Uma nova oportunidade escrita por Leehsserrano


Capítulo 25
Valentine’s day




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 Já estavam na metade do mês de fevereiro e o dia mais esperado por muitos havia finalmente chegado, que era o valentine’s day, ou melhor, dia dos namorados, comemorado no dia 14.

 

 

 As temperaturas continuavam baixas e a neve continuava a cair sem trégua na cidade de Nova Iorque.

 

 Os dias eram sempre nublados e um pouco melancólicos, mas para Steve e Natasha estava tudo perfeito, já que o que realmente importava para eles era a companhia um do outro e de aproveitarem cada momento daquela oportunidade que eles estavam tendo de viverem uma vida juntos.

 

 

 

 

 Ao acordar pela manhã, a primeira coisa com a qual Steve se depara é a imagem de Natasha adormecida ao seu lado e quase automáticamente, um sorriso brota nos lábios dele.

 

 

 

 Natasha estava dormindo de bruços, mas seu rosto estava virado de frente para Steve. Os cabelos ruivos dela estavam espalhados pelo travesseiro, contrastando com a fronha de linho branca, e realçavam ainda mais sua beleza.

 

 

 

 Steve queria acordar assim todas os dias pelo resto de sua vida porque ele nunca se cansaria de ter Natasha ao seu lado, sendo a primeira pessoa que ele visse ao acordar e a última ao dormir

 

 Ela era o amor da vida dele e isso jamais mudaria.

 

 

 

 Com vontade de fazer algo diferente naquela manhã, até por ser Valentine’s day, Steve decide que ao invés de preparar o café da manhã deles, ele compraria algumas coisas em uma padaria que ficava próxima.

 

 

 

 Tomando cuidado para não se mexer muito e acordar Natasha, Steve senta na cama e se debruça sobre ela, com uma mão em cada lado do corpo dela para se apoiar e não jogar seu peso nela.

 

 Steve deposita um beijo na bochecha de Natasha e em seguida, tira os cobertores de cima de si próprio e coloca as pernas para fora da cama. 

 

 Ele calça um par de chinelos seus que estava ao lado e dá a volta na cama, parando ao lado de Natasha, e ajeita o cobertor sobre ela, cobrindo um pouco as costas nuas dela.

 

 

 

 Steve deposita um segundo beijo na bochecha de Natasha antes de se afastar e anda até o armário deles, que era imbutido na parede, como se fosse um mini closet, e o abre. 

 

 Ele pega uma cueca boxer limpa, uma camisa social branca, um suéter azul marinho de tricot, uma calça jeans e um casaco de inverno também azul, do mesmo tom do suéter.

 

 Ele fecha as portas do armário e vai para o banheiro com as roupas nas mãos.

 

 

*****

 

 Após tomar um banho rápido e fazer sua higiene matinal, Steve se veste, dentro do banheiro mesmo para não acordar Natasha, mesmo que ela tivesse um sono pesado, não queria arriscar, e sai em seguida.

 

 Ao checar Natasha, Steve vê que por sorte ela nem havia se mexido. Estava super adormecida ainda. Ele então calça um par de sapatênis de couro marrom que havia sido deixado fora do ármario. 

 

 Ele dá a volta na cama e pega sua carteira, que estava sobre sua mesa de criado-mudo, e a coloca no bolso da calça. Em seguida, ele sai do quarto.

 

 

*****

 

 Steve vai até o outro quarto, que lhes servia de home office / quarto de hóspedes, e pega um bloquinho de post it amarelo que estava sobre a bancada em que seu notebook e o notebook de Natasha ficavam, e pega também uma caneta preta.

 

 

 Ele anota bem rápido uma nota para caso Natasha acordasse antes que ele retornasse.

 

 

 

“Caso você acorde antes e não me encontre, é poque eu fui na padaria comprar algo para comermos, mas logo estarei de volta.

 

 

 

 Ah, e Feliz Valentine’s day, meu amor.

 

 

 Com amor, Steve”

 

 

 

 Ao terminar, Steve coloca a caneta de volta no porta lápis e destaca a folhinha do bloco de post-it. Ele vai até o quarto deles e cola a folhinha na mesa de criado-mudo de Natasha, de modo que ficasse vísivel para ela.

