Amy Sandoval e o passado que retorna - TDA escrita por Mrs Belly


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Fanfic de Triunfo del Amor escrita em 2019.

Espero que gostem!



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Amy brincava com seu baldinho de areia sentada na grama do parque que havia próximo a sua casa. Ela é uma menina linda, branquinha de olhos claros e tem o coração muito doce, mesmo tendo apenas três anos e meio ela é muito inteligente e esperta, vive surpreendendo a sua mãe com suas travessuras.

Victoria Sandoval é sua mãe e estava sentada em um banco de praça que havia ali e observava atentamente a sua menina brincar, ela é tão linda e seus traços lembravam alguém que nem deveria ser recordado, pelo menos é como Victoria costuma pensar. O dia estava lindo, era uma tarde de primavera na cidade do México e todos os dias as duas saiam para caminhar e paravam por ali porque a filha sempre pedia. Muitas mães faziam o mesmo todas as tardes e se sentavam para olhar as crianças que corriam felizes brincando. Victoria até fez amizade com elas, inclusive com Antonieta que é mãe do pequeno João.

Amy e João são amigos inseparáveis e sempre que as mães permitiam estavam por perto, as vezes ela ia com a mãe a casa dele e vice-versa, brincavam de tudo até ficarem cansados. Enquanto os olhavam admiradas, Victoria e Antonieta conversavam amigavelmente até surgir aquele assunto...

— Você nunca mais teve noticias dele, Victoria? - disse Antonieta que pegava João no colo reclamando que Amy o tinha feito chorar. Olhou a amiga com atenção e viu a expressão dela mudar totalmente.

— Eu não quero falar sobre isso, Antonieta. - Victoria suspirou e falar sobre aquilo nunca era fácil para ela - Essa é uma página virada na minha vida e você sabe muito bem, eu já te contei tudo que tinha que contar sobre isso... não tem mais nenhuma importância para mim.

— Eu sei Vicky, me desculpa, mas é que... e quanto a Amy, você nunca pensou se sua filha um dia queira saber? - colocou o menino de volta ao chão para brincar com a amiguinha.

— Já pensei sim e esse é o meu pior pesadelo! Antonieta, minha filha nunca precisou, nunca falta nada a ela porque eu não deixo. As vezes ela pergunta pelo pai mas eu sempre dou o meu jeito, ela não precisa dele porque tem a mim! - Victoria passou a mão nos cabelos ajeitando uma mecha que caiu sobre o seu rosto e encarou a amiga, Antonieta a abraçou porque sabia o quanto doía para ela mexer naquela ferida.

— Ah minha amiga, eu queria tanto poder te ajudar no momento que esse dia chegar porque você sabe que mesmo dando o seu jeito agora que ela é pequena, isso não vai durar para sempre porque Amy vai crescer e vai querer uma explicação, não vai ser fácil para ela também, você tem que entender isso. Eu só quero que vocês possam ser felizes! - Victoria chorou com aquelas palavras e não sabia o que poderia acontecer caso esse momento chegasse.

A menina, percebendo que a mãe chorava, deixou os brinquedos no chão e se levantou erguendo os seus pequenos bracinhos para ela, não gostava de ver Victoria triste em nenhuma hipótese e mesmo ainda sendo muito pequenina cuidava e dava amor a mãe como podia. Victoria a pegou no colo a enchendo de beijinhos, João com ciúmes da cena, também abraçou Antonieta que ria para ele.

— Mamãe, poque você ta cholando? - ela olhava Victoria com todo o amor do mundo, amava demais aquela mãe, era tudo que ela tinha na vida. Passou as mãozinhas tentando enxugar as lagrimas dela e tinha o rostinho confuso porque ainda não entendia muita coisa que acontecia por ali.

— Não é nada não meu amor, a mamãe só está um pouco gripada, só isso! - sorriu para a menina na tentativa de tranquiliza-la, mas Amy Sandoval é mais esperta que ela imaginava, tinha resposta para tudo!

— Não ta guipada não, gente guipada não pode tomar sorvete e a gente tomou agolinha! - cerrou o cenho para a mãe e ela gargalhou, não dava para esconder quase nada da filha.

Antonieta riu e piscou para Victoria como quem diz, "não foi dessa vez".

— Ai minha filha, só você mesmo para me fazer rir! Vamos para casa hum? Você precisa tomar um banho, está parecendo uma porquinha! - beijou a bebê quase a sufocando, era o seu maior amor.

— Vamos para casa também João! - Antonieta disse e o menino resmungou na hora porque queria brincar mais.

