The Bet - Nova versão escrita por Anandika


Capítulo 10
Consenso




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— Ridículo! – Bella murmurou enquanto lia a matéria de capa da revista que ela tinha em mão.

Ela estava sentada na recepção da sala do seu noivo, enquanto folheava uma das revistas que estavam na mesinha de centro. 

Nos últimos dias esteve tão ocupada com os preparativos do seu casamento que ainda não tinha parado para ver as muitas matérias e fotos do seu noivado com Edward que estampavam todos os tablóides sensacionalistas e revistas de fofoca de Londres.

Ela não entendia o interesse da mídia pela vida de qualquer pessoa que não fosse famosa, mesmo que ela fosse apontada como umas das herdeiras mais cobiçadas de todo o Reino Unido.

A festa de noivado havia sido um sucesso! Os rumores estavam diminuindo drasticamente e agora seus telefones não param de tocar com jornalistas ávidos em saber, em primeira mão, todos os detalhes do que eles denominavam ‘o casamento do ano’.

— Simplesmente ridículo! Patético! - Bella revirou os olhos e fechou a revista com raiva.

— O que é ridículo, Isabella? – uma imponente voz atirou dos seus devaneios e ela deu um pulo.

— Que susto Edward! – Bella falou, colocando a mão sobre o peito. – Estava distraída.

Em sua frente, agora estava parado Edward Cullen, impecavelmente vestido em um terno azul escuro e lançando para a noiva o seu tão conhecido sorriso torto.

— Eu notei a sua distração... – Edward sorriu- – Já tenho um bom tempo observando as caretas que você estava fazendo para a revista.

Bella corou com o comentário de Edward. Esta era uma das manias dele que ela mais detestava: Pegá-la desprevenida.

— Então, vai me contar o que tem de tão ridículo nesta revista que a fez tão indignada? – ele voltou a falar e lhe estendeu a mão

— Posso até te contar... – ela fez uma cara sarcástica e segurou na mão de Edward – Mas creio que você já sabe do que se trata.

Ele sabia e inclusive este foi o motivo da mãe e irmã estarem tão furiosas com ele. A festa de noivado, que ele tinha afirmado ser pequena e íntima, agora estava estampada em todos os periódicos da cidade.

— Acredito que sim... – ele a puxou do sofá e possessivamente, a abraçou pela cintura e lhe deu um beijo no topo da cabeça ao notar que os acionistas começavam a se retirar da sala de reuniões e a cumprimentar Bella, sob olhares curiosos.

Era final de expediente e todos os funcionários já tinham se retirado para as suas residências, restando, além dos seguranças, apenas Edward e alguns acionistas para uma reunião de última hora.

Edward tinha planos de pegar Bella em casa mais cedo para que, com tempo e em um lugar agradável, pudessem conversar sobre as regras e condições para o casamento deles, mas seus planos mudaram ao saber da reunião.

— Vamos jantar Edward, estou morta de fome... – Bella falou, já irritada por ter esperado por ele por tanto tempo.

Após ter sido apanhada em casa pelo motorista do noivo, Bella esperou a reunião de Edward terminar por quase duas horas, sentada na recepção da empresa.

Já eram quase 9 da noite e ela estava faminta!

— Onde você quer ir? – entrou no elevador privativo, trazendo a noiva junto a ele  – Só tem que ser um lugarzinho calmo, onde eu possa curtir a minha noivinha linda e conversar em paz. – ele falou provocando-a.

Bella o encarou e revirou os olhos impaciente. Não estava disposta a entrar no joguinho de Edward e muito menos discutir com ele.

— Escolha você o lugar, então! – ela se soltou do noivo e disparou em sua frente, assim que a porta do elevador se abriu.

Edward apenas a seguiu achando graça de toda a sua irritação. De qualquer forma, já tinha pedido para sua secretária fazer reserva em um dos restaurantes que mais gostava e tinha certeza de que ela também adoraria o lugar.

Pouco depois, após um um período de silêncio no carro, chegaram a um aconchegante restaurante italiano procurando um pouco de privacidade.

