Contra o terrível fim chamado Medusa escrita por MT


Capítulo 5
Cap 5 - Essa vad…!


Notas iniciais do capítulo

Então aí está mais um cap! Sinto muito pela demora.
Palavra de hoje é: luminária.



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Quando ela apareceu do outro lado das grades com um sorriso desajeitado, tudo que ele quis foi dar um soco naquela boca cheia de dentes. Nem notou o vestido roxo com um leve decote dando a elfa um aspecto belíssimo ou a pessoa ao seu lado com características bestiais. E um grande machado de lâmina dupla. Ele devia ter dado mais atenção ao machado.

Assim que a cela foi aberta, o garoto avançou. Mas antes que seus dedos alcançassem as alças do vestido da elfa, a parte chata do machado o mandou de encontro ao final do corredor deixando uma trilha de sangue e alguns dentes.

A dor foi cegante. O mundo sumiu por uns segundos enquanto chiado e branco cobriam seus sentidos.

Um dos guardas estava com as mãos sobre sua cabeça, emitindo luz verde como uma luminária, quando voltou a realidade. Ele perguntou se estava bem e o ajudou a erguer-se. A vad… elfa, se aproximou e assim também fez a mulher bestial segurando um enorme machado cuja altura não perdia em nada para a da sua dona.

Por um momento sentiu o impulso de erguer a elfa pelas roupas e gritar o quão irritado estava. Mas dessa vez a visão do machado não passou despercebida. E a mulher meio fera o fitando com seus olhos carmesins com uma expressão séria não era algo fácil de ignorar. Ou de se dispor a ir contra.

— Bom, eu vim me desculpar pelo… mal entendido? - ela disse e piscou enquanto abria ainda mais o sorriso. - Hahaha. 

— Eu passei quatro dias…! Quatro dias preso! - respondeu se pondo de pé. - Odeio ficar preso! E isso é ainda pior agora que não estou…!

Segurou sua língua antes que citasse um dos motivos para estar tão deprimido no seu corpo e mundo originais. Não tinha certeza se aquilo ativaria ou não a sensação de ter o coração esmagado e não queria pagar para ver.

— Oh, você está bravo! - falou num falso tom inocente enquanto fechava um dos punhos e batia na palma aberta da outra mão. - Ei, Leila, estou tão assustada! Esse homem é tão perigoso! Ha.

Terminou com um som e expressão desdenhosos.

— Ah, sim… - a bestial não parecia afim de participar da zombaria, mas tão pouco mostrava sinal de que diria algo contra ela. - Se já acabou, minha senhora, deveríamos voltar. Seu pai está bem irritado, seus irmãos também. Você passou três dias fora.

A elfa deu de ombros. 

— Isso mesmo, sua filhinha de papai. - o garoto disse na esperança de ofendê-la. - Volte como uma boa menina. Talvez ele te dê um doce ou as palmadas que merece. Ou venha aqui que eu mesmo te dou o que merece.

A mulher bestial, apesar de bela e vestir roupas bem reveladoras na parte do tronco, ainda o fez quase sujar as calças ao pôr um pé a frente. Podia sentir algo intenso ser emitido do seu corpo, não sabia bem o quê, talvez sede de sangue ou a sensação de dor que ela lhe infligiu fazendo-o instintivamente vê-la de forma ameaçadora, mas podia perceber o perigo. Até tinha a impressão de que o espaço estava se distorcendo ao redor dela. E jurava ter visto uma espécie de azul brilhar também.

´´Mas é claro…`` lembrou quando o susto parou de nublar sua mente. ´´Estamos no mundo daquele livro e aquilo só pode ser a manifestação da mana. Espero poder fazer isso também.``.

— Você sabe quem eu sou? - a elfa perguntou enquanto mantinha a mulher fera quieta ao erguer o braço a frente dela. O que, o garoto notou, era o motivo de ainda estar vivo após suas palavras ofensivas à nobreza.

— Sim, a merdinha privilegiada e rebelde, filha do alto sacerdote cujo destino é… - novamente sentiu dedos tocarem seu coração, mas dessa vez parou até mesmo o pensamento do que iria dizer na esperança de impedir isso. A sensação sumiu antes de realmente começar a doer. O que o fez suspirar aliviado.

— Pessoas já morreram por dizer menos, sabia? O que acha do nosso deus? - ela perguntou com uma expressão séria. A figura desdenhosa e a perversa postas para lá. Do lado da elfa a bestial a encarava com um olhar de quem não entendia as palavras da garota. O guarda observava aquilo com certo nervosismo. Evitando encarar e suando bastante.

— Uma pedra super poderosa, mas ainda só uma pedra. Sério que sua raça a cultua? 

— Ele criou a base de tudo que existe. E por que chamou de pedra? - a elfa continuou. - E ´´sua raça``, somos ambos elfos aqui. 

— Depois dessa criação, esse deus fez tanto quanto uma pedra. Acredito que alguns do alto escalão já devem ter essa crença idiota escondida no canto escuro da mente, de que nossas cores nos separam em duas raças diferentes, não é? - respondeu quase gaguejando na segunda frase.

— Você teria morrido dez vezes só hoje. - a garota respondeu e abriu um sorriso. - É o tipo de idiota que pode tornar as coisas divertidas. Qual o seu nome?

— Hã?! Respondi suas perguntas, mas não sou seu amigo! Não pense que…! - ele falou e ela fez menção de que deixaria a mulher fera avançar ao baixar um pouco o braço. Foi o suficiente para fazê-lo mudar de ideia. - M-meu nome é...


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Notas finais do capítulo

Num creio que eu fiz isso, o nome do cara! Eu quero saber! Juro que não sei, vou descobrir até o próximo cap, mas agora não tenho ideia. A, sobre a aparencia da mulher fera, é só pesquisar ghislaine mushoku tensei ou esperar a descrição nos caps seguintes.
O que será que irá rolar? Ele vai conseguir dar uma surra nessa garota rica? Quem é a mulher a acompanhando? Como será a historia a partir daqui? O guarda tava com o cu na mão ou é só impressão minha?
Obrigado por ler até aqui. Spoiler: ... é, vai dar ruim pro escritor se ele não soltar logo o nome do protagonista.



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