E assim as duas se despediram, prometendo as crianças que todos passariam o fim de semana juntos na piscina.

Dias depois...

Victoria estava na casa de modas e acabava de sair de uma reunião de negócios com empresários estrangeiros. Caminhou para sua sala a procura do celular para ligar a escola da filha porque perdeu a hora de busca-la e iria se atrasar. A professora atendeu a ligação e passou o telefone para Amy na tentativa de acalmá-la, estava chorando e assustada vendo todos os coleguinhas irem embora com os pais e ela ficava. Era a primeira vez que isso acontecia, Victoria sempre foi cuidadosa e atenciosa com a filha, mas a reunião durou bem mais que ela imaginava e se odiou por isso. No telefone a pequena soluçava e pedia que a mãe viesse logo busca-la, não queria ficar sozinha e estava apavorada. Victoria falou com ela a acalmando e dizendo que já estava chegando, as professoras desligaram e tentavam distai-la com brinquedos e fantoches enquanto sua mãe não chegava. Amy aos pouquinhos parava de chorar e sorria com a historia que ouvia junto a poucos colegas que também estavam ali.

Victoria saiu da empresa dando a ordem a Pepino para que fechasse tudo e correu com o carro pelas avenidas o mais depressa que podia, se chingava mentalmente por ter prolongado a reunião e se "esquecido" da filha.

— Então o gigante acordou de seu sono profundo e viu o menino pegando a galinha dos ovos de ouro e correndo como podia até a porta... - Amy estava sentada no tapetinho que havia no chão e arregalava os olhinhos pensando no que aconteceria se o gigante da historia alcançasse o garotinho. Olhou para a porta e via as mães pegando seus filhos e seus olhinhos se encheram mais uma vez de lagrimas.

— Tia, eu quelo a minha mamãe! - ela abraçou a mulher que a pegou nos braços para acalmá-la.

— Meu anjinho, se acalme, a sua mamãe já está a caminho!

Um homem alto e forte, bonito de cabelos e olhos castanhos, parou rente a porta da sala, chamou uma das professoras e uma criança veio correndo em sua direção. Ele passou o olhar pelo ambiente e avistou a pequena que chorava desolada no colo da funcionária, ele não soube o porquê, mas aquela criança lhe chamou a atenção. Ele entrou e se abaixou em frente a ela.

— Oi! - ele disse e a menina se agarrou mais na professora abaixando a cabeça. O homem percebeu que ela estava assustada e tentou novamente o contato tentando acalmá-la.

— Olá pequena florzinha, como você se chama? - perguntou atencioso e a menina finalmente o olhou nos olhos. Ele sentiu seu coração saltar no peito ao ver aquela criança, mas não sabia o que era.

— Oi... - ela disse tímida com olhos chorosos para ele, ainda soluçava, mas já estava melhor. - eu sou a Amy!

— Muito prazer em te conhecer pequena Amy, que nome lindo você tem! - abriu um largo sorriso e viu a menina sorrir também um pouco mais confiante. - eu sou o tio Heriberto! Por que você estava chorando? - estava atencioso a ela.

— A minha mamãe ainda não chegou, ela vai vim me bucar, tio? - ela começou a soluçar novamente fazendo bico. Heriberto olhou bem naquele par de olhos claros e suspirou, aquela criança lhe lembrou alguém de seu não muito distante passado, alguém que fora muito importante em sua vida mas que não estava mais ali. Ele balançou a cabeça querendo afastar aquela lembrança.

— Sim florzinha, ela virá eu te prometo! - ele nem a conhecia e muito menos a mãe e já estava prometendo uma coisa que não poderia garantir, mas isso se justifica porque é um homem extremamente paternal e adora crianças apesar de não ser pai.

Amy se soltou dos braços da professora e se agarrou a Heriberto num abraço gostoso, ele acolheu aquele corpinho em seus braços com todo carinho e queria que ela estivesse bem e tranquila quando a mãe chegasse.

Victoria entrou correndo pelos corredores do prédio da escola, estava preocupada e com o coração mais apertado que tudo por ouvir sua menina chorar, até que finalmente chegou a porta da pequena salinha vendo as ultimas crianças deixando o local. Ela carregava o celular na mão e alcançou do lado de fora a bolsa com as coisinhas da filha.

— Me desculpe pelo atraso senhora, eu tive uma reunião de emergência que durou... - parou de falar quando viu aquela cena e seu corpo todo tremeu.

