Love Story escrita por jennifer_n


Capítulo 12
11° Capítulo:


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu preciso muuito me desculpar com vocês, cara, de verdade. Eu disse que ia demorar só um pouquinho mais do que o de costume, mas, na verdade, demorei bem mais que isso.
Infelizmente, não vou poder me redimir, pois, as aulas começam segunda, e de fim de semana eu entro bem pouco, o que complica pra que eu possa escrever..
E, os capítulos continuarão a demorar mais ou menos essa mesma média de tempo, eu peço desculpas, de verdade.
Mas, não pensem que eu vou abandonar, não, viu? E espero que vocês não me abandonem também. Beijos e por favor, não deixem de mandar reviews pra história dessa autora desnaturada ;_; haha



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7 Dias com você- Esse é o 3° dia.

O dia estava claro, e tudo parecia bastante calmo. Sasuke e Ino já haviam acordado, mas ambos permaneciam na cama, imersos em seus pensamentos.

A essa altura, Ino não mais pensava em Sasuke ou em seu  relacionamento estranho com ele, apenas deixava-se viajar por sua própria mente, pensando em Naruto e Sakura, na diferença da cidade para um lugar tão calmo.. Pensava em coisas simples, sabendo que de vez em quando, era necessário desligar-se um pouco de romances, ou pelo menos, quase romances.

Sasuke estava aborrecido.. Durante a noite havia recebido uma mensagem carinhosa de Hinata, alegando saudades e amor verdadeiro, não pôde conter o suspiro longo que escapou-lhe do peito. Estava deixando-se envolver demais por Ino, e sabia que se isso fosse mais longe, somente traria problemas.

Levantou-se vagarosamente, disposto a tratar Ino como tratava no dia em que se conheceram: Gentilmente, mas como se fosse uma estranha. Naquela época, ela era mesmo uma estranha, todavia, agora seria difícil tratá-la de um modo que não considerava, ainda que estivesse acostumado a dissimular, sabia que não iria conseguir esconder isso da loira por muito tempo.

Estranhamente, ela conseguia ler seu coração direitinho, como se o conhecesse bem mais do que Hinata, ou até mesmo, do que Suigetsu, que o acompanhou por quase toda sua vida. Fixou-a por um momento, e viu que já estava acordada, com olhos distantes.

- Bom dia, Sasuke. Dormiu bem?- Indagou Ino, voltando a realidade, com um sorriso amável em seu rosto.

- Sim..- Sasuke respondeu tranquilamente, mas era visível em sua resposta, e na postura com que havia falado, que queria cortar assunto, quem sabe, até evitá-la.

- Que bom.- Ino manteve o sorriso do rosto, levantou-se com pressa, e não tardou para que Sasuke percebesse que ela estava mancando.
Sentiu ímpetos de ajudá-la, se necessário, até mesmo carregá-la ao banheiro, ou a qualquer outro lugar.

 

Mas lembrou-se do que havia proposto a si mesmo, e de seu compromisso com Hinata. De modo estúpido e impensado, Sasuke entregou-a uma vassoura, para que a loira usasse aquele objeto como muleta, e ela fitou-o com grande surpresa, que não fez questão alguma de esconder.

- O-o que? Não preciso disso.. Eu.. Darei um jeito de fazer tudo sozinha.- Balbuciou chateada, apoiando-se nos móveis em direção ao banheiro. Sasuke apenas observava a cena com insegurança, e um tanto de peso na consciência, não é porque não desejava mais envolver-se com Ino, que a deixaria passar por maus bocados, afinal.

- Não.. Eu não farei nada..- O Uchiha pensou, saindo do quarto sem mais importar-se com Ino. Estava decidido, e se necessário, machucaria a ela, e a si mesmo, para não machucar Hinata, a quem tanto devia.

A loira fitou o quarto vazio, com a expressão triste, constrangida.. Ele estava agindo de maneira estranha, e aquilo não parecia ser de seu feitio, ainda que fizesse pouco tempo que se conheciam, sentia que Sasuke não agia daquela maneira.. O que seria, então? O dia de ontem teria sido ruim a ponto dele desejar afastar-se? Seus olhos mantinham-se na porta, e ela já havia se arrumado.

