Um Sangue Doce escrita por Thay Nascimento


Capítulo 3
Capítulo 3




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Corro em direção ao bosque e sou surpreendida por uma mão que segura o meu braço esquerdo em uma força brutalmente veloz.

— O que...? — começo a dizer quando percebo que é Marx.

— O que anda fazendo por aqui, Ellie? O covil inimigo. — Ele diz me encarando seriamente.

— O que veio fazer aqui? — pergunto ignorando o que ele diz.

— Estou caçando. Mas pelo visto você estava fazendo algo bem diferente disso. O que aconteceu?

— Fui fazer um acordo com o Lorde das Trevas. Fui ofertar o meu sangue para que em troca ele desista do acordo com os Alfws. — Digo começando a andar entrando na floresta densa.

— E acha que ele vai trocar poder pelo seu sangue? Que importância isso tem?

— O que importa não é quanto vale meu sangue ou minha vida, mas quanto estou disposta a fazer para que todos que eu amo estejam salvos. A culpa disso tudo é minha.

Apresso o passo, começando a correr em velocidade sobrenatural.

A Aldeia do Sangue Puro não era muito longe do bosque que estávamos e logo chegamos lá, que era onde alguns lobisomens e bruxas estavam alojados.

— Olá, Elouise Blackrun! — disse a anciã do clã Denvers, avó de Mellody, logo que cheguei.

— Oi, Lady Hermione.

— Posso conversar com você minha jovem?

— Sim?

Hermione Denvers me leva até o casebre improvisado em que ela estava abrigada e me oferece um lugar para sentar, o qual aceito impacientemente, sem saber a causa de tamanho suspense.

— Olhe nos fundos dos meus olhos e esteja atenta ás minhas palavras: "Há muitos anos, antes mesmo da sua existência vampiresca quando eu ainda era uma menina, houve uma grande guerra entre os vampiros o que causou uma grande divisão de espécies, em que a maior causa de todas foi a diferença de estilo de vida, e os seus avós estavam nessa guerra, na qual eles foram mortos, mas creio que isso é do seu conhecimento. O estrago disso foi tão imenso que foi precisa a intervenção das bruxas, mas isso causaria um terrível impacto nas Leis Sobrenaturais, então meus pais se sacrificaram para equilibrar o meio que os vampiros haviam destruído. Sei que o acordo que você solicitou ás Trevas foi com boa intenção, mas você deve rasgar os seus planos imediatamente, pois isso causará a revolta no equilíbrio das Leis Sobrenaturais e pode acabar com todas as espécies do Sobrenatural. O seu sangue tem partículas humanas que podem gerar o Clímax Geral das Sombras."

Apesar de estar olhando para ela não consegui entender o que ela queria dizer, apenas fico pensando no que mudou e por que ela disse essas coisas como se eu nunca tivesse importado para ela. Talvez eu tenha confiado em pessoas erradas a minha vida inteira. Me levanto imediatamente e a olho nos olhos, em seguida apenas saio.
Imediatamente encontro com Mellody. Analiso seu rosto e percebo que está levemente preocupada.

— O que houve? — pergunto.

— Eu estava procurando por você. Eu e a vovó Denvers descobrimos outra coisa muito importante. O Grande Mal irá fazer uma trilha misteriosa até a Colina dos Graves Sons, e achamos que os Alfws vão se encontrar com ele.

— Sabem que dia isso vai acontecer?

— Não, mas precisamos descobrir o mais rápido possível. — Ela diz e vai até sua avó.







— Mas isso não pode sequer acontecer, Marx!

— Se aquela velha Denvers está escondendo algo da Mellody, há algo errado nisso, E.

— Eu sei, Marx, eu sei, mas a Mel não pode saber que sou eu quem irei falar com o Grande Mal.

— Nós. E iremos pensar em alguma coisa, afinal, tenho certeza que aquela anciã Denvers não é mais velha que os grimórios que tem em casa.

— O que? — pergunto e logo emendo- É isso, Kaelson. Iremos pegar um dos grimórios dela, o grimório principal e isso a impedirá de realizar os feitiços mais importantes, assim como os de localização.

— Ótimo, mas acho que é uma péssima ideia. Não somos bruxos, Elouise, e muito menos saqueadores profissionais.

— Se eu consegui entrar e sair do Palácio das Trevas, conseguirei sair de um casebre velho.







Mellody disse que iria sair com a avó Denvers para treinar alguns feitiços na Colina do Carvalho Branco então resolvemos pegar o Grimório enquanto isso.

— A parte mais legal é que a gente pode fazer o que quiser nesse casebre, não é mesmo? — Marx fala com um sorriso sugestivo, eu apenas reviro os olhos e faço um "shhh" com o dedo indicador sobre os lábios.

— A parte mais legal é que casa de bruxa sempre está aberta, mas nunca sabemos qual objeto da casa ela bloqueou. — Sussurro cautelosamente.

— Ellie. Acho que encontrei... — Kaelson tenta falar sussurrando sem muito sucesso, enquanto aponta para uma caixa de vidro com um grande grimório aberto.

Nas laterais do livro, vários símbolos estranhos decoravam o que caracterizava a capa. Tons de dourado e vermelho eram expostos ali e dava pra sentir através do vidro que o grimório estava protegido por magia, e que só havia um jeito de ser desfeita: Por magia.

— E agora? O que fazemos?

— Não temos um plano que abre vidros enfeitiçados...

Minha frase é interrompida por alguém que eu não esperava que voltasse tão cedo, e dessa vez a única explicação que eu poderia dar seria a verdade.

— Quem está aí? — Congelamos ao ouvir a voz de Hermione Denvers.


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