser como o de Akari, e nunca consegui olhar nos seus olhos sem pensar nisso. Eu vejo agora que estava errado — Agora quem chorava era a própria Ellie — você é maior que nossa família. Você é realmente neta de meu pai... me perdoe. Eu fracassei com você.

 

O homem sentia vergonha de si mesmo e suas atitudes desde a morte de seu filho, Akari. Ellie sentia verdade em suas palavras, e justo quando o homem ia virar para partir – acreditando que não receberia um perdão –, foi recebido com um acalorado braço de sua filha, que chorava em seu ombro. 

 

— Eu vou viver, pai... eu juro. 


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