O Retorno Do Fantasma Vigilante escrita por M F Morningstar


Capítulo 7
Um Lugar Especial


Notas iniciais do capítulo

Olá, novo capítulo!

Boa Leitura!!!



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P.O.V Mônica Sousa

Nosso segundo encontro fora do baile, eu não poderia acreditar que realmente isso iria acontecer. Pensei que ele sumiria, que desistiria de me contatar, mas na realidade não, o Fantasma Vigilante persistiu dessa vez. Termino de fechar meu vestido curto de alças largas florido em tons de rosa, coloco uma sapatilha branca e amarro um laço rosa claro em meu cabelo juntando uma mecha de cada lado. Me olho no espelho assim que termino de passar um batom rosa pastel.

— Será que ele vai gostar? – Pergunto a mim mesma.

Com um suspiro pego minha bolsa branca de tira e saio de casa indo até o parquinho. Não devia passar das quatro da tarde e o Fantasma havia pedido para nos encontrarmos nesse sábado, pois ele gostaria de me levar para conhecer um lugar. Ainda acho estranho o fato de não podermos trocar mensagens pelo celular, já que ele insiste em ser só por cartas, cartas que eu tenho que deixar no parque, mas que ele consegue/pode me enviar seja na minha casa ou na escola. Por mais que o ar misterioso seja encantador, tem vezes que também chega ser um saco, eu não conheço quase nada sobre ele.

— Está magnífica, milady. – Me elogia uma voz vinda de trás.

— Obrigada, Fantasma. – Agradeço a ele assim que me viro ficando frente a frente com o mascarado.

— Não me agradeça, te elogiar deveria ser uma lei. – Assim que o mascarado me oferece seu braço, eu me “engato” nele.

— Para onde vamos? – Pergunto curiosa, e ele abre um sorriso.

— É segredo até o momento em que você veja.

— Você gosta de me deixar curiosa. – Solto uma risada que o faz sorrir.

— É minha meta. – Ele dá uma piscada que mesmo com a máscara consigo perceber.

Essa piscada... Cebola faz igual... Por que tenho que me lembrar dele?

— Está tudo bem? – Pergunta o Fantasma preocupado. – Você ficou séria do nada.

— Ah, sim. Estou bem, só acabei lembrando de um amigo. – Explico, e meu acompanhante concorda com a cabeça.

— Entendi. Por acaso seria aquele amigo que você havia me chamado tantas vezes no baile?

— É, mas deixa para lá. Quero aproveitar o passeio. – Digo desviando meu olhar dele para a minha volta, para o caminho que estávamos fazendo.

Estávamos andando pelas ruas do Limoeiro, algumas pessoas olhavam para o Fantasma sem entender a fantasia, contudo, ninguém perguntava nada. Depois de andarmos um pouco, paramos em frente a uma trilha que dava para a floresta. A trilha não estava bem cuidada, mas era visível que ela estava ali mesmo com a grama e as ervas-daninhas crescendo e invadindo.

— Nunca havia visto essa trilha antes. – Confesso surpresa por aquilo estar ali por tanto tempo.

— Muitas pessoas não conhecem, e algumas que conhecem acabaram esquecendo. Ela existe a muito tempo, achei que seria um bom lugar para irmos. Você irá se impressionar com o final da trilha. – O ar de mistério dele me intriga mais ainda.

— É bom mesmo. Odiaria que fosse uma completa enganação. – Digo em tom brincalhão.

— Vamos, milady.

Fantasma começa a me guiar pela trilha, ao redor haviam inúmeras árvores e flores, nada a mais do que a belíssima natureza. Depois de alguns minutos andando pela trilha, paramos na frente da entrada de uma caverna. Diferente da trilha, a caverna parecia estar mais bem cuidada, o que é estranho já que a maioria desconhece esse lugar.

— É do outro lado. – Diz o mascarado adentrando a caverna me levando junto dele.

— Está tão escuro. – Digo não enxergando quase nada.

— Já vai melhorar. – Assim que ele diz isso, escuto um barulho.

O Fantasma havia colocado a mão em uma “cortina” cheia de vinhas, quando a puxa para o lado, “abrindo” um caminho, eu vejo uma paisagem linda. Era uma campina enorme, inúmeras flores silvestres e peônias preenchiam o lugar, o sol refletia de um jeito único deixando um aspecto harmonioso e convidativo. Assim que entramos na campina, a “cortina” de vinhas volta ao seu lugar, tapando a escuridão lá dentro da caverna.

