Meu Anjo da Guarda escrita por Mrs Kress


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal!! Mais um capítulo para vocês!!
Estou super feliz que estejam gostando. O de hoje já contém algumas informações importantes para o desenrolar da história ;*



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O fim de semana havia sido ótimo para Sam e Freddie, após o jantar de noivado da Carly e Gibby, ainda saíram no domingo, decidiram ir em um parque que havia perto do bairro onde ele morava. Era um lugar tranquilo e aproveitaram para conversar mais, comer alguns doces e salgados dos carrinhos de comida que havia ali.

Mas a segunda-feira chegou e nesse dia Sam tinha uma apresentação marcada com seu pai e alguns diretores da empresa. Precisava apresentar os resultados do último trimestre e novas estratégias para aumentarem o faturamento.

Com meia hora de antecedência, adentrou a empresa e foi direto para sua sala a fim de revisar alguns pontos importantes. Quando deu o horário se dirigiu até a sala de reuniões e fez sua apresentação com direito a responder algumas perguntas ao final. Depois que tudo foi esclarecido, os diretos já estavam se retirando da sala, enquanto ela ficou reunindo suas coisas.

—Tem um minuto? – John Puckett se aproximou sério dela. Era um homem sério, um pouco mais alto que Sam, também tinha os mesmos olhos azuis e usava um terno.

—Claro, pai – Sam deixou suas coisas de lado e voltou sua atenção a ele – É algo sobre a apresentação que eu acabei de fazer? – perguntou conseguindo disfarçar o nervosismo que havia em sua voz.

—Não. Na verdade, eu acho que você se saiu muito bem. Sempre soube que iria me orgulhar de você – sorriu afetuoso. Sam sentia falta desses momentos, mas ultimamente ele parecia cada vez mais distante e ela se via na tentativa de tentar impressioná-lo.

—Aconteceu algo grave?

—Bom, eu quem deveria perguntar isso a você.

—Como assim? Por quê?

—Eu não sou cego, Sam. O que aconteceu com você? – John segurou o pulso de Sam e o levantou, puxou a maga da blusa branca que usava revelando mancha roxa claro.

Sam logo abaixou a manga da blusa e afastou o braço. Havia se cuidado desde o acontecido para que ninguém visse a marca que ficara em seu pulso, usando blusas de manga comprida, e, por ter a pele tão branca, esse roxo demorava um pouco mais para desaparecer completamente. Não estava preparada para falar sobre isso com alguém além de Freddie.

—Eu vi enquanto você trocava os slides. A manga desceu um pouco e eu aprendi a prestar mais atenção nesses pequenos detalhes desde que você namorava com aquele Andrew – John continuou percebendo que ela não falaria nada – Ele está atrás de você novamente?

—Não, pelo menos eu acho que não.

—Me conta isso direito. Pelo amor de Deus, Samantha – sabia que ele estava bravo quando a chamava pelo nome.

—Foi em um final de semana que eu estava saindo do restaurante do Gibby. Eu estava caminhando para o meu carro e um cara de rua me atacou. Ele segurou meu pulso e aperto com força dizendo que estava apenas cumprindo um serviço, eu tentei me soltar e até conseguia de primeira, mas ele me alcançou. Por sorte, o Freddie me ouviu gritar e foi me ajudar.

—Cumprindo um serviço? – o rosto de John empalideceu – E quem é Freddie?

—Sim, eu tenho certeza de que ele falou isso. Quanto ao Freddie, ele é... Ahn... Um amigo – respondeu com certa incerteza a última parte, pois só haviam saído no final de semana e não tinham combinado nada sobre o que eram.

—Como ele era? – perguntou sem nem prestar atenção ao final da resposta.

—Eu não o reconheci. Tudo aconteceu tão rápido e estava escuro. Mas ele estava todo sujo e tinha barba.

John se sentou em uma cadeira que estava próximo a ele e suspirou.

—Papai, está tudo bem? O senhor está pálido – Sam se aproximou dele preocupada.