 

 

 

—Fique aqui dormindo que eu já volto, meu amor. Te amo - ele sussurra ao pé do ouvido dela e deposita um beijo no vão do pescoço dela

 

 

 Antes de sair do quarto, Steve faz um lembrete mental de colocar a roupa dele e de Natasha que estava jogada no chão, lembrança da noite anterior, dentro da máquina de lavar.

 

 Steve anda até a porta de entrada, passando pela sala e, com cuidado para não fazer muito barulho, pega no chaveiro que continha uma cópia da chave, essa que eles costumavam deixar sempre na porta, e a gira, a destrancando a porta e a abrindo.

 

 Ele tira a chave da fechadura e sai do apartamento, fechando a porta em seguida.

 

 

*****

 

 

 As ruas estavam desertas, uma ou outra pessoa passava por Steve. Ele não sabia se era pelo frio ou por ser valentine’s day, dia que as pessoas preferiam passar em casa com seus entes queridos se tinham a possibilidade de fazê-lo.

 

 A neve fina caía sem parar, molhando a roupa de Steve. O vento congelante e úmido batia no corpo dele e entrava como se fossem lâminas afiadas rasgando sua carne, mas graças ao soro do super soldado, ele tinha uma maior resistência ao frio.

 

 

 Mesmo com tudo isso, Steve não se importava. Por Natasha, tudo valia a pena, até mesmo se ele não fosse um super soldado e adoecesse devido ao frio.

 

 

 

 

 Por sorte, com apenas cinco minutos de caminhada, Steve chega na padaria e entra no estabelecimento, que por sinal estava aquecido em seu interior.

 

 A padaria estava um pouco cheia. Como havia opção de buffet no café da manhã, haviam algumas pessoas consumindo no local, em sua maioria casais e famílias, possívelmente celebrando o valentine’s day.

 

 

 

 Steve sorri ao se lembrar que naquele ano iria comemorar a data ao lado de Natasha, pela primeira vez sendo um casal oficial. 

 

 Para ela, o valentine’s day era uma besteira que as pessoas inventavam e que o comércio se aproveitava para lucrar, mas para ele significava mais: era um dia para demonstrar o quanto ela era importante para ele e o quanto a amava.

 

 

 

 

 Steve pega uma cesta e começa a procurar por coisas que que Natasha gostava de comer pela manhã e que ele também gostava.

 

 

 Ele pega croissants, queijo, presunto, pão baguete, muffins de chocolate para adoçar a manhã e mais algumas coisas antes de se dirigir ao caixa.

 

 

 

 

 Assim que termina de pagar pelas compras, Steve deixa a padaria com vária sacolas em ambas as mãos e caminha de volta para casa.

 

 

*****

 

 

 Enquanto isso, no apartamento deles, Natasha começa a despertar. Ainda de olhos fechados e de bruços, ela estica o braço esquerdo e tateia o lado de Steve, à procura dele, mas o que encontra é o vazio deixado por ele. 

 

 Natasha então abre os olhos, ainda se acostumando com a claridade do quarto. Ela senta na cama, segurando o cobertor contra seu peito para que não caísse, e olha envolta, mas não encontra Steve, muito menos escuta algum barulho, seja da cafeteira vindo da cozinha ou do chuveiro vindo do banheiro da suíte, que indicasse a presença dele no apartamento.

 

 

 

—Steve? - ela o chama, mas não obtém resposta alguma, chegando à conclusão de que realmente estava sozinha

 

 

 

 Seus questionamentos sobre onde ele poderia estar não duram muito tempo pois uma folhinha de post-it amarela que estava colada em sua mesa de criado-mudo lhe chama a atenção.

 

 

 

—O que será isso? - ela fala consigo mesma, estranhando a existência daquele post-it, e estica o braço para alcançar a folhinha, a descolando em seguida

 

 

“Caso você acorde antes e não me encontre, é poque eu fui na padaria comprar algo para comermos, mas logo estarei de volta.

 

 

 

 Ah, e Feliz Valentine’s day, meu amor.

 

 

 Com amor, Steve”

 

 

 

 Ao terminar de ler, Natasha tinha um sorriso bobo no rosto. Era um simples bilhete mas que para ela significava muito.

 

 Em cada beijo, em cada ‘eu te amo’ que Steve lhe dizia, a cada vez que eles faziam amor, em cada gesto, por mais simples que fosse, ele a fazia se sentir especial e amada, como nunca havia sentido antes.