— Aqui está bom para você? - ele perguntou, levantando uma sobrancelha - Tentei um restaurante menos formal, mas mesmo assim exclusivo.

— Está otimo! - Bella realmente tinha gostado do local escolhido - Adoro comida italiana!

— Que bom que acertei, então -  Edward segurou a mão da noiva e seguiu. 

Ao passar pela antesala, que tinha um bar onde algumas pessoas tomavam drinks enquanto esperavam por sua mesa, cumprimentou uns conhecidos, até ser parado por uma mão no ombro.

— Finalmente te vejo, Cullen! - um rapaz o parou, sorrindo de orelha à orelha - Por onde você andava? Já soube que está noivo… 

Era Andrew Glass, antigo companheiro de festas, a quem Edward não encontrava à um bom tempo.

— Oi Andrew! É bom te ver também, cara!  - Edward o cumprimentou com um leve tapinha nas costas  - Estou trabalhando muito e também passando amis tempo em casa… Sim estou noivo. Esta é Isabella, minha futura esposa.

— Prazer, Isabella.. - o rapaz estendeu a mão para Bella e a cumprimentou - Uma bela escolha, Cullen - o rapaz sorriu.

— Edward Cullen? - uma voz feminina soou e uma loira, extremamente magra e bonita se aproximou deles – É você mesmo?

Ao ver a imponente mulher, Bella tentou se afastar, mas Edward a segurou pela cintura, abraçando-a.

— Fique aqui comigo... – ele sussurrou no ouvido da noiva e se virou para a loira, de quem ele não lembrava o nome – Oi! Como vai?

Edward estava sem jeito por ter encontrado uma das muitas mulheres com quem ele andou nestes últimos anos e Bella atônita com a linda mulher a sua frente. Alta, magra, cabelos ondulados, gestos suaves. O contrário do que ela era. O tipo que combinava perfeitamente com seu noivo de conveniência.

— Quanto tempo não te vejo… - A loira voltou a falar, olhando o casal de cima a baixo e parando-o em Bella por um momento – Já casou, ou ainda está naquela vida louca de sempre?

— Casarei daqui a um mês – Edward abraçou Bella ainda mais forte e deu um beijo em sua bochecha – Esta é Isabella, minha noiva.

— Noiva? – a mulher analisou Bella dos pés à cabeça mais uma vez, e torceu o nariz - Pensei que fosse sua sobrinha, filha de um amigo! Você se cansou das mulheres de verdade e agora está frequentando o jardim da infância? Quantos anos tem esta criança, Edward? 15, 16?

Bella se encolheu ainda mais nos braços possessivos do noivo, que estufou o peito e a abraçou ainda mais forte e protetoramente.

Ninguém ia desfazer da sua garota assim! Ainda que o relacionamento deles fosse quase um acordo comercial, Bella estava com ele, era sua obrigação protegê-la!

Ele já estava pronto para dar uma resposta bem desaforada, mas Andrew se antecipou e a repreendeu, olhando feio para ela.

— Dayana! Você me pediu uma chance e eu estou te dando! Se você não se controlar, teremos que terminar nosso namoro mais uma vez!- ele falou em tom ríspido, - Desculpa Edward, Isabella… Esta mocinha já bebeu demais. - ele a segurou pelo braço - Vamos para casa! Você acabou de estragar a nossa noite!

— Eu falei alguma mentira? Isto aqui é inapropriado! -  a moça apontou para o casal - Esta garota tem idade para ser filha dele! Você engravidou a criancinha e agora vai ter que casar, Cullen? - se aproximou de Bella e ela pôde sentir o cheiro da bebida - Ohhh… Com esta carinha de santa e já dando o golpe… Espertinha!

— Dayana, vamos agora! - Andrew puxou a moça, enquanto Edward apertava Bella ainda mais apertado - Depois nos falamos Cullen! Mas uma vez, desculpa! - saiu, segurando a namorada, que rebolava e balançava os longos cabelos, como em desafio.

— Que situação… - Edward murmurou - Você quer ir para casa? Depois deste encontro desastroso, o melhor que fazermos é irmos para casa descansar,  esfriar a cabeça e deixar para resolver nossas pendência uma outra hora.

