Insônia escrita por Babydoll


Capítulo 1
Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Espero que gostem da minha história! Só pra contextualizar, eu a imaginei acontecendo basicamente após o episódio de Chat Blanc, então acontecimentos como o final da terceira temporada, os filmes e a quarta ainda não entram no contexto dos nossos heróis, ok?

Fanfic de minha autoria, também postada no Wattpad e no Spirit.

Pretendo postar semanalmente, toda quinta-feira (se isso mudar eu aviso vocês!)

Qualquer dúvida estou a disposição!

Beijos doces e boa leitura! ♥



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"O pior pesadelo é aquele que acontece fora do sonho."

Assis Izidorio

********************************

— M’lady!  Eu achei que tinha te perdido!

Ela o observou se aproximar, com aqueles olhos azuis...tão frios.

“Não se aproxime”

O medo fazia seu coração bater disparadamente. Mas não conseguia pronunciar nenhuma palavra.

— Foi o nosso amor que fez isso com o mundo, M’lady.— Ele disse, cada vez mais perto. A voz grave demonstrava toda a raiva contida dentro de si.

“Não diga isso”

Precisava detê-lo. Precisava encontrar o akuma. Mas como se lesse seus pensamentos e previsse seus movimentos, Chat Blanc pegou sua mão e a colocou no peito dele. 

Suas mão brancas eram frias como gelo.

— Tá aqui! MAS JÁ TÁ PARTIDO! 

— NÃO!!! - Marinette acordou com o próprio grito. Assustada, suada devido ao pesadelo, e novamente, com um pavor dentro de si.

— Marinette? - Tikki a chamou, ainda sonolenta.

— Que horas são agora, Tikki? - Ela perguntou, passando as mãos nos olhos, retirando os resquícios das lágrimas que brotaram ali enquanto sonhava.

— São 3:25… 30 minutos mais cedo que ontem. - A pequena kwami respondeu, seguida de um bocejo.

Ainda tentando afastar os tremores que sentia, respondeu a kwami.

— Pode voltar a dormir, Tikki, eu to bem. - Tentou oferecer seu sorriso mas sincero, não queria preocupá-la mais do que o necessário.

— Tem certeza? - Ela perguntou, e ao ver Marinette assentindo, voltou a deitar em sua almofada. - Qualquer coisa estou aqui. - E voltou a dormir.

Marinette a agradeceu interiormente. Sabia que podia contar com Tikki a qualquer hora, mas era melhor que pelo menos uma das duas pudesse descansar.

Ela desceu de sua cama, suspirando pela sua nova rotina maluca, e foi em direção a sua escrivaninha, pegando o diário.

“Querido diário,

Hoje, o Chat Blanc conseguiu me tocar. 

Em todas as outras vezes, somente o medo de sua aproximação me faziam acordar, e hoje, eu senti o seu toque. 

Não sei mais o que posso fazer para parar de pensar nele, de sentir medo dele e principalmente… de me preocupar com ele.”

Ela fechou o diário. Não conseguiria escrever mais sem chorar. Já podia sentir o nó em sua garganta. Não só pelo pesadelo, mas também pelo cansaço. Há duas semanas não dormia uma noite inteira. Há duas semanas os pesadelos começaram, e não deram sossego uma só noite. E também, foi há duas semanas que o viu pessoalmente… o dia em que Bunnix a buscou e a levou ao futuro para consertar tudo.

Lembrar de Paris naquele estado sempre a fazia se arrepiar.

Abriu novamente o diário, na página de duas semanas atrás. No primeiro dia do pesadelo. Também foi o dia em que ela criou uma lista, e ela a repetia em sua mente todos os dias na madrugada após acordar.

1- Adrien não pode descobrir que eu sou a Ladybug;

2- Hawk Moth não pode descobrir nossas identidades;

3- Chat Noir nunca pode descobrir que sou a Marinette;

4- Não posso me apaixonar por Chat Noir.

Decorava os 4 itens como uma oração. Se evitasse a todos, ou pelo menos um, talvez Chat Blanc nunca viesse a se tornar realidade. 

