Insônia escrita por Babydoll


Capítulo 12
Pé Esquerdo


Notas iniciais do capítulo

Chegando tarde, mas cheguei kkkk.

Só quero dizer que atrasei umas horinhas, porque eu estava melhorando o capítulo para vocês. E esse virou o maior capítulo dessa fanfic até hoje, então, aproveitem ♥

E por que eu estava escrevendo só agora? Infelizmente, estou traindo Miraculous esses dias ao ler Príncipes do Diamante kkk não me orgulho, mas não consigo escrever ou parar de ler até terminar esse livro. Mas não se preocupem, as atualizações continuam Terça, Quinta e Sábado.

—-> E a resposta sobre o vilão do capítulo anterior era: Electro, alto-ego de Maxwell Dillon, vilão do Homem-Aranha kkkk Parabéns a quem acertou, darei os doces nos comentários haha.

Boa leitura!

Beijos beijos!



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Durante a semana, Adrien continuava a pensar nas mentiras de Marinette.

“Bom, ela é mais sincera com o Chat Noir. Mas se ela não mentiu para Chat, então mentiu para Adrien. E se ela mentiu, o que a fez ter aquele mal-estar na escola? Se ela não tem medo dos vilões, por que ficou sozinha no banheiro enquanto todos iam para fora?”

— Você vai continuar com esse olhar de doido para o nada ou vou ter que te bater para acordar? - Plagg disse, pousando em sua cabeça.

— Ah, foi mal Plagg. - Adrien coçou os olhos. Estava sentado na escrivaninha do seu quarto, com a tarefa da escola aberta em sua frente, intocada. Não conseguia focar.

— Pensando na Ladybug de novo é? - Plagg insinuou com um tom provocador, mas isso levou os pensamentos de Adrien para outro lugar. Pois mal havia pensado em sua Lady essa semana. E se sentia culpado por isso. Mesmo tendo se encontrado com ela durante a semana em algumas de suas patrulhas.

— Não Plagg, eu só preciso descansar um pouco. - Também havia o fato de que estava levantando o mais cedo que o costume ultimamente, por ter que sair da casa da Marinette antes que ela acordasse, e de chegar na própria casa a tempo de se arrumar para a escola.

Mas claro, não diria isso a ela. Ele não se importava em fazer isso, ainda mais quando a observava na escola, e via que ela parecia estar melhor a cada dia. E sentia-se feliz por saber que ele era a causa disso.

**************************

A semana de provas chegou e Marinette não podia estar mais aliviada por finalmente ter colocado seu “sono em dia”. Estava descansada para poder estudar e se sair muito bem naquela semana.

Até recebeu ajuda de Chat com os estudos outra noite. Mesmo tendo que lidar com seu ego enorme, dizendo a ela como era uma sortuda, pois não podia ter encontrado um professor mais incrível que ele. 

Nunca admitiria, mas ela se divertiu e se sentiu grata pela ajuda extra.

— Por favor amiga, você tem que me ajudar! - Estava na biblioteca com Alya, e essa insistia que a azulada dormisse na casa dela para uma seção de estudos de física. - Você é bem melhor nisso do que eu!

Era triste, não queria negar a amiga. Mas sabia que se dormisse fora, não poderia dormir com Chat, o que implicava em ELA não dormir. E já tinha tantos dias que não sonhava com Chat Blanc, que estava mais do que feliz em mantê-lo afastado.

— Desculpa Alya, mas meus pais são realmente rígidos em semana de provas, não vão me deixar dormir na sua casa, eu sinto muito. - Ela respondeu baixinho para não atrapalhar os outros alunos que estudavam na biblioteca. Mas Adrien, que estava sentado na frente dela, junto com Nino, prestou atenção para ouvir tudo.

Ele não conseguia mais negar para si mesmo, amava quando via ela dar desculpas para os outros, sendo ele ser o único a saber a verdade.