Bella estava em choque com aquela cena lamentável, mas como a moça mesmo tinha dito, o relacionamento entre ela e Edward era mais do que inapropriado. Eles eram de mundos completamente diferentes e ela tinha consciência de que, se queria levar aquela farsa à diante, teria que se acostumar com situações como a ocorrida à pouco.

Eles levantariam sempre as suspeitas das pessoas e não poderia os culpar por serem indiscretos ou por perguntarem demais.

— Nada disto… - ela se mostrou segura -  Não devemos nos deixar abalar pelas palavras de uma pessoa alterada pelo álcool, não é? - deu um sorrisinho tímido - Vamos proseguir com o programado, normalmente. Vamos resolver nossos problemas, pois o casamento está próximo e precisamos ter as coisas bem definidas.

Edward balançou a cabeça, incrédulo com a naturalidade que Bella estava tratando aquele incidente.

— Você é sempre assim tão forte? - mirou os olhos claros e não encontrou nada além de uma determinação feroz - Não se abalou nem um pouquinho com o que aquela moça nos disse?

— Para que? - Bella deu de ombros - Ela não disse nada diferente do que andamos ouvindo e lendo a nosso respeito nos últimos tempos. - mirou o rosto preocupado do rapaz - À propósito, quem é esta moça tão autêntica e tão suscetível à bebida? 

Edward riu, afagando a bochecha corada da noiva e se sentindo mais leve.

Bella tinha razão. Não deveriam se deixar abalar pelas palavras da louca da Dayana.

—Por que da pergunta?- o ambiente já estava descontraído - Está com ciúmes, Isabella?

Sim, ela tinha ciúmes pois sabia muito bem que nunca poderia competir em beleza e sofisticação com as mulheres que Edward já teve na vida, já que além de ser 14 anos mais nova do que ele, ainda era meio desengonçada e sem experiências de vida.

Ela nunca estaria à altura dele. Nunca seria a esposa apropriada para o grande empresário.

Mas isto não vinha ao caso... Ela não podia demonstrar fraqueza junto dele.

— É claro que não Edward! – falou indignada – Só fiquei curiosa em saber quem era, mas deixa para lá se não quiser responder.

— Além de louca e aparentemente, agora namorada de um amigos que não encontrava à algum tempo, ela foi uma das mulheres com quem eu tive, digamos, um affair nos últimos anos  – ele falou a abraçando, enquanto se dirigia para uma das mesas  – Mas não ela não significava muita coisa para mim. Foi apenas mais uma – encerrou o assunto.

Apesar de ter achado a carinha ciumenta de Bella muito engraçada, eles tinham alguns assuntos mais importantes para resolver.

Andaram mais um pouco e sentaram em uma das mesas.

Após fazerem os pedidos do jantar, enquanto se olhavam analiticamente, Edward começou a falar.

— Já que combinamos voltarmos à programação normal e deletar os últimos acontecimentos,  vamos o que interessa… Primeiramente, acho que te  devo desculpas pelo meu mau comportamento e por ter sido rude com você no final da nossa festa de noivado – ele tentou pegar as mãos de Bella, mas ela as escondeu sob a mesa – Apesar de achar que você já me perdoou depois do nosso beijo, não?

— Vá pensando isto... – Bella revirou os olhos, com a presunção do noivo – Aquele beijo foi uma afronta!

— Eu sei que você gostou Bella... Não minta para você mesma...  – Edward falou rindo, observando a careta da noiva.

— Então está certo... Eu adorei quando você me agarrou a força depois de praticamente expulsar meus primos da minha casa com suas grosserias – Bella falou sarcástica, apoiando os cotovelos na mesa e o encarando – Falando sério, Edward. Não gostei do seu show de má educação com eles dois.

Bella ainda não admitia a pequena cena que Edward tinha dado no dia do noivado deles. 

— O que você queria que eu fizesse? Que achasse bom te ver quase sentada no colo de outro homem?. – o tom passou de ameno a irritado – Você é a minha noiva e esse Jasper estava passando do limite do aceitável.

— Ele é meu primo Edward! – Bella falou indignada, voltando a encostar-se na cadeira e cruzando os braços.