Era Amy que dormia serenamente nos braços de um homem que estava sentado no chão com as pernas cruzadas e fazia carinho nos cabelinhos dela enquanto cantava uma canção de ninar. Todas as crianças já haviam saído e apenas ela ainda estava ali. Victoria olhou a professora e perguntou quem era aquele que segurava a sua menina, poderia ser um novo funcionário então ela esperou a mulher responder.

— Este é o médico que trabalha aqui com a gente, foi recentemente contratado para a segurança das crianças...

Assim que ouviu aquilo ela entrou e se aproximou deles, sorria porque via que a filha dormia e que se sentia segura com ele, o que era raro pois Amy não confiava em tantas pessoas.

— Com licença senhor! - a voz ecoou pelo local e Heriberto rapidamente se levantou ainda de costas para ela com a criança suspirando pesado em seu colo. O coração dele disparou e não poderia estar enganado, conhecia aquela voz.

Ele virou de frente e Victoria quase perdeu o equilíbrio nos saltos, aboca secou e a vista escureceu, ele segurou rapidamente em seu braço com uma das mãos vendo que ela ia cair.

O mundo parecia girar em câmera lenta e todas as pessoas sumiram, só os três pareciam estar ali. Olhavam-se nos olhos e um filme de lembranças passava na mente de cada um, até que Victoria voltou a si, praticamente arrancando a filha dos braços dele.

— Heriberto... - um fio de voz saiu de seus lábios, ela estava nervosa.

— Victoria... - ele a olhou e não podia crer que estava diante daquela mulher novamente, respirou fundo recuperando o ar que lhe começava faltar.

— O que você estava fazendo com a minha filha? O que disse a ela? - ela agarrou a menina ainda mais e olhou toda para se certificar de que ela estava bem, dormia como um anjo e suspirou sentindo o cheiro da mãe.

— Eu só estava fazendo-a dormir, ela estava chorando e assustada quando eu cheguei aqui e... apenas conversamos um pouco até ela se acalmar.

— Eu não quero você perto da minha filha! Não quero! - Victoria andou pela sala e apoiou a bolsa nos ombros indo em direção a professora que estava parada observando tudo da porta. - Eu vou mudar a minha filha de colégio, não a quero perto desse senhor! - disse para a mulher e se virou apontando Heriberto que continuava imóvel a olhando sem acreditar no que via e ouvia, se Victoria estava ali e tinha uma filha, ela lhe devia uma boa explicação!

Duas semanas se passaram e desde aquele dia eles não se viram mais. Victoria não havia levado Amy a escola desde então com medo de que Heriberto voltasse a se aproximar dela. Mudou completamente a sua rotina na casa de modas para estar com a filha e contava com a ajuda de Antonieta quando precisava estar mais tempo no trabalho. A menina passava algumas tardes na casa do amiguinho João e perguntava a mãe se não retornaria a escola, gostava de estar lá também para brincar com os colegas de classe. A mãe dizia apenas que ela logo voltaria e que por estar ocupada no trabalho e sem tempo de leva-la - o que não era verdade,- daria um tempo.

Os dias se arrastavam para Heriberto que desde que viu Victoria depois de anos, não conseguia mais nem dormir em paz por estar pensando nela e naquela menina tão pequena e linda. Ele notou que ela não estava mais levando a filha à escola e se preocupou, não sabia se a criança estava doente ou se ela tinha mesmo tirado a filha dali para não estar perto dele. Cansado de esperar por respostas para as suas tantas perguntas, ele se encaminhou a secretaria e pediu para ver a lista de alunos matriculados na instituição de ensino.

Procurou e procurou pelas listas sem encontrar até que uma funcionaria se prontificou a ajuda-lo.

— Procura por uma criança em especifico, doutor? - a moça pegou a listagem das mãos dele.

— Sim, mas não encontro. Somente essas crianças estão matriculadas aqui?

— Não senhor! - ela se afastou como se lembrasse de algo - tem essa lista de alunos matriculados recentemente, olhe! Qual o nome da criança que procura?

— Amy, acho que Amy Sandoval!

— Ah sim, aqui está! - ela mostrou com a caneta a ele o nome da menina - Amy Sandoval, filha de Victoria Sandoval... me desculpe perguntar, mas por que o interesse?

— É que eu sou amigo da mãe dela e queria saber se ainda estava matriculada aqui, eu me preocupo eu... você tem o endereço dela ai?