Foi para a copa tranquila, acreditando ser somente um momento de mau-humor. Oras, o mundo não girava em torno dele, e se sempre foi feliz antes de Sasuke aparecer, não via motivos para atormentar tal felicidade, simplesmente por essa nova existência ocupar sua vida..

Ele estava lá, tomando o seu café tranquilamente, enquanto folheava o jornal da cidade, atento a todas as informações. Não havia nada de muito novo.. Pelo visto, as coisas pareciam tranquilas, e Sasuke apenas continuou lendo, com o intuito de evitar Ino, que havia sentado-se ali.

- Sasuke? Pode me falar.. Por que está agindo assim?- Indagou com olhos baixos, e um tanto incertos.

- Não sei do que fala.- Ele respondeu secamente, sem desviar sua atenção do jornal.

 

- Entendo.. Não deseja me contar, não é mesmo?- Já ela, sorriu fracamente e nem por um segundo deixou de fitá-lo, em busca de respostas.

- Não tenho nada para contar. Eu me sinto bem, e normal.- Sasuke sabia estar sendo frio, mas tinha, de certo modo, uma dívida com sua namorada.. E usava tal dívida como um motivo para incentivá-lo a manter-se firme em sua promessa.

- Ah..- Murmurou Ino, entristecida. Pelo visto, o Sasuke do início estava de volta.. Do início? Talvez um ainda mais frio, mais distante.. Sua mente estava confusa, logo agora que finalmente havia aceitado que estava amando-o, ele vinha com uma atitude dessas.

Depois de tomar café, os dois foram a sala, cumprimentaram todos, e resolveram ficar ali, onde difícilmente ficariam a sós.. Algumas horas passaram, e lá, todos conversavam animadamente. Exceto Ino, que parecia bastante abalada.. Sequer conseguia desfaçar, tanto que, sua mãe não pôde deixar de comentar.

- Ino? Sente-se bem?- Indagou, preocupada.

- Ahn? Tirando o tornozelo torcido.. Parece que sim.- Ela piscou, com um sorriso doce no rosto.

- Tem certeza?- Dessa vez, foi Lucie quem perguntou, com o tom de voz tranquilo.

- Sim, vovó. Obrigada pela preocupação.. Mas, eu estou bem. Apenas acho que devo ficar sozinha..- Ino levantou-se com pressa, e mancando, foi para o jardim, observar as flores.. Refletir.


Sasuke apenas observava, calado. Sentia-se um tanto culpado, mas conseguia dissimular com perfeição e em nenhum momento, pensara em abandonar suas propostas..

Ino estava tão imersa em seus pensamentos, que sequer percebeu que alguém, desconhecido, por sinal, aproximava-se.

- Olá, Srta. Yamanaka. Não queria te atrapalhar.. Mas, eu tenho de cuidar do jardim. E.. bom.. Você está bem no meio dele.- Um garoto de cabelos castanho-claro esvoaçados, caindo um pouco sob o rosto, e olhos verdes vibrantes a fitavam, sua voz era uma perfeita melodia, chegava a ser difícil acreditar que aquele garoto era um jardineiro.

 

- Q-quem é você? Como sabe quem sou? E.. Me desculpe! Eu não queria atrapalhar seu trabalho.- Ainda que desanimada, Ino tinha um brilho muito especial, e diante das pessoas, tentava ao máximo não demonstrar seu estado de espírito.

- Eu sou Brian.. Não sou daqui.. Eu e minha família viemos para cá faz pouco tempo. Na verdade, apenas dois meses. E ouvimos muito falar sobre você durante esse tempo..- Brian sorriu dócilmente, e Ino sentiu-se confortada. Era bom falar com alguém tão natural nesses momentos..

- Entendo. De onde você era?- Indagou, interessada.

- Nova York.. É estranho me acostumar com essa vida.. Mas, até que vale a pena.- Ele mantinha o sorriso no rosto, e havia muita sinceridade em sua voz.