— Além de primo, eu sei que ele é apaixonado por você. Está na cara! – Edward revidou – E por esta razão eu não o quero perto da minha noiva.

— Você não pode me impedir de estar com a minha família! – Bella o desafiou.

Edward respirou fundo buscando se acalmar. Começar outra discussão com Bella não seria nada bom.

— Não vou discutir com você outra vez por causa deste assunto...  – ele lançou um sorriso para a noiva, que bufava de raiva – Nós temos pontos de vista completamente diferentes quanto a esta questão, então fim de papo. Discutiremos quando for necessário.

— Acho bom mesmo... – ela falou fazendo bico – Não quero brigas, por favor.

— Nem eu... – ele suspirou – Vamos à definição do nosso acordo de boa convivência?

— Acho que precisamos conversar um pouco também, o que acha? – ela respondeu com outra pergunta.

— Sobre o que? – ele perguntou bem curioso – Acho que não temos outros assuntos a discutir a não ser suas condições para este casamento.  Por mim, o que você achar melhor, é o que vai ser feito. A não ser que você me peça algo absurdo, é claro.

— Tenho algumas curiosidades… – ela falou firme – Já que vamos resolver a nossa ‘boa convivência’, quero saber pelo menos um pouco sobre a sua família, uma vez que sobre a minha você sabe muitas coisa e até foi apresentado formalmente.

Edward abaixou a cabeça por um momento. Ele não tinha mais como fugir deste assunto e além do mais, mais cedo ou mais tarde, ela teria que conhecer sua mãe e Alice, então era bom alertá-la sobre algumas coisas.

Levantando a cabeça, ele encarou Bella, que o olhava curiosa.

— Além de uma tia e um primo muito queridos e que moram nos Estados Unidos, minha família se resume a minha mãe, Esme e a minha irmã, Alice e elas moram em Winchester onde mantemos um pequeno comércio – ele começou a falar meio contrariado – Vou te contando um pouco mais sobre elas com o tempo, mas por hora, queria te avisar uma coisa...

— Pode falar. – Bella o encarou.

— Ao contrário da sua família, que me parece informada de todo o nosso acordo e do testamento de Charlie, minha mãe e irmã acham que estamos casando por amor, então gostaria que você não tocasse neste assunto até que eu consiga conversar com elas. Para este começo, seria bom que usássemos a nossa tática de fingirmos apaixonados, pode ser? Perto delas, teremos que parecer ainda mais envolvidos.

— Por mim, tudo bem... – ela falou sem emoção, pois no fundo ela já esperava que ele não tivesse contado a ninguém o verdadeiro motivo daquele casamento – Te ajudarei a manter a nossa farsa para a sua família.

— Assim espero... Mas voltando ao assunto que nos trouxe aqui, pensou nas condições do nosso casamento?

— Pensei sim e o que acho fundamental é o respeito e a fidelidade... Então acho que não devemos nos encontrar e muito menos termos casos enquanto este casamento durar – ela falou firme – Como você mesmo disse em seu ataque de má educação em minha casa em nosso noivado, não quero fazer papel de boba!

— E você também vai cumprir este acordo? – Edward levantou a sobrancelha.

— É claro que sim!  Que pergunta é esta? 

— Se é assim, você não precisa se preocupar com este assunto, pois a partir do dia do nosso casamento a única mulher na minha vida é você... Isabella Swan..- sorriu torto, a analisando - A minha noivinha linda, futura esposa e mulher que habitará meus sonhos e minha cama noites... A única que eu vou desejar – viajou no pensamento de tê-la somente para ele.

Bella corou. 

Não estava nos planos que ela tinha feito para o casamento que ela seria a mulher dele no sentido literal da palavra e ela tinha que deixar isto bem claro.

— Edward, eu serei a sua esposa, mas não a sua mulher..– ela falou baixo, meio envergonhada com o assunto constrangedor – Não pretendo dormir na sua cama...

— Como? - Edward arregalou os olhos, incrédulo com o pedido dela. 

 O que ela pretendia?

