The Call escrita por LisRou


Capítulo 3
I. Vivendo... ou Sobrevivendo


Notas iniciais do capítulo

Adiantei o máximo que pude para termos um capítulo novo e bem recheado aqui. Preparem-se, porque agora vamos entender o que aconteceu com a Rainha Gentil.

Boa leitura, narnianos!



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Michigan — EUA

 

1 ano depois desde a terceira ida de Lúcia e Edmundo.

 

POV. Susana

Desci apressada as escadas em direção a porta da frente, cerrando fortemente os olhos e sentindo as batidas do meu próprio coração na minha boca. Por conta dos sapatos altos, tropecei em algum degrau e bufei, alcançando a maçaneta. Respirei fundo e a destranquei sem esperar que ela do outro lado batesse de novo.

— Susana! 

Não pude evitar o sorriso ao sentir Lúcia pular em cima de mim num abraço apertado. E eu nem queria evitar. Na verdade, a única coisa que eu sentia naquele momento era uma satisfação que não sentia há muito tempo. 

Depois de tanto tempo, estaríamos todos juntos de novo. 

— Não acredito, não acredito, não acredito...! — Ela repetia sem parar enquanto afagava meus ombros, costas e cabelos, me apertando tanto que cheguei a ficar sufocada. Acariciei seus ombros e sorri, reparando o quanto Lúcia havia crescido. — Que saudade, Su! 

— Também senti saudade, Lúcia — me separei apenas o suficiente para encará-la de perto, correspondendo o sorriso contente que estava esticado na boca dela. Seus olhos de safira estavam alcançando a mesma altura dos meus. — Você está quase do meu tamanho! 

— Ainda bem, não é? Pelo menos assim eu vejo o quanto eu e Edmundo crescemos... Estamos quase alcançando você e Pedro. 

— Ah, não tão rápido, mocinha — fiz que não e me agachei para pegar sua mala. — Falta muita farinha com aveia para você chegar do meu tamanho.

— Você que pensa. — Lúcia riu e segurou minha mão ao mesmo tempo, querendo me impedir de levar sua mala. — Deixa que eu te ajudo, Susana.

— Não precisa.

O peso da mala era maior do que eu podia suportar, mas não me importei. Não queria ajuda. Pode parecer ignorância da minha parte, mas não precisava de ninguém sequer para me ajudar no que quer que fosse, pois, havia prometido para mim mesma que lidaria com todos os meus problemas sozinha. Por menor que sejam.

— Por um momento cheguei a pensar que não nos veríamos de novo... — Lúcia foi dizendo em um muxoxo enquanto me acompanhava, acendendo as lâmpadas pelo caminho. — Demorou muito para finalmente termos paz.

— Agora estaremos juntos novamente — eu disse com um certo alívio assolando meu peito, porque era verdade. Aquela maldita guerra tinha chegado ao fim e nós, inclusive o papai e mamãe, poderíamos ficar mais tempo unidos. Mesmo se cada um de nós estivermos ocupados com nosso futuro.

As passadas de minha irmã logo atrás de mim suavizaram, até que tiveram seu fim. Ela tinha parado de caminhar e eu me virei para me certificar o que estava fazendo. Assim que meus olhos a encontram, não me surpreendi quando reparei que Lúcia observava o retrato de nós quatro juntos na estação de trem, cinco anos atrás.

Olhei para a figura ao seu lado, e forcei às minhas memórias a não se encaminharem para uma direção que eu não queria.

— Que saudade que eu sinto desse tempo também... — Lúcia murmurou, passando a ponta dos dedos na fotografia. Seus olhos brilhavam e suas palavras saíram surradas. — Foi um período tão bom... Um bálsamo em meio a tantas perdas...

Eu sorri um pouco sem jeito. Com a mão livre, sentindo um aperto no peito, eu envolvi seus ombros em um abraço reconfortante para ela — e para mim também, por mais que eu não admite.

