I want those feelings too escrita por dsl


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oioi, como vocês estão?
Achei que eu iria demorar mais um pouco pra conseguir escrever o segundo capítulo, mas acho que estou satisfeita com o que consegui escrever por enquanto.
Peço desculpas, mais uma vez, por qualquer erro.

Espero que vocês gostem, boa leitura!



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“Cause to let you in
           Is true compromise
              Not just the friction of our skin.”

.

.

Dominique não sabia dizer o que havia lhe acordado naquela manhã: as ondas quebrando na praia, tão alto que parecia possível que elas estivessem a alcançando como braços de mar batendo à porta, ou o aroma de café da manhã. 

A grande janela de caixilhos lhe proporcionava a visão da praia, mostrando-a a forma como o mar infinito se perdia no azul do céu, a relva alta tomando conta do breve caminho até a praia, a areia branca coberta por conchas de todos os tamanhos, formatos e cores.

Era uma vista familiar que não deveria ser familiar.

Merda. A loira xingou mentalmente ao ser atacada por flashes da noite anterior; a ardência do whisky de fogo queimando sua garganta e esquentando instantaneamente o peito, a música a fazendo dançar como se não tivesse problemas a resolver e sua única preocupação fosse passar ou não no NIEMs e, a pior de todas, flashes de brilhantes olhos castanho-esverdeados próximos demais do seu rosto.

Merda, merda, merda. Praguejou novamente enquanto vestia com urgência a primeira blusa que alcançou. Ela não poderia ter se rendido mais uma vez, não a ele. Já foi arriscado demais ter tido uma terceira vez, mas ela podia colocar a culpa na bebida e no aumento da libido por aquela quarta, não poderia?

Por Merlin, porque ela tinha que ser tão vulnerável quando se tratava dele? Eles estavam bem confiantes quando decidiram juntos que nunca mais repetiriam aquilo, ele não iria se esgueirar para casa dela e nem ela para a dele. A relação deles estava restrita a “companheiros de bebida” e nada mais, mas como um disco arranhado, ali estavam eles mais uma vez.

Dominique era corajosa, conseguiu passar por todos os desafios que apareceram em sua vida com inteligência e rapidez, mas o amor é mais complicado. O amor faz toda a sua coragem se esvair. Ela era uma grifinória, se sentia sem coragem para enfrentar aquele desafio e não queria admitir em voz alta.

Antes que sua respiração acelerasse e os pensamentos antecipados tomassem conta da sua sanidade, dando início a uma indesejada crise de ansiedade, Dominique observou Adam Longbottom apoiar o corpo no batente da porta com toda aquela droga de atitude despreocupada. Como ele poderia estar tão tranquilo quando eles erraram em cumprir uma promessa?

— Bom dia — a voz rouca fez o corpo da garota se arrepiar.

Dominique sentia que ele sabia o efeito que tinha sobre ela e fazia tudo aquilo de propósito, a olhando como se não existisse mais nada no mundo. Ela precisava admitir que era bom saber que ele a desejava, mas era apavorante também saber que ele era capaz de ultrapassar os inúmeros obstáculos que ela colocava naquela relação.

— Bom dia — ela respondeu com a voz extremamente rouca e falha, a garganta seca e uma breve pontada na lateral da cabeça. Droga, ela precisava parar de beber de forma tão imprudente assim, não era mais uma adolescente.

Ele riu e sentou ao lado da garota, lhe oferecendo um copo d’água e um comprimido. Dominique respirou fundo bem no momento em que uma brisa leve adentrou pela janela carregando uma mistura de aromas. O cheiro do mar junto com o cheiro dele, algo como café, hortelã e carvalho. Ela odiava o sorriso travesso, os olhos castanho-esverdeados, o cabelo cheio e sempre bagunçado, o brinco na orelha e as tatuagens aleatórias, mas também os amava.

— Eu fiz um pouco de comida, se quiser ficar — ele sussurrou com cuidado, sentindo receio em falar algo errado e mandá-la para longe como das outras vezes.

Ela virou o rosto em sua direção e Adam sentiu algo inflar o seu coração, o preenchendo. Ele queria sorrir, afastar as mechas loiras que caiam diante dos olhos tão azuis como o mar alguns metros distante daquela casa. Queria pressionar um beijo naquelas pálpebras e em sua pele quente e convidativa. Queria envolvê-la em seus braços e sussurrar que tudo ficaria bem, que ela não precisava se preocupar com o tempo. Queria espantar todo o medo que a afastava de si, mas sabia que aquela tarefa não cabia a ele.

— Muito obrigada, mas eu preciso ir — ela falou lhe entregando o copo. — Eu acabei saindo às pressas do noivado da Vic e tenho algumas coisas do trabalho para resolver. 

Dominique não sabia dizer o porque de estar se explicando, mas sentia que precisava. Não queria ver mais uma vez aquelas possibilidades nos olhos do garoto. Deixou que o medo a fizesse sair daquela casa e fugir daquelas lembranças.

— Até outro dia, então — Adam se despediu com um sorriso convencido e olhos esperançosos, observando-a reunir todos os seus pertences espalhados pelo quarto bagunçado. Ele era mesmo um maluco por permanecer mesmo que ela continuasse o afastando, não era?

Com a visão de Adam sentado na cama, lhe olhando como se pudesse ajudá-la com todos os problemas possíveis, Dominique aparatou mais uma vez para longe.


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Notas finais do capítulo

Uuuh, Dominique fugindo de sentimentos.. eu conto ou vocês contam que isso não adianta muito?

Vejo vocês no próximo! ❤❤



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