Alguns encontros são duráveis por uma vida inteira, outros duram por algum período de tempo maior ou menor seja ele algumas horas ou por fim por poucos minutos. Aquele olhar que você cruza na rua, e consegue até imaginar o nome dos filhos e o futuro casamento, ou que você esbarra num corredor e acaba tentando imaginar como seria aquela pessoa fodendo.
Tem aquelas que se tornam trocas de mensagens em um aplicativo que com o tempo vão se esfriando até desaparecerem por completo, ou no meu caso tem aquela estranha que você nem ao menos vê o rosto direito pois a escuridão e as baixas luzes do ambiente, regado a muito álcool fazem com que você não tenha certeza do que está vendo se é um cover da Madonna ou a tia da limpeza dona Derci (que depois virou minha amiga) e o som alto que abafa o nome dela e você só sorri e concorda achando que é alguma pergunta idiota sobre o som bem no meio de uma balada alternativa pra não dizer dos infernos na Augusta no meio da madrugada e no meio de um cenário de destruição foi assim que eu a vi, como se uma fada saísse de um contos de fadas gótico e sinistrão, como se ela fosse uma sereia que tivesse saído do Rio Tietê e ela só precisou dizer "oi" pelo menos eu acho que foi o que eu ouvi mas naquele instante só dela não ter me pedido cocaína foi um ótimo sinal. Não questionei nada ficamos ali mesmo a minha única companhia naquele fim de noite estranho e o beijo que mais se encaixou durante toda essa minha precária existência, tudo nela parecia gostoso mas, que devido ao um burburinho sobre uma stripper ter dado uma facada num cara na porta sei lá, coisas muito estranhas acontece por ali e a curiosidade de todos os idiotas presente a gente que não estavam caídos no chão de bêbados a gente se desencontrou e o pior é que nunca mais a vi e nem ao menos sei seu nome, o cara da facada por outro lado passa bem, casou com a stripper.