O Retorno Do Fantasma Vigilante escrita por M F Morningstar


Capítulo 2
Baile à Fantasia


Notas iniciais do capítulo

Olá, capítulo novo.

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799982/chapter/2

P.O.V Mônica Sousa

Me olho no espelho para conferir minha fantasia, eu estava admirada com como ela tinha ficado em mim. Por mais que a minha fantasia do baile passado de Princesa Coelhinha Espacial tivesse ficado muito boa, eu havia tomado a decisão de mudar, já que não iria surpreender mais ninguém com aquela. Eu havia tomado a decisão de ir com uma fantasia de anjo da noite, um vestido preto longo com vários tecidos que compõem a saia e um corpete para dar um charme medieval, as asas escuras e que lembram asas de verdade estava como se “fechadas”. Assim como minha fantasia passada, essa teria efeitos que eu consegui graças a ajuda do Franja, mas dessa vez o botão estava no anel preto em meu dedo anelar direito.

Será que o Fantasma Vigilante vai gostar?

Para ser sincera, não sei se ele irá comparecer nesse baile, mas eu torço que sim, gostaria muito que ele fosse. Até pois, depois que ele saiu janela a fora naquela noite, eu nunca mais o vi, apesar disso, tudo o que sinto por ele continua aqui, as lembranças do baile surgem em minha mente o tempo todo.

— Filha, está pronta? – Pergunta meu pai batendo na porta do meu quarto.

— Oi, pai. Estou sim. – Abro a porta, e ele me olha surpreso com minha roupa.

— Uau, você está linda. – Meu pai dá um sorriso.

— Obrigada. – Digo e dou um beijo em sua bochecha.

Depois que saímos de casa indo até o carro do meu pai, o caminho até a mansão foi rápido, nada havia mudado, era a mesma mansão, e eu conseguia ver várias pessoas fantasiadas já entrando pelos portões.

— Comporte-se direitinho. – Diz meu pai preocupado me fazendo rir.

— Você sempre me diz isso. Relaxa, pai. Meus amigos vão estar lá.

Antes de sair do carro dou um beijinho de despedida no rosto dele e logo atravesso os portões. Olho tudo a minha volta, haviam várias fantasias diferentes e mais elaboradas que as do último baile, confesso que isso me deixa um pouco nervosa. Será que me esforcei o suficiente?

— Mô! – Chama uma voz familiar atrás de mim, quando me viro vejo ninguém menos que minha melhor amiga, Magali.

Maga estava usando uma roupa de Rainha Feérica, vestido dourado com uma longa capa e várias correntes da mesma cor, o cabelo dela estava solto e volumoso mostrando levemente orelhas pontiagudas (falsas, mas que parecem de verdade), um diadema dourado com um rubi no meio estava em sua cabeça, a mesma cor do rubi era usado no seu cetro de cabo dourado.

— Maga, você está maravilhosa! – Confesso admirando o quão linda minha amiga estava.

— Obrigada, amiga. Você também está maravilhosa! Achei ousado esse tom mais escuro que você usou, mas está lindona. – Maga sorri, e eu retribuo.

— Quis mudar um pouco. Mas sério, você parece brilhar. – Admito olhando novamente minha amiga que parecia estar sob uma “aura” dourada.

— Franja me ajudou nisso, não sei como ele fez, mas é um efeito que a minha capa faz, quase como um holograma. – Diz ela sincera por não entender o que realmente o Franja havia feito.

— Só ele para nos ajudar em coisas assim. – Dou uma risada, e ela ri também.

— Verdade, agora vamos entrar. Quero encontrar com todos.

Maga me puxa pela mão para corrermos até dentro da mansão. Ao entrarmos, sinto a familiaridade do local, não havia mudado nada e o ar parecia o mesmo que da última vez que estive aqui.

— Olha! A maioria da turma já está aqui. – Alega minha melhor amiga, e eu olho a minha volta.

Carmem vestia um vestido rosa claro de rainha, muito mais emperiquitado que o da última vez, mas ainda parecido com aquele. Franja usava uma fantasia de cientista louco. Marina estava com uma versão “modernizada” da princesa Merida. Denise não estava mais de Arlequina, mas sim, de Hera Venenosa.

— Maga! Mô. – Chama alguém atrás da gente, quando me viro dou de cara com Cascão.

Meu amigo usava uma fantasia melhorada do Cosmoguerreiro, a qual, eu duvidava muito que ele tinha feito sozinho, mas pelo menos não era mais feita de papelão.

— Cas. – Cumprimenta minha melhor amiga com um sorriso.

— Vejo que melhorou a fantasia. – Brinco, e ele ri.

