Amor Perfeito XV - Versão Kevin escrita por Lola


Capítulo 15
Boas vindas


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥
*notas finais.



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Kevin Narrando

Cheguei eufórico naquele hospital e Alice ficou no carro, já que o deixei ligado. Assim que derrapei pela recepção e quase agredi todos por informação, parei perto do quarto onde uma enfermeira estava saindo.

— Não pode entrar. É apenas um por vez e a namorada dele já está lá dentro. – parei um pouco e respirei.

— Namorada? – ela concordou indo para outro lugar. Abri bem pouco a porta e de forma lenta, sem que ela percebesse. Era a mesma do hotel. Eu sabia. Aquela noite eu soube e quis me enganar. Que poder é esse que ele tem sobre mim?

Vi que ele estava desacordado e ela chorava baixinho. Acredito que ela não queria correr riscos, pois já estava indo embora. Eu me virei e a vi saindo e ela, claro, não me viu. Minha vontade era ir lá dentro e mata-lo. Lógico que eu não faria isso.

Algumas contusões, um desmaio e vários exames. Ele saiu ileso. E eu continuei com ele. Perdoar uma traição? Nunca passou pela minha cabeça, mas se eu não tinha total certeza o jeito era me apegar ao mínimo de esperança que restava de ele ser fiel. O que intimamente eu sabia que não era. Claro que eu o confrontei e ele negou. Já esperava.

Uma surpresa que eu tive e que não tinha nada a ver com ele foi a notícia de suicídio do meu pai. Era impossível e só podia se tratar de uma armação dele. Com certeza. Mas era real. E agora ele estava morto.

Ver o seu corpo ali sem cor e sem vida talvez tenha sido uma das sensações mais estranhas que já senti na vida. E tudo isso sem estar bem psicologicamente. Sem saber se eu tinha um noivo que me amava. Sem saber ao certo qual caminho eu devia seguir entre a medicina e o hotel, agora que eu tinha total liberdade.

Liberdade. Essa palavra era engraçada. Tudo que ela nos trazia era cheia de riscos. O que eu fiz foi aproveitar a minha e sumir por um tempo. Minha mãe sabia onde eu estava e isso bastava.

Quinze dias ou mais se passaram e eu continuava recluso. Até que tomei minha decisão e comecei a minha preparação para o que eu queria. Aquele lugar que eu estava era proposital para isso. Um dos hotéis da família. Voltei pouco antes de Murilo chegar a Torres, mas ninguém ainda havia me visto. Nem mesmo Rafael.

Já havia fumado uns dez cigarros. Apenas nas últimas duas horas. Olhei meu cabelo no espelho de novo. Pouco importava minha aparência quando havia tanta coisa em jogo. Um noivado falido, um ex namorado dando uma aparição espetacular... Meu celular tocou.

— Creio não ser possível aproveitar sua noite hoje. – ouvi a voz de Mirela e bufei. – Estamos com sérios problemas com um dos contratos de serviço do hotel.

— Estou indo. – desliguei e me olhei de novo. Nos últimos dias foi essa a solução que eu achei. Fugia tanto dos meus pensamentos me afundando em trabalho que agora eu apenas colhia o que havia plantado. Peguei a chave do meu carro e segui para resolver o problema.

Quando todos tiveram a ideia de fazer uma festa para Murilo, eu apenas li a mensagem e ignorei. Quando Arthur redirecionou essa ideia a outra, continuei calmo. Agora quando sugeriram que fosse feito esse encontro no bar do hotel eu fiquei nervoso. Poderia fazer sentido, já que era um negócio da família, mas era o meu local de trabalho e eu não relaxaria. A verdade é que eu não relaxaria em lugar nenhum. De certa forma eu acho que eles fizeram isso para ter um meio de me obrigar a estar presente. Que seja.

