— Eu ainda acho que eles não se veem assim. – Spencer olhou para JJ, Emily e Tara. – Quero dizer, eles são colegas. Não acho que Penelope e Luke seriam namorados.

— Você sabe tão pouco sobre o amor, Spence. – JJ olhou para o amigo. – Você ainda não percebeu que Luke é um tremendo idiota quando se trata de Penelope?

— Ou o jeito que ele ficou quando eu disse a ele que ele trabalharia com Penelope no ano passado? – Emily balançou a cabeça. – Até mesmo Derek que mal conhece Luke disse que ele carregaria uma granada por ela.

— Sim. – Tara concordou. – Ele parecia pronto para matar alguém quando você e ela foram levados.

— E tudo isso nos leva a isso. – Rossi trouxe um pequeno caderninho. – Apostas.

— Vamos realmente fazer isso de novo? – Emily tirou 20 dólares. – 20 Dólares que os dois começam a namorar amanhã.

— Sem chance. – Tara tirou 50. – 50 Que os dois começam na sexta-feira.

— Se Penelope vai me matar, pelo menos eu vou ter dinheiro para o funeral. – Simmons tirou uma nota de 100. – Domingo.

Penelope estava passando ocasionalmente e ouviu uma parte da conversa. Ela correu para o seu escritório e ligou o pequeno microfone que havia instalado depois do caso de invasão.

Ela então descobriu que a equipe, menos ela e Luke estavam apostando em um relacionamento que ainda não existia.

Luke caminhava calmamente pelo corredor. Ele sorriu ao perceber que Penelope estava do lado de fora do escritório e ficou assustado quando ela o puxou para dentro do mesmo e trancou a porta.

— Temos a pior equipe de todas. – Penelope se sentou dramaticamente na cadeira.

— O que aconteceu, Penelope? – Luke se apoiou na mesa. – Eles não apostaram em quanto tempo você guardaria um segredo de novo, não é?

— Eles apostaram sobre nós dois. – Penelope ficou chateada. – E em quando namoraríamos.

Luke teve que sorrir. Ele nunca viu esse lado dela, sem ser dirigido a ele. Ela estava bufando, mas estava deliciosamente bonita.

— Temos que fazer algo, novato. – Penelope se virou de repente. – Quero dizer, eu não posso deixar eles pensarem que rola algo entre a gente.

— Não seria de todo ruim se eu puder dizer. – Luke sorriu. – Conheço quatro agentes que são solteiros que sentem uma paixão pela deusa de todo o conhecimento.

Penelope de repente se sentiu tonta. Ela sabia que era atraente, mas ouvir Luke dizer aquelas coisas, sobre ela ter admiradores a desestabilizou.

— De qualquer forma, você tem namorada. – Pen disse a ele. – E não quero que Lisa me ache uma vagabunda.

— Ela não vai achar. – Luke finalmente puxou uma cadeira. – Ela me deixou. Ela nunca superou a morte de Phil e eu realmente não faço ideia de o porquê fiquei com ela.

— Eu sinto muito. – Penelope tentou demonstrar, mas por dentro sorriu. – Você está bem?

— Estou bem. – Luke sorriu. – Mas vamos voltar aos nossos colegas que gostam de palpitar na vida dos outros. Eu acho que posso ter uma solução.

— Estou disposta a ouvir. – Penelope arrastou a cadeira até perto de Luke. – Qualquer coisa para acabar com eles.

— E se nós dois fingíssemos que estamos juntos? – Luke podia sentir o cheiro dela e seu corpo reagiu. – Beijar, tocar, essas coisas...

— E se eles nos perguntassem, a gente poderia apenas negar. - -Penelope estava a meio centímetro dos lábios de Luke. – Hm, desculpe.

— Não precisa. – Luke sorriu. – Então, o que você acha?

— Está bem, mas eu não vou estar de verdade com você, novato. – Penelope se virou para que ele não visse a decepção dela.

— Talvez você devesse parar de me chamar de novato. – Luke sugeriu. – Talvez algo mais carinhoso.

— Vou pensar em algo. – Penelope sorriu e Luke deixou o escritório.

Enquanto isso, o restante da equipe estava terminando de afirmar suas apostas.

— Apenas lembrando que se nenhuma das datas forem as certas, eu vou dar o dinheiro para Penelope. – Rossi recebeu acenos positivos. – Que vença o melhor.

Todos voltaram aos seus lugares quando Luke cruzou o corredor e chegou até o bullpen.

— Oi, Alvez. – Reid passou com um sorriso. – Algum compromisso para este sábado?

— Sim. – Luke olhou para o colega. – Vou terminar de tirar as coisas de Lisa do meu apartamento. Nós terminamos e então ela decidiu que se mudaria para uma nova cidade.

— Sinto muito por vocês dois. – JJ fingiu. – Eu espero que você logo tenha um novo amor.

— Por enquanto eu pretendo aproveitar a minha solteirice. – Luke mentiu, querendo logo engrenar um relacionamento com uma certa loira cheia de curvas. – Mas por que pergunta?

— Bem, eu pensei que você gostaria de treinar tiro comigo. – Reid disse. – Mas vendo que você tem uma mudança para terminar...

— Eu posso ir com você. – Luke deu de ombros. – Quero dizer, ela ficou com a cama e o meu novo leito chega só na segunda.

— É por isso que eu não me apaixono mais. – Rossi brincou. – Esse casamento, que pode ser o meu terceiro porque afinal, Kristall foi minha segunda esposa, é o meu último.

— Quer dizer que todos os fins de relacionamento foram compradas camas novas? – Emily olhou para o amigo. – Poxa, e eu achando diferente ele ter levado meu secador de cabelos.

— Espere, Mendoza ou aquele britânico que você tinha antes de vir para cá? – JJ olhou para a amiga.

— Eu não vou dizer nada sobre isso. – Emily sorriu. – E você, Penelope? Qual a coisa mais exótica que um ex namorado já levou embora no fim?

— Meus jogos de RPG. – Penelope sorriu para todos com arquivos. – Kevin literalmente disse que eu não precisaria deles.

— Bastardo. – JJ sorriu. – E o que você nos trouxe, Pen?

— Arquivos de um novo caso. – Pen olhou para Luke. – Local.

— Graças a Deus. – Tara exclamou e foi seguida por Simmons. – Eu detestaria deixar Mia agora.

— Aliás, eu fico feliz sabendo que você e ela estão felizes juntas. – Penelope sorriu. – Agora, se me seguirem.... Você também, Luke.

Todos notaram o jeito carinhoso que ela o tratou e então olharam para Luke, que parecia maravilhado com o jeito que seu nome ficava nos lábios dela.

Depois do briefing, Luke ficou um pouco mais com ela na sala.

— Sabe, eu adorei o jeito que meu nome saiu de seus lábios. – Ele estava cada vez mais perto dela. – Eu realmente adorei, Penelope.

Ela fechou os olhos. De repente ela se sentiu dentro de um forno de pão de tão quente que ficou ouvindo como o nome dela saia da boca de Luke.

— Eu preciso ir agora. – Ela quase correu em seu salto direto para o banheiro.

Ela entrou e foi para a pia, abriu a torneira e expirou água fria em seu rosto.

— Caramba, Luke. – Pen suspirou. – Agora eu não sei como reagir.

Então talvez ela pudesse aproveitar um pouco essa brincadeira, mesmo que quebrasse seu coração no final.