Tão doce e tão fatal: Mel com limão e sal ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 49
Capítulo 30 - Parte 01 (049)


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem ♥



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Sara acordou cedo, quando olhou para o calendário na sala, sorriu. Era terça-feira, e circulado em vermelho estava o dia posterior em que veria seu filho na telinha. Suspirou. Seria um menino, ela sentia isso. Teria os olhos azuis do pai, mas ainda sim teria o seu nariz e quem sabe seus cabelos castanhos. 

Mordeu o lábio inferior. Estava mais feliz do que nunca, havia fechado uma noite inteira sem enjoos e o café da manhã ainda estava no estômago. O taxi já estava a esperando, ainda não tinha confiança em dirigir, até havia tentado, mas sentiu um enjoo súbito e quase bateu o carro. Dirigir estava fora de cogitação.

Quando chegou na recepção da empresa, Sara se deparou com Gilbert e as modelos. Então ela contou: Uma. Duas. Três? Não eram somente duas modelos? Engolindo a saliva de sua boca com dificuldade, seus passos firmes faziam o salto de seus sapato bater forte no chão a ponto de fazer um pequeno barulho.

— Oi, como estão? – Disse Sara em inglês  interrompendo a conversa de Gilbert e as modelos.

Todos a cumprimentaram de volta. Sara levou o olho em cada uma. Uma era morena, de cabelos crespos e tinha quase a mesma estatura de Gilbert. A outra era ruiva com cabelos levemente ondulados provavelmente  não eram naturais, seus fios eram muito finos para suportar cachos naturais, e regulava de estatura com os demais. 

A última não era tão alta, um pouco mais baixa que Sara e tinha olhos tão azuis quanto os de Gilbert. Sara estreitou um pouco os olhos, conhecia esta de algum lugar. 

— Catherine? – Sara perguntou um pouco receosa.

— Sim. – Disse ela com um amplo sorriso. 

— É um prazer conhecer você. – Sara cumprimentou.

Ela a conhecia das séries americanas, gostava de sua musica também, embora desde seu último papel como par romântico com Gilbert de algum modo que ela não soube entender simplesmente parou de seguir sua carreira, parou de dar-lhe importância. Sara tinha ciúmes de Gilbert mesmo antes de passar pela sua cabeça a remota ideia de que ele realmente poderia ser seu.

— Achei que eram somente duas modelos? – Sara virou-se para Gilbert.

— Eu sei, mas iremos fazer uma campanha no México, e achei que já sabia que teríamos um aumento nas sessões de fotos. 

Os saltos firmes de Sara saíram dali, se despendido por pura educação e movendo-se rapidamente para a sala de seu chefe.

— Você acha que eu irei conseguir fazer todas essas fotos hoje? Você está sonhando. – Sara disse firme e irritada.

— Sara, podemos terminar amanhã e...

— Amanhã nada. – Respondeu ríspida. – Disse que tinha compromisso, se quiserem que esperem até quinta.

Sara saiu então do mesmo modo que entrou, batendo os saltos no chão. Suspirou.

“Malditos hormônios”. E lá estava ela irritava novamente, sem nem saber o porquê, já que uma simples conversa resolveria tudo.

— Sara. – Seu chefe disse apressadamente, abrindo a porta da sala e tentando ainda encontra-la no corredor.

— O que foi? – Sara disse quase como um grito, mas sem nem ela perceber as lágrimas estavam escorrendo pelo seu rosto e ela nem mesmo sabia o porquê, e o pior, não conseguia controla-las.

— Sara, o que está acontecendo? – O senhor Aguirre aproximou-se dela, e encostando as mãos levemente em seus ombros foi guiando-a para sua sala novamente. – Sente-se Sar. – Ele apontou a cadeira. – Diga-me o que há de errado com você. Nunca a vi assim. – Ele estava visivelmente preocupado. – É algo haver com sua doença Sar? É algo grave? – O silêncio o atordoava.

— Desculpe estar agindo assim senhor Aguirre, de verdade. – Respirou profundamente. – Sei que sempre agi profissionalmente e assim será daqui pra frente. – Tentou fugir do assunto.

— Sara, eu não sou apenas seu chefe, sou seu amigo também. Há algo acontecendo e eu gostaria que compartilhasse comigo. Sabe que sei ser discreto o suficiente, ninguém saberá de nada se não quiser.

Sara suspirou. Pensando por outro lado, logo todos saberiam. Logo a barriga logo apareceria. Ela já havia ganhado algumas gramas e logo seriam quilos. Por que não falar?

— Eu estou grávida. – Falou dura, da mesma forma que falou com Gilbert.

— Como? – O senhor Aguirre pensou ter ouvido errado.  – Grávida? – Sara somente assentiu. – Agora tudo se explica. Parabéns Sara, um bebê é sempre bem vindo. Você está feliz com a notícia? E Doug? O que ele achou.