“Foi o NOSSO amor que fez isso com o mundo M’lady”

Fechou os olhos com força. As palavras dele iam e viam em sua mente em vários momentos. Respirou fundo enquanto tentava dissipar suas palavras.

— Está tudo bem Marinette, você já consertou tudo. - Dizia a si mesma em voz alta. Queria interiorizar essas palavras. - Tudo vai ficar bem. - Não deixaria aquele futuro acontecer.

Viu o relógio em cima da escrivaninha, eram quase 4h da manhã. Suspirou fundo, sabendo que não conseguiria dormir mais, como em todas as outras noites. Pegando a mochila e aproveitando para adiantar um dever de ciências.

**********************

Chegou na escola no horário, como todos os dias dessa semana e da semana anterior. Já estar acordada quando o despertador tocava tinha suas vantagens. 

— Mari! Bom dia! - Alya disse assim que a viu se aproximar. - Uau, quem diria, Marinette Dupain-Cheng continua a chegar no horário certo. 

As duas riram. 

— Bom dia para você também Alya. - Ela a cumprimentou. - Bem, eu não podia chegar atrasada sempre, né? Até os professores já tinham se acostumado.

— Ah, não vou mentir, nos primeiros dias eu achei que você só tinha dado sorte com o despertador, mas agora, acho que você realmente está mudando. - Alya riu novamente, Mari só a acompanhou um pouco sem graça dessa vez. Se pudesse dizer a ela que a verdade era tão diferente daquilo… - Só cuidado com essa rotina nova Mari, você tá com um pouco de olheira. 

Alya disse enquanto elas caminhavam para a sala de aula, indicando as pequenas manchas roxas que estavam crescendo embaixo dos olhos da azulada.

Instintivamente, Marinette levou as mãos para debaixo dos olhos, com medo de que aquilo, de alguma forma, pudesse revelar como estavam sendo suas noites ultimamente.

— Ah, e-eu… 

— É só dormir um pouco mais cedo Mari, nada demais! - Alya continuou, vendo como Mari ficou preocupada. - Sabe, não adianta só acordar mais cedo. 

— ISSO! - Se sobressaltou, sua voz saiu um pouco mais alta do que esperava. - E-Eu estou indo dormir muito tarde mesmo. - Deu uma risada sem graça. - Obrigada pelo conselho, Alya.

Marinette viu a amiga sorrir em resposta, e suspirou aliviada. E decidiu que talvez, devesse comprar uma maquiagem depois para disfarçar seu cansaço.

Entraram na sala de aula, e sentaram em seus respectivos lugares. Reparou o lugar de Adrien ainda vazio, ao lado de Nino, que já cumprimentava Alya com um sorriso no rosto.

Sentia seu coração se aquecer ao ver os dois tão fofos juntos. 

Mas logo o coração aquecido começou a bater incontrolavelmente ao ver Adrien passar pela porta e se aproximar.

— Bom dia Nino! Bom dia meninas! - Ele falava com aquela voz doce, linda…. 

“Se controla Marinette!” - Se repreendeu mentalmente, sério, qual era o seu problema? 

— Bom Adrien dia! Qui-quis dizer, ficou bom agora! Ah! - Ela se estapeou mentalmente.

Adrien soltou um sorriso, como sempre fazia quando Marinette se embolava com as palavras, achava uma graça.

— Ainda chegando no horário. - Ele diz enquanto se sentava. - Alguém vai ficar feliz com isso. - Ele disse, se voltando para Nino, que riu sem graça.

A azulada não entendeu nada, até ver Alya tentar passar, discretamente, dinheiro para ele por baixo da mesa. A amiga estava com um sorriso culpado no rosto.

— Olha amiga, não é que eu não tenha acreditado no seu potencial de acordar cedo nem nada…- Alya dizia enquanto coçava a cabeça. - Mas como eu disse, achei que era só sorte no começo…

— Apostou com o Nino quanto tempo eu ia continuar a chegar cedo na escola?? - A ficha de Marinette caiu e ela emburrou a cara para os dois, fazendo-os rir um pouco, seguidos de Adrien, que achou um máximo ver Marinette com as bochechas infladas como uma criança teimosa.