“Ela não vai para sua casa, Alya, pois vai dormir comigo.”

Ele tentou frear seu pensamento no mesmo instante. Pareceu tão errado a forma como havia saído essa frase em sua cabeça.

Não gostava de Marinette afinal, seu coração era da Ladybug. Mas, tinha uma parte pequena dele que se inflava por vê-la mentir por ele.

— Ah, eu vou reprovar, certeza! - Alya disse dramática, jogando sua cabeça com os braços para cima sobre a mesa.

Marinette e os dois garotos riram do melodrama da Alya.

— Tudo bem, eu te ajudo a estudar. - Nino disse para a namorada, ainda rindo da forma como ela estava esparramada pela mesa.

— Sinto muito amor, mas eu acho que sua nota em física é pior que a minha. - Ela respondeu, levantando a cabeça minimamente para olhá-lo.

— Bom então podemos fazer outra coisa além de estudar! - Ele disse, lançando um piscar de olho e sorrindo de lado para Alya, que sorriu cúmplice.

Marinette e Adrien ficaram sem jeito com o descaramento dos dois.

— Argh, Alya, Nino, saiam da biblioteca se querem namorar! - Adrien brincou. Mas viu o casal de amigos trocando olhares e rapidamente, saindo da mesa, deixando Adrien e Mari sozinhos. - Esses dois. - Ele disse, querendo puxar papo e livrar a mesa daquele clima vergonhoso deixado entre os dois.

 Era tão difícil conversar com Marinette na escola. Mas eles sempre tinham assunto quando ele ia a noite na casa dela como Chat.

— É.. e-eles não tomam jeito. - Mari respondeu rapidamente, voltando a esconder seu rosto com o livro que tinha nas mãos assim que terminou de falar.

Sabia que, provavelmente, Alya tinha saído para deixá-la sozinha com Adrien, (e para fazer outras coisas também, mas ela não queria imaginar seus amigos de beijando em algum corredor vazio da escola). De todo modo, estava tão nervosa que não sabia o que fazer ou dizer para o loiro à sua frente.

— Mas é bom vê-los tão felizes juntos não é? - Adrien continuou, para a felicidade e desespero de Marinette, que percebeu que teria que continuar a conversar com ele.

— É muito bom. - Ela respondeu, se debatendo internamente por não conseguir render assunto.

Adrien por fim desistiu voltou a atenção para o seu livro. Ou tentou. Não sabia por que era tão difícil. Talvez, ela não gostasse de conversar com Adrien como gostava de conversar com Chat.

Juntou seus materiais quando percebeu que já era hora da sua aula de chinês. Se despediu de Marinette que, tristemente, o observou partir. Bateu com o livro na própria cabeça. 

Sabia que Alya faria coisa pior quando descobrisse que desperdiçou mais uma oportunidade.

****************************

Tinha acabado de sair do seu banho, de pijama e toalha na cabeça, quando voltou ao seu quarto, e quase teve um ataque do coração ao ver Chat em sua cama.

— Chat! Por Deus! - Ela disse com a mão no coração. Mesmo sabendo que ele estaria ali todos os dias, ainda não havia se acostumado a encontrar alguém de repente em seu quarto. Não era como se ele avisasse antes de ir.

— Dessa vez eu não fiz nada! - Ele disse, ainda deitado na cama. Em suas mãos, estava com o livro dela de biologia.

Marinette deixou a toalha em uma cadeira e subiu na cama, deitando no que agora era “seu lado”. Assim que ela chegou, Chat sentiu suas narinas serem invadidas com o cheiro de seu shampoo. Parecia se de morango, e ele inspirou fundo, aproveitando aquele cheiro.

Era bem melhor que o cheiro de queijo que dominava o seu quarto.

Saiu de seus devaneios quando a viu olhar para o livro que ele segurava.

— Em que etapa da mitose os cromossomos estão mais condensados, possibilitando sua melhor visualização? - Perguntou, bancando o bom professor que estava interpretando essa semana.

