A Ponte - Quando o seu lado místico te chama. escrita por Ly Alves


Capítulo 2
Capitulo 01 - Entre dois pontos separados.


Notas iniciais do capítulo

Gente eu nem sei o que dizer, nem comecei e eu já falhei comigo mesma (risos), eu tinha me prometido postar semanalmente, porém falhei.

Os tempos de pandemia tem sido bem difíceis, mas espero que você esteja bem.

Espero de coração que você possa deixar um recadinho de apoio pra mim ou para outras pessoas que possam está precisando de uma ponte para um lugar melhor.



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Já era madrugada, os irmãos Helena e Deino, voltavam para casa caminhando ao lado de uma movimentada rodovia, que, devido a hora avançada estava incrivelmente deserta, após um longo dia de trabalho.

Helena tinha 19 anos apesar da pouca idade parecia mais velha devido aos longos dias de trabalho no frigorífico onde ambos trabalhavam. Devido a guerra ela teve que trabalhar desde cedo para ajudar a família e dentro de poucos meses provavelmente seu irmão também seria chamado para o exército ao atingir a maioridade. 

Lógico que isso a preocupava, fazia meses que não tinha notícia do seu pai e provavelmente ele estaria morto ou feito de prisioneiro e o dinheiro que  o governo pagava mal dava para manter a sua mãe doente e seu irmão.  

Ela observava o seu irmão  a caminho de casa, ele sempre fuçava latas de lixo a procura de algo que pudesse ser trocado por dinheiro ou que precisa se de pouca reforma para ser revendido, ele tinha o mesmo cabelo ondulado de cor castanho claro e olhos aguçados e sempre atentos de cor âmbar que ela. Ao pensar nisso deixou um  sorriso escapar pensando o que eles poderiam fazer para evitar que o irmão fosse para uma guerra que para eles e muitas pessoas daquele país  já não fazia sentido nenhum. 

Helena carregava consigo as roupas de trabalho que precisavam ser lavadas para o dia seguinte e umas partes de galinhas que furtavam ao final do dia de trabalho, afinal, não iriam vender miúdos e pés de galinha. 

Deino, era dois anos mais novo, um pouco mais magro e mais alto que sua irmã, que tinha cerca de um metro e setenta, o seu rosto era fino e um pouco esquisito o seu nariz era tão achatado quanto o da sua irmã, seus olhos e seus lábios as vezes transparecia as suas intensões, mesmo que ele não desejasse, como na maioria das vezes. Seu sorriso aberto sempre convencia a sua irmã a fazer as suas vontades.Seus cabelos castanhos eram um pouco longos e ficavam bem acima dos ombros, ele sempre mexia no cabelo quando algo o incomodava.

Estavam cansados e sentiam saudades da escola e de como era a vida antes da guerra e das doenças advindas pela falta de mantimentos e cuidado da família.

—- Lena -- Era como o seu irmão a chamava --  você acha que vamos conseguir pegar a banha para mãe?

—- Não sei Deino, a fila é bem grande, e agora que chegou o carregamento de materiais químicos, todos querem fazer dinheiro com o sabão. -- Falou Helena andando rapidamente em direção a sua casa.

—- Engraçado como uma banha pode virar sabão parece mágica. 

Falou esticando os seus braços para trás do corpo.

—- Acho que tem mais a ver com química – Lena riu divertindo-se com as caras que o irmão fazia ao tentar esticar completamente o braço, de repente percebeu que a sua feição mudou radicalmente e olhou na mesma direção que ele -- Deino? 

Indagou surpresa.

—- O que é? -- Falou ele atônito

—- Sempre teve uma ponte vermelha ali?

Uma ponte, completamente vermelha, estava erguida diante deles. Enorme, sob ela as quatro pistas da rodovia passavam com folga.  A ponte que aparentemente não levava a lugar algum, pois o seu final dava ao lado de uma grande floresta que acompanhava uma boa parte da rodovia. Acima desta, podia-se ver bastante movimento de pessoas levando e trazendo cargas através de carroças e carros puxados a mão. Também observaram animais e seres que eram estranhos à sua vista. Seres que ao passar bem ao meio da ponte pareciam ser envolvidos por uma película, e logo desapareciam.

 Deino mostrava-se com medo, porém a curiosidade dele passou com folga  e ele se dirigiu lentamente em direção a ponte.

—- Lena precisamos ir lá! 

Empolgado, já correndo em direção a ponte.

—- Deino espere! Pode ser perigoso.

 Helena o segurou pela camisa.

—- Temos que ir lá ver! Esse negócio apareceu do nada.

—- Por isso mesmo que não podemos ir lá. Pode ser alienígena! 

Ela tinha uma cara assustada e séria.

—- Alienígena, Helena? Sério? -- retrucou impaciente – Você só pode estar de brincadeira. Vamos lá! -- puxando-a para a ponte -- O que pode acontecer?

Hesitante ela falou:

—- Está bem... -- andando em direção a ponte onde a medida que ficava mais próxima a estrutura parecia ficar menor. Ao chegar bem em frente, Deino mesmo que excitante parou e olhou para sua irmã com um olhar que transmitia um sorriso.

—- Você primeiro. 

Helena olhou para o seu irmão com uma cara de indignação misturada com medo  respirou fundo e disse:

—- Ta bom... -- Disse a contragosto, mesmo resmungando, ela colocou o pé direito no primeiro degrau e sentiu uma grande energia percorrer o seu corpo, ao dar o impulso para subir o primeiro degrau da escada ela já estava no último olhando a parte superior da ponte. Ela olhou para trás e surpreendeu-se vendo que já havia subido todos os degraus, olhando o seu irmão indagou - Você... - fez uma pequena pausa o encarando com surpresa - Não vem?

Quando Deino colocou o pé no referido  degrau, Helena pôde ver como agiu a energia que ela sentiu anteriormente. Quando o pé de Deino tocou o degrau, assim como uma lâmpada, ele brilhou e como em um flash Deino já estava ao lado da sua irmã. 

—- Cara! Isso é melhor que os elevadores da mina 

Falou mantendo a sua expressão de empolgação.

Ao chegar no nível superior da ponte foi onde eles puderam observar melhor o portal e a ponte onde estavam. Na parte superior, o vermelho encarnado que a ponte emitia parecia um pulsar como sangue em veias e logo adiante bem no meio da ponte estava o portal.

Ele parecia uma película, uma grande bolha de sabão onde pequenas manchas de energia se formavam e caminhavam de um lado para o outro. Era possível observar perfeitamente o outro lado da ponte, onde havia um guarda policial que estava vestido com o fardamento que era uma calça azul escuro com detalhes em vinho e preto, no ombro tinha o símbolo do governo que era quatro polígonos que formavam o que parecia um par de asas.

Sem perceber já estavam bem adiante do portal e já estendiam a sua mão para tocá-lo, quando subitamente um homem baixinho e corpulento vestido de couro e segurando um machado saiu do portal e perguntou com indignação.

—- Tá olhando o que? 

Encarou os irmãos com um rosto desafiador e saiu em direção a vila.

Surpresos, Helena e Deino começaram a rir de si mesmos quando o homem, o qual era um anão, os xingou ao longe. O guarda já colocando a mão no cabo de sua pistola observando a situação os encarou e os indagou:

—- O que fazem aí? O Portal já irá fechar. Vamos circular que aqui não é ponto de parada não.

Eles se entreolharam, deram as mãos e decidiram entrar no portal.


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