- É, deve ser mesmo.. Mudar de país, deixar tudo para trás.. Exige muita coragem.- Mesmo se mostrando interessada, não passou despercebido aos olhos de Brian a tristeza evidente de Ino.

- Realmente..- Ele pausou, e, tímidamente, prosseguiu.- Você me parece triste. Aconteceu algo?

- Como sabe?- A loira ficou realmente surpresa. Em alguns minutos, e aquele garoto já podia ver que estava triste? Era tão evidente assim?

- Eu.. Acho que sou observador, conheço as pessoas.- Brian curvou os lábios levemente.

- Entendo. Faz sentido.. Mas, não gostaria de enchê-lo com meus problemas fúteeis. Eu mal te conheço..- Ela ansiava por poder compartilhar suas mágoas com alguém, mas não desejava criar uma má imagem. O garoto realmente, mal a conhecia.. Como poderia entendê-la?

- Eu gosto de ajudar as pessoas. Ficaria feliz se me contasse.- Sua expressão estava tão calma e delicada, que Ino não viu outro modo, se não desabafar.

- Bom.. É uma longa história, deseja mesmo ouví-la?- Indagou, e assim que o garoto assentiu, ela começou a contar tudo, em detalhes, desde o dia em que conhecera Sasuke, até o acontecimento mais recente dessa história. Brian prestava muita atenção em tudo, e no final, suspirando, expressou sua opinião:

 

- Olha.. Não sou a melhor pessoa com conselhos amorosos, nem nada. Mas, pelo que pude ver.. Sasuke não te ama, ainda que sinta algo por você, não é mesmo?- Ino sentiu grande dor ao ouvir aquilo, mas sabia que era verdade.- E, talvez ele esteja evitando se envolver mais, por causa da namorada.. Talvez ele a ame.

- Pode ser.. Mas, ele sempre afirma não acreditar no amor. Seria mentira?- Ela estava atenta a tudo que o seu novo conhecido falava, percebendo que fazia sentido.

- As vezes, ele esconde para não parecer fraco.. Existem pessoas que consideram o amor uma fraqueza.- Pousando suas mãos sob os ombros de Ino, ele fitou-a com seriedade, diretamente em seus olhos.- Você deve esquecê-lo, Srta. Ino, antes que isso te faça ainda mais mal.


Ino fitava aqueles olhos verdes com tristeza, e ouvindo suas últimas palavras, apenas levantou-se, com um sorriso fraco no rosto, e esquecendo-se até mesmo de seu tornozelo ruim, foi ao quarto em disparada, sem que ninguém soubesse.

Deitou-se em sua cama, lembrando-se de cada palavra daquele garoto, principalmente, das últimas: "Você deve esquecê-lo, Srta. Ino."
Deu vazão a algo que estranhamente sentia, e desabou a chorar, choro sofrido, choro cheio de mágoa.. Tudo bem, não fazia tanto tempo que sentia esse amor, a ponto de sofrer assim.. Mas, quem disse que é necessário muito tempo para o verdadeiro amor nascer?

Ainda que lutasse muito, as lágrimas insistiam em correr, incessantemente, e não conseguia lembrar-se quando foi a última vez que havia chorado assim, se é que já havia mesmo.. Sasuke, entrou no quarto assustado, com olhos perdidos e expressão desolada.

- Ino! O que houve? Porque está chorando tanto?- Ela apenas o fitou, ainda sem conseguir conter o pranto. O garoto, mais uma vez, seguindo seu instinto protetor, abraçou-a fortemente, afagando-lhe os cabelos, enquanto ela molhava suas roupas com o choro que não deixara de cair.

 

Sasuke deixou-se ficar ali, sem soltá-la sequer por um momento, quando, finalmente ela serenou. Fitou-o com vergonha, olhos vermelhos.

- Me desculpe.. Isso.. Nunca devia ter acontecido. Eu me descontrolei.- Murmurou com a voz rouca.

- Parece que.. Eu não sou o único que finge ser feliz, afinal.- O Uchiha mostrou-se repreensivo, mas continuava afagando-lhe os cabelos, com carinho.