— Sei como se sente — fui fria, beijando sua têmpora. — O que importa é que estamos aqui, certo? Pedro virá mais tarde, e Edmundo está terminando de pagar seus estudos como já deve saber. — Enxerguei uma lágrimas solitária que ameaçou traçar um caminho lento pela sua pele, porém fui mais rápida ao secá-la. — Nada de choro, Lúcia. Vamos comemorar o fim da Alemanha nazista e celebrar nossa família inteira reunida. Esqueceu que nem isso podíamos ter?

— Claro que não, Susana, eu hein — Lúcia disse, passando a costa da mão no outro lado da face, me lançando um olhar não muito condescendente. — Eu só fico saudosa, só isso. Você não fica?

A soltei, encarando-a de frente.

— Claro que fiquei saudosa em relação à vocês.

— Não é isso a que me refiro. — Minha irmã encrespou o cenho, alternando seus olhos nos meus. — Por que você...

— Sabia que a mamãe vai estar conosco no jantar? — Fui mais rápida e não deixei ela concluir aquela pergunta.

Lúcia arregalou os olhos, abrindo um sorriso que interpretei como contente, muito diferente da sua expressão anterior.

— Sério?

— Sim. Com Pedro.

Lúcia bateu palmas e exclamou em comemoração, me arrancando uma risada apesar do aperto entre minhas costelas começar a despontar. Não daria atenção àquilo, porque não valeria a pena. Estava mais que concentrada a... esquecer.

— E o papai?

— Ele eu não tenho certeza — pensei por um momento, imaginando como a rotina de papai era complicada, mesmo quando aquela guerra tinha terminado. — Sabe como é a rotina dele...

— Ah, mas eu tenho esperança — sua mão se encaixa em meu ombro e ela o aperta com a ponta dos dedos, passando confiança em sua própria voz. — Aprendi com Aslam à não deixar de crer em nenhum momento quanto as coisas boas que podem acontecer.

O sorriso em meus lábios se fora.

É claro que Lúcia não perderia a oportunidade de mencionar aquele... esse... esse nome.

Ela me observou atentamente e uma expressão preocupada perpetuou suas feições agora crescidas.

— O que foi, Su?

Desviei o olhar e segurei a mala com mais firmeza, como se eu pudesse extrair daquele pedaço de couro a força que eu precisava para conter o súbito incômodo. Balancei a cabeça, abandonando qualquer emoção, e fui até as escadas.

— Não é nada, Lu. Venha, vamos nos arrumar.

Pude sentir Lúcia, apesar de desconfiada, me seguir. Graças aos meus sapatos altos, tropecei em um degrau e adentrei bufando ao meu quarto escuro, com sua companhia logo atrás de mim, já lutando contra a enxurrada de lembranças que viriam.

Assim que ela passou, fechei a porta com força, ouvindo o som estridente em meus tímpanos, som que provavelmente a assustou e coloquei a mala em qualquer canto, livrando-me de todo aquele peso insuportável das mãos. Depois disso, peguei uma toalha  com rapidez para entregá-la, sem me dar o trabalho de acender a luz porque queria que ela fosse logo para o banheiro e me deixasse um pouco sozinha. E assim que ela se trancou na porta um pouco a frente do closet, eu me joguei sentada em minha cama, ouvindo a água do chuveiro rodando e ao mesmo não ouvindo absolutamente nada, apenas as batidas sonoras do meu coração.

Droga, Susana... Se acalme. Se acalme, por favor.

Respirei fundo ao que me pareceu uma vida inteira. Durante todo aquele tempo que estive longe dos meus irmãos, permaneci forte, firme em meus objetivos, mas ver Lúcia depois de tanto tempo e testemunhar que ainda mantinha sua fé inabalável, me desconcertou.

Há cerca de três anos atrás comecei uma guerra comigo mesma. Uma batalha árdua contra os meus próprios pensamentos, sentimentos e contra quem eu fui, com o propósito de me deixar mais forte e finalmente deixar o passado que, de certa forma, me feria quando vinha à tona. Eu tinha me preparado. Céus, como eu tinha... Mas fraquejei ao ver e ouvir minha própria irmã mencionar o tão temido nome. As lembranças que lutei para apagar da minha mente vieram com força, nítidas e até mais lúcidas que antes, porque ao menos pensei nelas enquanto estive sozinha, habituando a minha vida aqui, em Michigan.