— Metáfase. - Ela respondeu sem hesitar.

— Uau, alguém estudou direitinho essa semana. - Ele colocou o livro de lado.

— Bom, eu tive um bom professor. - Ela entrou na brincadeira dele, vendo o rosto de Chat se iluminar.

— É mesmo, você teve! - Ele respondeu metido, fazendo-a revirar os olhos.

— Bom, pelo menos estou melhor que minha amiga Alya, o namorado dela se ofereceu para ajudá-la, mesmo com a nota pior que a dela. - Ela riu se lembrando da cena de mais cedo. E Chat riu junto, achando uma graça ela compartilhar o dia dela com ela, não sabendo que ele também estava lá.

— Mas e aí? Ela conseguiu estudar? - Ele quis apurar o assunto.

— Os dois estudarem? Que nada, devem ter ido namorar, isso sim. - Ela riu, mas falar sobre mais cedo a fez lembrar de como foi idiota com Adrien. - Às vezes, eu queria ter o que eles tem, sabe? - Ela continuou, agora realmente fazendo-o entrar em um assunto que ele desconhecia.

— Vo-você diz, um namoro? - A viu assentir timidamente com a cabeça.

— É que, sei lá. Para eles parece sempre tão mais fácil e… simples. E comigo é tudo sempre tão confuso e difícil. Como se eu nunca fosse capaz de alcançá-lo. - Chat não sabia o que dizer. Sabia como era ser recusado, mas esse não parecia o caso.

— Mari. - Ele segurou o queixo dela, fazendo-a olhar para ele. - Você é tão divertida e uma menina maravilhosa, qualquer cara teria sorte em ter você como namorada. Seja o que for que atrapalha vocês dois, eu sei que você vai conseguir resolver. - Ela procurou algum resquício de humor em sua voz, para ver se não era mais uma de suas piadas, mas tudo o que sentiu foi sinceridade e carinho.

— Obrigada Chat! Você sempre sabe o que dizer para fazer eu me sentir melhor. - Ela disse, se sentiu uma pontada no coração por saber que era ela quem o fazia sofrer. - Acho melhor irmos dormir, não posso me atrasar para a prova amanhã. - Ela falou, cortando o contato que eles estavam tendo.

— Ah, claro, claro, vamos dormir. - Ele respondeu rápido, não querendo transparecer que havia ficado um pouco chateado, gostava de conversar com ela ante de dormir.

— Boa noite Chat. - A ouviu dizer baixinho.

Era tão bom ter alguém para papear todos os dias. Conversas sem ser sobre suas obrigações, notas ou vilões a serem derrotados.

Não que seus papos rotineiros com Ladybug fossem ruins, só era... muito limitado. 

Tinha medo de falar ou reclamar de algo e dar a ela um vislumbre sobre quem ele era. Sabia muito bem como sua Lady era rígida quanto ao segredo de suas identidades. Não que Marinette também pudesse saber quem ele era, mas com ela, se sentia mais leve pra falar de outros assuntos. 

Por Deus, estava até estudando para suas próprias provas na companhia dela sem ela saber. Não que gostasse de enganá-la, era para o próprio bem da garota permanecer em anonimato o seu estado civil. Mas compartilhar com ela suas tarefas, mesmo que em segredo, já era o suficiente para ele não se sentir tão...

Sozinho.

E era esse o motivo de agradecer no secreto do quarto de Marinette, quase todas as noites, por esse trato maluco que sua cidadã favorita e amiga de escola ter proposto. 

Mesmo que ela nunca soubesse.

— Boa noite, princesa. - Ele respondeu baixinho, vendo os olhos fechados e tranquilos dela, sua respiração suave enquanto era embalada por um sono pacífico.

"Pacífico graças a mim" - Lembrou internamente, não impedindo um sorriso singelo de brotar em seu rosto.

Mas apesar de tudo, era ele quem se sentia grato todas as noites. 

