Nanda POV

Será que ela já sabia que eu estava apaixonada por Edward? Não... não tinha como... afinal, ela era um tipo de vidente, não leitora de mentes...

Esse pensamento me fez lembrar dele, novamente dele... E mais uma vez fui traída por minhas lágrimas.

“Oh meu Deus! Você o ama!”

“Cale-se Alice... Nunca mais diga isso! Eu.. eu...”

Desisti de tentar fingir em frente à Alice. Meu choro já havia me denunciado, e meus sentimentos estavam estampados em meu rosto, assim como minhas lágrimas...

Era verdade... eu o amava! Não era uma paixão que acabaria com o tempo, não era vontade passageira... era amor, um amor que parecia reprimido dentro de mim à tempos, mas que hoje se libertou... Mas era um amor não correspondido... platônico...

“Não sei como aconteceu Lice...” Falei a abraçando “Simplesmente... aconteceu... e quando eu percebi, já era tarde demais...”

“Ah Nanda... ele também...”

“Não ouse terminar essa frase Alice. Sabe tão bem quanto eu quem Edward ama e sempre vai amar... e essa, não sou eu...:(”

“Mas...”

E no mesmo instante que Alice estava para me dizer algo, vi Edward surgindo na porta, com surpresa e espanto em seu olhar. Será que ele havia ouvido a conversa? E quanto teria ouvido? Mas eu havia confirmado à Alice que eu o...

Ah não!

Edward POV

Eu pensei em ir correndo atrás de Nanda quando ela saiu da clareira daquele jeito, mas algo me impediu... e penso ter sido meu bom senso, se é que eu ainda possuía algum...

O que eu tinha feito? Eu não era o tipo de pessoa que seguia impulsos... mas aquele foi um impulso maravilhoso... o contato daqueles lábios quentes.. perfeito...Droga! Porque eu havia gostado tanto do beijo? E porque não senti que traia minha Bella, se era o que eu fazia?

Só não entendi sua reação... porque havia saído correndo daquela maneira?

Fiquei perdido em meus devaneios até o amanhecer. Decidi ir pra casa... ter ido para aquele lugar para pensar só havia piorado as coisas, que já não estavam muito boas... minha mente ficou ainda mais confusa.

Cheguei até minha casa, e ainda do lado de fora pude ouvir uma conversa:

“Oh meu Deus! Você o ama!”

“Cale-se Alice... Nunca mais diga isso! Eu.. eu...”

De quem elas falavam? Decidi ouvir um pouco mais, mesmo sabendo que era errado

“Não sei como aconteceu Lice, simplesmente... aconteceu... e quando eu percebi, já era tarde demais...” Grossas lágrimas molhavam o ombro de Alice.

“Ah Nanda... ele também...” ...Sente o mesmo, só que inda não se deu conta... Sua mente completou.

“Não ouse terminar essa frase Alice. Sabe tão bem quanto eu quem Edward ama e sempre vai amar... e essa, não sou eu...:(”

Elas falavam de mim? Nanda estava...

.

Setimentos confusos invadiram meu ser, e uma repentina sensação de felicidade se instaurou ali.

“Mas...”

Não deixei que Alice terminasse de falar e adentrei a porta.

Eu não conseguia tirar os olhos de Nanda... Ela estacou na hora em que me viu... pude ver o espanto e o choque em seu olhar.

Mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela passou correndo por mim, com lágrimas nos olhos, e eu me chutei mentalmente por ter entrado aquela hora. Fiquei estático por um bom tempo, não tinha nenhuma reação.

O olhar que ela me jogara antes de sair comprovou tudo o que disse anteriormente... e eu mal sabia como lidar com isso, e com os novos sentimentos que surgiam, que não pareciam ser tão novos...

Alice sentou-se no sofá e tinha o olhar baixo. Quando se virou para me encarar, parecia irritada com algo.

“Qual é o seu problema??:x”

“Como??”

“É ela Ed... Porque você fez aquilo na clareira... você... a magoou..”

“Lice... de uma vez por todas.. não é ela. Nós dois, mais do que ninguém sabemos... E aquilo que aconteceu na clareira.. bem... eu não fiz aquilo para magoá-la... eu...”

Mas parei de falar ao ver que Alice já não olhava mais para mim, ela olhava para frente, tinha um olhar vazio.

Nanda corria, topando com diversos galhos. Ela estava do outro lado, na praia oposta à La Push, um pouco depois dos limites das terras quileutes. Ela corria, corria cada vez mais rápida e mais desesperada, até parar na ponta do topo de um penhasco, que levava à água... ela tinha o olhar perdido e de repente, saltou...”

Alice tinha o olhar desesperado, e logo sua mente me mostrou outra imagem:

Dessa vez a garota que estava no alto do penhasco tinha os olhos chocolate, os olhos que eu tanto amava... Ela parecia tomar coragem para algo, e logo depois, saltou sorrindo, soltando um grito de liberdade.

“NÃO! De novo não!” Alice gritou.

“Edward... corre!!”

Mas antes mesmo dela ter falado, eu já havia saído pela porta... mas não antes de ouvir Alice dizer:

“Deja vú...”

E depois do que vi passar por sua mente era assim que eu também estava me sentindo... desde que Nanda apareceu em nossas vidas... em minha vida...