Dramione: O Que o Futuro Nos Reserva escrita por Natty Duarte Chuka


Capítulo 25
25. Ninguém Está Seguro


Notas iniciais do capítulo

Oii, potterheads, boa leitura!



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Rose

Assustei quando meu celular tocou, mas meu pai atendeu e saiu do hospital, indo para o jardim. Suspirei, imaginando ser meu tio. Mas, espera, é a segunda ligação em um só dia, isso é incomum, algo deve estar acontecendo, pensei e me levantei para ir atrás do meu pai, mas ele já estava voltando. Parecia ansioso, preocupado, aliviado, uma mistura de sentimentos que me deixou ainda mais preocupada.

— Vem comigo… - ele falou em tom baixo para que só eu ouvisse e segurou meu braço sem fazer força, me guiando para fora do hospital, olhando para todos os lados enquanto caminhávamos até estarmos razoavelmente longe do hospital, em um beco. Ele parecia desconfiado demais, com medo demais, estranho até demais. E eu estava com uma sensação ruim, mas confusa também... por que ele não me contou lá no hospital mesmo?

— Pai, o que está acontecendo? - me virei para olhá-lo. 

— Você é tão ingênua… - ele sorriu de uma forma que nunca vi meu pai fazer. Vendo minha feição confusa, ele riu ironicamente. - Ainda não entendeu, garota? Acha mesmo que sou seu pai? 

Arregalei os olhos e dei um passo para trás, pensando se conseguiria pegar minha varinha e atacá-lo antes de ser atacada. - O que você quer comigo? E quem é você?

— Sou seu pesadelo. - ele levantou uma sobrancelha e riu. - Eu soube sobre os ataques em algumas vilas, sabe como é… as notícias podem ser escondidas, mas quando dá merda, elas correm rápidas. Não quero ser atacado e não sei qual é a desses loucos, mas soube que vocês estão numa missão. 

— Como…?

— Vocês deveriam ter mais cuidado ao falar disso em um local público, querida. - ele revirou os olhos. Dei mais um passo para trás. - E você vai ser a garantia de que não vão fazer nada comigo.

— Você sabe que isso não faz sentido nenhum, não é? Meu pai é auror e meu tio é o chefe dos aurores… eles vão acabar com você.

Ele riu ainda mais. - O burro do seu pai e o idiota do seu tio não me preocupam, a maior preocupação é Rodolphus Lestrange. Você irá garantir que ele não me mate. 

— Mais alguém sabe sobre isso? - perguntei, tentando tirar o máximo de informações antes de tentar atacá-lo.

— Acha mesmo que vou soltar informações para você, garotinha?

— Azar o seu. - levei a mão no bolso e peguei minha varinha o mais rápido possível, mas antes que pudesse atacá-lo…

Expelliarmus! 

Minha varinha foi jogada longe. Ofeguei e dei mais alguns passos para trás, sem tirar os olhos do homem que se passava pelo meu pai, calculando minha distância até onde minha varinha estava.

— Rose, Rose, não seja estúpida. - ele disse. - Não quero te machucar, mas vou precisar, caso não me obedeça. 

— Eu nunca vou te ajudar! - me virei e me joguei atrás de uma lixeira, pegando minha varinha no caminho, mas também me arranhando um pouco, sem nem perceber por causa da adrenalina. 

Ele riu. - Você está tornando as coisas difíceis, Rose. Apesar de estar me divertindo com essa situação de gato e rata, já já perco a paciência! Expulso!

Me afastei um pouco ao ouvir o feitiço, vendo a lixeira ser estilhaçada na minha frente, voando alguns restos de lixo para todos os lados, inclusive no meu cabelo e rosto, mas não me importei com isso. Olhei para ele e gritei o primeiro feitiço que me veio à mente.

Infernus Apes!

Ele começou a gritar com a sensação de abelhas o picando, girando para todos os lados, tentando fazê-las parar. Aproveitei o momento e aparatei no banheiro do hospital. Ofeguei ao estar em segurança, mas saí de lá correndo, precisava avisar meu pai e os outros aurores. 

— Senhorita, não corra no hospital! - uma enfermeira disse, mas a ignorei totalmente, indo até o jardim. Meu pai já não estava mais lá. 

— Droga! - respirei fundo e voltei para a sala de espera, vendo meu pai falando com um auror, parecendo preocupado. Me aproximei devagar, apertando a varinha na minha mão.

— Rose! Por Merlin, como assim você saiu comigo se eu estava no jardim? - ele perguntou. - O que aconteceu com você?

— Não se aproxima! - falei rápido e apontei a varinha para ele quando ele deu um passo em minha direção. Ele parou e arregalou os olhos.

— Ele usou poção polissuco e você acha que sou ele? - ele perguntou. 

— Como vou ter certeza que não é?

— Quando você era pequena, antes de entrar em Hogwarts, teve um ataque de pânico, assim como teve quando Harry e eu contamos sobre sua mãe. - ele disse.

Suspirei aliviada, ninguém além de nós - e Scorp e Alvo - sabia disso. Me aproximei e o abracei forte. Ele suspirou, retribuindo o abraço, mas notei que fez sinal para o auror. 

— O que ele fez com você, Rose? - meu pai me olhou preocupado, me examinando. - Você precisa de cuidados… 

— Eu estou bem, pai, mas precisamos avisar o Scorp. Esse louco disse que sabe sobre os ataques, queria que eu o protegesse de Rodolphus, ouviu nossas conversas. 

— Merlin… - ele respirou fundo. - Harry precisa saber disso.

— Pai! O que ele queria?

Ele me olhou e suspirou. - Harry disse que Draco avisou que daqui quatro dias podemos atacar Rodolphus e salvá-los. 

— Meu Merlin… - sussurrei e ofeguei. - Quatro dias… 

— Sim… Rose, peça uma poção para a enfermeira e se limpe. Vou falar com… 

— Não, nós não vamos nos separar. - interrompi rápido, meu coração ainda estava acelerado e agora estava sentindo a dor onde ralei. 

— Tudo bem. - ele suspirou e ligou para meu tio, contando o que havia acontecido comigo. Fiquei próxima a ele o tempo todo, observando cada pessoa que passava por nós, tensa demais para baixar a guarda agora.

 


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