 

 

 

 Natasha suspira fundo, com os olhos fixos no bilhete em suas mãos, e decide tomar um banho rápido e se arrumar para começar o dia, pois logo Steve estaria de volta com o café da manhã deles.

 

 Natasha tira os cobertores de cima dela e se levanta. Ela abre a gaveta do criado-mudo e coloca o tal bilhete dentro para guardá-lo e em seguida, fecha a gaveta e anda até o banheiro da suíte.

 

 

 

 

 O banho não demora mais do que 10 minutos mas é o suficiente para que Natasha lavasse seus cabelos, como ela gostava de fazer pela manhã, e para que lavasse aeu corpo e tirasse todo o suor produzido durante os atos que aconteceram na noite anterior e que estava impregnado nele.

 

 Ao terminar de tomar banho, Natasha fecha o registro e pega a toalha, que estava pendurada no gancho ao lado do box. Ela se seca e, em seguida, sai do banheiro com a toalha enrrolada envolta de seu corpo.

 

 Ela anda até o armário e o abre para pegar algo que fosse confortável para ficar em casa. Escolhe uma blusa de mangas compridas cinza claro de algodão fina e uma calça preta estilo jogger e pega também um conjunto de lingerie preto. Por fim, ela pega um par de meias brancas.

 

 

 

 Natasha se veste no quarto mesmo e, em seguida, vai até o banheiro para terminar se arrumar.

 

 

 

 

 Ao terminar de escovar seus dentes, Natasha enche a boca com água e faz gargarejo antes de cuspir na pia. 

 

 Ela coloca sua escova de dentes e o tubo de pasta dental de volta no porta escovas e ergue a cabeça, deparando se com sua imagem refletida no espelho.

 

 

 

 

 

 A aparência cansada e abatida que Natasha tinha até alguns meses atrás já não existia mais. A mudança era visível até mesmo para ela.

 

 Estava mais descansada, mais feliz, mas isso não era totalmente graças à Steve. Ele uma grande parte de sua felicidade, mas não integralmente.

 

 

 Sua felicidade estava nas pequenas coisas da vida, essa que ela podia usufruir, pela primeira vez. Ela tinha seus amigos, que eram sua família, tinha Steve.

 

 

 

 

 Seus olhos descem até as pontas de seu cabelo, ainda loiras, e uma idéia surge. 

 

 Faziam pouco mais de dois anos que ela estava passando por uma longa e interminável transição capilar para ter seu cabelo totalmente natural.

 

 A parte ruiva já havia chegado na altura dos ombros, um comprimento legal e que ela gostava bastante, fora que seu cabelo crescia muito rápido e até o fim do ano, se ela não cortasse, estaria na altura dos seios outra vez, então porque não cortar e assim tirar todo e qualquer resquício dos últimos anos que haviam sido tão difíceis?

 

 

 

 

 Decidida, Natasha sai do banheiro e, vai até o home office / quarto de hóspedes, à procura de uma tesoura.

 

 

 Quando encontra uma dentro de uma das gavetas da escrivanhia, ela corre de volta para o banheiro e penteia os fios, que ainda estavam molhados. 

 

 Em seguida, Natasha pega um pouco de papel higienico e forra a pia com ele, para que o cabelo cortado não a entupisse.

 

 

 

 Desde quando se conhecia por gente Natasha era independente. Cortar seu próprio cabelo, pintá-lo e maquiagem, por exemplo, eram coisas que a Sala Vermelha ensinava para suas futuras Viúvas Negras durante o treinamento e eram de serventia para se disfarçar-se durante as missões. Por isso, nada daquilo era novo para Natasha, já que ela sempre havia cortado seu cabelo, mesmo agora sendo uma mulher livre.

 

 

 

 

 Com um pente, ela reparte o cabelo no meio e pega uma mecha da frente, do lado direito, a prendendo entre os dedos do meio e o indicador, e os desliza até a divisão entre o ruivo e o loiro, onde iria cortar.

 

 Com a outra mão, Natasha pega a tesoura e a posiciona na mecha. Ela conta mentalmente até cinco, criando coragem, e ao fim, corta a mecha na divisão, ficando apenas a parte ruiva na altura do ombro, uns dois ou três dedos abaixo dele, enquanto a ponta loira cai encima do papel.

