Desaparecendo escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 18
Como uma força da natureza


Notas iniciais do capítulo

E aí, gente, cheguei no embalo dessa última semana para postar mais um capítulo. Lembrando que a fanfic já está acabando e depois disso, bem... vamos ver o que acontece!

Obrigada a todos que estão lendo. Boa leitura!



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Um trovão rugiu no céu naquele início de noite. Em breve a chuva cairia, tão certa quanto a luz do sol que surgia todas as manhãs. As árvores dançavam uma valsa jocosa ao ritmo da ventania. Algumas rajadas subitamente intensas que davam a impressão de arrancar aqueles troncos rígidos a qualquer momento. Mas nem isto foi o suficiente para afugentar Sara em um quarto. 

Sozinha, sentara em um banco disposto para receber visitantes e pessoas que paravam para descansar um pouco enquanto admiravam a paisagem verdejante decorada por mãos humanas. Próximo à entrada principal do prédio, bem à direita, era possível contemplar os arbustos decorados tão metodicamente que pareciam ter sido esculpidos pela própria mãe natureza. Os animais, que separavam os caminhos interligando os prédios, eram os favoritos de Sara. 

Ela ficara por ali há certo tempo. Não falou com ninguém, limitando-se a permanecer alheia aos outros ao seu redor, como se não passasse de um figurante; sem falas, objetivos ou desejos. Reservada, compunha a cena como um mero enfeite, deixando que as estrelas fizessem seu papel ali e brilhassem como estava escrito. Quem sabe... uma última recordação do que seria a natureza antes de seu corpo entrar em total declínio. 

Aquele não foi um bom dia para Sara. E não foi pelo decorrer melancólico do tempo, ou por ter acordado tarde e com dores de cabeça, não. Sequer houve mais um daqueles "episódios". Simplesmente sentiu que não estava no caminho certo, muito pior; fez tudo errado e especialmente errou justo com o homem que não devia errar.  

Imaginou-se como uma aproveitadora, que usou da situação para receber conforto emocional; a prova disso foi aquele maldito beijo. E como foi bom sentir aqueles lábios sobre os seus, desfrutar de algo que em anos só o fazia em sonhos intangíveis. Ainda podia se recordar muito bem do sabor daquele momento. Um beijo que lhe custaria caro no final.  

Sara teve a proeza de conseguir evitá-lo ao longo do dia. Fez de tudo: desde se enfurnar em seu quarto a ler um livro, como sair um pouco e caminhar pelo trecho de pedras no entorno do Complexo. O pior de tudo foi ter se afastado por uma culpa direcionada a ela mesma e não a ele. 

As primeiras gotas, densas, começaram a cair. A maior parte dos transeuntes e funcionários deixaram o pátio para se abrigar debaixo de um teto e quatro paredes enquanto outros voltavam para seu trabalho rotineiro, mas ela permaneceu ali; sentada naquele banco tendo como proteção uma discreta marquise. 

— Vai chover forte daqui a pouco. 

Impossível não reconhecer aquela voz.  

O sorriso dela foi uma resposta inconsciente; por sorte ele não podia vê-lo porque estava atrás dela. Fingindo não se importar com aviso, ajeitou-se no banco e suspirou por alguns segundos. Quem sabe se a falta de interesse ao assunto o faria ir embora.  

Em meio ao silêncio de vozes e a companhia do chacoalhar das árvores, Sara esperou. 

— Sabe qual o meu favorito? O da raposa. — Ele apontou para a esquerda - mesmo sabendo que ela não o veria -, local aonde todos os caminhos se encontravam e bem no meio um grande arbusto no formato de uma raposa. — O nome que dá lugar ao complexo vem de "raposa imortal", uma deidade da mitologia chinesa. O doutor Hongfeng me contou que o irmão dele e outros artistas criaram estas obras. 

Sara deixou-se levar por um sorriso novamente. Desta vez não por sarcasmo, mas por achar graça. Apesar de tudo o que aconteceu ele não se mostrava abatido, ao contrário dela. 

Os pingos da chuva começavam a aumentar. 

— Você já jantou? 

Ela se limitou a acenar positivamente, sem mudar de posição. Os minutos se passavam, pouco a pouco a chuva aumentava e a direção do vento ia variando gradativamente. Estava a favor dos dois, mas a qualquer momento poderia se voltar contra eles. 

— Você devia ter me demitido quando teve a chance. Seria melhor para nós dois. Ou melhor — Ela adicionou: — Era melhor nem ter me contratado. 

Seu comentário despertou sua curiosidade, que até o fez imaginar sentando-se ao lado dela na esperança de iniciar uma conversa civilizada. Na última hora ele desistiu por não se sentir preparado, tampouco inocente.  

— Se eu demitisse você, eu teria que me demitir também. E...  — Ele baixou o olhar. — Você era a única pessoa na minha mente e não me arrependo da escolha.  

