Amor e Ódio escrita por Olívia Ryvers


Capítulo 15
Um recomeço




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​John dedilhava com suavidade a pele alva e sedosa do dorso de Marguerite enquanto ela dormia sobre seu peito nu. Era maravilhosa a sensação de tê-la assim tão próxima, tão linda, tão vulnerável e tão sua. O que experimentou quando fez amor com ela não poderia jamais ser descrito em palavras. Tentou imaginar o que tinha feito de tão certo na vida para merecer de tamanha dádiva. “Marguerite se fez mulher em meus braços” pensava repetidas vezes, como um mantra que lhe purificava a alma. Estava disposto a amá-la independente de qualquer coisa, porém, descobrir que sua esposa não era a mulher horrível que imaginava foi de fato libertador. Contudo, agora, que ela havia lhe confiado sua inocência e feminilidade ele se achava impuro ao continuar enganando-a.   Era justo que ela soubesse o motivo do mal comportamento dele no início do relacionamento. O medo de sua reação era avassalador, devia ter tido a dignidade de contar a ela toda verdade antes de que se entregasse a ele, entretanto, Roxton sabia que precisaria ser um homem muito melhor do que era para agir com tamanha coragem. Estava tão louco de desejo por aquela dama que não conseguiu arriscar perder a oportunidade de um momento com ela e para magoá-la novamente. E que momento tiveram. A mera lembrança já deixavam seus instintos aflorados. Não poderia esquecer aqueles minutos nem em mil vidas. Teve certeza que seu corpo só encontraria sossego junto do dela e seria assim por toda a eternidade.

​—Está muito calado… _ disse morosamente enquanto se aninhava ainda mais no marido.

​—Achei que estivesse dormindo._ foi surpreendido pela doce voz, mas respondeu com sinceridade retribuindo a carícia abraçando-a com um pouco mais de força.

​—Eu estava… acordei a pouco, porém, queria aproveitar um pouco mais de seus carinhos antes que precisássemos ir embora.

​—Não precisamos.

​Ela sorriu.

​—Pretende morar nesta ruína, milorde?

​—Em qualquer lugar onde você estivesse seria ideal para mim.

​Marguerite se emocionou com a declaração espontânea. John sentiu a gota quente tocar seu peito e se preocupou, ergueu-se um momento para olhar em seus olhos e garantir que tudo estava bem.

​—Disse algo errado?

​—Não… você disse e fez tudo certo. Apenas… esperei tanto por este momento que me emocionei, é meio bobo… eu sei._envergonhou-se de demonstrar seus sentimentos.

​—Você não é boba, é espetacular e eu sou o desgraçado mais sortudo deste mudo._brincou fazendo-a rir também. Era verdade o que dissera, podia viver em qualquer situação desde que ela estivesse ao seu lado.

​—Acho que também sou uma mulher de muita sorte, amo o homem que me ama.

​—Marguerite… _sua expressão ficou sombria. Precisava ser feito, e ele o faria. Não sabia como a esposa reagiria, mas não a enganaria nem mais um segundo. Sofreria as consequências da ira dela e se dedicaria a fazê-la perdoá-lo._… preciso contar-lhe algo do meu passado que me fez agir de forma tão estranha quando nos casamos. Eu…

​—Shiii… _ela se apoiou em seu peito e levou o dedo indicador aos lábios do marido com extrema delicadeza._ não precisa me explicar nada. Começaremos a partir daqui, sem mágoas ou dúvidas. Assim como me disse que nada mudaria o que sente por mim, eu também lhe digo que nada mudará o quanto o amo.

​John sabia que não era a mesma coisa. Ela não o enganara, não se casara com ele por vingança, nem fazia a pior ideia sobre seu caráter. Se fosse realmente honesto lhe diria tudo independente da indulgência que ela lhe oferecia. Entretanto, mais uma vez foi covarde, o medo de feri-la novamente o fez aceitar a felicidade que Marguerite lhe propunha. Talvez ela tivesse razão, era melhor começar do zero. Estava empenhado em fazer dela a mulher mais feliz do mundo e a esquecer de vez qualquer lembrança de vingança. O destino daria a real culpada o que ela merecia e a Marguerite ele mesmo se encarregaria de dar-lhe a felicidade que a negara.