Fechei os olhos e lutei contra o bolo que se formou em minha garganta, sentindo um arrepio percorrer meu corpo e reparei que a janela estava aberta, soprando uma brisa gelada para dentro enquanto eu estava sem casaco.

Pensar em Nárnia era agonizante demais. Pensar em como "vivi" lá, por muitos anos, e como todo aquele tempo me modificou era doloroso. Eram como memórias distantes e sem fundamento, porque de quê me serviriam? Apenas para lembrar que jamais retornaria para lá e que nada daquilo voltaria a ser realidade para mim.

Nunca mais encontraria Caspian.

Nos primeiros meses não conseguia adormecer. Era duro demais acordar no meio da noite com imagens da sua face, seus olhos e de seus fios negros em meus sonhos. Era tão difícil lidar com o fato de que não aproveitei o suficiente ao seu lado, naquela sacada, por exemplo... Eu o deixei lá, depois de termos nos beijado, porque estive assustada demais em relação ao que havia se intensificado dentro de mim graças àquele beijo e não me liguei que o meu infeliz destino seria longe dele para sempre. Eu senti raiva de mim mesma por me permitir padecer de todo aquele amor por ele que incendiou como uma chama inapagável. E eu tentei demonstrar à ele quando nos despedimos, ainda que sem palavras.

— Gostei de ter voltado — admiti, me aproximando e vendo que seus olhos refletiam a mesma tristeza dos meus. Eu conseguia me enxergar neles.

— Queria que tivéssemos mais tempo — Caspian confessou diante de todos, sem se importar que éramos agora o foco principal daquela despedida. Eu nunca mais retornaria à Nárnia, mas serviria de exemplo para aqueles que gostariam de recomeçar suas vidas em nosso mundo. Eu serviria de exemplo, porque já tinha aprendido o que precisava aprender neste mundo, como o Próprio Aslam me informou.

Eu tentei suavizar um pouco aquele momento, apesar de sentir o meu coração sofrer uma dor terrível a ponto das forças de retenção às lágrimas ameaçarem serem destrutíveis:

— Nunca teria dado certo, mesmo.

— Por quê? — Caspian perguntou.

— Eu sou mil e trezentos anos mais velha do que você. — Sorri mais um pouco, pendendo um pouco minha cabeça para o lado ao mesmo tempo que me perdia em seus olhos. Caspian sorriu. Mesmo sendo um sorriso tão triste quanto o meu, era aquele erguer de lábios que fazia com que meu fôlego e raciocínio se dissipassem por completo.

Eu estava decidida a partir sem causar mais dor e sofrimento à nós dois. Mas... de alguma forma, não poderia ir embora sem antes demonstrar que, não importava aonde eu estivesse, cada momento que passamos juntos se tornou único em meu coração.

Dei meia volta e o alcancei o suficiente para colocar minha mão em sua nuca e ficar na ponta dos pés, enfim beijando seus lábios macios uma última vez. Fechei meus olhos e senti, mesmo que sendo rápido demais, um frenesi intenso que me chacoalhou por dentro, intensificando aquele amor que, meu Deus, tarde demais percebi que nutria por Caspian. Afastei minha boca e deixei minha mão pender para baixo até seu peitoral, sentindo as batidas erráticas do seu coração, até ser envolvida por seus braços em nosso último abraço.

— Adeus, meu amor — sua voz ecoou em meu ouvido num sussurro grave, e eu engoli em seco. Engoli as lágrimas. Engoli a minha dor.

O contemplei uma última vez e, deixando-o, fui até os meus irmãos.