— É incrível! Estou sem palavras para descrever tudo isso. – Digo com a boca aberta olhando para todos os lados.

— Um lugar maravilhoso para uma mulher maravilhosa. – Profere galanteadoramente.

— Obrigada. – Dou um sorriso sincero para ele ainda admirada com tudo.

— Ainda tem mais uma coisinha. – O Fantasma oferece a mão dele, e eu a pego sem hesitar.

Rapidamente ele me leva até o meio da campina onde havia uma toalha xadrez de piquenique junto com uma cesta grande de palha. Nos sentamos próximos, um de frente para o outro.

— Que cheiro maravilhoso. – Alego sentindo o perfume das flores a minha volta.

— Espero ter preparado tudo do seu agrado. – Diz o mascarado abrindo a cesta para revelar o conteúdo.

— Como?! – Exclamo impressionada, pois só haviam coisas que eu gostava.

— Tenho um dom para isso. – Brinca, mas no fundo, percebo que ele me conhece mais do que deixa transparecer.

— É só para olharmos? – Pergunto arqueando uma sobrancelha.

— Não. – Ele ri e começa a tirar tudo de dentro da cesta grande com o maior cuidado possível. – Pode devorar o que quiser.

— Pode apostar que eu vou.

—__¨¨¨___*___¨¨¨___

Depois que comemos, havíamos começado a conversar sobre várias coisas que não tinham muito significado, mas ainda assim nos divertia. Com o tempo, acabei deitando com a cabeça em seu colo enquanto ele acariciava meus cabelos. Um pequeno gesto, mas que aquecia meu coração completamente.

— Eu não me canso de te olhar... – Ele sussurra me admirando.

— Quase nem nos encontramos pessoalmente. – Brinco, mas ele continua sério. – Ou já? – Pergunto confusa com sua seriedade.

— Logo você saberá quem eu sou.

Normalmente eu iria insistir, mas não quero estragar o momento, a tarde está tão maravilhosa para quebrar o encanto. Não apenas as flores davam um charme especial ao local, mas as borboletas também, haviam várias voando por cima das flores, eram de todos os tipos e cores.

As borboletas sempre me intrigaram, tão lindas, mas tão frágeis, uma pena não poder vê-las sempre, mas quando uma nos dá a graça de sua presença, é uma das visões mais lindas que existem no mundo. Tão leves, tão livres.

— Você é linda. – Seu elogio desperta minha atenção me fazendo voltar a encará-lo.

— Sempre me elogiando. – Solto uma risada suave, e ele dá um — Pretendo nunca parar. – Lentamente o Fantasma se inclina para depositar um doce e suave beijo em minha testa.

Me sento próxima a ele para o puxar em um beijo gentil e cheio de sentimentos. Acaricio seu rosto com meu polegar e logo sinto as mãos dele em minha cintura me puxarem para mais perto. Algo muda nesse beijo comparado ao nosso primeiro, há mais paixão, é como se ele não conseguisse se controlar tão bem quanto naquele.

— Por que você fica se contendo no beijo? – Pergunto assim que nos afastamos um pouco.

— Não estou me contendo. – A mentira é nítida.

— Eu sei que está mentindo. – Acuso com um tom mais suave, e ele suspira.

— Tenho medo de perder o controle. Você mexe comigo, e eu odiaria estragar tudo por algum impulso momentâneo. – Explica.

— Está tudo bem. – Dou um sorriso para o reconfortar. – Não vou lhe pressionar.

— Obrigado.

Passamos mais algumas horas na campina. Apenas fomos embora quando o sol começou a abaixar no horizonte dando sinal que em breve a noite surgiria. O Fantasma me levou até minha casa, mas sumiu tão rápido que eu pensei que havia feito algo errado. Entretanto, como sei que ele gosta de sumir assim, acabei me convencendo que era só isso mesmo.

Essa tarde foi realmente adorável e linda. Passar mais tempo com ele, o conhecer melhor, são coisas que eu esperei acontecer desde o primeiro baile. Só espero poder descobrir sua identidade logo.


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Notas finais do capítulo

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