O Retorno Do Fantasma Vigilante escrita por M F Morningstar


Capítulo 1
O Início


Notas iniciais do capítulo

Olá, povo. Fanfic nova, será pequena, mas é mais uma conclusão para a edição 35 trazendo um personagem que eu amo tanto que é o Fantasma Vigilante, essa é minha percepção de como poderia ter sido (claro que nunca seria assim, mas é minha história para fechar tudo).
Serão 11 capítulos totais e postarei toda segunda-feira.

Boa Leitura!!!



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P.O.V Mônica Sousa

Depois do baile à fantasia onde teria um “vencedor”, e que houve a revelação de que Max Masquet havia forjado a própria morte, o mesmo havia prometido um baile à fantasia de verdade que agora teria um vencedor. Confesso que o real motivo de estar ansiosa para esse baile é o fato de que posso reencontrar o Fantasma Vigilante, já faz um mês desde aquele dia e eu não tenho nenhuma pista de quem ele possa ser.

No início pensei que era o Cebola, mas depois que ele havia aparecido com uma fantasia de pirata ao mesmo tempo que o Fantasma estava parado na janela da mansão, eu realmente fiquei confusa. Aquele Fantasma havia feito meu coração disparar e os poucos momentos com ele me encantaram de um jeito único. Confesso que me decepcionei por ver que não era o Cê, mas talvez isso seja algo bom, já que é alguém misterioso e fora da turma.

Meu relacionamento com o Cê continuou igual, ele tem me evitado por ainda estar com essa história de “estar a minha altura”, mas ainda assim, mesmo com essas idiotices dele e esse “código de honra”, meu amor por ele continua aumentando. Às vezes penso que o que dizem sobre o “amor ser cego” seja verdade, mas na realidade, eu sei que ele possui inúmeros defeitos, o problema é que mesmo tendo consciência disso, meu coração o escolheu.

Suspiro olhando para o teto do meu quarto, era uma quinta-feira à noite, amanhã teria aula e no sábado à noite seria o baile, minha fantasia estava pronta e eu sinceramente não saberia dizer se eu poderia ter chances de ganhar. No entanto, não estou indo para isso, eu vou para ver se reencontro meu Fantasma e se descubro finalmente quem ele é.

—__¨¨¨___*___¨¨¨___

Acordo cedo e me arrumo para ir para a escola, minha roupa é simples e casual, um short jeans com uma blusa soltinha vermelha de meia estação, uma camisa xadrez em tons neutros (cinza, preto) amarrada na cintura e por último um all star vermelho. Penteio meus cabelos e pego minha mochila, já havia tomado meu café da manhã então saio de casa rapidamente para ir pelo meu caminho habitual até a escola.

— Amiga! – Chama uma voz feminina familiar.

Me viro e vejo Magali correndo em minha direção. Espero ela ficar ao meu lado para voltarmos ao nosso caminho até a escola. Conversamos sobre qualquer coisa e apenas trocamos poucas “informações” sobre o baile, tanto ela quanto eu queríamos surpreender com nossas novas fantasias.

— E aí, meninas! – Nos cumprimenta Cascão assim que entramos pelo portão da escola.

— Oi, Cas. – Diz Maga com um sorriso.

— E aí. – Cumprimento ele e logo o mesmo passa um braço por cima do ombro da Maga.

Confesso que apesar da amizade forte deles, às vezes tenho dúvidas se eles não sentem algo a mais um pelo outro, o modo com que eles se tratam, se olham e sorriem um para o outro é diferente das outras amizades.

— O Cê ainda não chegou? – Pergunto, e o Cascão dá de ombros.

— Não sei, Mô. Acho que o careca vai demorar. – Ele dá um meio sorriso desconfortável, mas eu apenas concordo com a cabeça.

— Ele comentou com você se vai ir ao baile? – Interroga Maga sabendo que era uma dúvida que eu tinha.

— Sei lá. – Cascão dá de ombros. – Ele disse que ainda não tinha certeza se ia ou não.

— Bem a cara dele... – Sussurro para mim mesma.

No último baile, ele apareceu só no finalzinho e por mais que eu saiba que o Cê não curte muito essas coisas, eu só esperava que ele pelo menos viesse por mim de um modo que ele não chegasse atrasado, sabe?

Com um suspiro adentro a sala de aula com meus amigos. O que tudo indica é que hoje o dia tende a ser longo e cansativo.

—__¨¨¨___*___¨¨¨___

Era a disciplina do Licurgo, uma que eu não tinha ideia de qual poderia ser o nome, já que ele muda tanto de tema que se torna até difícil de acostumar, sendo assim, estava rabiscando na última folha do meu caderno. Eu poderia não ser boa como a Marina, mas estava tentando desenhar o Fantasma Vigilante, na realidade, eu sou péssima desenhando, contudo, o que vale é a intenção.

Eu nem percebo a hora passar, apenas estou focada em replicar a minha lembrança sobre o Fantasma, mesmo sem ver seu rosto o acho terrivelmente atraente, encantador e lindo. É engraçado, não conheço seu rosto, mas o jeito que ele me atrai é sem dúvidas como o canto de uma sereia.

— Desenhando o quê? – Pergunta uma voz sussurrada em meu ouvido me dando um susto, fecho o caderno rapidamente e olho para trás.

— Cebola! – Exclamo ao vê-lo parado a poucos centímetros de mim, olho ao redor e percebo que a aula já tinha acabado e todos haviam se dirigido ao refeitório.