Uma maldita lágrima solitária escapou da minha pálpebra e eu a sequei com brusquidão. Não sentia raiva apenas de mim mesma. Sentia raiva de todos. De Nárnia, de Aslam por ter nos mandado de volta para o nosso mundo quando o que queríamos, na verdade, era ficarmos lá para sempre. Senti a pontada imensa e familiar no peito, a mesma que sinto quando penso que todas as aventuras que vivi não passariam de lembranças um dia esquecidas pela minha mente fragilizada.

Lembranças idiotas e inúteis, pois nunca mais se tornarão reais. Tudo a minha volta parecia ser perda de tempo, porque nunca mais o veria novamente.

Meu coração batia rápido e minha mente se transformou em uma confusão e caos. Foi difícil deixar todas essas lembranças irem. Eu já tinha tido sucesso em enterrá-las numa parte densa e escura de dentro de mim, mas quando eu finalmente estava em paz, seguindo minha vida, reencontrei Lúcia e testemunhei sua essência de menina indestrutível! Ouvi-la dizer sobre sua fé me fez sentir por um breve instante o pior tipo de ser humano do mundo, porque lutei para esquecer de tudo.

Porém não me deixaria levar por aquelas emoções.

Sim, nunca mais permitiria me levar por emoções tolas e fúteis. Nunca mais confiaria e entregaria meu coração para alguém novamente, porque não gostaria de padecer por aquela agonia e dor de novo. Por que tornar real lembranças que machucavam e que nunca mais voltariam a acontecer? Por que reviver algo que só traz dor e revolta? Prefiro viver como se Nárnia não existisse até fazê-la realmente ficar esquecida em cada canto remoto de mim, desaparecendo por completo... Só assim poderia me livrar daquele misto de saudade, raiva e arrependimento que queimavam meu coração.

Respirei fundo e usei bruscamente a costa da mão para limpar as lágrimas do outro lado do meu rosto e refiz o juramento que fiz para mim mesma depois de ter sofrido nos primeiros meses que parti de Nárnia: jamais mencionaria ou permitiria me levar pelos nomes de Caspian, Nárnia ou Aslam novamente.

Jamais amaria de novo. Meu compromisso era somente por etiqueta e despojos de um nobre de alta hierarquia que poderei usufruir. Seria uma esposa ideal sem necessariamente amá-lo para não ter complicações ou desavenças desnecessárias.

Ao sentir que me recompus, levantei do colchão, tirei meus sapatos e firmei meus pés no assoalho. Caminhei até o closet e tirei uma peça de roupa para Lúcia: um vestidos tom pêssego que não uso desde quando vim para Michigan com papai. Estava certa de que agora a peça caberia em seu corpo, já que Lúcia tinha quase a mesma altura e mesma proporção de seios e quadris que eu.

— Su, eu estou ansiosa para te contar como Eustáquio mudou desde a nossa última ida à Nárnia — minha irmã gritou por sobre o chuveiro e a porta fechada, e eu forcei a minha mente impulsionar minha decisão de me manter indiferente e fria ao meu coração. Coloquei o vestido esticado em cima da minha cama e acionei o ferro quente para passá-lo. — Foi tão incrível que não dá para descrever em palavras. Acredita que ele confessou sentir nossa falta quando partimos? Falta de Nárnia? Por Aslam, nunca imaginei que isso seria possível, e olha que eu tenho esperança de sobra. A partida do Ripchip para o país de Aslam também serviu para amolecer o coração dele. E o de todos nós também...

Céus, ela não terminaria nunca?

— Lu, seu vestido está aqui — eu disse depois de desamassá-lo. — Acho que minhas roupas agora cabem em você.

Fui até o guarda-roupa e tirei duas sandálias de tiras da mesma tonalidade do vestido afim de passar um pano seco no material um pouco encardido. O silêncio se estendeu por um momento e eu agradeci internamente por isso.

Após um tempinho não tão longo, Lúcia apareceu com meu roupão em volta do corpo e os cabelos pingando, o queixo tremendo de leve com algumas gotículas se acumulando debaixo dele.