- É.. Quem sou eu para te dar lições de moral sobre a felicidade? Logo eu.. Que vivi, a vida toda acreditando ser feliz, quando na verdade somente me envolvia em futilidades sociais..- Ino agora deixava algumas lágrimas escaparem, todavia, estava mais contida.

- Você é a minha noiva. E, parece que nós dois nos entendemos, não é mesmo? Se é assim.. Parece que o fato de você existir, é algo que se encaixa bem na minha história, temos tudo.. E por que ainda nos sentimos assim?- Ino o fitava surpresa, não esperava que ele viesse a falar algo tão.. Forte, emocionante.

- Ou somos muito mal agradecidos.. Ou ainda existe algo que nós estejamos precisando, muito.- Ino desabafou, com um sorriso agora sincero no rosto, acrescentando mentalmente: - Parece que, eu já encontrei.

Afagou seu rosto com carinho, e, aproximou-se, fixando seus olhos negros com grande ternura. Exatamente, aquele garoto, agora, era ele quem complementava sua própria existência, e ela cada vez mais aproximava-se, sem sequer um sinal de hesitação da parte dele, mas, infelizmente, o celular de Sasuke começou a tocar enérgicamente, e os dois afastaram-se rapidamente, com as faces totalmente ruborizadas.

- Yo, Suigetsu.- Ele atendeu com a voz tranquila.
- Não vai acreditar no que eu tenho pra falar..- Suigetsu parecia ansioso, e havia muita malícia em sua voz.
- Fale logo, então.- Com as palavras de Suigetsu, ele é quem tinha ficado ansioso.

- É uma história um tanto longa.. Posso contar?- Era possível ouvir não só a respiração de Suigetsu, como a de Karin, também, que estava provavelmente ao seu lado.
- É claro.. Tenho tempo.- Sasuke estava realmente interessado, e prestava atenção em cada palavra do amigo.
- Hum.. Então, aí vai: Esses dias, antes mesmo de você viajar, eu estava vagando pelas ruas ao lado de Karin, e, vi aquele garoto do baile, Sai, vasculhando o lixo da casa dos Hyuuga.- Ele falava pausada e lentamente.
- Espere! O que ele estava fazendo lá?- Se antes Sasuke já se encontrava curioso, agora, então, desejava estar lá, para fazer com que Suigetsu falasse mais rápido.
- Ele estava todo sujo, com uma fita na mão, na verdade, um gravador também.. E, eu, que nem sou curioso, pedi para ouvir a fita que ele tinha em mãos.
É claro que, negou-se insistentemente, mas, não sei o que me deu, e ameacei-o, falando que chamaria a polícia.. E, bom, você pode pensar que o ocorrido com Ino foi a primeira vez que ele tentara fazer algo de errado, mas, eu sei bem mais que isso.
- Era possível ouvir a malícia evidente na voz de Suigetsu, e a voz dele chegava a denunciar que ele estava rindo, ou bem próximo a isso.- Então, Sai tremeu e não só me entregou a fita, como também o gravador, e foi embora cheio de raiva.. O ponto é que..-

- Fale logo, por favor!- Agora, Sasuke sequer conseguia conter-se.

- Acalme-se, Sasuke. Eu vou chegar lá.. Na verdade, só falta dizer que, o ponto é o que dizia na fita, uma pequena discussão sua com Hinata, e você dizendo claramente: "Eu não a amo, nem irei amá-la", em relação a Ino.
Mas, como você tem um herói como melhor amigo, essa fita já foi queimada, e Ino jamais saberá sobre ela..
- Suigetsu não escondia a satisfação e o orgulho em sua voz. Ainda que as vezes parecesse ruim, ele sentia amizade sincera por Sasuke, e gostava de protegê-lo.

 

- Parece que.. Tanto ela, quanto ele, andaram aprontando algo.. Só me pergunto o porquê dela ter jogado no lixo.- O garoto de cabelos cinzentos entendeu perfeitamente o motivo para que Sasuke não se referisse diretamente nem a Sai, nem a Hinata, e muito menos a fita.