— Obrigado Mari. - Sussurrou para os ventos da noite, também se deixando levar, para junto dela, no mundo do sonhos.

*******************************

Mari sentiu o conhecido som do alarme de seu despertador. Um lindo presente, dado pela sua amiga a alguns meses, para que ela não se atrasasse mais. Era um reloginho lindo e barulhento que ela tinha uma relação de amo e ódio. Mesmo sendo o ódio o sentimento predominante em manhã como essas, em que seus sonhos estavam maravilhosos, e sua cama quente e aconchegante como nunca.

 Revirou no colchão, ainda não decidida se acabava com aquele tormento desligando o aparelho e se levantando, ou se o jogava na parede para ter mais alguns minutos de paz e descanso. 

Bufou, ainda de olhos fechados, sentindo sua mente ligar aos poucos, a incomodando para levantar e cumprir suas obrigações.

Se virou, preparada para tatear a cama em busca do causador daquele som irritante, até sentir suas mãos tocarem algo quente e conhecido.

Aquilo, definitivamente, não era seu despertador.

“Chat!” - Sua lógica foi mais rápida que suas palavras. Levantou rápido, se lembrando de fechar os olhos logo em seguida. 

"Não é possível que ele tenha se esquecido."

— Chat acorda! - Ela disse um pouco, talvez muito, desesperada.

— Ah, o que? — Ela tinha uma voz sonolenta. E se ela pudesse olhá-lo, podia jurar que estava fazendo uma careta enquanto puxava o cobertor para cima.

O despertador continuava a berrar, mas nem mesmo isso acordou o gatuno que, aos poucos, soltava resmungos, talvez finalmente se incomodando com o soar do alarme.

— Não! Não fala nada! Você tem que se transformar? - Ela apertava os olhos e ainda os tampava com a mão, por segurança. Rezava internamente para aquilo ser só um sonho.

— Droga! - Adrien sentiu um choque com as palavras dela, olhando para si mesmo e a garota, agora, protegia os olhos com às mãos. Ele sentou na cama, chamando por Plagg e transformando assim que o kwami preto apareceu. - Me perdoa, princesa eu, devo ter dormido demais. - Ele disse bem sem graça, tentando tranquilizar o clima e também a garota nervosa em sua frente. - Pode abrir os olhos.

Ela hesitou em abrí-los, com medo de encontrar, quem quer que Chat fosse, na sua frente. Mas soltou um suspiro aliviada ao ver o traje preto de costume.

— Chat, isso foi muito perigoso! - Soltou assim que olhos nos olhos dele, passando as mãos pelos cabelos, sentindo ainda, a adrenalina correndo em suas veias pelo quase acidente.

— Me desculpa, eu… - Ele já ia se justificar, mais uma vez, quando Mari o impediu de forma brusca.

— Não, a culpa não é só sua… Isso que estamos fazendo é loucura! - Ela falou brava, sentiu a cabeça doer enquanto tentava se controlar, em vão. Quase que tudo foi destruído hoje. 

Mas ela já sabia, desde que haviam começado esse acordo insano, que era um risco a identidade de Chat Noir ser descoberta.

— Não é loucura, é algo que você precisa… - Ele disse tentando acalmá-la. Sentiu-se muito mal por vê-la assim por um descuido dele. 

— Acho melhor você ir, Chat. - Respondeu seca, dando às costas para ele se saindo da cama.

Marinette estava chateada. Não com ele, mas com ela. Suas identidades eram algo muito precioso e precisavam manter em segredo a todo custo. Era egoísmo da parte dela colocar a própria saúde mental acima do futuro de Paris. Acima da vida de milhares de pessoas. Ela era a Ladybug. Era responsabilidade dela salvar a todos.

— Mas você não me viu não é? - Ele perguntou com cautela, enquanto a seguia escada abaixo. Queria mostrar a ela que estava tudo bem.

