Amor Perfeito XV escrita por Lola


Capítulo 11
Interrogações


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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Alice Narrando

As coisas não poderiam estar melhores. De algum jeito Arthur e eu conseguimos encontrar o caminho certo para ficarmos juntos e isso parecia até ilusório de tão bom. Por esse motivo, uma parte minha insistia em acreditar ser apenas uma fase inicial, que logo iriamos acabar com tudo. Eu me negava a deixar esses pensamentos tomarem conta de mim.

— Sua tia é insuportável. – minha mãe disse entrando em meu quarto e se sentando em minha cama. – Ela está enchendo tanto o seu pai devido ao seu namoro que eu acredito que mesmo que exista uma amizade enorme entre eles, ainda assim, os dois vão brigar feio.

— Acha melhor eu me afastar de Arthur? – questionei chateada.

— E vocês dois conseguem se afastar um do outro? – me deu um tapa fraco. – Para de gracinha Alice. Se tem alguém errado nessa história é a Luna.

— Tenho que tentar entender... Ela se preocupa com o filho. Pode parecer mesmo que eu faço hora com a cara dele. Temos que ver de fora.

— Alice... Você é uma santa.

— Oi. – meu pai chegou e vi que ele não estava bem-humorado. Certamente havia falado com a irmã. Não queria causar tanto problema. – Amor vem me fazer uma massagem. – pediu para minha mãe, me fazendo sorrir.

— Vinícius você acabou de sair da academia, vá tomar um banho primeiro.

— Não me chama de Vinícius. – saiu todo bravinho e ela deu uma risada.

— Ele parece que tem doze anos né? – nos olhamos.

— O seu pai sempre foi assim. – comentou sorrindo e depois parecia recordar algo. – Quando Luna tentou nos atrapalhar só ele tinha paciência com ela... Ela tem algum problema afetivo maior e que hoje desconta no filho. Você me promete não fazer nenhuma besteira? – segurou minha mão. – Se terminar com ele de novo, eu não vou ter como te defender minha filha. – quase riu, mas se manteve firme, mostrando que o assunto era mesmo sério. Soltei todo o ar.

— Vou deixar com o papai, ele sabe lidar com ela. – concordei e ela saiu do meu quarto, indo mimar o homem enorme e, ao mesmo tempo tão pequeno que ela tinha.

As férias mal começaram e já estávamos planejando vários e vários passeios. Queríamos fazer um monte de coisa todo mundo, visto que a maioria estava estudando e cansando, procurando apenas por diversão e descanso.

Porém, antes mesmo que começássemos nosso itinerário, os problemas já surgiram. E é lógico que eles tinham como nome principal apenas um: Caleb Montez.

— Temos um problema. – meu namorado disse ao entrar no quarto do irmão.

— Fala logo, sou contra pausas dramáticas. – Kevin incentivou.

— Digamos que Alexandre vacilou. Feio. – a expressão do Kevin só piorava.

— Se não vai dizer tudo de uma vez me conhecendo como conhece é porque tá esperando algum milagre e ele não vai chegar.

— Ele pegou a japonesinha filha do cara amigo do seu pai. E parece que o maluco tá possesso. – Sophia contou cortando aquele clima de suspense.

— Oh idiota, não chama a garota assim. – Otávia se manifestou. – Ela tem o nome dela. E ela não é japonesa, é coreana. Abutre.

— É sério? O que eu tenho a ver com toda essa merda?

— Não somos um time? – Alê claramente tremia. – O cara vai me matar Kevin. E se eu conheço alguém que pode me ajudar é você.

— O padrão de comportamento tá do seu lado. É disso que você precisa agora. Burros!

— Ele é um gênio. Desgraçado, filho... – Kevin veio para cima de Ryan.

— Ofende a minha mãe e eu juro que eu enterro você hoje ainda. - o jeito que a mãe era sagrada pra ele era até engraçado, já que ele não tinha tantos valores assim.

— O que eu tenho que fazer? – Arthur perguntou enquanto tirava Kevin delicadamente de perto do amigo.