— M-Mas é claro q-que dá! Como v-você ainda duvida, S-Susana? — Ela soou trêmula graças ao frio e eu ameacei rir do seu estado enquanto deixava seu sapato brilhando. — Se eu consegui usar s-seu arco, um s-simples vestido seu n-não seria problema.

Parei de fazer o que estava fazendo, em choque, e encarei a parede a frente, engolindo em seco.

— Como assim, meu arco? — Inquiri, completamente incrédula.

— Ora, qual arco seria? O seu! Usei para derrotar os demônios da Ilha do Espanto, e colocar as sete espadas na mesa de Aslam para o feitiço ser quebrado — ela foi dizendo na maior naturalidade possível, como se aquilo não fosse exagerado demais para a nossa realidade, ignorando minha expressão tensa. Ou fingindo ignorar.

— Espere aí, Lúcia. — Ergui minha mão livre para que ela parasse de falar. — Meu arco? Como... Como...

Eu deixei meu arco em Nárnia e pensei que, com a minha partida, ele desapareceria. Ou dissolviria, como qualquer lembrança minha e de Pedro.

Lúcia ergueu seus lábios num sorriso doce.

— Caspian guardou, como havia prometido.

Meu coração tumbou forte até meus tímpanos. Não aguentei meu próprio peso e me sentei na cama, olhando para a parede, mas pensando em tudo e nada ao mesmo tempo. 

Ele guardou? Caspian ainda o tinha para se recordar de nós?

De mim?, suspirou meu coração. 

Ora, Susana, isso é ridículo!

Percebi tarde demais que o colchão ao meu lado afundou. Lúcia, um pouco mais sequinha, se encaixou ao meu lado e segurou meus dedos com os seus gelados e um pouco trêmulos.

— O que houve, Su?

Pisquei diversas vezes para abafar aquela sensação e me concentrar no meu objetivo desde o início: esquecer tudo aquilo. Só estava abalada porque Lúcia estava aqui insistindo porque insistia querer me lembrar de sonhos infantis.

— Está na hora de crescer, Lúcia.

Me levantei, soltando sua mão, e peguei o vestido recém-passado. Pude perceber pela visão periférica uma Lúcia assustada.

— Como assim "crescer"?

— Esse mundo de fantasia está deixando você retrógrada. — Evitei de olhá-la, porque sabia que veria tristeza em seus olhos e tudo o que eu menos queria era magoá-la. Mas eu precisava deixar claro o que estava decidida a fazer. A esquecer. — Você não é mais criança.

— Fantasia?! — Minha irmã se levantou num solavanco, andando rápido demais até parar na minha frente num piscar de olhos. — Tudo o que vivemos foi real, e você sabe disso. Aslam é real!

Revirei os olhos.

— Ah, claro... Como se um Leão falante existisse por aqui, não é?

— Aslam me disse que em nosso mundo, Ele têm outro nome. — Ela apontou para o meu peito e, quando contemplei suas duas safiras, pude ver a mágoa brilhando nelas. Aquilo ameaçou quebrar uma parte de minha resistência à princípio. — Eu estou disposta a aprender a conhecê-lO aqui também. Ele prometeu que nos protegeria.

— Mas eu não estou.

— Mas, Susana, me esc-...

— Já ouvi o bastante. Por favor, não vamos falar desse assunto nunca mais, sim? — A cortei de uma vez, me virando e deixando-a para trás. Alcancei minha porta e a destranquei. — Agora deixe de bobagens e se arrume para o jantar. Pedro e Edmundo estão chegando com a mamãe.

Sem esperar sua resposta, eu saí dali, fugindo principalmente do meu próprio eu traidor, que havia oscilado pelas simples menções de Caspian e Aslam outra vez. 

 


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Notas finais do capítulo

Só eu que fiquei com o coração apertado depois de ver como Susana se sentiu dia após dias durante esses 3 anos? Também sofreria dessa forma...
E você? O que está achando até aqui? Fiquem a vontade para aparecer e encorajar a Susana para que ela fique bem o mais rápido possível.

Beijos e até o próximo capítulo!



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