— A questão não é essa Chat! - Ela disse, um pouco exaltada, virando-se para olhá-lo nos olhos. - Hoje eu não vi, mas e amanhã, e depois? - Ele parou abrupto. Mari estava bem mais do que chateada, ela parecia IRADA com ele. - Hoje não foi nada, mas poderia ter sido o fim!

— Eu vou tomar mais cuidado! - Ele insistiu, sentindo o coração acelerar, sentindo uma coisa ruim crescer em seu peito. Marinette estava séria, muito séria. E ele não estava gostando.

— Só isso não adianta! - Ela quis chorar. Sentia que estava perdendo o controle. Algo que não podia se dar o luxo de perder, nem por um minuto. - Por favor Chat, vá embora. - Falou seca, enquanto dava as costas para ele pela segunda vez no dia, e não havia nem tomado café ainda. 

Foi até sua penteadeira e quando olhou para trás através do espelho, Chat ele não estava mais lá.

E isso doeu muito nela. Mas era o certo.

Ou pelo menos, foi o que disse a si mesma enquanto controlava às lágrimas.

***********************************

Chat se destransformou assim que chegou em seu quarto na mansão Agreste. E não conseguiu dar nenhum passo ou fazer nada depois disso. Apenas permaneceu em pé ali, perto da janela, enquanto era tomado pela culpa.

Plagg notou o quão chateado Adrien estava assim que o viu.

— Então, não vamos mais voltar? - Perguntou devagar, não queria ser indelicado. Mesmo tendo reclamado bastante no começo, o kwami acabou percebendo que era muito importante para Adrien ajudar Marinette.

A pergunta do kwami retirou Adrien do limbo que estava entrando dentro de sua mente. 

— Claro que vamos voltar. Ela só ficou assustada hoje de manhã, só isso. À noite vou conversar melhor com ela e tudo vai ficar bem! - Forçou um sorriso, enquanto caminhava em direção ao seu banheiro para se preparar para o dia.

Plagg notou seu esforço para parecer bem e permanecer otimista. Mas mesmo assim, torceu para tudo o que ele disse ser verdade.

Nathalie se aproximou de Adrien enquanto ele tomava café na enorme e conhecida mesa vazia,

— Adrien, depois da escola hoje, você tem aula de esgrima e em seguida, um ensaio fotográfico para a nova edição da revista Vogue, que fará uma matéria sobre a marca Gabriel Agreste. - Ela falou naquele tom automático de sempre. E pela forma como falou, não eram compromissos em que ele tinha poder de decidir ir ou não.

Na verdade, ele nunca decidia nada por ele mesmo em sua casa.

Perguntou internamente como podia ser tão azarado. Depois de ter uma “discussão” com Mari, e sair de lá com um clima tão ruim entre eles, ainda teria um dia super cansativo pela frente.

— Ensaio em uma quinta-feira? Estou na semana de provas Nathalie! - Tentou dialogar para ver se conseguia negociar isso.

A assistente de seu pai somente assentiu.

— Sabemos sobre suas provas, Adrien, mas é por isso mesmo que estuda tento. Seu pai tem certeza que se sairá bem. A Vogue tinha somente esse dia disponível para a sessão de fotos, então não tem escolha.

Ele nunca tinha escolha.

Suspirou derrotado, concordando com a cabeça e a vendo sair logo em seguida.

Havia levantado com o pé esquerdo hoje.

************************************

Nem Marinette nem Adrien conseguiram focar direito na prova daquele dia.

Quando a escola terminou, Adrien se despediu dos amigos, indo diretamente até o carro que o aguardava.

Já Mari foi seguida até a porta de casa por Alya, que se vangloriava por achar que havia se saído bem.

— Fico feliz Alya. - Mari respondeu, no que parecia mais um lamento do que um comentário em si.

— Ah, eu não aguento mais, você tá o dia inteiro assim, então agora que a prova passou e eu posso respirar em paz, desembucha! O que houve? - Alya esbravejou, enquanto a puxava para um canto da sala da garota.