— Primeiro pesquise os costumes deles, os agrade e diga que ele não sabia de algo que é do costume deles em relação ao que houve e foi um erro grave que você jamais cometeria e  sabe que ele entende que deve relevar. Se quiser terminar com uma oração... Eu sugiro. Se ele te matar, pelo menos sua alma está salva.

— Eu amo a forma como o Kevin não liga para porra nenhuma. – Ryan comentou rindo, mesmo que instantes atrás ele tivesse sido brutalmente ameaçado.

Tudo foi resolvido sem grandes sequelas e naquela mesma noite soube que Kevin iria pedir a mão de Rafael em casamento. Aquela notícia me causou um misto de sentimentos. O primeiro claro, foi de felicidade. Realmente estava alegre pelos dois. Mas, após a euforia surge todas as dúvidas e eu fiquei pensando... É isso mesmo que ele quer? É o certo? Vai dar certo? Nossa... É um passo muito grande. Não sei. Se eu fosse ele esperaria um pouco. Ele ainda nem organizou a própria vida. A formatura de Rafa não chegou. É tudo muito importante.

— O que é isso? – perguntei ao ver Arthur parar o carro no meio do nada.

— Eu te senti estranha o tempo todo depois que te contei sobre o pedido que Kevin irá fazer... Quer conversar? – olhou em meus olhos. Ter um namorado tão compreensivo talvez seja a minha maior sorte na vida.

— Não. Contudo... – suspirei. Já estava conversando. – Tenho medo.

— Pelo seu irmão? Amor... – pegou em minhas mãos. – Murilo ainda vai esquecer Kevin.

— Não é isso. Temo por Kevin mesmo. Pode ser loucura minha, mas não acredito que seja pelo menos a hora certa.

— Tudo bem. Eu entendo. Só não diz isso a ele. Promete?

— Sei como seu irmão é estourado, jamais faria isso. Quando se trata do namorado então... – ele viu que eu fiquei ainda mais triste.

— Vem. – abriu as portas. Franzi a testa. – Um ar noturno vai te fazer bem.

— Está tarde, é perigoso. – ele riu me convencendo. Saímos e eu me encostei em seu carro ouvindo a música baixinha que tocava, melódica e envolvente. Ele parou em minha frente e fez carinho em meu rosto.

— Se fosse eu te pedindo em casamento, também seria muito cedo? – fiquei corada e desviei o olhar. – Eu já sabia que seria. – riu. – Estou te testando sua boba. – se encostou em mim e beijou meu rosto.  

— Queria ver minha reação? – concordou gestualmente. – E o que achou? – passou os braços por trás do meu corpo abraçando a minha cintura e me tirando de perto do carro.

— Só conto se dançar comigo. – começou uma dança lenta e eu o acompanhei. – Está tão curiosa assim? – ri.

— É que nós quase não dançamos, você normalmente é tão chato. – tentei olhar em seus olhos.

— Não combina muito comigo, eu confesso. – sorriu. – Mas... Essa música é a que tocou quando fizemos amor pela primeira vez, lembra?

— Como poderia esquecer, foi outro dia mesmo. – ele riu me deixando ainda mais sem graça.

— Vai Arthur, fala! – escondi o rosto em seu ombro.

— Nossa, você é mesmo difícil. – brincou dando um sorrisinho de lado. – Tá bom, eu falo. Achei sua reação melhor do que eu esperava. Você ficou com vergonha. A meu ver, se eu te pedisse em casamento, eu teria grande chance de receber uma resposta positiva.

— Ai como você é prepotente! Irmão do Kevin. – rimos juntos.

— Eu te amo. – segurou meu rosto e me beijou. – E fica tranquila, só vou te fazer esse pedido quando não houver hipótese da minha mãe atrapalhar nossa felicidade.

— Foi bom enquanto durou, tchau. – fingi que iria sair arrancando risadas altas dele.

— Você tá aprendendo a ser idiota com aquele garoto né?

— Qual garoto? – segurei o riso.

— Aquele que acabou de citar o nome. – se juntou a mim e me mordeu. – Eu não ligo. Eu te amo sendo essa idiota também. – bati em seu ombro e pedi para irmos embora. Claro que ele aceitou, assim como ele aceitava tudo o que eu o propunha. 