 

 Empolgada, ela pega outra mecha e faz o mesmo, continuando por todo o  resto do cabelo.

 

 

******

 

 

 Ao finalizar o corte, Natasha solta a tesoura e se olha no espelho com um sorriso no rosto.

 

 

 O corte que ela havia acabado de fazer estava muito parecido com o corte que ela tinha quando ela e Steve descobriram que a H.Y.D.R.A estava infiltrada na S.H.I.E.L.D, só que um pouco maior.

 

 

 Ela se vira de costas para o espelho e olha por cima de seu ombro para checar como havia ficado a parte de trás, e mexe no cabelo, à procura de pontas compridas perdidas.

 

 Havia ficado muito melhor do que ela imaginou que ficaria. Faziam quase 8 anos que não usava seu cabelo totalmente ao natural, então estava se sentindo um pouco diferente, mas de um jeito bom. Ela havia amado o novo corte! 

 

 

 

 Enquanto se admirava em frente ao espelho, Natasha escuta o barulho da chave sendo colocada na fechadura da porta de entrada.

 

 Em silêncio, ela escuta a porta ser aberta e em seguida passos dentro do apartamento, seguidos do barulho de sacolas plásticas sendo colocadas sobre a mesa ou sobre a pedra do balcão da cozinha.

 

 

 

 Os passos começam a ficar cada vez mais próximos até que chegam ao quarto.

 

 

 

 

—Nat? Cadê você? Cheguei com nosso café da manhã - ela escuta Steve, que pelo timbre de sua voz, parecia estar preocupado por não encontrá-la no quarto

 

—Estou no banheiro - ela responde, recolhendo o papel higienico com o cabelo que havia sido cortado da pia e o joga na lixeira. Ela então escuta os passos de Steve se aproximando do banheiro, até que ele aparece com um semblante surpreso e fica parando na guarnição da porta

 

—O que é que aconteceu com você? - ele pergunta ao notar que o cabelo dela estava cortado - seu cabelo…

 

—Me despedi oficialmente da época em que éramos criminosos. Resolvi tirar as pontas loiras e voltar a ter o meu cabelo todo natural. Ficou legal? Seja sincero! Elogios só porque você é meu namorado não valem - Natasha fala e dá uma voltinha em torno de si para que Steve visse o corte 

 

—Sou suspeito para falar, mas você ficou muito linda. Você é linda de qualquer jeito - Steve responde e Natasha sorri, toda derretida

 

 

 

 Steve sorri também e estende a mão em direção à Natasha. Ela pega na mão dele e ele a puxa para perto dele, envolvendo seus braços ao redor da cintura dela. 

 

 

 

—Eu te amo independente se você for ruiva, loira ou morena, de cabelo curto ou longo, até mesmo estando careca eu vou te amar

 

—Putz, careca também já é demais! - Natasha fala num tom brincalhão, e passa os braços ao redor do pescoço de Steve, que sorria e olhava nos olhos verdes dela, os quais ele tanto amava 

 

—Você fica muito linda de qualquer jeito, Nat. Você é a mulher mais linda que eu já conheci - ele fala e deposita um selinho nos lábios dela

 

—Você é incrível, sabia? - fala sorrindo e olhando nos olhos azuis dele

 

—Estou sendo sincero, foi você mesma quem pediu para eu ser 

 

 

 

 

 Natasha sorri e Steve sorri de volta. Em seguida, ele cerra o espaço que existia entre eles, colocando uma mão atrás da cabeça dela, enquanto a outra mão permanecia ao redor da cintura dela, e a puxa para um beijo apaixonado.

 

 

 

 

 

 Suas línguas brigavam para ocupar o mesmo espaço dentro das bocas um do outro. 

 

 

 Mesmo que estivera dentro dela na noite anterior, a beijando e amando-a por inteiro, Steve continuava sedento de Natasha. Ele sempre estaria.

 

 

 

 

 Natasha nem imaginava o medo que Steve sentiu à pouco, quando entrou no quarto e não a encontrou. Medo esse de que ela tivesse percebido que ele não era o suficiente ou que não o amava e tivesse ido embora, mas o alívio por encontrá-la foi maior do que o medo.

 

 Steve não conseguia sequer imaginar a hipótese de viver sem Natasha. Lhe doía só de pensar. Ela era o amor de sua vida, seu tudo.

