Nanda/Bella POV

Mas logo uma expressão de dor tomou conta de seu olhar.

“Ed... o que foi?” Ele não disse nada, apenas levantou um pouco a bata que eu usava, expondo minha barriga inchada. Nela havia duas pequenas marcas vermelhas. Na verdade estavam mais para róseas, eram marcas bem fraquinhas.

“Nanda... olhe para essas marcas... como acha que vai agüentar mais 4 meses, se é que serão mesmo mais 4 meses...”

“Mas nem estão fortes Edward, e nem estão doendo!”

“Mas podem começar a doer... e se...”

“Shhh... quieto!” Disse o silenciando com meu indicador “... sabe... estou curiosa para saber o que essa criança vai ser, sobre... o sexo...” Mudei de assunto bruscamente, mas ele ficou em silêncio.

“Eu também!” Disse Rose entrando pela sala. A olhei acusadoramente “Ei! Não me olhe assim... já se passaram os 10 minutos!” Ela disse como se fosse dona da razão.

“Você não tem jeito mesmo Rose!”

“Mas... mudando de assunto... o que você disse antes... quer mesmo sabe o sexo do bebê??”

“Claro!”

“Então, acho que Carlisle vai poder nos ajudar...”

“É mesmo?”

“Creio que sim... Quando ele chegar da caçada eu falo com ele”

“*-*”

Ed não dizia nada. Ele pegou minha mão e deu um beijo nas costas dela, deixando a sala logo em seguida.

“Ele ainda não...”

“É... ele não aceita...” Eu disse triste.

“Olha... eu sei que é estranho eu defender ele, mas... tente entendê-lo, ele tem medo... sabe, por você... tem medo de te perder... Ele não lida muito bem com a perda...”

“É... eu sei, mas queria que ele estivesse tão feliz quanto eu estou”

“Ele vai estar... uma hora vai... eu sei...” Ela colocou a mão em meu ombro..

Todo esse tempo... a nossa relação mudou. Ela parecia não me detestar tanto quanto parecia antes, e eu já a considerava minha amiga.

“Obrigado!” Disse a abraçando.

Um tempo se passou. Já estava anoitecendo, até que a porta se abriu. Eu, que estava deitada no sofá, me levantei.

Emm foi na direção de Rose, a tirou do chão a rodando no alto, logo em seguida a colocando de volta no lugar, depositando um longo beijo em seus lábios.

Carlisle e Esme vieram em minha direção.

“Sente-se bem , querida?” Esme.

“Oh sim... e.. de manhã, o bebê.. ele... chutou!”

“*-* Sério?!!”

“Aham!”

Rose puxou Emm para perto de onde estávamos e olhou para Carlisle.

“Carlisle... será que vai dar para vermos o... sexo do bebê?”

“Eu não sei Rosalie... mas posso... tentar”

Então Carlisle pediu para que Emmett me levasse ao seu consultório que tinha em casa, enquanto ele o preparava.

Alice apareceu lá dentro, quando eu já estava deitada na cama do consultório, e tinha cara de quem sabia algo. Resolvi questioná-la.

“Lice... por acaso você já sabe... o que o bebê é??”

“:( Não... eu não consigo ver através dele... você sabe...”

“Mas assim é melhor, aí todos saberemos juntos! :D”

“Assim você até parece o John falando...”

“O quê??”

“Nada não...”

Carlisle ainda estava arrumando os aparelhos no lugar, e logo depois vi ele ligar o aparelho, que me mostraria meu pequeno bebê.

Ele passou um gel aquoso sobre meu abdômen frio, mas eu nem sentia direito sua temperatura, já que minha barriga parecia estar mais fria que ele.

Logo ele começou a pressionar o aparelho sobre minha barriga.

Olhei para a tela do aparelho, mas tudo que eu via era uma imagem escura... negra... será que aquilo era normal?

Olhei para Carlisle e sua expressão era preocupada. Olhando para sua face, respondi à minha própria pergunta: aquilo não era normal.

“O que houve, Carlisle? Por que meu bebê não está aparecendo na tela?”

Mas antes que ele pudesse responder minha pergunta, Edward entra na sala; apressado.

“Carlisle... se é isso mesmo que você está vendo... como essa coisa vai sair dela?”

“Do que está falando Edward? Carlisle... o que está havendo com meu bebê??” Perguntei já começando a me apavorar.

“Nanda...” Carlisle começou “... Todo o bebê tem um tipo de membrana que o recobre, ainda no útero materno, chamada placenta. É um tipo de pele fina que protege o bebê, ainda dentro da mãe...”

“Sei... mas... o que há? O meu bebê não tem essa membrana?”

“Não Nanda... muito pelo contrário. A membrana que cobre seu bebê é tão grossa, tão densa, que eu não vejo... absolutamente nada!”

“:o Mas por que essa reação de Edward?”

“É que geralmente, os bebês rompem essa pele naturalmente quando estão pra nascer, e por ela ser muito fina... isso fica mais fácil. Mas como a sua é muito mais grossa, ele teme que na hora do parto...”

“E ele teme com certa razão...” Alice balbuciou muito baixo, mas fez com que todos ali olhassem em sua direção.

“Como?”

“Sabe... depois que deixamos Forks, um pouco depois da... morte de Bella... passamos por diversos lugares, nunca nos fixando em um só. Mudamos de lugar... de país... E um desses países que passamos, foi pelo Brasil. E lá eu conheci um jovem... Nahuel era o seu nome. Ele me contou algo, que eu pensava ser mentira. Bem... agora percebo que podia não ser uma mentira, de fato...