 

****

 

​—Eu seria capaz de vir cavalgando meu próprio animal._ disse ela enquanto se aproximavam da entrada principal de McDusky. Roxton tinha feito questão que retornassem montados no mesmo cavalo. O outro foi amarrado a cela do principal seguindo logo atrás. Marguerite não se opôs, na verdade foi delicioso sentir o calor de John durante todo percurso, entretanto, queria deixar claro que ela era uma mulher capaz de fazer suas próprias tarefas sem depender dele para tudo.

​—Tenho certeza que é capaz disto e de muitas outras coisas, mas não perderia a oportunidade de compartilhar seu toque por mais esse tempo. Você não imagina a raiva que senti de Askwitch na noite que a encontrou na estrada. Sei que lhe devia um agradecimento, mas tudo que enxerguei foi um homem tocando seu corpo frágil e machucado, fui tomado pela ira e pelo ciúme.

​—Andrew tem sido um bom amigo, você não precisa ter ciúmes dele._ela estava por um lado lisonjeada pela preocupação e interesse do marido, porém não deixaria que ele limitasse seu círculo de amizades ou a oprimisse de alguma forma. Quando sugeriu que começassem de novo, incluía também o respeito e a confiança mútua.

​—Sei que ele é seu amigo, e devo admitir que foi graças a ele que eu a encontrei. Acho que devo um pedido de desculpas. Isto não significa que eu tenha simpatia ou que deixe de achá-lo um oportunista atrevido… _parou quando Marguerite, já no chão, estreitou os olhos para ele em sinal reprovação_Porém, por você, farei o esforço de aturá-lo.

​—Assim está bem melhor._ sorriu.

​John saltou do cavalo e entregou as rédeas ao capaz que se encarregou de levá-lo para o estábulo. Se aproximou da esposa e a envolveu com os dois braços antes de dizer.

​—Tudo que eu quero é que sejamos felizes e que tenhamos paz. Fazê-la feliz passou a ser meu objetivo principal.

​A mulher sorriu e beijou-lhe os lábios em agradecimento. Parecia viver, enfim, um sonho.

​—Você deve estar faminta._ concluiu ao se dar conta que já se passavam das 2 PM e a mulher sequer havia dejejuado.

​—Tem razão, mas, acho que no momento minha prioridade é um banho quente.

​—É uma excelente escolha. Eu também preciso de um.

​—Então, nos encontramos na sala de jantar em meia hora?

​—Nos encontramos?_ ergueu uma sobrancelha duvidosa.

​—Sim… precisa de mais tempo?_respondeu confusa sem entender a mensagem que o marido queria lhe passar.

​—Acha mesmo que eu deixarei que durma em um quarto separado do meu, ou que se banhe longe de mim?_ questionou com ar provocador._ Pretendo satisfazer meu desejo reprimido desde a noite que a vi nua esfregando seu belo corpo e não tivecoragem de entrar no chuveiro com você.

​Marguerite enrubesceu ao lembrar daquela noite. Ficara tão frustrada e com raiva do marido. Por sorte aquelas seriam apenas lembranças do passado. Devolvendo a provocação, ela sorriu maliciosamente mordendo o canto esquerdo do lábio inferior.

​—Imaginei que você gostasse de ter alguma privacidade.

​—Privacidade é a última coisa que se espera entre um casal recém-casado.

​Ambos riram e seguiram abraçados para dentro do castelo. Ao chegar na porta do quarto de Marguerite, John a pegou no colo antes de adentrar o recinto.

​—Acho que lhe devo um pouco de tradição._explicou sorrindo com satisfação.

​—Não esperaria menos._ela brincou.

​Como se houvesse magia no ar, ambos sentiram-se novamente excitados e seus corpos respondiam em sintonia a cada sensação. Quando a colocou no chão concluíram no mesmo instante que o banho poderia esperar.