Estava marcado para as dezoito horas. Isso era hora se estarmos em um bar? Segundo eles o voo dele chegaria as quinze horas e ele teria três horas para descansar e eles estavam com saudades. Isso não era algo que eu pudesse pensar agora. Resolvi o problema. Já era sete e meia quando fui até o bar. Vi a mesa enorme cheia de pessoas. Notei que eu suava frio. Que porra, era o Murilo, eu iria vê-lo. A última vez que estivemos próximos foi no dia do motel, em que fui busca-lo e quase o beijei. E hoje? Era preocupante demais. Mas eu tinha que vestir a minha máscara e fingir não me importar. Era menos doloroso assim. A primeira coisa que vi foi seu amigo ao seu lado. Ele o trouxe. Era uma mensagem certa: eles estavam juntos.

— Achei que não viria mais. – Arthur falou e me olhou. Sentei na cadeira vazia um pouco distante da atração principal da noite.

— Estava até agora resolvendo o problema do contrato? – Gustavo me perguntou sério.

— Por que caralho me ligaram falando que o manobrista bateu o carro de um hóspede?

— Já disse que sou eu que resolve essas coisas, mas não adianta.

— Vocês trabalham juntos? – o amigo dele perguntou nos olhando.

— Sim. Mas eu sou gerente de hospedagem e ele é gerente geral. Ele é negociador, o hotel tem muito fornecedor de serviços. E eu resolvo o andamento desses serviços. Parece algo fácil de entender não é? Aqui não.

— Ele é tão novo para um gerente geral. – senti o incômodo de Murilo. Apenas passei o olho por ele e vi que ele encarava o próprio copo.

— Era o cargo do meu pai. Eu o substitui após sua morte.

— Que insano. Digo... Não a morte dele. Desculpe. Mas você poder fazer isso.

— O pai dele era um Montez. – Murilo explicou ainda insatisfeito.

— Ah... Ele é o... – ele arregalou os olhos. – Kevin.

— Prazer. – falei sem sorrir. Ele ficou me olhando sem nem piscar. Então Murilo falou de mim.

— Aquele licor da Irlanda? – o garçom perguntou ao chegar ao meu lado.

— Não. Hoje eu quero o uísque da Escócia.

— Qual drink você recomenda do bar? – o amigo dele me questionou. – É quase o dono. Tem que saber qual é o melhor.

— A Sophia já te indicou um e você já pediu. – Murilo falou o olhando.

— Quero a opinião dele. Para o próximo. – ele respondeu em um tom de desafio.

— Não bebo drinks. Prefiro doses.

— Na verdade ele não bebe. Só em ocasiões especiais. – Arthur interveio e me olhou.

— O garçom demonstrou que não. Ele toma muito o licor da... Onde mesmo? – ele me olhou. Depois parece que meu silêncio o incomodou. – Por que tá todo mundo me olhando?

— Você está tentando conversar com a pessoa menos sociável da mesa. – Larissa respondeu e sorriu.

— Ele não costuma ser muito agradável, principalmente nos últimos tempos. Temos medo dele te maltratar. Só isso. – Giovana foi sincera como sempre. – Foca no Murilo que é melhor.

— Tenho que ir. – me levantei.

— Você acabou de chegar. Sua bebida nem veio ainda. – Vinícius me olhou.

— Foi o que eu disse? Desculpa. Você nunca se importou com isso. – a olhei como se ela fosse doida.

— Nem escutei o que você falou. Precisam de mim. – antes que eu lutasse comigo mesmo para dizer "boas férias" ou algo do tipo a Murilo, Gustavo se levantou e me impediu.

— Você fique aí. Vou ir resolver. Aposto que é coisa para mim mesmo. Daqui a pouco estou de volta. – ele mandou um beijo para esposa. Sentei frustrado.

— Problema no check in chama o Kevin. A piscina não está aquecendo? Kevin. A iluminação da quadra de tênis queimou? Kevin. Algum problema na academia ou no spa? Adivinha só? Chamem o Kevin! As flores do dia não chegaram, pra quem vão ligar? Vocês já sabem. O Chef faltou, vamos ficar sem o cardápio do dia? Não, porque o Kevin que não sabe fritar um ovo tem que se virar. É um absurdo o que vocês fazem com ele que ainda é um garoto, acabou de fazer vinte anos. – Tamara esposa do Gustavo disse em tom de revolta. – Fora o pouco tempo que ele tá no cargo.