 

 

 

 

 Natasha e Steve se afastam devido a falta de ar, ofegantes, mas continuam nos braços um do outro. Ao abrirem os olhos, eles sorriem feito bobos. De fato, eram dois bobos apaixonados.

 

 

 

—Está com fome? - Steve pergunta

 

—Muita! 

 

—Ótimo, porque eu trouxe pão, queijo, presunto, croassaint e tem muffins de chocolate que eu sei que você gosta 

 

—Eu acho que você quer alguma coisa com ela bajulação - ela brinca

 

—Eu não quero mais nada além de ter você comigo - Steve fala e rouba um selinho dela - eu faço isso porque te amo muito e porque você merece 

 

 

 

 Natasha sorri, um pouco timida, o que Steve acha a coisa mais linda. Ele continuava com os braços postos ao redor da cintura dela.

 

 

—Acho melhor irmos tomar café antes que esfrie. O pão tinha acabado de sair do forno, estava quente ainda, assim como os croassaints, e os frios estão frescos

 

—Vamos, mas antes você vai tirar essa roupa que está toda molhada - ela fala ao notar a umidade do casaco e da camisa que ele usava

 

 

 

 Steve ri e beija a testa dela.

 

 

 

—Minha roupa molhou por causa da neve. Eu vou sim me trocar, mas antes, mesmo que você ache idiotice, feliz dia dos namorados, meu amor

 

—Por mais que eu continue achando datas festivas sem graça, eu até gosto do Valentine’s day porque é um dia para demonstrar nosso amor as pessoas a que mais amamos, então feliz Valentine’s Day - Natasha fala sorrindo e, ficando na ponta dos pés e apoiando as mãos nos ombros de Steve, que também sorria, e deposita um selinho nos lábios dele

 

 

 

******

 

 

 Depois do café da manhã, Natasha se encarrega de guardar as sobras na geladeira, lavar a louça e arrumar a cozinha enquanto Steve arrumava a cama e recolhia as roupas do chão do quarto e as coloca no cesto de roupa suja.

 

 

 Ao terminarem, eles vão para a sala. Steve, que agora usava uma calça preta de moletom e uma camiseta branca lisa, pega o controle da tv na mesa de centro e se senta no sofá, ligando a tv em seguida. 

 

 Ao lado dele. Natasha se deita de barriga para cima, com a cabeça encostada no braço do sofá sobre uma almofada, e coloca os pés no colo de Steve.

 

 

 

 

—Você é uma folgada! - ele protesta num tom de brincadeira, desviando sua atenção da tv para olhar para ela, semicerrando os olhos, fazendo Natasha rir 

 

—Pra quê eu tenho um namorado se não posso nem descansar meus pés no colo dele? - ela fala brincando e Steve ri 

 

—Não vai me dizer que está cansada? Não tem nem duas horas que você acordou - Steve fala brincando e faz cócegas nas plantas dos pés de Natasha. Ela ri e os encolhe.

 

—Até parece que esqueceu de ontem 

 

—Nem me venha com essa! Quem me procurou foi você. Eu estava deitado na cama, quieto, mexendo no celular, e você saiu do banheiro só de lingerie, subiu encima de mim, me beijando

 

 

 

 Natasha ri do jeito que ele fala, como se fosse um pobre coitado que foi forçado a transar contra sua vontade.

 

 

 

—Vai negar que foi assim? À propósito, você anda muito fogosa atrás de mim últimamente. Você está ovulando? Eu ouvi dizer que as mulheres costumam ter uma maior líbido quando estão ovulando.

 

 

 

 Natasha ri.

 

 

 

—Acertou sobre a parte da ovulação, e se chama período fértil, que é quando há maior probabilidade de haver uma fecundação mas esse não é o nosso caso, pelo menos no momento, você sabe, e não, não vou negar o que fiz ontem, mas você aceitou porque quis, não foi forçado, inclusive você gostou, a julgar pelos seus atos e gemidos - Natasha fala sem papas na língua e Steve ruboriza - se estiver achando ruim, não irei mais te seduzir como você deu a entender que eu fiz, não se preocupa. Eu posso procurar alguém que queira fazer amor comigo bem gostoso - Natasha brinca de um jeito provocativo, mas claro que aquilo não tinha o menor fundamento. Ela não queria fazer amor se não fosse com Steve

 

—Ficou louca? - desesperado com a possibilidade, Steve larga o controle e  sobe em cima de Natasha. Ele deita sobre ela, e a abraça forte, afundando o rosto no vão do pescoço dela - eu não estou achando ruim, estava só brincando

 

 

 

 

 Natasha o ignorava, mas na verdade, estava se segurando para não rir. Ele era tão fofo e ao mesmo tão gostoso!