****

​Os dias e as semanas foram transcorrendo em clima de plena lua de mel. John e Marguerite dormiam todas as noites abraçados, exaustos pelas carícias que compartilhavam e quando despertavam estas também eram seu primeiro desejo matinal, isto quando não acordavam no meio da noite, frequentemente mais de uma vez, ansiando um pelo toque do outro. Faziam amor com saudade, mesclando o tesão evidente com altas doses de carinho, compreensão e vontade de recuperar todo o tempo que haviam perdido.

​Roxton demonstrou ser um amante sublime, cheio de surpresa e detalhes que a faziam se sentir a mulher mais especial do mundo. Nem de longe lembrava o homem que expressava no início do casamento. Lembranças essas que ficavam a cada dia mais distantes na memória dela. O marido grosseiro e com ciúmes obsessivo tinha sido magicamente substituído por um cavalheiro dedicado que a apaixonava sempre mais e mais.

​Com Marguerite não era diferente, sua pouca experiência amorosa não a diminuía em nada enquanto amante. Rapidamente se tornou ousada, o que encantou a John. A esposa sabia exatamente quais carícias o enlouquecia e então o incitava, sabia que ele lhe retribuiria com igual entusiasmo. Então, ela vibrava em seus braços.

​Estavam viciados naquela troca mútua e na cumplicidade que fluía entre eles. Essa felicidade extravasava por seus poros e contagiava a todos a sua volta. O clima em McDusky era outro, os negócios se desenrolavam com tranquilidade e uma nova e próspera fase se instaurava na empresa. Lorde Roxton, se mostrava um astuto administrador, sua visão criativa adquirida com a arquitetura o impulsionava a traçar metas audaciosas e inovadoras. Marguerite e Challenger formavam uma bela equipe no controle de qualidade e no desenvolvimento de uma nova e promissora receita.

​Os bioquímicos audazmente incentivados pelo arquiteto, importaram da América do Sul barris feitos em Jequitibá-branco, os mesmos usados para o envelhecimento da cachaça, bebida típica brasileira. A ideia não era a substituição total das barricas de carvalho, mas sim, diminuir o tempo de maturação da bebida e produzir uma variedade de uísque mais suave, delicada e ao mesmo tempo marcante, tal qual a alma feminina.

​Os primeiros lotes haviam ficado finalmente prontos e coube a Marguerite apresentar ao marido os dados, visto que George estava assinando contratos para a empresa na França. Desde que havia se reconciliado com a esposa, John, não dormira uma noite sequer longe do castelo, mais precisamente longe de sua cama. Isto não a incomodava nem um pouco, embora, na empresa ela mantinha seu perfil extremamente profissional. Explicava seus resultados com alacridade e a cada  convenientes características organolépticas da formulação o seu júbilo o excitava mais. John concluiu que seria mais eficiente se as informações fossem transmitidas por Challenger, ao menos ele se concentraria no que aqueles gráficos significavam e não na atraente boca rosada da interlocutora e na fantasia de imaginar o prazer que tais lábios o proporcionariam depois que a enfadonha reunião se encerrasse. E ele esperava isto acontecesse rápido.

​—O que achou? Não é excelente?_quando terminou a explanação questionou o marido, e chefe, com curiosidade.

​—Sobre?_ ele nem tinha se dado conta que havia chegado ao último slide da apresentação. Definitivamente não prestou a atenção em nada, e não sabia o que opinar.

​—Sobre os dados._ respondeu com obviedade. Entretanto, demorou pouco para entender que Lorde Roxton não ouviu nada do que disse._Não prestou a atenção em nada do que eu falei nos últimos trinta minutos?_perguntou com certa decepção e um pouco de cansaço.

​—Em nem uma palavra._admitiu._Mas não pode me culpar. Foi uma péssima ideia colocar uma moça tão atraente para tratar de assuntos tão maçantes.

​—Este foi um comentário bem sexista._ reprovou ela.

​—Você sabe que não… apenas, é covardia competir minha concentração entre você e esses dados._sorriu e percebeu que tinha desarmado completamente a mulher. _Já é tarde, e seu marido deve ser um homem muito ciumento, acho melhor irmos para casa._provocou.