Mas assim que ela percebeu o olhar dele sobre si, foi impossível não corar.

As aulas se iniciaram, e nas horas seguintes, manter a cabeça erguida e os olhos abertos começou a se tornar um desafio.

Apoiava a cabeça com uma das mãos e continha os bocejos ao máximo, mas estava falhando miseravelmente. Ela estava exausta, e se sentia destruída.

No intervalo, pediu um café na cantina, na esperança que ajudasse com o sono acumulado de 14 dias. O café que lute.

Sentou na mesa junto de Nino e Alya, já apoiando a cabeça no ombro da amiga.

— Só cinco minutos. - Disse enquanto fechava os olhos. Queria ter só alguns momentos para descansar.

— Você tá bem mesmo Marinette? - Ouviu Nino perguntar um pouco cauteloso. 

— Estou sim, Nino… - Respondeu ainda de olhos fechados, com a voz arrastada pelo sono.

— Parece bem cansada Mari. - Era Adrien dessa vez.

“Adrien???”

Ela deu um pulo em seu lugar, assustando até mesmo Alya que antes apoiava sua cabeça no ombro. Abriu os olhos percebendo a presença do loiro na mesa.

— A-Adrien! - Ela disse sem jeito, enquanto coçava nuca.  - Não vi você chegando. - Riu um pouco nervosa… - Eu to bem sim. - Mas após acabar de falar, ela bocejou.

Ele não pode deixar de reparar nas olheiras dela. Assentiu preocupado, mas não insistiu no assunto, assim como os outros da mesa.

— Amiga, se não tá conseguindo dormir cedo, toma um chá de camomila, vai te ajudar a dormir melhor. - Alya falou despreocupada. 

— Ah, certo Alya, obrigada pela dica. - Marinette respondeu sem jeito. Não queria que seus amigos se preocupassem com ela.

O sinal acabou tocando e voltaram para a sala. Durante as próximas aulas, continuou na luta de se manter acordada. Às vezes, podia até sentir Tikki a cutucando na costela para a manter acordada.

Após a escola, já em seu quarto, desabou na cama, suspirando fundo e agradecendo mentalmente por estar em casa.

— Eu só quero dormir Tikki!!! - Resmungou com a pequena kwami que flutuava em cima de si. Mari estava cansada de estar sempre cansada.

— Quem sabe essa noite você não consegue? - A pequena tentava animá-la.

Marinette deu um sorriso triste. “É, quem sabe…”

Fechou os olhos ainda jogada na cama, sentindo o peso do cansaço a afundar na cama.

— Marinette? Filha, vem nos ajudar na padaria. - Sabine estava na porta de alçapão do seu quarto.  

“Ah não…”

— Claro mãe! - Respondeu ainda deitada, de olhos fechados. - Já estou indo.

Ouviu a pequena porta ser fechada e abriu os olhos lentamente, levantando-se devagar logo em seguida.

****************************

A noite havia chegado, e, após passar a tarde na padaria, fazer seus deveres e tomar um banho, estava pronta para ir para a cama. Só não sabia se estava ansiosa ou com receio de dormir. 

— Deveria experimentar aquele chá que a Alya falou. - Tikki disse após ver o semblante fechado de Marinette.

— É verdade Tikki.

Desceu para a cozinha, colocando a água para ferver. Deixou as ervas em infusão e levou o bule e uma xícara para o quarto, dando boa noite para seus pais no caminho, que já estavam indo dormir.

Enquanto esperava o tempo para o chá ficar pronto, viu no relógio que eram 22:30. Resolveu ir para a pequena varanda de seu quarto. A brisa fresca da noite soprava em seus cabelos, e as estrelas estavam lindas.

— Boa noite, princesa! - Ouviu uma voz atrás de si, virando-se rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Então é isso pessoal! Espero ter conseguido introduzir bem, desculpem já quaisquer erros. A gente confere, confere... e algum sempre passa. Já tenho outros capítulos prontos, então quem sabe não faço um agrado e posto o segundo mais rápido?

Hahaha

Beijos doces e até o próximo!



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