 

 

 Por outro lado, o silêncio dela fazia Steve temer. Será que o que ela havia dito era sério? 

 

 

 

 

—Nat… - Steve fala erguendo a cabeça e olha para Natasha, que por fora estava séria mas por dentro derretida por ele e louca para deslizar os dedos pelo cabelo macio dele, dizer que era brincadeira e beijá-lo, mas queria vê-lo desesperado primeiro, assim ela saberia se ele a amava tanto quanto dizia - Nat, meu amor, me escuta, eu te amo muito, mais do que tudo, ok? Eu amo fazer amor com você,  sabe disso, não sabe? Por favor, me diga que você sabe - Steve fala desesperado e coloca as mãos no rosto dela para que ela olhasse para ele

 

 

 

 

 Natasha não aguenta mais e começa a rir e alto, o que Steve não entende. Ele estava apavorado com a idéia de perdê-la.

 

 

 

 

—Porque você está rindo? Isso é sério! - ele pergunta confundido

 

—Foi muito bom te ver sofrer um pouco - Natasha responde rindo

 

—Espera, o que? - ele pergunta novamentne, mas agora começando a entender a brincadeira dela 

 

—Steve, eu não quero ninguém que não seja você. É você quem eu amo, seu bobo - Natasha fala, colocando as mãos no rosto de Steve e beija a bochecha dele

 

 

 

 

 Steve abre a boca para falar algo, mas simplesmente as palavras não saem de sua boca. 

 

 Ele estava surpreso com as palavras de Natasha. Ela nunca havia dito algo do tipo. Nem mesmo parecia Natasha e ele duvidaria se não estivesse com ela naquele momento.

 

 

 

 

—Acha mesmo que eu quero perder a pessoa que eu mais amo? Que me faz feliz como nunca fui antes? Que cuida de mim?

 

—Você falando assim, confesso que estou surpreso

 

 

 

 Natasha ri.

 

 

 

—Eu sei que não sou muito de falar esse tipo de coisa, mas quero que você saiba como eu me sinto

 

 -Eu sei o que você sente, meu amor. Você fala que me ama todos os dias, e mesmo que não dissesse, eu ainda saberia pelo seu olhar, pelos seus beijos e a maior prova é que você  me deixou entrar nesse seu coração e eu prometo que nunca vou quebrá-lo - ele fala, colocando a mão no peito dela, onde o coração ficava, mas continua olhando para ela

 

—Acho bom porque eu te mato se fizer isso - Natasha brinca, dando leves tapinhas nos ombros de Steve, que ri 

 

—Acha que eu não conhecia os riscos que estava correndo ao me envolver com uma viúva negra? - Steve brinca e Natasha ri - eu me apaixonei por você assim, do jeito que você é. Por favor, nunca mude. Você é perfeita e é com você quem eu quero passar o resto da minha vida porque eu te amo mais do que tudo - Steve fala, agora delineando o rosto dela com a ponta dos dedos

 

 

 

 

 Natasha sorri com os olhos um pouco marejados.

 

 

 

 

—Você foi a primeira pessoa que disse que me amava, sabia? - ela pergunta sorrindo emocionada pelas palavras dele

 

—E vou continuar dizendo para sempre que te amo mais do que tudo - Steve fala, agarrando Natasha pela cintura, e enche o pescoço e o rosto dela com beijos, fazendo ela gargalhar alto

 

 

 

 

 A risada de Natasha era o som que Steve mais gostava de ouvir. O que ele mais queria era poder ouví-la todos os dias pelo resto de sua vida.

 

 Ele a amava tanto que não conseguia imaginar ficar mais nenhum dia sem ela. 

 

 

 

 Para Natasha, os braços de Steve representavam proteção. Os braços dele a aqueciam nas noites frias, a seguravam durante seu sono. Steve era sua casa, para onde ela desejava retornar todos os dias pelo resto de sua vida.