— Ele quis assim. Quando ele assumiu o lugar do pai sabia as responsabilidades. E seria diferente se ele não passasse o dia todo no hotel.

— Eu acho que estamos aqui porque alguém chegou de viagem. Vocês podem falar de mim outro dia.

— A gente não te encontra para falar.  – Alice respondeu e sorriu. – Rafael está na casa da família dele passando as férias, nem ele está aqui para nos ajudar a te trazer de volta.

— Como eu disse. – apontei para Murilo.

— Olá família, amigos. – Nícolas chegou me surpreendendo. – Sei que meu pai não está mais nesse mundo, mas eu me encontrei nesse lugar e tenho três irmãos aqui. – sorriu falsamente. – Posso me sentar? – alguém disse que sim e eu fingi que ele nem existia.

— Então... Como dizíamos, você vai ficar até fevereiro Muh? – Alice perguntou e percebi que ele me olhava. Senti seu olhar em mim, mas não olhei em sua direção hora nenhuma.

— Sim. Vamos voltar quando as aulas voltarem.

— Você faz gastronomia também? – a mãe dele perguntou ao garoto.

— Não, faço administração. A ideia é abrirmos um restaurante juntos. – o casal já tinha planos. – A gente já mora junto, já trabalhamos no mesmo lugar também, temos experiência, funciona bem... Apesar de às vezes não ser muito fácil.

— Vocês... tem alguma coisa.?

— Não. – ele respondeu rápido demais. – Quando o conheci eu teria investido, mas ele cortou de início. Mandou que eu não desse em cima dele porque não rolaria. Depois disso viramos amigos. Diria que estamos mais para irmãos. Ele não tem e diz que eu sou como um para ele. E olha que acho que ele está certo, porque brigamos como irmãos.

— Lógico. Você é a pessoa mais sem noção do mundo. Mais barulhenta. Espalhafatosa. E insistente. E não cala a boca um minuto.

— Se eu não fosse assim... A gente sabe que você não estaria tão bem hoje.

— Por que eu te trouxe? – ele jogou um guardanapo nele.

— Porque você não ia aguentar ficar dois meses e uma semana longe de mim. – ele o socou e o outro deu um gritinho afetado.

— Vocês parecem muito um casal.

— Na real, uma hora com a gente e vocês mudam de opinião. – Murilo respondeu.

— Conta se o Murilo tem alguém Adam. – eles se olharam. – Ou vários alguéns.

— Agora é um universo de alguéns.

— Estamos falando de mesmo Murilo? – ele perguntou e depois o olhou. – Eles falam de você como se fosse um putão.

— Eu era um putão. – o outro deu uma risada com os olhos arregalados.

— Olha... Isso é melhor que álbum de infância. – ele levou um tapa. – Gente... – ele olhou todos. – O último namorado do Murilo foi Nicolas. A gente o chama de cacto. Porque ele sobrevive sem quase precisar ser regado. – todos riram, menos eu.

— A gente? – a mãe dele questionou curiosa.

— É. Audrey e eu.

— Ele já ficou com essa Audrey?

— Mãe!

— Deixa ela. Eu vim para te dedurar mesmo. Os seus pais e seus amigos ficam tempo demais longe de você, acha que não estão curiosos?

— Audrey namora. Ela é como nossa irmãzinha. Ela bem que tentava arrumar alguém para Murilo, mas ela perdeu a paciência.

— Murilo não pode não ficar com ninguém. – Nicolas disse e eu revirei os olhos.

— Eu nunca o vi com ninguém.

— Você não fica comigo vinte e quatro horas.

— Ah... Então você foge enquanto estou dormindo? – eles riram de novo. Era tão óbvio o que acontecia. Eles se gostavam. Pelo menos o Adam era completamente apaixonado por ele.

— Ás vezes não preciso nem fugir. – Adam fez uma expressão de pensativo.

— Ah é! - ele olhou os pais dele. – Como sou burro. Tem alguém. É tão insignificante que esqueci.

— Conta tudo! Larissa pediu bisbilhoteira.