Aparentando retrair-se com os braços cruzados numa posição defensiva, Sara não esboçou outra reação senão aquela mesma. No fundo não se conformava com o que acabou de ouvir, mas não tinha forças para iniciar uma outra discussão.  

— Fiquei preocupado. Achei que... algo tivesse acontecido. 

Nenhum dos dois tinha coragem de falar do ocorrido na noite anterior e, obviamente, um pátio não era um local adequado para se falar daquilo. 

— Só tentei aproveitar um pouco do que eu ainda posso aproveitar. Estou morrendo, se esqueceu? 

Na verdade Sara queria ficar longe dele, o mais longe que pudesse até que tudo tivesse terminado. Apagar tudo o que houve e torcer para que ele não saísse machucado daquela história. Só que tudo o que vinha à mente era a dor da qual ele sentiria no final, e isto não adiantava muito. 

O vento soprou mais forte, indicando um iminente aumento da chuva. 

— Vai esfriar. Não queremos que você aproveite isso estando doente, não é? — Grissom tocou em seu ombro esquerdo gentilmente. 

Sara tentou odiá-lo com todas as forças. Odiá-lo como um motivo para conseguir superar tudo o que fez a ele nos últimos dias e seguir em frente com ao menos um pouco de dignidade. Entretanto, quanto mais tentava odiá-lo, mais odiava a si mesma por pensar de uma forma tão cruel e repulsiva. 

Ela não merecia tê-lo por perto e tampouco receber tanto carinho. Finalmente ele se achegava a ela e o que fazia em resposta?  

Desgastada por uma briga interna e uma briga externa que inventou de repente, Sara finalmente cedeu. Em silêncio, ergueu-se do banco e, olhando para ele, assentiu ao concordar com sua sugestão. 

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Ele não disse nada até o momento em que chegaram à porta do quarto de Sara. Em respeito, não lhe fez perguntas ou a questionou sobre seu "sumiço" ao longo do dia. Claro, isto não queria dizer que não se sentia incomodado com o que estava ocorrendo com ela. Ainda assim, não lhe era propício fazer com que falasse sobre algo do qual muito provavelmente ela não estava a fim de comentar. 

— Grissom, espere. — Estando Sara já dentro do quarto, ela o chamou antes que sumisse de sua visão. Pediu que entrasse. Não o deixaria ir embora, não depois do que causou nessas últimas horas. Tinha de ser agora o momento ou talvez nunca mais conseguiria perdoar a si mesma. 

Cauteloso, Grissom entrou no quarto e fechou a porta. Seu olhar não ansiava por nada, manteve-se neutro apesar de por dentro se encontrar num poço de ansiedade. Não sabia o que viria pela frente, estava temeroso na verdade. Não poderia tirar tantas boas memórias ao voltar àquele quarto e por isso tomaria mais cuidado. 

— Eu errei com você — declarou frente a frente dele. — De novo. 

— Você estava... — Ele cortou a si próprio. — Era um momento delicado... 

— Delicado? Eu me aproveitei de você. — Ela riu em desespero. — Eu não acredito que eu fiz isso! 

Grissom esperou até que a poeira daquela declaração baixasse; até porque até mesmo ele foi pego desprevenido por palavras tão fortes. 

— Você... acha que eu não queria aquilo também? — perguntou enquanto olhava para o chão. 

Cada vez mais suas suspeitas de que ele não agia por emoções, mas que estava tão sóbrio quanto nunca se faziam verdade. Cada vez mais longe de achar que era mais uma paixão espontânea. 

— Isso não vai dar certo. Não tem como isso dar certo! — Sara ergueu as mãos. Olhos arregalados, tentava convencê-lo de qualquer forma a desistir da ideia. Irônico para ela, pois se voltasse alguns anos atrás seria ele a pessoa o responsável pela frase. 

— Você não pode falar desse jeito. Ainda não acabou. 

Ela sorriu por pena de sua esperança inocente, quase infantil. 

— Eu tenho vivido no limbo todos os dias. Todos os dias. Estou tentando não enlouquecer enquanto eu ainda tenho de lutar para desistir de você. — Ela fez pausa uma demasiadamente longa. — Nós dois...? Isso não tem condições. Se não aconteceu antes, por que iria acontecer logo agora? 

Semblante abatido, Grissom não falou nada, ainda a absorver o que acabara de ouvir há pouco.  

— É tão engraçado isso, não acha? Eu não queria que você viesse, nunca quis. Mas... depois que descobrimos a possibilidade de mais pessoas estarem como eu, a última coisa que quero é que vá embora. — Ela virou o rosto para trás e avistou o vaso de camélias. — Logo você. Se eu conseguir salvar pelo menos um antes de partir, então... 