No outro dia o pessoal todo se encontrou. Festa na piscina de novo. Dessa vez sem os adultos, já que era segunda e boa parte trabalhava. Tia Luna estava fazendo compras, o que era um alívio para mim e para o meu namorado.

Eu estava sem biquíni e sem pretensão de nadar, pois, eu tinha uma consulta médica nessa mesma tarde.

— Olá “zói” de gato. – Rafa chegou e se sentou ao meu lado, enquanto Arthur havia ido fazer algo lá dentro e eu ignorava as gracinhas do pessoal. – Parece que o pequeno Yuri está mesmo caindo nas graças da ex cunhada. – comentou e riu observando o garoto. Olhei em seus olhos. – O que foi?

— Cadê o seu namorado? – procurei em volta.

— Mandei que ele dormisse mais. Daqui a pouco ele está aí.

— Mandou. – dei uma risadinha. Ele ficou bem bravo. Vi o questionamento em seu olhar. – Como acredito que já saiba, Kevin detesta receber ordens.

— Não as minhas. –  afirmou como se de alguma forma eu tivesse atingido sua masculinidade em uma camada nada rasa.

— Estou curiosa. Por que você acredita que pode controlar o Kevin? – nos olhamos e ele ficou muito sério.

— Tá. – respirou fundo. – Não posso. Não sei nem se um dia vou chegar perto disso. Vivo com a dúvida de quando ele irá deixar de ser o meu Kevin e se tornará o Kevin do Caleb. Na verdade, o descontrole dele já é premeditado.

— Como assim?

— Não percebe? Ele anda muito mais introspectivo, impaciente e mais parecido com o antigo eu dele.

— Você nem o conhecia direito para saber.

— Alguns dias foram o suficiente, acredite. – se arrepiou me mostrando o próprio braço.

— Relaxa. Só se algo muito grande e ruim acontecer... Aí sim, ele vai ficar louco e cego com a raiva. Fora isso é o Kevin mansinho. – sorri ao ver o garoto chegar e se aproximar de nós dois.

— Não estou vendo uma expressão de sono e nem um cabelo molhado. – o loiro analisou após ele chegar. – Você não acordou agora.

— Uau! – exclamei baixinho.

— Não mesmo. Nem iria esconder isso. Sai assim que você saiu... – antes que ele pudesse continuar a falar Arthur apareceu e todos já traziam a atenção para nós.

— Passei a manhã resolvendo a questão com papai. – Kevin falou para o irmão mais velho. – Fiz o que tinha que fazer para ganhar a confiança dele de novo. Vou voltar para o hotel no começo de dezembro, quando eu voltar para Torres.

— Já estou sabendo. Ele me ligou dramatizando a minha escolha por Ravi e não a ele. Ele é patético.

— Você vai mesmo desistir da medicina? – o questionei. – Realmente pensava que era coisa de momento.

— O que preciso agora é acalmar aquele psicopata. Não é só isso, se eu o agradar, com a sua influência e contatos ele consegue fazer com que a Universidade de Alela avance a ponto de trazer cursos novos. Investimentos também seriam muito bem vindos para isso acontecer.

— Você então está visando os próprios interesses?

— Sou filho do meu pai, né? – deu um sorrisinho de lado.

— Desgraçado. – Ryan o elogiou batendo em seu ombro. Vi que Rafael ficou emburrado. Não entendi o motivo, já que para a maioria o que o namorado dele fez, resultou em sucesso total. Kevin chegou perto dele e perguntou com carinho o que estava havendo.

— Não aguento esse seu jeito de querer chamar a atenção. – meu amigo o olhou de uma forma fixa e séria.

— É o meu jeito. Sempre foi. Eu não me esforço pra ser assim, é natural. Não quero atenção. Como eu poderia querer algo que você já me dá?

— Eu te dou? – todos estavam em silêncio observando os dois nesse momento. – Na verdade, eu te sufoco né?

— Vamos brigar, é isso?