— O que eu quero dizer é que não haverá envolvimento físico entre nós dois – Bella esclareceu, ao notar a cara espantada de Edward – Não quero intimidades com você, só isto.

— Como é?- falou um pouco mais alto que o normal - Eu vou ter que viver sem poder te ter, no sentido mais carnal? – coçou a cabeça, bastante preocupado com esta nova informação – Eu sou homem, Isabella! E um homem que gosta bastante de estar com uma mulher, se é que você me entende…

— Edward... Vou ser sincera com você. – ela suspirou o rosto ainda mais vermelho - Para mim, pelo menos, vai ser meio difícil me casar e conviver com uma pessoa que mal conheço. Nada contra você, não me entenda mal, mas pelo menos isto da minha privacidade eu quero preservar... Não quero contatos físicos além do extremamente necessários.

Ele não contava com este porém. Uma das únicas coisas boas que viria deste casamento era poder dispor de Isabella para satisfazer suas necessidades e desejos. 

Com aquela carinha de anjo, ela provavelmente seria um furacão na cama.

Um furacão que ele, definitivamente, queria explorar.

— Mas… E como é que eu fico? - ele retrucou - Como eu vou me aliviar? Com quem vou me satisfazer? Teremos que negociar isto!

— Este ponto não tem negociação, Edward! - ela já estava corada, muito corada - Você dá um jeito este assunto. Sei lá… Utiliza suas mãos… Compra uma boneca inflável!

Edward olhou para ela e riu. A cena era engraçada. Bella estava mais vermelha que um pimentão e a maneira que ela falava era de quem estava procurando um buraco para se enterrar, de tão envergonhada.

— Uma boneca inflável? - ele gargalhou - Quem usa uma boneca inflável, Bella? Em que mundo você vive? Eu preciso de uma mulher e das bem quentes para apagar o fogo que me consome!

Ela corou mais ainda. A situação estava ficando insustentável.

—Edward… Por favor, vamos mudar de assunto… - ela pediu - Vamos tratar dos outros pontos e a não ser com quem ou com o que você vai fazer sexo, ok?

Parando de rir, ele conseguiu organizar suas ideias. O ponto de vista de Bella era interessante e ele podia entender que para ela seria mais difícil do que para ele este casamento de conveniência. Ela era mulher, o que já a tornava mais frágil e romântica. Também era bem mais nova do que ele, o que a fazia menos experiente. 

Ela não queria nenhum tipo de contato mais íntimo e ele, apesar de achar esta atitude dela um absurdo,  de começo , não iria forçá-la a nada, aceitando, esta sua exigência.

Eles precisariam, realmente, de um tempo para se conhecerem e se adaptarem às suas novas vidas e por esta razão, deixaria a futura esposa bem à vontade para decidir o que quisesse, apesar ter certeza de que, com o seu poder de encantamento e convencimento ele não demoraria em ter Isabella na sua cama, em noites quentes onde estes satisfariam todos os desejos e necessidades e ele teria livre acesso àquele corpinho lindo.

Ele podia esperar um tempo até que adquirirem certa confiança e assim pudessem dividir  a cama e os lençois. Por enquanto ele se viraria como fosse possível.

— Edward? - ela o chamou depois que permaneceu um tempo calado.

— Eu aceito Bella… - um plano se formou em sua cabeça - Eu aceito que não façamos sexo em nosso casamento.

— Como? Você aceita? - ela se espantou por ele ter cedido à sua vontade sem esbravejar muito - Assim sem tentar nem argumentar?

— Eu te entendo... – Edward falou ameno, pois não adiantava forçá-la. – Este assunto será algo que iremos resolver depois, já que teremos bastante tempo... Mas de começo, estou aceitando esta sua condição e não se preocupe que não farei nem tentarei nada que você não queira, tem a minha palavra.

— Obrigada por entender o meu ponto de vista, Edward. - Bella sorriu satisfeita por ele não ter feito objeção ao seu pedido mais difícil. 

— Não por isto... Temos que ceder em algumas coisas... – ele soou simpático.- Também precisamos decidir onde iremos morar e queria sugerir o meu apartamento que é um triplex e tem bastante espaço para nós dois... Posso mandar arrumar a suíte vizinha a minha para você. Privacidade, como você mesma disse.