— Não é do Doug. – Sara disse quase sem pensar. – E eu estou feliz com o bebê, só não estou feliz com a gravidez.

— Como não é do Doug? Você não quer dizer pra mim que esse filho é do... – Senhor Aguirre engoliu as palavras.

— Sim, o filho é de Gilbert. – Suspirou.

— E é por isso que não está feliz com a gravidez?

— Na realidade não, eu estou muito feliz com meu filho, e até com a gravidez. O problema são os enjoos, vômitos, as mudanças de humor. Eu não aguento isso. Dizem que vai passar, mas também diziam que isso não acontecia com duas semanas de gestação. – Respirou profundamente. – Eu não aguento isso.

— É claro que aguenta Sara. – Senhor Aguirre então receoso, continuou. – O que ele achou quando soube? Ele sabe não é?

— Ele ficou sabendo no dia da reunião. Ele ficou feliz, mas tecnicamente não estamos muito bem desde o fim da viagem. – Sara desviou o olhar, não queria mais falar sobre isso. – Posso ir embora agora? 

— Claro. – Senhor Aguirre disse com um sorriso. – Cuide-se, e cuide do pequeno também. Depois veremos como organizaremos as fotos extras.

— Obrigada.

Ao sair da sala de seu chefe, deu de cara com Gilbert Grissom a colisão fez com que seus corpos se aquecessem e seus olhares se encontrassem. 

—É...  Oi. - Sara disse ainda sem desencostar de Gilbert.

Gilbert não resistiu, ignorando totalmente qualquer reação que Sara fosse ter posteriormente, ele levou as mãos até sua cintura, fazendo-a colar ainda mais nele, e sem dar chances para ela escapar, ele a beijou. Sara tentou recusar, mas logo foi envolvida com aquele beijo maravilhoso, ela sentia saudades daqueles lábios, saudade daquela boca. Demorou para que voltasse a realidade, e quando lhe faltou o fôlego, ela colocou as mãos apoiadas em seu ombro e o afastou dele. No entanto, ela não disse nada.

— Desculpe-me. Eu não resisti. – Na realidade ele não queria desculpar-se, queria dar outro beijo igual àquele, mas achou que seria a melhor forma de Sara não se irritar.

— Tudo bem eu gostei. – Ela disse com um sorriso, e quando ela o viu sorrindo, ela se adiantou em completar. – Mas não irá se repetir. – Ela viu o sorriso de Gilbert se fechar e ela sentiu vontade de rir, porém seguiu andando. – Vamos, já passou da hora de começarmos essas fotos.

Sara e Gilbert seguiram para o estúdio, e ela não o deixou dizer mais nada no caminho. Só decidiria se poderia perdoá-lo depois da conversa que teriam no próximo dia. E recordando-se disso, também lembrou o quanto estava ansiosa pela conversa e ansiosa pelo ultrassom.

— Maldito enjoo. – Murmurou na porta do estúdio, segurando-se na parede, ela havia perdido o equilíbrio.

— Sar, está bem? – Gilbert levou seus braços por baixo dos dela para evitar que ela caísse.

— Eu só estou um pouco zonza. – Sara suspirou. – Minha pressão novamente. 

— Tudo bem, tudo bem. – Ele foi junto com ela, guiando até uma cadeira. 

Sara sentou-se, esfregou os olhos com as mãos. Gilbert percebeu que Catherine se aproximava para ver o que havia acontecido, e ele negou com a cabeça, como se pedisse para ela não se aproximar. Alguns minutos mais tarde, Catherine foi falar com Gilbert, eles estavam do outro lado do estúdio enquanto Sara continuava sentada.

— O que houve? – Catherine perguntou preocupada.

— Ela está um pouco sensível, os hormônios estão a mil, ela pode ser a pessoa mais doce desse mundo, assim como nesse momento pode matar a primeira pessoa que ver na frente. – Ele riu. – Espero que não seja eu.

— Mas por que ela está assim?

— Ela está grávida. – Murmurou. – Eu vou ser pai Cath. – Ele disse com um grande sorriso nos lábios, não aguentava mais ficar com essa notícia só para si. – Porém, ninguém sabe ainda, então.

— Você vai ser papai? Então você e ela? Nossa! Gris, eu nunca imaginei. Parabéns garoto, eu sabia que um dia ia tomar jeito. – Então ela pulou em seus braços com carinho e o cumprimentou feliz pela notícia do amigo. – Pode deixar, não falarei com ninguém.

Sara levantou o olhar, e a primeira coisa que pode encarar era Catherine nos braços de Gilbert, os dois com largos sorrisos no rosto, e mesmo sem querer Sara lançou um olhar mortal para o casal. Ela se viu completamente enciumada ao ver aquele contato tão próximo entre os dois, sua vontade naquele momento era arrancar ela de perto de seu homem. Sim, seu homem.


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