— Fala que não sabe que minha reclamação é por ciúme.

— Com você pegando no meu pé a cada segundo fica fácil presumir.

— É? Então tá Kevin, faça o que quiser, se exiba bastante. – se levantou e saiu.

— Por que ele surtou do nada? – Yuri questionou ignorando o péssimo humor do meio-irmão.

— Ficou claro, foi a atenção... – Sophia começou a falar e Kevin a interrompeu.

— Vou ir atrás dele. Não falem do meu namorado. – se virou para Arthur. – Não deixe que o critiquem. Você sabe que ele tem sérios problemas. – o irmão respondeu rindo e ele se foi. Ninguém teve a coragem de citar uma palavra sequer sobre Rafael. Isso porque Kevin ainda era bonzinho, se por acaso ele decidisse mesmo mudar o jeito dele e voltasse a ser aquele ser terrível de antes, o medo certamente assolaria a todos nós.

Murilo Narrando

Estava deitado no sofá de Nicolas mexendo em meu celular quase dormindo quando ele chegou. Não acreditei quando vi mais uma caixa em suas mãos.

— Vai brigar comigo? É que eu passei perto da loja e vi essas panelas maravilhosas e não aguentei. – me levantei e fui até ele.

— São profissionais Nic. Caríssimas. – me beijou e sorriu.

— Para isso que temos os pais que temos. – fechei a cara na hora.

— Valores para que né? Correr atrás das próprias coisas por qual motivo mesmo...

— Penso assim também. Você já sabe disso. Todavia...

— É que você está aqui por conta do seu pai há mais um mês e já conversamos sobre isso. E agora você não para de comprar e comprar.

— Murilo... Eu só quero ter você por perto. Desculpa se parece exagerado ou até mesmo desesperado. Quero que cozinhe aqui. – chegou mais perto e como não mostrei nenhum sinal de resistência, seu rosto se aproximou e seus lábios tocaram meu pescoço, me deixando fraco e me fazendo arrepiar.

— Se eu estou preocupado é porque... – comecei a desabafar baixinho antes que ele me tirasse do eixo. – Quero te ver crescer como pessoa e como... – olhei em seus olhos. – Meu namorado.

Suas mãos seguraram meu rosto com firmeza e um beijo que nos tirou o ar aconteceu. Sabíamos muito bem que era impossível fugir da ideia de namoro, então para que adiar?!

Na outra semana ele estava ainda mais animado. Dizia que iria equipar a cozinha dele toda, que iria ficar melhor que meu próprio curso. Eu apenas ria, cansei de brigar com Nicolas. A teimosia era uma característica marcante dele e do irmão.

Meus pais não gostaram nada de estarmos próximos e pela primeira vez, voltei ao lugar que eu estava quando me envolvi com Kevin. Aquele em que ninguém entende o que você está passando... Apenas te julgam.

— O que foi? – perguntei e sorri. Nic estava me olhando enquanto eu preparava uma massa.

— Amo quando faz isso. É apenas a segunda vez que vejo, mas... Olha só, você faz um macarrão do zero Murilo. E fica tão lindo envolvido com o trigo e a máquina de cilindro... – dei uma risada.

— Máquina que você inventou precisar né? Quero ver fazer sozinho. – ele chegou perto de mim com sua taça de vinho na mão.

— Pra que fazer as coisas sozinho se tenho você? – me serviu a bebida e eu neguei. Andava mais ansioso que o normal nas últimas semanas e julgo que o motivo poderia estar ligado a ter bebido com ele no fim de algumas noites. – De novo esse medo bobo? – peguei a taça e bebi. – Se seu médico diz que pode beber, você pode.

— Não sei até que ponto né Nicolas. – entreguei o objeto. – Por que gosta tanto que a gente tome vinho enquanto eu cozinho? – o olhei nos olhos.

— É a minha idealização de relacionamento perfeito. – mudei minha expressão facial.

— Já pensou em fazer terapia? É interessante. Digo... É legal.

— Tá dando a entender que tenho algum problema? – quase dei um passo pra trás instintivamente.

