O Senhor das Florestas escrita por Jupiter vas Normandy


Capítulo 7
A Íris Esmeralda




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— Soter? – Eiren sugeriu, mas Hernan balançou a cabeça.

— Já viu alguma floresta vazia? – Hernan não queria assustá-los, mas eles não deveriam se afastar pensando no cachorro perdido.

Aquele som era algo gutural, mas estranho, forte e antigo. Hernan lamentou ter soltado o machado quando correu atrás dos dois. Pegou um galho do chão, claramente cortado por alguém que desconhecia a Floresta, e puxou os irmãos para trás logo que a criatura apareceu de repente, quase como se emergindo das sombras das árvores.

Ascian tropeçou nas raízes, mas apesar da urgência, não se levantou.

Tudo na floresta era vivo… Lembrando disso, Ascian congelou, sentindo em seu pescoço o sopro discreto, o hálito enraivecido… Uma respiração. Sabia que não tinha ninguém atrás dele, com as costas coladas ao tronco da árvore.

Apenas a árvore, seu tronco nodoso cheio de estrias pequenas demais para esconder qualquer segredo. Voltando-se para os irmãos, seus olhos cruzaram com uma íris verde-escura encarando-o com verdadeiro rancor. Ascian sentiu o ódio que emanava, ainda que não pertencesse a rosto algum capaz de se expressar; observava-o da fresta de uma das ranhuras, uma íris vívida em um caule de madeira, que tão logo se deixou notar, piscou e desapareceu.


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Notas finais do capítulo

“Aos que se atrevem a explorá-la, cuidado. Da Floresta nada comam ou bebam, e prestem respeito ao que quer que encontrem. Pois tudo na Floresta vive e deseja, e por viver e desejar, defende-se e destrói o que ousar ficar em seu caminho.” – Excerto retirado do livro “O Sagrado Natural”, do acervo particular da Realeza de Yaz. Traduzido da Língua Natural pelo Feiticeiro da Corte, Arcaent Tsarin.