Pov. (S/n)

"— (S/n), existe alguma chance de você esquecer o Izuku? De tentar seguir em frente comigo?"

A pergunta do Bakugou ficou rondando a minha mente.

Faz uma semana desde que o Bakugou me beijou na enfermaria, não conseguia parar de pensar nos nossos lábios entrelaçando e explorando cada canto, era algo tentador.

Depois de tudo que passei com o Izuku, os meus sentimentos mudaram. Ele partiu o meu coração e resolvi seguir em frente, então decidi ter uma conversa com o Midoriya.

Relembro parte da conversa:

"— E-Então você está terminando comigo, (S/n)?

— Como posso ficar com você depois de tudo que me fez passar? — Respondo. — Não tem volta, Midoriya. Eu me apaixonei pelo Katsuki.

— M-Mas…

— Tenho que ir, combinei de me encontrar com a Mina para dar algumas aulas extras.

Sigo para o dormitório sem olhar para trás, agora o Izuku era passado.

No campo Beta, estava treinando a individualidade com a Ashido, porém, no meio da luta, os meus pensamentos voaram para o loiro de olhos rubis até que sinto um chute, cujo me derruba para trás.

— (S/n)-chan! Você está bem? — Mina pergunta.

— Sim, apenas me distrai.

Mina estreita os olhos e se aproximando de mim, pergunta:

— Quem é o garoto?

— Q-Que?! — Falo surpresa com sua descoberta.

— Conheço os sinais de quando algo a está incomodando e sinto o cheiro de romance de longe! — Mina diz com os olhos brilhantes. — É o Midoriya?

— Não, eu terminei com ele. — Suspiro. — Depois de tudo, não consigo mais sentir o mesmo que antes e… na verdade, acho que estou me apaixonando pelo Bakugou.

Mina leva alguns segundos para entender e logo explode.

— O que?! Você está gostando do Bakugou?!

— Fale baixo, ou quer que a cidade inteira saiba?

— Isso é incrível, (S/n)-chan! Quando você vai se declarar? — Ela pergunta ignorando o meu comentário.

— Antes preciso ter certeza dos meus sentimentos, Mina."

E foi assim que levei uma semana para descobrir que me encontrava apaixonada pelo Bakugou.

Hoje havia combinado de sair com o Bakusquad no shopping e com sorte, talvez eu pudesse conversar a sós com ele.

A Mina, é claro, queria bancar o cupido para nós dois ficarmos sozinhos sempre que tinha oportunidade.

— Eijirou, Denki! Duvido que me vençam no jogo de corrida! — Ela desafia apontando para a sala de jogos.

— O que ganhamos se um de nós vencer? — Pergunta Kaminari.

— O vencedor ganha um sorvete.

— Eu topo! — Kirishima diz.

Assim que os três se afastam, me vejo apenas em companhia de Bakugou. Era agora ou nunca. 

Viro-me para ele e encaro seu rosto por tempo demais, o que fez o Bakugou arquear as sobrancelhas e perguntar:

— A alien está aprontando alguma, não está?

— Ah, ela só está me dando tempo. Katsuki, preciso conversar com você.

Ele assente e seguimos para um canto mais afastado dos demais.

— Lembra quando você me perguntou se havia alguma chance de ficarmos juntos? Eu pensei bastante e descobri que o que sinto pelo Izuku morreu. Não consigo parar de pensar em você desde então, Katsuki.

— Então você…

Me aproximo do loiro e confirmo:

— Sim, eu te amo, Katsuki.

Bakugou acaricia o meu rosto de leve e se aproxima mais de mim, sinto a sua respiração e pouco a pouco fomos aproximando os lábios, até…

— Volta aqui, Kaminari!! — Me assusto com o grito de Ashido e nos afastamos quando os dois se aproximam.

— Tsc! Que porra está acontecendo?! — Grita Katsuki.

— Ele não tem coragem de jogar Just Dance, só porque eu queria companhia… — Mina infla as bochechas.

— Eu posso jogar com você. — Sugiro e pergunto. — Quem venceu o jogo? 

— O Kiri ganhou. Mas e o Bakugou, ele não vai querer jogar?

— Mina, você é um gênio! — Ela me olha confusa e explico. — Katsuki, você pode jogar Just Dance com a gente.

— O que?! Nem morto!

— Oh! Está com medo de perder para mim? — Provoco o explosivo e como esperado, seu orgulho falou mais alto.

— Vou te mostrar quem é o perdedor.

E assim acabei tendo uma disputa de dança com o Bakugou.

Enquanto a Mina nos filmava, o Eijirou e o Denki tinham ido comprar pipoca para assistir o espetáculo.