— Não. – tentei manter o tom de voz, mas ela saiu falha. – Estou dizendo ser bom para qualquer  pessoa. Você não é melhor que ninguém.

— Você já disse que não sou normal por ser filho de Caleb. Eu sei disso Murilo. Não precisa insistir nessa história. – se afastou.

— Nic... – vi que ele ficou magoado. – Desculpa.

— Tudo bem. Devo ter mesmo alguns problemas. Só não quero descobrir e tá tudo bem assim. Olha... – deu um suspiro que cortou meu coração. – Perdi a fome. Vou deitar, tudo bem?

— Vou para casa. – falei de um jeito triste. – Amanhã nos vemos?

— Claro. – beijou meus lábios suavemente e eu fui embora. Aquele dia eu soube que não, Nicolas não era como eu pensava. E o pior, eu não conseguia enxergar como ele era de verdade.

Nicolas Narrando

Parecia um sonho tão lindo. Uma hora estávamos a beira do fogão, Murilo fazia uma sobremesa fácil enquanto cantávamos juntos. Tentava o atrapalhar, mas seu talento para a cozinha era mesmo nato e notável. Nada o atrapalhava.

E os passeios? Fizemos inúmeros nesse mês junto. Um mês já. No quase fim do mês passado para o quase fim de julho. Estava ficando deslumbrado com o charme daquele garoto. Entretanto, o deslumbre passou.

Fui para o meu curso de pintura – que comecei por incentivo ele – com um péssimo humor. Não dormi nada a noite apenas pensando no motivo de Murilo sempre me negar as coisas. Eu o amava, cuidava dele, fazia de tudo que o agrasse. O que eu recebia em troca era apenas medo e ingratidão.

Talvez eu estivesse sendo um pouco injusto com ele, tudo o que eu sentia era forte demais e por causa disso eu pensava assim.

Nem foi novidade que o dia no curso foi péssimo.

— Pensei que não estaria aqui quando eu chegasse. – falei me surpreendendo ao vê-lo em meu apartamento.

— Devo perdão a você. Entendi o motivo de estar assustado e aflito, não tem nada a ver com você. – foi se explicando sem pausas. – Meus pais estão com receio e colocaram um pouco de medo em mim. Porém, não é nada de mais. Sei que eles vão amar você. – chegou perto e me deu um beijo.

— Não queria ser filho dele Murilo. Não é justo eu pagar por isso. – admiti com tristeza. – Gosto de você por não ser parte de nada disso. Por não ser como as outras pessoas. Ter uma inocência natural e expressiva é que te faz ser especial. Até a sua forma de ser safado é cheia de candura, me deixa arrebatado. Não o coloca como empecilho para ficarmos juntos.

— Não vou. – sorriu. Eu o puxei e me joguei com ele no enorme sofá.

— Minha mãe vai adorar você. – dei uma risadinha enquanto fazia carinho em seu rosto, após beija-lo por tempo o bastante que o fizesse reclamar.

— Espero que fora isso de Caleb, você tenha causado uma boa impressão com o meu pai. – rimos juntos.

— Causei. O meu meio-irmão é que tenta destruir. – o clima pesou. Evitávamos falar dele. Eu me apoiei em meu braço e encarei Murilo de perto. – Promete que vai assumir nosso namoro para todos e depois disso eu vou ser seu último homem? – ele ficou sério.

— Não. Odeio promessas. – vi a dor evidente vindo dele. – Elas são facilmente quebradas.

— Entendo. E quando elas são quebradas, nós é que nos partimos. – concordei. Dei um leve suspiro.

— Além disso, assumirmos agora é começar uma guerra. – me olhou. – Vamos esperar Nicolas. Todos já entenderam que estamos juntos.

— Amo você. Amo mesmo você. – foi a primeira vez que aquelas palavras saíram da minha boca e eu me senti impactado. Foi como se tudo que eu soubesse a vida toda não valesse de nada, porque isso era o mais importante, descobri que foi para isso que eu fui criado, para amar Murilo. Era algo que me controlava. O mais extraordinário era eu estar feliz e radiante por isso.


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Notas finais do capítulo

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