​Como sempre, Marguerite respondeu a provocação com um sorriso malicioso.

​—Ele realmente é, muito ciumento e ansioso.

​—Não o culpo por isso.

​—Vamos logo pra casa, estou sedento por você._ abandonou a jogo e disse logo suas intenções.

​—Pra que esperar até chegar em casa?_sugeriu atrevida, já descalçando os sapatos e escorregando a peça íntima pelas pernas sob a saia e o avental branco.

​John a observava hipnotizado. Seus instintos já se manifestavam em força total, mas ele queria saber qual seria a próxima atitude dela. Suas pequenas mãos agora se dedicavam a soltar os botões madrepérolas que fechavam o jaleco. Era extremamente provocante a forma como ela se despia diante dele. 

​—Não… não tire o avental._disse com voz rouca carregada de prazer._Quero amá-la, mas não aqui.

 

****

 

​—John! O que está fazendo?_ havia mais adrenalina que reprovação na voz dela quando notou que o marido entrava no laboratório puxando-a pela mão como dois adolescentes fugitivos.

​—Apenas uma pequena travessura._ suas pupilas estavam dilatadas pela excitação da expectativa._Finalmente vou realizar um desejo que tinha desde que você começou a trabalhar na Dusky.

​Ela o olhou surpresa e quase incrédula, porém, inegavelmente animada.

​—Do que se trata?

​—Já vai ver!_ empurrou as vidrarias sobre a bancada não se importando quando um kitasato e  funil de buchner se espatifassem no chão._diremos a Challenger que foi um acidente._tranquilizou-a quando notou seu espanto. Havia algo mais importante a ser feito.

​Em um impulso colocou a esposa sentada sobre o mármore. Marguerite gemeu ao sentir ao frio da pedra em sua pele desnuda. Mas isto não diminuiu nem o pouco o calor interno que a dominava. Aquela aventura proibida a deixava mais e mais entusiasmada.

​—Quero possuí-la aqui, Marguerite._ sua voz estava abafada pelos beijos que depositava urgentemente em seu pescoço perfumado._perdi as contas de quantas vezes, em minha mente, fizemos amor aqui._suas mãos abriram as pernas dela o suficiente para que seu corpo se encaixasse entre elas._não tire o avental, a quero assim._ os habilidosos dedos encontram agora a entrada de sua feminilidade.

​O calor que emanava da parte interna das coxas de Marguerite era muito convidativo, se não bastasse isto, ela mesma começava a mover os quadris encorajando-o a tocá-la ainda mais. Quando o fez ouviu seu gemido rouco.

​—Oh John…

​—Sim… chame meu nome…

​Seus dedos ainda se moviam dentro dela, em um ritmo vicioso, quando notou o corpo da esposa convulsionar em uma onda quente e molhada de prazer. Ele precisava sugar daquele doce néctar. Ajoelhou-se diante dela apoiando as delgadas e perfeitas pernas sobre seus ombros. O quadril de Marguerite automaticamente escorregou para frente e suas mãos que antes agarravam os cabelos de John, agora apoiaram seu corpo para que não ficasse totalmente deitada sobre a mesa. Ele então tinha acesso a tudo que desejava. Antes de tocar seus lábios na pele cremosa e úmida da mulher que amava, dedicou um instante a admirá-la, nunca se cansaria disto.

​—Você é tão linda… perfeita.

​Marguerite jogou a cabeça pra trás quando sentiu o toque da língua de Roxton em sua carne sensível. Ele sabia explorá-la nos lugares em que ela queria ser tocada. Quase imediatamente um novo tremor invadiu seu âmago. Ele podia senti-la pulsar e era inexplicavelmente prazeroso. Seu sabor era doce e adicto, poderia prová-la por horas, seus gemidos só o incentivavam a dar-lhe mais satisfação.

​—Oh John… quero você. _pediu entre um e outro gemido.

​Ele a obedeceu como sempre fazia, era um escravo voluntarioso de todas suas vontades. Sua virilidade quase dolorosa pulsava quase exigindo que a fizesse sua novamente. Se pôs de pé e livrou-se depressa do cinto e das calças. Logo ela sentia dentro de si todo o seu desejo e paixão, preenchendo-a completamente, acompanhado de um rugido libertador, prolongando assim seu próprio prazer.