É claro, Ino estava do seu lado.
- Não se preocupe, sabe que faço um trabalho completo.. E que irei descobrir. Agora, aproveite a viagem, amigão. Quando tiver notícias, eu te ligo.- Suigetsu desligou, e voltou a fazer exatamente o que estava fazendo antes de ligar para Sasuke: Ficar com a Karin, como o esperado.

Depois da ligação, Sasuke ficara um tanto pensativo, com olhos fixos na janela, observando o belo dia que fazia lá fora. Ino estava preocupada, sabia que sua crise de choro momentânea servira e muito para que o garoto lhe falasse tudo aquilo, mas não sabia o quanto duraria.

Ele, porém, não tinha pretensão de manter aquele objetivo que havia proposto a si mesmo no começo do dia. Geralmente, era mais persistente, fiél a seus objetivos, mas a presença da loira o desarmava totalmente, e até mesmo as regras de seu coração frio acavam sendo apenas jogadas ao vento..

- Q-quem era?- Ela tomou coragem para perguntar, com a voz baixa, como uma criança com medo do castigo.

- Suigetsu.. Queria me contar as novidades. Alguns casais se desfizeram, algumas pessoas estão encrencadas. Nada de novo.- Mentiu, com o intuito de esconder-lhe a real causa da ligação. Não podia contar-lhe nada sem ter os fatos completos, sem entmender completamente os motivos que levaram tão situação a concretizar-se.

- Entendo. Então, é bom que estejamos aqui, afinal..- Ino já estava calma, como se em nenhum momento desses houvesse chorado, e em seus olhos, havia voltado o brilho costumeiro.

- É, sim.. Eu desejava viajar há muito tempo.- Ele acomodou-se melhor na cama da garota, e esboçou um sorriso, levemente.

- Eu também. Na verdade, acho que precisar é a palavra certa para mim.

 

Fez-se então um silêncio constrangedor, e os dois fitaram-se por alguns momentos, sem conseguir pensar ao certo no que falar.
Ino, tão atormentada com a presença de Sasuke, com a proximidade emocional que sentia sobre aquele garoto no momento, mal conseguia tomar alguma atitude, se não esperar que ele mesmo tomasse.

Já Sasuke, estava inseguro. Ao começo do dia, havia travado um objetivo, e além de deixar tal objetivo de lado, ainda descobriu algo bastante desagradável sobre Hinata, não acreditava mesmo ser um sinal, mas achou que aquilo seria então uma brexa para que ele aproveitasse, e deixasse a proposta inicial de lado, por mais que o passado pesasse nesses momentos.

Observando com atenção o rosto angelical de Ino, sentiu enorme ternura, e como num flashback, deixou que as lembranças acumuladas até aquele momento ao lado da garota, corressem livremente por sua mente.
Lembrou-se do dia em que se conheceram, do tão especial baile, do beijo quente e dos lábios perfeitos da loira, a noite divertida e tranquila que passaram juntos, e ainda atordoado, sentiu que finalmente estava realmente compartilhando um laço, uma relação sincera.

E, esquecendo-se finalmente de qualquer barreira, da cidade, de namorada, de tudo , não conteve os ímpetos de seus sentimentos, e abraçou-a, beijando-a carinhosamente nos lábios. Um beijo ainda, muito, muito melhor do que aquele primeiro, algo ainda mais quente, mais doce.

A sincronia perfeita existia entre eles, e ainda que a garota de início houvesse se assustado, rendeu-se rapidamente e aproveitou o momento, deliciando-se naqueles lábios suaves que Sasuke tinha. Passava a mão carinhosamente por seu rosto, e ficaram assim por longo tempo, até que, sem fôlego, se soltassem com muita dificuldade.

Como o esperado, não houve outra reação por parte dos dois ao separarem-se, se não o atordoamento e o susto, e também a mistura de calor e felicidade.