—Só estou pensando.

—Em que? Não acha que isso seja aleatório? Porque eu tenho a sensação de que não seja.

—Sam, você precisa tomar muito cuidado. Talvez, eu ligue para o Tyler e o contrate para ser seu segurança novamente por um tempo.

—Mas por que tudo isso? O senhor sabe de alguma coisa que eu não sei?

—Sam, é complicado.

—O que é complicado? Eu preciso saber se tem alguém querendo me fazer algum mal.

—Droga, Sam. Já falei que é complicado.

—Eu não sou mais uma garotinha, eu aguento o que tiver para falar.

John suspirou. Conhecia sua filha e sabia que era teimosa, não sairia do lugar enquanto não lhe desse o que queria.

—Você se lembra de Michael Richards? – começou.

—Sim, eu era amiga da Ashley, filha dele.

—Isso, a que morreu aos anos, estou certo?

—Sim, no final de semana que íamos para New York para as férias.

—E você se lembra que ela morreu pela imprudência do piloto do helicóptero? Um helicóptero da nossa empresa.

—Sim, foi erro do piloto. Era para estarmos juntas naquele helicóptero, mas o senhor estava internado no hospital e teve complicações aquele dia...

—Você foi me visitar e se atrasou – Sam assentiu – Teoricamente, não era para Ashley ir com você. Ela estava atrasada em algumas aulas, mas acabou conseguindo em última hora e o Michael a deixou ir.

—Eu me lembro de tudo isso. Qual o ponto da história?

—Sam, não houve imprudência do piloto. O helicóptero foi sabotado para você entrar nele. Armaram para você morrer, não para a Ashley.

—O que? – Sam se apoiou na mesa, tentando juntar forças para se manter em pé – Como assim? Quem poderia ter feito isso?

—Entenda, eu só descobri isso quando você completou 18 anos. Seu tio fez isso com você. Ele achou que eu não iria resistir naquela época, e sabia que a minha parte seria sua, claro que ele controlaria até você completar a maioridade, mas ele queria se livrar de você logo e ficar com tudo.

—Como ele poderia fazer uma coisa dessas? Eu não entendo. Éramos uma família, só tínhamos a nós mesmos!

—Sam, ele sempre foi um homem muito ambicioso. Sempre tivemos problemas com a sociedade, eu só não deixava transparecer isso. Você perdeu a mãe quando era muito nova, não queria que aguentasse minhas brigas com a única pessoa da família que você tinha e você o adorava.

—Por que não fez nada quando descobriu tudo isso?

—Eu tentei, mas ele sempre foi muito mais esperto e inteligente. Quando viu que o plano falhou, ele se distanciou até que desapareceu do mapa. Contratei detetives na época, mas não o acharam, com o tempo consegui reunir o que precisava para saber o que aconteceu naquele dia. Eu não o expus porque sabia que teria que enfrentar outra pessoa pior, Michael. Ele não superou a morte da filha até hoje.

—Não é justo, papai. Ele deveria saber a verdade.

—E como eu poderia me certificar de que ele não iria retaliar com você? Não sabemos do que as pessoas são capazes, Sam.

—E você acha que o tio Jack está vindo atrás de mim novamente?

—Provavelmente. Por mais que tenhamos controle por toda a empresa, ele ainda é meu sócio. Ainda pode querer fazer algo com você ou comigo para conseguir de volta, ainda mais com você. As notícias já estão se espalhando de que irei passar minha parte a você.

—Precisamos encontrá-lo então. O quanto antes e resolver tudo isso.

—Eu vou cuidar disso. Enquanto isso, tome muito cuidado – levantou-se da cadeira e abraçou Sam fortemente – Vou ligar para o Tyler mesmo assim, ficarei tranquilo se ele estiver por perto.

Sam quis protestar, mas se conteve. Ainda estava tentando processar tudo o que ouviu. Só sabia que a partir de agora teria de ser forte para o que quer que acontecesse.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de deixar um comentário dizendo o que acharam.
Obrigadaa!



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