Tão doce e tão fatal: Mel com limão e sal ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 50
Capítulo 30 - Parte 02 (50)


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem ♥



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— Acho melhor eu me afastar Gris. – Disse Catherine  soltando o amigo e afastando-se ao perceber o olhar de Sara. – Creio que sua namorada irá me matar somente com um olhar se não me afastar de ti.

— Esse é o problema Cath. – Gilbert suspirou agora triste. – Estamos tecnicamente brigados, nunca fomos oficialmente namorados, e ela mora aqui, eu nos Estados Unidos, eu não sei como isso vai acabar. Queria tanto ficar perto dela e do meu filho. – Ele então se virou para Sara que havia desviado o olhar. – Elas são tão lindas.

— Elas? – Catherine  perguntou com certa dúvida.

— Sim, tenho certeza que é uma menina. – Ele sorriu. – Será tão linda quanto a mãe.

— Tenho certeza que as coisas irão se ajeitar logo Gris, do jeito que ela olhou para nós quando te abracei pode-se ver que ela gosta de você, te ama e sente ciúmes. – Catherine tentou consolá-lo.

— Esse é o problema Cath, nós nunca falamos um para o outro que nos amamos. Nunca nos entregamos totalmente, e na verdade eu amo ela como nunca amei na vida. E amo nossa filha também. 

— Vai dar tudo certo. – Ela então colocou a mão no ombro dele propositalmente quando percebeu que Sara voltara a olhar, em um meio de provoca-la e provar para Gilbert que ela estava certa.

Sara ao ver aquele gesto de carinho levantou-se em um pulo da cadeira, tirou os seus calçados, pois seus pés já estavam inchados novamente e anunciou.

— Creio que podemos começar as fotos agora, não é? – Disse autoritária olhando Gilbert como se fosse mata-lo.

— Claro. Você quem manda.

— E como você – ela virou-se para Catherine – não irá fazer as fotos hoje querida, pode ir para o hotel descansar se quiser. 

— Não. – Disse ela em um tom provocativo. – Você se importaria se eu ficasse aqui e assistisse as fotos que irá fazer do Gris? – Catherine tinha um plano, um bom plano.

“Claro que me importaria”. Pensou.

— Não, - disse tentando tranquilizar-se – é claro que não.

— Ótimo. Ficarei bem quieta, mal notará minha presença.

“Quem dera”. Sara pensou irônica.

Catherine sentou-se e ficou observando. As fotos transcorreram quase que normalmente, quase por que Sara geralmente olhava para Catherine e ela podia ver como ela comia Gilbert pelos olhos. Segurando sua irritação continuou a fotografar. Por outro lado Catherine fazia isto somente para provoca-la, ela não tinha o menor interesse em Gilbert, mas achava que se ela sentisse que tinha concorrentes poderia ser um pouco menos orgulhosa com Gilbert, Catherine sabia muito bem o quanto uma mulher poderia ser orgulhosa por experiência própria.

As outras modelos, no entanto se comportaram muito bem, mas só de vê-las encostando-se a Gilbert, isso lhe provocava uma série de sensações que ela odiava. As pausas ainda foram piores, Catherine sempre chamava Gilbert para perto e eles conversavam durante todo o tempo. Depois da segunda pausa Sara decidiu que era melhor que não houvesse mais nenhuma, com a desculpa de terminar as fotos mais cedo, mas na realidade odiou ver a proximidade de Gilbert e Catherine.

— Por hoje é só. – Sara sorriu, finalmente a tortura terminaria.

— É tão cedo. – Gilbert sorriu com pesar, queria ficar mais tempo junto de sua amada. 

— Pois é. Ainda bem que conseguimos terminar tudo cedo. Quinta-feira nós faremos as últimas fotos. – Sara agora mais que nunca odiava a ideia de fotografar Gilbert e Catherine  juntos.

— Por que não começamos hoje, se sobrou tanto tempo poderíamos adiantar alguma coisa? – Ela provocou. Gilbert já havia percebido qual era o plano de Catherine, ela realmente não sabia o que era mexer com uma mulher com os hormônios a flor da pele, ele pensou.

— Creio que seja melhor que façamos tudo quinta. – Sara disse seca. – Enfim, vou para casa descansar agora. 

Sara foi para sua sala fazer o backup das fotos e analisar algumas delas. Estava concentrada quando ouviu a porta se abrir, pronta para expulsar o intruso de olhos azuis, ela se surpreendeu, era seu chefe.

— Como está Sar?

— Melhor.

Ele então caminhou até sua mesa e posicionou-se atrás dela vendo as fotos. Ele abriu um largo sorriso.

— É por isso que todos te querem Sara, suas fotos são simplesmente magníficas. – Sorriu.

— Como assim todos me querem? – Sara franziu o cenho.

— Bem Sara – ele suspirou – recorda-se que quando a visitei no hospital disse que tinha uma proposta para você?

— Claro, lembro-me disso sim. – Ela não precisou puxar muito na memória para recordar.

— Claro, vamos organizar isto. Eu também tinha que falar com você uma proposta dos investidores, mas deixaremos essa conversa para quando resolver este problema. Certo?