— É a pessoa mais debochada, chata, calada, estranha. Parece que tá sempre armando alguma coisa... Definitivamente aquele ser não é igual a todo mundo. Acho que vocês o conheceram, ele chegou a vir aqui.

— Ele acabou de descrever o Kevin. – Adam o olhou.

— Agora muita coisa faz sentido pra mim.

— Uma coisa não tem nada a ver com a outra. – Murilo falou a ele baixo.

— É um homem ou uma mulher?

— Homem. Quer dizer, moleque.

— É o tal do Eliot? – o celular de Murilo começou a tocar.

— É ele ne? – o amigo perguntou e eles se olharam.

— Não vou atender. – ele rejeitou a chamada e desligou o celular sorrindo ironicamente para o amigo que pegou seu aparelho e levantou o mostrando.  era uma chamada e estava escrito Eliot na tela com a foto bem bonita.

— Isso que dá se envolver com uma criança, elas não sabem ouvir não. Ele não respeita nem o momento que você está matando saudade da sua família.

— Não começa Adam.

— Voilà! Vocês acabaram de saber o motivo principal e acho que único de brigas entre meu futuro sócio e eu. Eliot, mais conhecido como Crack ou mente de satanás.

— Por que?

— Porque ele leva as pessoas a ruina.

— Ele não é uma boa pessoa? Parecia. 

— Murilo ele não vai parar de ligar. – ele pegou o celular dele e desligou.

— Por que você não gosta dele Adam?

— Ele tem inveja porque ele queira o Eli.

— Para com isso.

— Ele é gato Adam! E o sorriso dele é maravilhoso. Você mesmo disse isso quando o viu pela primeira vez.

— Você quer que eu conte aos seus pais as orgias que vocês fazem e o quanto barulho os vizinhos reclamam?

— UE, mas até um minuto atrás ele não ficava com ninguém e você até esqueceu do garoto...

— Emocionalmente ele não fica com ninguém. Eliot é o brinquedinho dele.

— Não é assim. Eu disse desde o início que seriamos amigos e eu não entraria em um relacionamento.

— Por que será? E ao invés daquele ridículo ter amor próprio e cair fora ele tá sempre na sua cama.

— Isso tá cheirando ciúme. Agora não sei se é de um ou de outro.

— Não é. É que Eliot é um idiota mesmo e Murilo consegue ser mais que ele nesse lance de não se envolver porque tem outros fatores que nem vou expor.

— Para de colocar coisas na cabeça dos meus pais. Você não os conhece.

— Desculpa. – ele ficou sem graça e visivelmente arrependido. – Mas você tem que admitir. Ele não chega perto de um par ideal.

— Eu não estou procurando um par ideal.

— Além de tudo Eliot é um caso perdido.

— Murilo adora casos perdidos. – falei olhando para Adam. – E ele é bom nisso. Daqui a pouco o garoto vira mente de Deus.

— Esse cara é divertido. – ele deu uma risada alta. Murilo ficou me encarando.

— Se Eliot fosse importante ele estaria aqui. – ele disse sem tirar os olhos de mim. – Não estou em uma jornada para muda-lo, ele não precisa de mudança. Não se compare a ele. – todos ficaram em silêncio. Nem o amigo dele que não calava a boca conseguiu dizer alguma coisa.

— Não estou. – respondi apenas e parei de olha-lo, se eu o fizesse por mais um segundo iria demonstrar emoções que eu me forçava a esconder.

— Vou ir fumar um cigarro. – o amigo dele se levantou indo para a área aberta um pouco perto dali.

— Também vou. – me levantei depois do garoto sair

— Desde quando você fuma? - Murilo perguntou franzindo a testa.

— Um mês e alguns dias. – ele ficou confuso e eu saí antes que fizesse mais perguntas. Cheguei lá fora e vi Adam tirando foto da paisagem.

— Aqui é lindo. – ele falou e me olhou.

— É. - me posicionei ao seu lado. – Isso é estranho, mas... dá um? – apontei para o cigarro.

— Uau! – ele exclamou enquanto pegava seu maço no bolso. – O manda chuva disso aqui pedindo um mero cigarro? – cheguei bem perto dele e tampei o cigarro em minha boca enquanto ele o acendia.