 

 

 

 

 Perdidos em seu próprio mundo, trocando beijos e carícias, o momento é interrompido pelo som de um celular tocando.

 

 

—Deixa tocar… - Natasha fala, pegando no braço de Steve quando ele faz menção para se levantar 

 

—Pode ser importante. Eu já volto - ele responde e deposita um selinho nos lábios dela antes de se levantar 

 

 

 

 

 Natasha assiste Steve se afastar e ir para o quarto, onde ele havia deixado o celular carregando. Ela suspira e se senta no sofá. 

 

 

 

 Alguns minutos depois, Steve retorna com o celular na mão.

 

 

 

—Problemas? - Natasha pergunta

 

 

 

 O universo estava tão calmo que ela estava começando a desconfiar. Eles nunca haviam ficado tanto tempo sem uma missão.

 

 

 

—Pelo contrário - Steve responde, se sentando ao lado dela

 

 

 

 Natasha olha para ele com o cenho franzido, em confusão.

 

 

 

—Como assim, não é uma missão?

 

—Não. Era o Visão nos convidando para a festa surpresa que ele está planejando para a Wanda

 

—Ai meu deus! Eu tinha me esquecido que o aniversário dela é depois de amanhã - Natasha fala e leva as mãos na boca

 

—Eu também tinha esquecido. O Visão está planejando uma festa surpresa para ela no Complexo nos Vingadores e nos convidou, assim como toda a equipe. Vai querer ir?

 

—Sério mesmo que você está me perguntando isso? Até parece que eu não vou prestigiar a minha melhor amiga! - Natasha responde, tirando as mãos da boca

 

 

 

 Steve ri e então envia à Visão uma mensagem, confirmando a presença dele e de Natasha na festa. 

 

 

 

—Pergunta se ele quer que levemos algo… 

 

—Ok… 

 

 

 

 Steve ainda digita se eles precisavam levar algo e logo Visão responde que não porque a comida ele havia encomendado e Bruce e Sam iriam receber no Complexo, mas que se eles pudessem ir mais cedo para organizar as coisas. Em seguida ele passa o horário da festa e por fim, eles se despedem com um “até logo”.

 

 

 

 

—Pronto, avisei que nós vamos e ele falou que a comida foi encomendada e será entregue no Complexo. Ele pediu para que nós fossemos mais cedo para arrumar as coisas  - Steve fala, bloqueando seu celular e o colocando sobre a mesa de centro.

 

—Sem problemas. Eu jurava que era o Fury avisando sobre alguma missão

 

—Graças a deus está tudo calmo - Steve fala, passando o braço envolta da cintura de Natasha

 

—Não é estranho? - ela pergunta, olhando para ele

 

—O que? - ele olha de volta para ela

 

—O mundo estar calmo

 

—É, mas você sabia que eu não estou achando nem um pouco ruim? Assim eu posso passar o dia todo de bobeira com você - Steve fala de um jeito brincalhão, agarrando Natasha pela cintura, e sobe em cima dela. Ele a deita no sofá e enche o rosto e o pescoço dela com beijos, fazendo ela rir

 

—Steveeee - ela fala rindo e ele a cala, beijando-a nos lábios

 

 

 

 

 Imersos naquele beijo, eles nem se lembravam mais que o mundo exterior existia. Era como se só existissem eles dois.

 

 Natasha passa os braços ao redor do pescoço de Steve e sua mão direita acariciava a nuca dele.

 

 Já Steve tinha um braço ao redor da cintura de Natasha e a outra mão posta na parte de trás da cabeça dela, a aproximando dele. 

 

 

 

 

 

—Eu te amo - ele sussurra entre o beijo, mas sem abrir os olhos

 

—Também te amo - ela sussura de volta também de olhos fechados, mas com um sorriso nos lábios

 

—Feliz dia dos namorados - Steve fala, abrindo os olhos para admirar os olhos verdes dela, os quais ele tanto amava admirar

 

—Feliz dia dos namorados - Natasha fala, abrindo os olhos ao sentir o olhar dele sobre ela e se depara com a imensidão azul dos olhos dele

 

 

 

 

 

 Quando suas miradas se cruzam, os dois sorriem um para o outro e em seguida Steve volta a beijá-la.

 

 

 

 

 

 


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