O Senhor das Florestas escrita por Jupiter vas Normandy


Capítulo 1
O Pó da Terra


Notas iniciais do capítulo

Galera que já conhece esse mundo, se vocês olharam a capa, viram a frase "Arquivos de Yrilla". Isso significa que a história tem caráter folclórico nesse mundo, é uma lenda. Pode ser verdade ou pode não ter acontecido dessa forma. E em histórias futuras, poderão encontrar outras versões.



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As crianças do povoado achavam aterrorizante que a família de Ascian vivesse tão perto da Floresta Profunda. O povoado já temia às florestas em geral, mesmo que precisasse delas para sobreviver, preferindo regiões abertas do campo ou largas clareiras. Velhas viúvas diziam que fantasmas eram atraídos pelas matas, e as crianças temiam fantasmas e outras coisas mais.

Ascian achava besteira. Vivia na floresta desde pequeno e nunca viu um fantasma. Mas a Floresta Profunda era um enigma que o atraía. Não de uma forma corajosa, mas alerta. Não tinha um dia que Ascian não estivesse atento à proximidade dela. Às vezes perdia horas na estranha afecção, parado na frente do casebre de madeira, estudando as sombras das árvores gigantescas como se algo pudesse sair de lá e alcançá-lo.

— Você se preocupa demais, meu querido – dizia sua mãe, a voz cheia de doçura. – Apenas não entre lá, e nada vai acontecer.

— Pare de aterrorizá-lo, Vivienne, criamos ele para ser homem – repreendia o pai quando ela tentava tranquilizá-lo, sempre afiando o machado.

Os irmãos lhe entendiam. Do mais velho ao mais novo, todos sabiam que a Floresta os espreitava, fosse para levá-los ao topo do mundo ou destruí-los ao pó da terra.


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Notas finais do capítulo

“A Floresta Profunda, o coração de todas as florestas, não é terra proibida aos humanos, pelo contrário. Mas ela é o reino de Meldrie e tem suas próprias regras. Conheça bem o caminho, pois a Floresta nada deve aos humanos; não lhes deve clareza, não lhes deve justiça, não lhes deve a vida.” ?“ Excerto retirado do livro ‘O Sagrado Primeiro’, resgatado da Biblioteca de Yrilla por um sobrevivente no ano de 1114. Parte do acervo particular da Realeza de Yaz desde 1143. Traduzido da Língua Primeira pelo Feiticeiro da Corte, Arcaent Tsarin.