 

Não sabiam ao certo como havia acontecido, mas sabiam que aquele fora um dos momentos mais especiais de suas vidas, se não o mais especial. Tamanha foi a alegria que atingiu Ino, e a sutileza que atingiu o íntimo de Sasuke.

Pela primeira vez, finalmente sentiu que estava completo, soube no momento em que seus lábios juntaram-se, que sem dúvidas, ela era exatamente o pedaço que faltava para completar sua vida. Que nunca fora realmente feliz, por não ter conhecido a doce loira antes.

Mas, logo depois daquele sentimento de ternura, leve tristeza acometeu-o. Sabia que descobrir o começo de seu sentimento não era o suficiente para terminar com Hinata, muito menos demonstrar para Ino como estava se sentindo. Não por orgulho, mas por ter algo pendente com sua namorada, algo que, parecia pequeno, mas era muito grande.


Ino percebeu seu desânimo e estado de espírito, e um tanto triste, concluiu:

- Olha, as coisas não precisam mudar.. E também, podemos.. fingir que isso nunca aconteceu.- Era com enorme esforço que falava aquilo. Não conseguia aceitar aquela reação do garoto, se foi ele mesmo quem a beijou, mas, não desejava forçá-lo a nada, e muito menos parecer autoritária, pois do mesmo modo que detestava que os garotos a tratassem com autoridade, não tratava eles desse modo, para que não o fizessem com ela.

- Me desculpe..- Sasuke murmurou, constrangido. Doía-lhe o coração ter de aceitar essa situação, sentia vontade de tomá-la nos braços e dizer que não era nada disso.. Infelizmente, os fatos eram assim e ele não mudaria. Como sempre, teria de ficar parado, vendo as pessoas, mesmo longe, fazendo com que suas escolhas fossem diferentes do que aquelas que desejava fazer. 

 

A loira simplismente levantou-se, e foi embora do quarto, deixando que uma lágrima escapasse, enquanto corria em direção a lajem. Desejava paz, solidão, e só ali iria encontrar. Era necessário recompor-se, antes que a vissem daquele modo, sentia-se arrasada e se sua família a visse assim, certamente iriam preocupar-se.

Não conseguia compreender aquele garoto. Ele avançava um passo, e voltava dez, não sabia se era covardia, insegurança, mas, fosse o que fosse, a irritava.
Não conseguia decidir se chorava, ou se ficava com raiva.. Seu coração estava cheio de incertezas, só forçou-se a esquecer e aproveitar a brisa suave que estava no ar, batendo em sua delicada pele, e secando as lágrimas que insistiam em cair.

Sasuke a viu sair com peso no coração, e deixou-se ficar ali, fitando através da janela a chuva que começara a cair do lado de fora, é, representava bastante o que lhe ia na alma, afinal. A revolta crescia, ele não conseguia aceitar tal situação, mas estava disposto a dissimular, estava disposto a conversar com Hinata.. Terminar? Talvez. Era muito difícil esquecer o passado e superar tudo o que aquela garota havia feito por ele no momento de dificuldade de sua vida.

Mas, pela primeira vez, sentia que tinha de ir além, sentia que não podia deixar escapar de suas mãos a única oportunidade de conhecer o amor, o sentimento verdadeiro pelo qual sempre procurou. Estava resolvido, queria mesmo ser feliz, feliz de verdade, e sabia que somente ao lado de Ino, isso se realizaria.

Quando eu estou aqui, ela não está
Quando eu seguro firme, ele simplesmente solta
Nós somos perfeitamente imperfeitos
Como fogo e chuva
Você pode me deixar insana
Mas não posso me chatear com você por besteiras
Nós somos Vênus e Marte
Somos como estrelas diferentes
Mas você é a harmonia de toda música que eu canto
E eu não conseguiria mudar nada.


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Notas finais do capítulo

Ok, esse capítulo ficou bastante emotivo.. Eu estava assim no dia, e essas foram as idéias que me surgiram.
Mas, apesar de tudo, achei bastante interessante escrevê-lo, e espero de coração que vocês gostem, mesmo.
Beijos e muuito obrigada quem leu.
Tentarei ser mais breve com o próximo post.