Três músicas depois eu ganho do Bakugou, mas até que ele dançava bem, o que me surpreendeu.

No dia seguinte, o bakusquad me convidou para ir a praia e claro que aceitei.

Colocamos as toalhas de praia na areia e os meninos abriram o guarda-sol e arrumaram as cadeiras.

Estava terminando de passar o protetor solar, quando vejo o Bakugou sentado e peço:

— Katsuki, passa nas minhas costas por favor? — Ele assente e me sento no seu colo após entregar o protetor solar.

Esperei o protetor fazer efeito e minutos depois nós entramos no mar. As ondas estavam agitadas e a água gelada.

Percebi que o Katsuki não queria se molhar muito, pois estava com a água até a cintura, então tive uma ideia.

Me aproximo por detrás dele e o abraço pela cintura. Katsuki sentiu o choque térmico da água gelada em seu corpo e deu um pulo.

— (S/n)!

— Katsuki, nós viemos aqui para se divertir.

Vendo que ele não ia colaborar, decido jogar água nele.

— Você não desiste, né? Toma! — Katsuki grita.

Katsuki jogou a água em mim e retribuo, assim começando uma guerra de água. Quando vejo que o Bakugou começa a correr em minha direção, dou um grito tentando fugir dele, mas acabo sendo pega por seus braços que me envolvem.

— Te peguei.

Coloco os meus braços ao redor de seu pescoço e digo:

— Sim, você me pegou.

Dou um sorriso e ficamos nos encarando até perceber os nossos corpos colados. Olhando em seus olhos, passo o olhar para seus lábios e vou me aproximando mais.

Bakugou notando o ato, acompanha o movimento e segundos depois, sinto os seus lábios de encontro aos meus.

Iniciamos um beijo lento que aos poucos foi se tornando selvagem, mas paramos ao lembrar de que estávamos na praia.

O dia terminou e voltamos para casa.

Eram oito horas da noite quando Katsuki me pediu para o encontrar em um restaurante. Visto um vestido (C/f) com renda e calço uma sandália, seguindo para o metrô.

Na frente do restaurante, digo ao recepcionista que o Bakugou fez uma reserva e ele me acompanha até onde o Katsuki se encontrava, logo nos deixando a sós.

O jantar estava divino e o som de fundo do ambiente era acolhedor. Assim que um dos garçons passou, Katsuki fez sinal e falou algo em seu ouvido, o que me fez ficar desconfiada.

Vendo ele se levantar e estender as mãos para mim, ele pergunta:

— Quer dançar? — Assento e seguimos para uma área onde tinha algumas pessoas dançando.

Bakugou coloca as suas mãos em minha cintura e faço o mesmo, envolvendo-as em seu pescoço. Começamos a girar pela pista de dança e fazer alguns passos acompanhando o ritmo da música. 

Assim que ela terminou, voltamos para os nossos lugares quando o garçom apareceu. A música de fundo mudou para uma mais romântica e vejo o Bakugou se levantar, ficando a minha frente, seus braços estavam escondendo alguma coisa atrás do corpo.

Foi só quando ele se ajoelhou que prendi a respiração. Será que é o que estou pensando?

— (S/n), tudo começou com o seu pedido para te ajudar com o nerd. O tempo foi passando e me vi ficando cada vez mais hipnotizado por você. Eu não sabia no começo o que eram essas sensações que estava tendo ao ficar ao seu lado, não conseguia mais parar de pensar em você e me via ansioso para te ver novamente sempre que dava. Foi então que tive uma conversa com o Kirishima e acabei descobrindo… (S/n), desde aquela nossa conversa, me vi perdidamente apaixonado por você.

Bakugou tira uma caixinha de trás de suas costas e ao abrir, vejo um colar dourado com um diamante azul na ponta.

— O que estou querendo dizer é: Aceita ser a minha namorada?

Sinto o meu rosto embaçar e logo percebo que estava chorando de alegria. Bakugou me olha preocupado e respondo:

— Sim, eu aceito ser a sua namorada, Katsuki!

Vejo ele suspirar e dou um abraço em seu pescoço. Katsuki me dá um beijo leve e me pede para virar. Afastando o meu cabelo do pescoço, sinto ele colocar a joia ao redor.

Passamos o resto da noite conversando enquanto nossas mãos permaneciam entrelaçadas.

No dia seguinte, contei todos os detalhes do jantar para a Mina que surtou de felicidades.

Não demorou para que os nossos amigos soubessem da notícia e nos dessem parabéns. 

Quem diria que no fim das contas eu me apaixonei pelo Bakugou? Ele é um garoto incrível e sou grata por cada momento ao seu lado.

Fim