— Não pensei que iria te assustar. – Ele dá uma risada suave, e eu o encaro irritada.

— Pare de rir. – Digo deixando transparecer o que sinto, mas ele continua rindo.

— Por mais que te irritar às vezes me cause alguns hematomas, eu amo a expressão que você faz, é realmente muito fofa. – Cebola toca o meu nariz com a ponta do seu dedo o que me faz ter arrepios por conta de seu contato.

— Você é impossível. – Solto um grunhido de frustração e me levanto da minha cadeira.

— Talvez. – Ele arqueia a sobrancelha o que o faz parecer irresistível aos meus olhos. – Mas ainda assim você me ama.

— Levemente convencido. – Reviro os olhos me dirigindo até a porta, mas sou parada por ele quando o mesmo pega em minha mão me puxando de volta para o encarar.

— Já disse que você está espetacular hoje? – Sussurra Cê chegando próximo de mim. Por conta da diferença de altura, ele estava com a cabeça abaixada, e eu com a minha erguida para encarar seus olhos castanhos encantadores.

— Não... – Sussurro corada.

— Pois você está sem dúvidas..., espetacular. – Ele sussurra a última palavra causando arrepios em todo meu corpo.

— Cê... – O ar a minha volta parecia mais quente, meu coração estava acelerado assim como minha respiração.

— Mô... – Cebola se aproxima mais de mim.

Antes que algo mais pudesse acontecer, escutamos um pigarro.

Nós nos viramos e vemos Magali e Cascão. Eles estavam parados do lado de fora da porta enquanto o Cê e eu estávamos do lado de dentro. Nossos amigos pareciam envergonhados, mas também confusos, provavelmente por conta da atitude repentina que o Cebola teve, já que o mesmo estava bem afastado nos últimos tempos.

— Vamos para o refeitório? – Pergunta Maga. – Estou morrendo de fome.

— Claro. – Dou uma risada por conta da “confissão” da minha melhor amiga. Claro que não era algo novo, mas justamente por isso, se tornava engraçado sua alegação.

— Nessa tenho que concordar com a Maga, também estou faminto. – Admite Cebola, porém, os olhos dele estavam sobre mim, fixos, me fazendo pensar que ele não estava se referindo na mesma “fome” que a minha melhor amiga.

—__¨¨¨___*___¨¨¨___

Era de noite, o dia havia passado lentamente e confesso que estava tudo muito diferente..., Cebola não estava mais afastado, pelo contrário, sua proximidade repentina era estranha, não ruim, mas ainda assim, suspeita.

Pensar que talvez eu possa reencontrar o Fantasma Vigilante me deixa nervosa e confusa, por um lado existe o meu melhor amigo de infância, alguém que eu sinto coisas a muito tempo, e por outro, está lá, um cara misterioso e que me fez sentir as mesmas coisas que eu pensei que só o Cebola fosse capaz de me fazer sentir.

Sinceramente não sei o que fazer, eu sinto coisas similares por duas pessoas, enquanto um me parece ser minha “meta”, alguém que eu pensei ser meu par perfeito, existe também o outro, o Fantasma me parece um mistério a ser descoberto, um novo romance, um novo tipo de “frio” na barriga.

Me sinto mal por sentir coisas por alguém que mal conheço e mais ainda por saber que estou em dúvidas sobre meus sentimentos. Se eu tivesse que escolher... Se fosse ou o Fantasma ou o Cebola... Eu realmente não sei quem escolheria. Eu teria mesmo como saber? Sentimentos são tão confusos e eu não acho que encontrarei a resposta tão cedo...

P.O.V Cebola Menezes da Silva

Assim que vi que Mônica estava desenhando o Fantasma Vigilante, algo em mim despertou, não sei explicar, mas ver que mesmo depois de um mês ela ainda não esqueceu do personagem que fiz para ajudar ela e a turma, me faz ficar levemente enciumado. Eu sei que ele era eu, mas depois que pedi para o Cascão se fantasiar com aquela roupa e “apareci” vestido de pirata, impedindo e “destruindo” a ideia da Mônica de que eu era o Fantasma, comecei a pensar que isso não foi uma boa ideia, até porque o Cascão me disse algo que me deixou encucado: “rolou um clima entre a Mônica e outro cara”.

Mesmo que eu tenha passado todos aqueles momentos no baile com ela, a verdade é que ela passou com o Fantasma, pois no final ela saiu acreditando que ele não era eu. Ela começou a acreditar e gostar de “outro”.

Com um suspiro me espreguiço ainda na cama onde me encontrava esparramado. A fantasia estava na porta do meu guarda-roupa, pendurada em um cabide, para ser sincero, não sabia se iria apenas como Fantasma Vigilante ao baile, ou se também apareceria com uma fantasia normal. Entretanto, minha maior dúvida é se eu revelo a Mônica no baile que eu sou ele.

Droga! Eu não posso fazer isso! É óbvio que ela se “apaixonou” por meu personagem inventado porque eu andei me afastando dela depois que terminamos, mas principalmente, é óbvio que hoje, quando me aproximei dela daquele jeito, eu reconquistei seu amor, um pouco apenas, mas conquistei.

Por que essas coisas só acontecem comigo? Eu vou ter que realmente competir comigo mesmo para saber se ela prefere meu verdadeiro eu ou meu personagem? Espera..., e se ela preferir ele?! Estou tão ferrado!


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Notas finais do capítulo

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