Quando voltou o olhar em sua direção, viu um homem com uma feição tão ou senão mais pesada que dela. 

Ela o amava demais, por isso sentia-se a pior pessoa do mundo; egoísta o suficiente para rejeitar o que sempre quis por medo da morte. Queria-o tanto que não achava justo o destino lhe reservar apenas pouco tempo de vida. 

— Me desculpa — sussurrou, lamentando com todas as forças. 

— Isso ainda não acabou. — Ele insistiu. Não foi difícil perceber o sentimento de derrota que a permeava, de que tudo iria terminar em pouco tempo e tinha apenas de aceitar o inevitável. 

— Nem mesmo você confia neles e agora quer me convencer de que vai dar certo? — Desesperançosa, ela lhe mostrou um sorriso. 

— Você mesma me disse para dar um voto de confiança na equipe dele. 

— Eu não sei se vou aguentar até lá — declarou dando de ombros. — E mesmo se eu aguentar, quem garante que eu vou conseguir passar por aquilo? Ainda aceitaria ficar ao lado de uma bomba-relógio? — Ironizou. 

— Sim — respondeu de prontidão, pegando-a fora de guarda. 

Ela balbuciou algumas vezes na tentativa de seguir com seu raciocínio, porém seguia desorientada. Viu-se perdida entre uma série de pensamentos esparsos porque não esperava que fosse receber uma resposta tão direta e impassível de hesitação quanto aquela. Era necessário tomar uma atitude logo. 

— Mas eu não. — Ela afirmou categoricamente. Precisou de um tempo para normalizar sua respiração acelerada antes que perdesse o controle, porém não perdeu a postura. — Acha mesmo que eu iria aceitar uma coisa como essa? 

Ela cruzou os braços esperando que ele finalmente se desse por vencido e fosse embora. Sua feição, melancólica, dava indícios de suas esperanças foram afogadas. Mas algo em seus olhos a incomodava. 

Finalmente ele baixou o olhar como quem fosse desistir daquela ideia maluca. Mas na verdade estava buscando um argumento sólido para fazê-la mudar de ideia. 

— Juntos ou não... — Com dificuldade para dizer as primeiras palavras, continuou de uma vez. — É desse jeito que prefere lidar com isso? Que de uma forma ou de outra você vai acabar morrendo? 

Braços ainda cruzados, acabou se retraindo ainda mais. 

— Deus... Tudo o que eu mais quero é que você se recupere e... volte a sorrir. 

— Estou sorrindo. — Ela forçou a boca no gesto mais falso dos últimos dias. — Viu? 

Então ele caminhou em sua direção, tão naturalmente que Sara se viu cercada por sua presença e incapaz de reagir. Ele parou a menos de um metro — semelhantemente à noite anterior —, atemorizando os pensamentos de Sara, com medo que a cena viesse a se repetir. 

— Você sabe do que estou falando — respondeu, olhos fixos nela. — Você... não tem mais sorrido como antes. 

— E você ficava prestando atenção em mim esse tempo todo?  

Grissom não respondeu. O desvio no olhar deu a entender que ficou envergonhado, mas para a infelicidade dela, não levou muito tempo para que voltasse com o contato visual. Era nítido, quase palpável o desejo dele em tornar aquele contato uma coisa além. Queria tocar em seu rosto e sentir os lábios dela nos seus como antes. Simplesmente perdia-se pouco a pouco em seus desejos e, por mais que tentasse se livrar deles, percebeu que fora vencido no momento em que entrou naquele avião. 

— Eu não posso aceitar isso — protestou ela, desprovida de quaisquer firmeza em sua voz. Sabia que estava sendo egoísta, mas para tê-lo por tão pouco tempo, sabendo que muito provavelmente iria morrer, era melhor ser apenas um sonho. — É muito pouco tempo. 

— Pouco tempo ou toda a eternidade... não valeria a pena do mesmo jeito? 

A resposta curta a desmontou por inteira. Mais que isso, saber da boca dele que estava disposto a continuar com aquilo tendo a incerteza do futuro, valendo-se apenas do desejo em estar ao seu lado deveria ser o suficiente para abandonar suas convicções. Só que ainda havia algo dentro incapaz de aceitar. 

— Não gosto de ver você assim. — Grissom declarou de modo tímido, mas o suficiente para que ela o entendesse. Receoso de início, ele tocou em seu rosto com a mão direita, sentindo o calor e a maciez de sua pele. Não queria saber de mais nada a não ser estar perto dela. 

A única reação de Sara no momento foi fechar os olhos a relaxar sobre um toque tão suave e carinhoso quanto aquele, sentindo o peso de ter agido de modo egoísta por todo esse tempo. Já não conseguia mais respirar. Ele tomara todo o ar daquele quarto para si diminuindo o espaço entre eles.  