— Para mim está ótimo! Menos um problema para resolver.

— Você não vai protestar? – ele perguntou surpreso – Pensei que você gostaria de continuar morando na sua casa.

— Não... Para mim está tudo bem ir morar no seu apartamento – Bella voltou a falar - Vivo em qualquer lugar, menos naquela casa, onde passei os piores dias da minha vida.

— Se quiser outro lugar, um lugar neutro onde nenhum de nós dois tenha vínculos, fique a vontade de discordar da minha decisão... Você pode escolher uma casa ou até um novo apartamento e arrumar da maneira que desejar – Edward falou, ainda não acreditando no súbito surto de gentileza de Bella.

— Está tudo bem para mim… Vamos morar em seu apartamento, cada um em seu quarto, sem intimidades e tentando conviver em paz. – Bella falou, se remexendo na cadeira e querendo acabar logo aquele encontro incomodo – Mais algo a discutir? Senão já quero ir para casa, pois estou muito cansada...

— Não Bella... Por enquanto é só isto mesmo. Depois acertamos os últimos detalhes então.

Após terminar o jantar em um silencio amistoso, o casal seguiu para a casa de Bella, enquanto distraída, ela estava perdida em pensamentos e ele a observava atentamente, tentando descobrir mais algo sobre a sua linda noiva.

— Chegamos... – Edward parou em frente a mansão Swan e estendeu a mão para Bella, tirando-a do carro e seguindo com ela até a entrada.

— Já vou... – Bella sussurrou ao notar o noivo parado ao seu lado a olhando – Boa noite Edward.

— Espere! - com um olhar hipnotizante, ele começou a se aproximar mais de Bella, que em um movimento rápido, colocou um das mãos no rosto do futuro marido e o afastou.

— Nem se atreva a me beijar outra vez Edward Cullen. – ela cruzou os braços e fez uma cara feia.

Não que ela não quisesse sentir aqueles lábios doces e sensuais nos seus, mas ela tinha que se manter firme no seu plano de não querer uma maior intimidade com Edward e ele a beijando em nada ajudava-a nesta missão quase impossível.

— Nem pensei nisto Bella... - Edward sorriu, ainda mirando o azul profundo dos olhos da sua noiva  – Lembre-se que amanhã vou buscá-la na faculdade para que possamos almoçar juntos e depois resolvermos as nossas alianças.

Bella apenas assentiu, balançando a cabeça. 

Era claro que ela se lembrava que no dia seguinte tinham hora marcada no joalheiro escolhido por Edward para que escolhessem suas alianças de casamento.

Esta era uma formalidade da qual não podiam fugir, já que o conhecido senhor praticamente se ofereceu para fazer a joia.

 - Eu me lembro sim... – ela falou e dando as costas à Edward, abriu a porta de sua casa suspirando alto. – Tchau Edward.

— Mais uma coisa antes que você fuja de mim... – Edward a segurou pelo braço e a trouxe para mais perto – Boa noite...– sussurrou e após ameaçar beijá-las os lábios, deu-lhe um beijo estalado na bochecha. - Durma bem...

— Tentarei... – Bella respondeu seca, porem com o coração disparado e as pernas tremendo.

Ele tinha o poder de tirá-la do sério, então, antes que fizesse algo de que se arrependesse depois, Bella entrou em casa e bateu a porta na cara do noivo, que a olhava com seu típico sorrisinho nos lábios.

Edward caminhou sem pressa até o carro e seguiu para casa pensando nas diferentes reações de Bella nesta noite.

Hora ela estava irritada e o desprezando, hora ela estava calma e concordando com tudo o que ele propunha, como quem lutasse em não reconhecer seus verdadeiros sentimentos.

Definitivamente, Isabella Swan era uma caixinha de surpresas.

Uma caixinha que ele gostaria muito de desvendar.


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Notas finais do capítulo

Notinha rápida:
Este foi um dos capítulos que mais gostei de revisar. Tinha que dar mais vida a interação do nosso casalzinho então, adicionei um bom pedaço a ele.



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