— Nã-não é nada Alya! Eu só acho que não fui muito bem na prova hoje! - Ela respondeu rindo em humor, abandonando a mochila em um canto do sofá. Sua cabeça estava tão cheia.

Como Marinette, se arrependia amargamente por ter sido tão má com Chat mais cedo, e por ter xingado ele por algo que ELA o havia chamado para fazer.

Mas como Ladybug, estava orgulhosa por colocar seu dever acima de si mesma.

— Na verdade, Alya, como você faz quando tem que fazer uma escolha? Como você faz para escolher entre algo que é o certo e algo que você precisa?

Jogou a bomba para outra pessoa… Não aguentava mais remoer isso dentro de si. Tikki disse que ela devia seguir o próprio coração. Mas seu coração estava tão confuso quanto ela.

— Ai amiga, que complicado. - Ela disse, colocando a mão no queixo, pensativa, enquanto sentava no sofá e era seguida por uma Mari cabisbaixa. - Acho que quando você precisa de algo, você agarra essa escolha. Pois mesmo que ela não seja a certa, é algo que você não consegue ficar sem. Mas você pode sempre tentar fazer o certo depois. Não se pode substituir o necessário, mas pode sempre tentar consertar o errado.

Esperou uns minutos enquanto as palavras entravam em sua mente, até se instalarem em seu coração. Finalmente, sentiu um alívio em seu corpo, e abraçou a amiga fortemente.

— Ai Alya, o que eu faria sem você! - Ela disse, contendo as lágrimas de alívio.

— Sua vida não seria tão maravilhosa! - Alya respondeu rindo. - Fico feliz em ter ajudado!

Depois de almoçarem juntas, a forma que ela achou de se redimir por não ter ajudado a amiga com os estudos, elas se despediram e Mari foi para seu quarto, se sentindo dez vezes mais leve.

“Agora só espero que ele volte e me perdoe!”

— Vai dar tudo certo, Marinette, Chat é bem compreensível. - Tikki afirmou quando já estavam no quarto.

— Eu espero que sim, Tikki.

***********************************

Adrien sentia os músculos doendo pela esgrima de mais cedo, enquanto tirava fotos com a quinta roupa diferente de hoje.

O ensaio demorou mais do que o planejado, e ele saiu de lá já tarde da noite.

Mal via a hora daquele dia acabar.

Chegou em casa, tomou um banho quente e relaxante, era tudo o que precisava.

“Bom, isso e me resolver com a Mari”. - Ele pensou enquanto se enxugava.

— Ai, hoje foi tão cansativo! - Ouviu Plagg praguejar, deitado em sua cama.

— Ah, e o que você fez hoje? Só ficou na minha bolsa para lá e para cá! - Adrien rebateu.

— Ah, isso é cansativo! - Plagg continuou a murmurar.

Adrien não pode conter o riso.

Colocou sua roupa e se jogou na cama ao lado do kwami.

— Amanhã eu só espero que seja melhor! - Ele se permitiu fechar os olhos um momento. Sentiu que não havia ficado parado nem por 5 minutos naquele dia.

Sentiu um barulho o incomodar e levantou para pará-lo.

“Despertador idiota!”

“Espera, despertador?”

Adrien levantou em um pulo. Sentindo o sangue correr mais rápido em suas veias à medida que seu coração acelerava.

Ao lado da cama, o relógio despertava incessantemente. “Sete horas da manhã, sexta-feira” era o que indicava em seu visor.

Mas não era necessário relógio nenhum, quando podia ver, claramente, os raios solares invadirem a janela de seu quarto, iluminando o ambiente.

Seu quarto

Não o de Marinette.

“Eu ferrei tudo!”


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Notas finais do capítulo

Eita eita eita, que o fogo no parquinho já começou kkkkkkk

Até a próxima!!!



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