— E como está seu tempo na capital, meu amor? – Steve perguntou a Anna pelo telefone. – Você está por aí há quase dois meses.

— Steve, eu sei que parece demais, mas você sabe como é o curso. – Anna estava olhando pela janela. – Eu odeio estar acordando com uma cama vazia. Você faz falta.

— E você também. – Steve estava olhando para o anel de noivado que pretendia dar a ela. – Alguma previsão de quando você vai retornar?

— Se depender do meu professor, apenas daqui há dois meses. – Anna suspirou. – Ele decidiu alongar para receber mais.

— Merda. – Steve queria desesperadamente a namorada. – Estou sentindo tanto sua falta que eu tenho que fazer certas coisas com minha mão...

— Você é tão safado, Steve. – Anna sorriu, mas ficou chateada quando viu o professor entrar na sala. – Querido, eu tenho que desligar. Falo com você amanhã.

— Durma bem. – Steve recebeu um beijo pelo telefone e desligou, jogando o celular na cama e resmungando.

Ele desceu para o primeiro andar, onde Danno estava com Eddie assistindo à televisão e comendo pizza.

— Steve, por que você anda tão resmungão desde que Anna foi para o curso de aperfeiçoamento? – Danno perguntou oferecendo uma fatia. – Não é como se ela não fosse voltar.

— Sinto a falta dela mais do que qualquer outra garota com quem eu já namorei. – Steve suspirou. – E também porque eu ia pedir ela em casamento.

— E você só me conta isso agora? – Danno sorriu. – Olha, vamos para a cama. Ela provavelmente vai direto para casa e você tem que acordar cedo.

Os dois limparam as migalhas e jogaram a embalagem de pizza no lixo. Eddie foi para o quintal, fez suas necessidades e voltou para sua cama.

Danno acordou com o telefone tocando. Era um caso. Olhando para a tela do telefone, ele resmungou por causa da hora que era praticamente de madrugada.

— Danno, temos um caso. – Steve desceu já vestido. – Vamos, bela adormecida.

— Por que esses assassinos não podem agir em uma hora educada? – Ele se levantou bocejando e colocou uma calça. – Você conseguiu ao menos dormir?

— Sim. – Steve não estava mentido. – Encontrei uma foto de Anna, disse a foto que eu a amava e fechei os olhos.

— Que bom. – Danno pegou a chave do camaro.

Dois dias se passaram. O caso deles estava para além de complicado. O assassino que eles estavam procurando acabou matando mais duas pessoas e Steve estava frustrado demais com isso.

Anna estava igualmente frustrada na capital. Tudo que ela queria era deixar aquele curso e mostrar o dedo do meio para o professor chato que ela tinha. O Sr Janssen era um homem branco com uma careca reluzente demais. Ele se achava um Deus e ninguém podia rebater as ideias dele sem correr o risco de ser punido.

Steve estava cansado de procurar o criminoso com alguém. Ele despistou a própria equipe e foi para um encontro com o assassino. Danno não ouviu Steve e o seguiu de perto.

Se algo acontecesse com o amigo, Anna o mataria. E ele não suportaria a perda de um amigo como Steve.

— Estou aqui. – Steve gritou no estacionamento vazio. – Então, saia de qualquer buraco que você está.

— Comandante, é um grande prazer. – Uma ruiva saiu e foi em direção a ele. – Surpresa!

— Você! – Steve estava estarrecido. – Você é uma garota.

— Ótimo observador, comandante. – Alice segurava uma arma nas mãos. – Eu tive um trabalho para matar toda essa gente e me fazer passar por um homem.

— Five 0! – Danno gritou, percebendo seu erro em seguida. – Não nele.

Alice ficou revoltada com a presença de Danno e apertou o gatilho, atingindo Steve três vezes no colete a prova de balas sob o casaco.

Ele caiu no chão com o impacto e Danno disparou a arma três vezes, baleando Alice e a fazendo cair morta no chão. Danno chutou a arma e correu para o amigo.

— Steve, você está bem? – Danno o viu abrir os olhos. – Ei, não vai morrer agora, amigo.

— Danno, você quase me matou. – Steve olhou para o amigo. – Eu disse que faria isso sozinho.

— De nada, amigo. – Ele deu um sorriso para o amigo. – Vamos, grite depois que for visto por um médico.

Anna abriu a porta de seu apartamento. Ela saiu mais cedo depois que Danno telefonou para ela. De repente, ela percebeu que precisava de Steve, mas estava presa naquele apartamento até o final do curso.

— Eu disse que não precisava ligar para Anna. – Steve suspirou, sentando-se na poltrona de casa. – Eu só tive o ar tirado de mim.

— Ela merecia saber, Steve. – Adam apenas constatou. – E assim, ela tinha uma desculpa para sair mais cedo daquela aula chata.

— Aquele professor é um babaca. – Lincoln disse, pegando uma cerveja. – A governadora parece querer punir ela e todos nós.

— Talvez eu deva fazer algo arriscado. – Steve falou de repente e pegou a caixa do anel. – Eu estava esperando por um motivo especial. Mas eu acho que preciso arriscar.

— Eu pensei que faria isso. – Tani colocou uma passagem de avião. – Ela não tem data. Você pode resolver usar quando quiser.

— Vou fazer uma mala simples. – Steve subiu e Danno foi falar. – Eu sei que quer vir junto, mas acho que tenho que fazer isso sozinho.

— Apenas não suma. – Danno brincou.

— Não vou. – Steve se despediu de todos assim que o táxi chegou e entrou nele. – Me desejem sorte.

— Boa sorte. – Tani sorriu.

Steve entregou o bilhete e foi permitido dentro do avião.

Anna havia decidido largar aquele curso chato e com a ajuda de seus pais ela conseguiu que a governadora deixasse de ser uma babaca com todos. Ela tentou falar com o namorado, mas ele não atendeu o celular e Danno não queria dizer onde ele havia ido depois do que aconteceu.

Steve chegou em Washington e foi direto para o apartamento alugado de Anna, com o anel no bolso dele. Entrando no prédio, ele subiu pela escada e impediu que o porteiro avisasse que ele estava aqui.

Tocando a campainha do apartamento, Steve se ajoelhou, abrindo a caixinha da aliança que era de diamante com esmeraldas. Era completamente a cara de sua futura noiva. Ele suspirou quando ela abriu a porta.

Anna abriu a porta depois de não ver ninguém pelo olho mágico e se deparou com Steve ajoelhado ali na frente dela com um anel.

— Anna Marie Shepard Gibbs, aceita casar comigo? – Steve decidiu pelo simples e rápido.

— Eu aceito. – Ela o puxou para dentro, fechando a porta com o pé.

Steve deslizou o anel no dedo dela e a beijou, sabendo que ele não precisaria dizer nada pelo menos até a manhã seguinte. Agora, eles queriam era mais comemorar o noivado deles.