Um último contato visual, olho no olho. Tentou enxergar nele todos os motivos para desistir com aquilo de vez ou se entregar sem olhar para trás. Sara nunca quis tanto isso; ter seus sentimentos correspondidos por alguém que amava. Cogitou desistir dele por várias vezes, porém seu coração rebelde não a deixava seguir adiante. Ele estava ali mais uma vez, incansável, vorazmente incapaz de desistir. 

Poderia dar certo, afinal. Ela poderia sair dali recuperada e voltar a ter uma vida normal junto dele. Tudo daria certo em sua vida e o período recente não passaria de uma lembrança indigesta. Era um sonho distante, mas possível. Por outro lado, restaria-lhe apenas pouco tempo a passar com Grissom e isso seria injusto demais. Será que valeria mesmo a pena passar seus últimos dias ao lado de alguém que, nitidamente, gostaria da mesma coisa que ela? 

Lançando-se no turbilhão de sentimentos ela envolveu seu rosto com ambas as mãos e beijou seus lábios desesperadamente, como se daqui a alguns minutos fosse a partir para a morte certa. Fechou seus olhos lacrimejantes e tentou apagar da mente, pelo menos por alguns instantes, que só havia eles dois e mais nada. 

Em algum lugar do universo aquele beijo durou minutos, uma eternidade. Durou apenas o tempo de uma longa respiração, porém valeu a pena. 

Quando findou o gesto recostou-se sobre sua testa enquanto seus dedos resvalavam sobre sua pele. Aquela sensação era boa, boa demais, porém ela não conseguia se expressar sorrindo; tristeza permeava em seu rosto apesar de que no fundo ela sorria ao desfrutar daquele momento. Era uma pequena parte. 

Sara o beijou mais uma vez, mas foi breve. Ela o trouxe para si em um abraço firme, buscando consolo em seus braços que a seguraram firme como nunca. Sentiu as mãos dele tocarem suas costas e alcançarem sua cintura logo depois num gesto de proteção. Ele não a julgava por agir assim, de longe faria isso; em seu caso talvez sairia pior, muito pior. 

— Fica comigo essa noite? — Ela perguntou, rosto rente ao seu ombro. Tentou afastar suas convicções de antes, ao menos agarrar com todas as forças o talvez último lampejo de felicidade.

— C-claro!... — Grissom hesitou ao responder, não porque não queria aquilo, mas sim porque foi surpreendido pelo pedido. Caiu-lhe a ficha de que ela queria a mesma coisa, que se entregara ao que estava prestes a ser um relacionamento íntimo. — Claro. — Desta vez afastou-se dela para fitá-la nos olhos antes de respondê-la. Beijou sua testa rápida e carinhosamente e em seguida seus lábios com uma saudade de anos. 

Tocando em seu peito, Sara o guiou sem pressa até a cama e o deixou deitar primeiro. Um pouco desengonçado, Grissom retirou os sapatos com pressa e depois as meias. Ele se deitou, chamou-a para si e a segurou firme em seus braços envolvendo suas mãos nos quadris dela para que Sara se acomodasse sobre ele. Então a recebeu com um beijo preguiçoso e suave. Eles não contaram quanto tempo durou — e nem faria sentido fazê-lo —, ocupados demais administrando em suas mentes que aquilo realmente estava acontecendo.  

Ao término, Sara repousou a testa sobre a dele e sorriu por um instante. Olhos fechados, queria que aquela noite durasse para sempre; sem ter que enfrentar o dia seguinte e uma enxurrada de dúvidas sobre seu futuro. Estar ali, no conforto daquele abraço, daquele aconchego e deixar que o amanhã, o incerto, não chegasse de forma alguma. 

Um clarão no céu acompanhado de um forte trovão fez a janela vibrar, o que chamou a atenção de ambos, principalmente a de Sara. 

— Vai ser uma tempestade daquelas. — Grissom se manifestou para chamar sua atenção ao ver que ela olhava para a janela por tempo demais. 

Enfim, ela voltou à posição de antes. 

Sara não sabia dizer o motivo, mas se viu encarando aqueles olhos azuis hipnotizantes e não conseguia dizer mais nada. E de repente sua pergunta anterior vinha-lhe à mente, questionando-a se tudo aquilo valeria mesmo a pena. Mesmo que, na manhã seguinte não estivesse mais ali, deixando-o sozinho na cama apenas com as lembranças daquela noite. Será que era tão fácil abrir mão de tudo isso por puro ego? Abrir mão do que sempre desejou por medo? 

— Que bom que não estou sozinha, então. 

Depois de respondê-lo, inclinou-se e se apoiou na cama para beijar sua bochecha brevemente e logo alcançou sua boca sem pressa. Se fosse morrer na manhã seguinte ou quando o relógio chegasse à meia-noite, queria ter certeza de que aproveitou o momento o máximo possível. 


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