Contra o terrível fim chamado Medusa escrita por MT


Capítulo 4
Cap 4 - Mas que filha da…!


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap, sinto muito pela demora.
A palavra de hoje é: dados.



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Acordou atrás de barras de cobre rabiscadas com palavras em inglês. Não era nenhum perito na língua, mas tinha certeza que havia algo a ver com bloquear, selar e prender. Talvez pudesse discernir mais sobre aquilo se não fosse a terrível dor na cabeça. Principalmente na testa.

Passou a mão sobre ela e notou uma irregularidade que supôs ser o ferimento que ganhara ao ter a cara forçada ao solo. Se houvesse jogado uns dados ao ar para decidir o destino que suas ações levariam minutos antes disso, poderia apostar a própria alma que de algum modo teria conseguido menos um.

Um elfo surgiu do outro lado. Ele parecia cansado e algumas cicatrizes eram visíveis onde os trajes e armadura não cobriam. O homem suspirou e em seguida assumiu uma expressão séria. 

— Como conseguiu isto? - perguntou logo após erguer um broche onde podia-se ver a silhueta de um mago, com algumas esferas rodeando sua testa, na cor branca sob um fundo azul.

— Não faço ideia. Na verdade eu não sou dess… - sentiu o peito apertar como se uma mão tentasse esmagar o órgão responsável por bombear o sangue.. - mun…!

Caiu sobre os joelhos e mãos sentindo o coração ser espremido e o gosto metálico subir à boca enquanto o líquido da vida escorria lábios a fora.

— Enéas, venha aqui. - ouviu alguém dizer enquanto agonizava no chão ao estranho som de uma melodia bela e sinistra. Como o piano do diabo devia ser.

Ergueu as íris e por um instante, pensou, no lugar do elfo, ter visto uma sombra delineada por um brilho rubro com o dedo indicador à frente de uma boca sorridente. Também sentiu as palavras ́ ́ Brinque direitinho, ok?`` queimarem na carne do seu cérebro.

Mas passou tão rápido que sua mente tinha dúvidas quanto a veracidade sobre a existência daquilo.

Um elfo o tocou emitindo uma estranha luz verde, que de algum modo fez a dor sumir rapidamente, e o pôs sentado com as costas contra a parede. Ele checou seus olhos, erguendo suas pálpebras uma de cada vez,  e então se afastou para que o outro ficasse à frente.

— Você estava nas linhas de frente? Foi envenenado? - ele perguntou. O que tinha curado o garoto respondeu antes que o próprio abrisse a boca.

— Não há qualquer traço de veneno nele. Na verdade não havia qualquer sinal de danos no corpo, interna ou externamente.

— Então o que foi aquilo? - perguntou sem parar de encarar o garoto.

— Não sei. - disse o elfo médico.

O homem que parecia estar no comando deu de ombros quando o silêncio perdurou.

— Só responda a primeira pergunta, foi ela que te deu isso, né? - disse mostrando o broche novamente. - Não é a primeira vez que aquela pirralha faz esse tipo de coisa.

O garoto tentou focar naquilo, deixar de lado a sensação de que seu coração quase fora esmagado. E sentiu um absurdo tremor percorrê-lo ao notar como isso fora fácil. Um dos órgãos mais importantes quase foi destruído de um instante para o outro e sua mente sem esforço fez pouco caso daquilo. Se não era assustador, ele não tinha ideia do que era. 

´´Algo definitivamente está mexendo com minha cabeça``.

— Uma garota esbarrou em mim. Mas não lembro dela ter me dado nad… - começou e logo parou ao lembrar que ela o havia apalpado. ́ ́Mas que filha da…!``. - Ah. Acho que sim, deve ter sido essa daí que você citou. Uma de cabelos prateados e olhos amarelos, certo?

— Entendo. - respondeu o elfo e saiu de dentro da cela junto ao curandeiro. Em seguida a fechou. - Assim que acharmos a filha do alto sacerdote e confirmamos a história, te soltamos.

— Mas você não disse que é comum ela fazer isso? - Questionou sentindo ainda mais raiva da tal elfa.

— Sim, porém sempre há a possibilidade de ser diferente dessa vez. Então te manteremos aqui por hora.

Fitou o elfo incrédulo enquanto ele simplesmente saia do seu campo de visão.

Passou um bom tempo xingando mentalmente a filha do alto sacerdote durante sua estadia na prisão. Satisfeito por ao menos poder sentir raiva devidamente.


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Notas finais do capítulo

E esse capiroto aí no meio do cap? Sei não, hein? O que será que ele quer? E como diabos ele carrega um piano para toda aparição que faz? Tem gente preparada, tem o batman e tem esse diabo!
Obrigado por ler até aqui! Spoiler: desculpa? kkk



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