— É, tive uma ajudinha. – Cascão dá uma olhada para minha melhor amiga que cora um pouco. – Maga, tem um bufê livre...

— Onde?! – Grita ela impedindo Cascão de terminar sua frase.

— Vem comigo.

Rapidamente os dois somem me deixando sozinha. Cascão e Magali haviam se aproximado mais ultimamente, e eu quase não via ambos com os seus namorados, mas a Maga sempre foge quando tento especular, então acabei por deixar essa história de lado.

— Vejo que a dama está sozinha. – Assim que escuto essa voz vinda de trás, meu corpo estremece e meu coração acelera.

A primeira coisa que vem em minha mente é a lembrança do Fantasma Vigilante. Com um sorriso enorme me viro, entretanto, ele diminui quando vejo que na verdade era o Cebola. Ele usava uma fantasia de diabo, chifres e tridente vermelhos, um blazer preto aberto e uma calça também preta com um cinto vermelho.

— Oi, Cê. – O sorriso no rosto dele quando me virei, diminui.

— O que foi, Mô? Você virou com um sorriso enorme e depois pareceu que não queria que fosse eu. – Ele me olha confuso e triste.

— Não é nada, Cê. Fiquei feliz que você veio, e dessa vez na hora. – Digo a ele em um tom de brincadeira, mas o mesmo não se convence.

— Você está incrível. – O garoto a minha frente me olha admirado.

— Obrigada. Você também ficou. – Dou um breve sorriso.

— Eu não sabia do que vir, aí peguei qualquer coisa. – Ele dá de ombros.

— Entendo.

Conversamos por um tempo até que decido andar sozinha pelo salão para ver se encontrava o Fantasma Vigilante. Será que ele não veio? Fico me perguntando isso enquanto rodeio o local observando as outras fantasias.

— Atenção! O concurso começa daqui quinze minutos. – Pronuncia o mordomo do Max Masquet após aparecer.

— Droga... Será que eu realmente nunca mais o verei? – Pergunto a mim mesma em um sussurro.

— Vejo que a moça que prefere andar sozinha também gosta de falar sozinha. – Um arrepio atinge minha espinha e assim que olho para o meu lado direito, vejo o Fantasma Vigilante parado me encarando.

Ele não havia mudado nada, as mesmas roupas, máscara, chapéu e bengala. Meu coração dispara e meu rosto cora, imaginei tanto esse momento e agora estou paralisada, em choque.

— Milady? Está tudo bem? – Pergunta o Fantasma dando um passo em minha direção.

— Sim... – Gaguejo a resposta. – Eu pensei que nunca mais o veria. Se passou um mês.

— Não achei que precisasse de mim tão cedo, mas resolvi aparecer aqui, hoje, para garantir que as coisas não se repitam como foi no baile passado. – Ele responde e me oferece seu braço, ao qual, eu aceito de bom grado, assim começamos a caminhar de braços entrelaçados.

— Então, me conte sobre você. – Olho para ele esperando sua resposta, mas ele apenas dá um sorriso de lado.

— Não tenho o que contar. Só tenho a dizer o quão surpreendente e encantadora você está. – Seu tom de cortejo me faz corar novamente.

Ele tem um jeito diferente de abaixar minhas barreiras, é como se estando ao lado dele eu não fosse a Mônica durona e forte, mas apenas uma garota, sem rótulos, apenas vivendo o momento.

— Por enquanto, deixarei essa passar. Agradeço seu elogio. – Dou um sorriso sincero a ele que retribui.

— É sempre uma honra admirar uma bela dama como você. – Ele sussurra em meu ouvido me causando arrepio.

— Eu... – Antes que eu pudesse falar algo, uma voz me interrompe me fazendo desenganchar meu braço pelo susto.

— Mônica! – Chama-me Magali, me viro para ela que vem correndo até mim.

— Maga, o que foi? – Pergunto, e ela para em minha frente.

— O concurso vai começar, vamos. – Diz minha melhor amiga começando a me arrastar, mas eu a paro.

— Espera! O Fan... – Me viro para onde o Fantasma estava, mas não havia mais ninguém, ele havia desaparecido como no baile passado, o que eu já havia acostumado. – Okay, vamos.

“Corro” com minha amiga até o salão onde ocorreria o concurso e nos preparamos na fila. Nada ocupava a minha mente além do meu reencontro breve com o Fantasma Vigilante. Ele continua o mesmo e me faz me sentir da mesma maneira ainda, mas a única coisa que tenho como foco é descobrir quem ele realmente é...

E eu realmente vou!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Retorno Do Fantasma Vigilante" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.