— Tudo bem. Algo que possa me adiantar?

— Na realidade prefiro lhe contar tudo junto, para que possa pensar com clareza. Pode ser?

— Claro.

— Então, como lhe falei, tive uma conversa com os investidores. Nós iremos abriremos uma filial estrangeira, aliás, mais uma. Temos uma no méxico e outra na argentina. Enfim, a empresa está crescendo, e essa filial tem uma proposta totalmente diferente. Os investidores, assim como eu, achamos que você é a melhor pessoa para administrar a empresa e eles fazem questão de você como diretora da nova filial. – Ele fitou Sara, enquanto se acomodava na cadeira a frente dela.

— Nossa. Isso é uma honra. – Sara disse sorrindo, e maravilhada por ter sido escolhida entre tantas pessoas capazes naquela empresa. – Mas você sabe que não sou nenhuma administradora, eu sou uma fotografa.

— Sara, nós sabemos melhor que ninguém o quanto você ajudou Axel a reerguer a empresa, e você não irá sozinha, teremos um pessoal para te dar o suporte. Se você aceitar, dentro de um ano poderá estar em um cargo que muitos almejariam.

— Eu, eu não sei. – Sara ficou amedrontada, era uma decisão muito delicada. – Meu filho irá nascer em alguns meses e estar sem nenhum suporte, nenhuma pessoa que eu conheça, eu não sei senhor Aguirre. – Ela negou com a cabeça enquanto pensava. Ela não podia ficar longe de tudo, já bastava ficar longe de Gilbert.

— Sara, abriremos uma filial nos Estados Unidos, e acredito que você seja a única pessoa que podemos mandar para lá. Você conhece a língua, você tem amigos por lá, e o pai de seu filho, ele também estará lá. Mesmo que vocês não se acertem. – Suspirou. – Existem males que vem para o bem, quando soubemos que abriria uma filial lá, nem sabia que estava grávida, mas imaginei que amaria morar lá. Eu estou abrindo mão da minha melhor fotografa. E acho que na atual situação isto ainda fica mais forte, acredito que tenha todos os motivos do mundo para aceitar esse cargo Sara.

Sara ficou estática por alguns segundos, absorver tudo que ele estava falando era algo impossível. Estados Unidos? Perto de Gilbert? Seu filho tendo um pai? Ela sendo diretora de uma filial multinacional? Respire Sara. Respire.

— Eu vou pensar. –Foi a única coisa que conseguiu falar.

— Ótimo. – Ele sorriu, tendo certeza que ela iria aceitar. – Só espero que quando for passar seu fim de semana na Disney você não se esqueça dos seus amigos Brasileiros. – Ele sorriu e com esse mesmo sorriso deixou a sala.

Sara não pode deixar de sorrir com aquele comentário. Era estranho pensar que antes de suas férias ela teria aceitado esse cargo sem nem pensar duas vezes, mas atualmente isso lhe gerava uma duvida enorme que lhe causara arrepios de medo.

Mudar de país com um filho tão pequeno. Sentia-se de encontro ao desconhecido.

O backup já estava quase terminando em seu computador e ela aproveitou o tempo para organizar suas coisas para sair. Fora quando sua porta abriu novamente, e desta vez quem invadiu a sala fora o dono dos olhos azuis.

— Trouxe isto para você. – Ele disse vindo com um pote de vidro com alguns cubos de melancia. – Pedi para prepararem, melancia tem muita água e do jeito que trabalhou hoje imagino que vocês precisem. – Sorriu.

Sara pensara em lhe responder algo ríspido, mas seus olhos chegaram tão brilhosos, seu sorriso tão aberto, e se ela pudesse ver seu coração saberia que a preocupação e amor para com o filho que acabara de descobrir eram enormes. Ele amava aquela criança mais que a si mesmo.

— Obrigada. – Disse com um sorriso tímido, voltando a sentar-se à sua mesa.

Gilbert por sua vez sentou-se na cadeira do outro lado da mesa, e lhe alcançou o pote. Prontamente Sara pegou o primeiro cubo da fruta e colocou em sua boca sentindo o gosto doce que tinha.

— Queria lhe pedir desculpas pela atitude de Catherine hoje. – Gilbert chegou direto ao ponto. – Ela e eu nunca nos envolvemos.

— Eu não preciso de desculpas Gris, nós não temos nenhum relacionamento e podes se envolver com quem queira. – Ela respondeu fitando-o séria, com um tom de voz seco, enquanto no seu interior queria que ele lhe explicasse tim-tim por tim-tim daquela cena que havia presenciado.

— Igualmente quero falar. – Ele disse não dando atenção ao modo seco de Sara. – Enfim, ela disse que você me amava e que morria de ciúmes de mim, e começou a provocar você para provar sua teoria.

Sara respirou aliviada por alguns segundos, ficou feliz em saber que ali não havia interesse e nem envolvimento, mas de qualquer forma tomou cuidado para que não transparecesse.

— Era apenas isto? – Gilbert assentiu. – Então tenho que ir agora, já lhe dei o endereço de minha casa, até amanhã. – Sara levantou-se pegando suas coisas, inclusive o pote de frutas e saiu da sala ainda comendo.


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