 

****

 

​—Bom dia, minha dorminhoca._ Roxton tentou acordá-la com beijos, mas recebeu resmungos sonolentos em responta.

​—Deixe-me dormir mais um pouco._Marguerite pediu preguiçosamente ainda de olhos fechados.

​O marido condoeu-se com seu apelo, ela nunca havia pedido algum tratamento diferenciado na empresa, e se o fazia agora, pedindo alguns minutos a mais na cama, era porque realmente estava cansada. Isto o preocupou.

​—Acho que tenho exigido demais de você, querida. Por que não tira alguns dias de folga? Challenger não irá se opor.

​Marguerite abriu os olhos imediatamente se sentindo ultrajada com a sugestão de Roxton.

​—De maneira nenhuma me afastarei da Dusky agora que estamos prestes a lançar a nova receita. Aliás, ainda não pensamos no nome. Esta manhã quis ficar uns minutos a mais na cama isto não significa que sou uma inválida ou que estou cansada._ disse com um pouco de exagero.

​—Não foi o que eu quis dizer…_retratou-se com cuidado_ só me preocupo que você esteja sempre bem.

​—Agradeço sua preocupação, mas, não há motivos. Estou ótima e pronta para mais um dia.

​—Tome o tempo que for necessário, eu a aguardo na Dusky._disse beijando-a com suavidade os lábios antes de deixar o quarto.

​Marguerite permaneceu sentada na cama por algum tempo ponderando tudo que estava sentido nos últimos dias. John tinha razão, por mais que se esforçasse em não admitir estava esgotada, mal estares e indisposições a visitavam com frequência, além do sono fora do normal. Seu corpo também se transformara, seus seios estavam inchados e doloridos, seu apetite oscilava entre momentos de fome intensa e horas que qualquer alimento a causava repulsa. Ela não era ingênua, sabia o que estes sintomas significavam aliados ao seu atraso menstrual tinha quase certeza que esperava um filho de John. A suspeita lhe causa alegria infinita ao passo que lhe dava algum receio. Não tinha conversado com o marido nenhuma vez sobre aumentar a família, não fazia ideia de como ele reagiria a tal notícia. Era verdade que desde que se encontraram em Urqhart sua relação estava estável e feliz, mas uma gravidez poderia mudar tudo. Além do mais, no momento que soubesse da gestação, John e Challenger a proibiriam de entrar no laboratório e ela não estava disposta a se afastar da empresa às vésperas do lançamento de seu novo produto. Por bem, ela decidiu que aguardaria até ter certeza da gravidez para então contar ao marido da novidade e isso seria somente depois que o novo uísque finalmente estivesse no mercado, o que aconteceria nas próximas semanas.

​—Marguerite, chegou essa correspondência para você._ Verônica entrou no quarto trazendo um envelope e uma pequena caixa.

​A mulher vibrou ao reconhecer a letra do tio na carta. Sabia exatamente do que se tratava. Quando saiu de Londres deixou o colar arrebentado aos cuidados do tio que prometeu consertá-lo e enviá-lo quando estivesse pronto. Marguerite não sabia se estava mais feliz por ter de volta sua corrente ou por finalmente receber notícias do tio. Sentia tanto a sua falta.

​Abriu com rapidez o embrulho e olhou seu adorável pingente. Ergueu em sua mão para admirá-lo.

​—Veja Verônica, esta corrente me acompanha desde que eu era uma menina._mostrou a peça a amiga.

​Verônica olhou com cautela e espontaneamente falou.

​—Que engraçado, é idêntico ao pingente que o antigo dono de McDusky carregava sempre consigo.

​—Isto é impossível, é uma joia única, somente eu e minha irmã temos. Ganhamos quando eramos ainda crianças. Foi feito sobre medida para nós.

​— Mas, Lorde William tinha um igual._teimou a jovem.

​—William?

​—Sim… William Montgomery, o ex dono desta propriedade._disse com certa impaciência._ irmão de Lorde Roxton.


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