— Não vende no bar. – me encostei na parede como ele estava.

— Que bar não vende cigarros?

— O bar do hotel Montez. – o olhei e dei uma pequena risada. – Apenas bebidas. Talvez charutos, se você pedir com antecedência.

— Como assim? – ele deu uma gargalhada.

— É que tenho que encomendar. Mas geralmente sei quais são os clientes que usam e peço antes.

— Você parece ser bom nisso. – ele me olhou de perto. Dei de ombros.

— É um serviço muito intuitivo.

— Isso é sexo. – não aguentei e ri. – Seus amigos te descrevem como alguém tão desagradável. Não é o que estou vendo. – olhei para baixo durante um tempo. – Não devia ter falado isso ne?

— Tanto faz.

— Se fechou de novo. – ele riu.

— Você ri atoa né?

— É. Eu sou feliz. Murilo diz que é uma das minhas qualidades mais detestáveis.

— Não aguentaria ter alguém como você por perto.

— Sei que não.

— Como sabe? – nos olhamos.

— Só sei. Acho que é intuitivo.

— Tipo sexo. – concordei e ele riu. Depois ficou me olhando. – O que foi?

— Você é o ex do meu melhor amigo. Um terreno totalmente proibido. E não vou negar... Você é instigante.

— Não sou ex dele. Não conta o namoro de apenas um mês.

— Pelo que fiquei sabendo as coisas eram bem fortes até seu pai se meter. – ele falou sem me olhar. – Não sei se devia dizer isso, mas Murilo não te superou. É por isso que ele não fica com ninguém.

— Exceto o Eliot.

— Ele é um idiota. Vai por mim. E essa história deles já tá cansativa, eles sempre se pegaram.

— Mas não deixa de ser a exceção dele.

— Pelo que entendi ele lembra você. Não te conhecia então não sabia. Você é debochado também?

— Bastante. – sorri.

— Chato?

— Escutou meus amigos.

— Vocês dois tem muito em comum ao que parece.

— E você? - finalmente o encarei. 

— O que tem eu? Ah. Eu vivo umas aventuras. Mas nada sério.

— Não. Quando você vai se declarar para ele?

— Se eu o quisesse eu daria em cima do ex dele?

— Já falei que não sou ex dele.

— Quando foi seu último sexo?

— Por que? - queria sorrir, mas continuei sério. 

— Sinto uma tensão. Eu sou bom em perceber coisas sexuais.

— Já eu sou bom em perceber coisas sentimentais.

— Será que nos complementamos? - ele perguntou como se levasse a sério e depois riu. Acabei meu cigarro e notei alguém se aproximar.

— Amiguinhos? - Murilo perguntou nos olhando com seriedade.

— Seu ex estava ... – o interrompi.

— Ele não é meu ex. Vou entrar. – ele segurou meu braço. Aquilo não podia estar acontecendo.

— Se eu não sou seu ex eu sou o que então?

— Meu primo.

— Está anulando o que vivemos?

— Sim. Como você fez há dois anos atrás, antes de eu me apaixonar por Rafael.

— Vocês precisam conversar. – o amigo dele iria sair, mas não deixei.

— Acho que já posso ir para minha casa, boas vindas priminho. - falei com frieza e ressentimento e ele afrouxou seu braço certamente surpreso. Fui embora sem me despedir de ninguém. Precisava disso.


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Notas finais do capítulo

* eu não quis desenvolver muito a morte de Caleb por achar simplesmente que não vale a pena mesmo. Mas no trailler havia uma parte que Alice chegava assustada em uma casa e abraçava Kevin (um dos dois estava com um cachorro), essa parte era referente a morte. Foi realmente muito inesperada e drástica. Só que faz sentido, ele não iria aguentar ficar preso.
Rafael tá dando um show de vacilação e a consciência pesada o mandou pra casa para pensar, será que ele volta arrependido e confessa os erros? Saberemos.
Kevin devia pegar o Adam?
E esses dois meses de férias de Murilo em Torres, será que vai acabar de vez com o noivado do primo?
É tanta dúvida.
até sexta, sábado ou domingo ♥



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