— Claro! - a funcionaria pegou uma pasta com a ficha das crianças e deu a ele. Lá estava escrito:


Nome: Amy Sandoval

Idade: 3 anos

Nome da mãe: Victoria Gutierrez de Sandoval

Nome do pai: Desconhecido

Professoras: Lucy e Lupita

Infantil I

Endereço: Rua Cel. Frederico Rivero...


— Obrigado! - Heriberto perdeu a fala e entregou a pasta de volta à mulher, ver aquele campo vazio e escrito "Pai desconhecido" mexeu com alguma coisa dentro dele e nem sabia o que dizer, estava sem palavras. Saiu dali e foi para casa pensando em mil coisas e com o endereço anotado em um papel, decidiu ir até lá.

Victoria estava sentada na beira da banheira e dava banho na filha com todo o seu carinho, atenção e amor, já estava a noite e as duas já tinham jantado e logo ela colocaria Amy para dormir, não gostava que a filha ficasse até tarde acordada. Terminaram o banho entre risos e brincadeiras, Victoria amava esses momentos com a filha, era uma mãe presente e atenciosa apesar de sua rotina no trabalho, mas, cada instante era pouco para estarem juntas diante do amor imenso de mãe que sentia e que tinha no coração para oferecer. Ela vestiu e ninou a filha depois de contar uma historia de princesa até ela dormir, se despediu abençoando-a e dando um beijinho naquele rostinho doce e sereno e saiu do quarto indo até a sua suíte para também se banhar. Tempos depois ela saiu já vestida em uma camisola confortável de cetim e foi até a cozinha para beber um copo dágua, ouviu a campainha do seu apartamento tocar e estranhou, não era tão tarde mas ela não estava esperando ninguém e a babá da filha estava de folga, então ela resolveu abrir a porta.

— Você! - Victoria olhou o homem em sua frente e revirou os olhos.

— Me desculpe incomodar, mas eu preciso muito falar com você Victoria, há coisas muito mal paradas entre a gente. - ele a olhou de cima a baixo, ela estava ainda mais linda.

— Nós não temos nada para conversar e não existe nada entre a gente, por favor, Heriberto, vai embora! - ela tentou fechar a porta mas ele foi mais rápido e impediu.

— Victoria, por favor! - pediu a vendo se afastar para que ele entrasse.

— O que você quer? Por que voltou a minha vida? - ela parou em pé fazendo sinal para que ele sentasse.

— Onde você esteve todo esse tempo, Victoria? Por que fugiu sem me dar a menor chance de me explicar? - Heriberto se aproximou dela que se afastou, não queria ser tocada.

— Eu não fugi, você me traiu com uma vagabunda qualquer! - ela esbravejou, mas abaixou o tom lembrando-se da filha que dormia.

— Victoria, eu não te trai! Aquilo que você viu foi uma armação da minha mãe para nos separar! Por favor, eu nunca faria uma coisa dessas com você e nem com ninguém!

— Não chega perto de mim! De que adianta isso agora hein? Acabou Heriberto, acabou! Eu te avisei que não aceitaria uma decepção, eu confiava em você, eu te amava mais que tudo! - Victoria começou a chorar e Heriberto a amparou em seus braços. Sentiram uma corrente de energia correr por seus corpos que estavam se reconhecendo, se reencontrando. Ela não recuou, ficou ali alguns minutos abraçada a ele que tinha lágrimas nos olhos, se amavam tanto e foram covardemente separados por Bernarda, uma mulher sem coração, incapaz de amar quem quer que fosse.

— Você me amava? - olhou nos olhos dela, não era possível que aquele amor tão intenso já tivesse acabado mesmo depois de tudo e de tanto tempo - eu nunca deixei de te amar, Victoria! Nunca! Você não sabe o quanto eu sofri com a sua ausência, nesses três anos, você nunca saiu da minha vida mesmo estando longe. Por favor, acredita em mim, você conheceu a minha mãe e sabe do que ela era capaz!

— Era? O que aconteceu com ela? - Victoria saiu dos braços dele e deu uns passos atrás, estava surpresa.

— Ela faleceu tem um ano e antes de morrer confessou o que fez com a gente. - Heriberto suspirou e chorou, aquelas lembranças e tudo o que passou longe de seu amor o machucava demais.

— Heriberto... - Victoria não sabia o que dizer, estava confusa, surpresa e com ódio. Percebeu que caiu em uma terrível armadilha daquela mulher quando viu Heriberto na cama com outra e o pior é que era tudo uma mentira, ele nunca seria capaz de trai-la.

Os dois ficaram em silencio se olhando e tentando entender tudo aquilo, até que foram despertos por Amy que andou pela sala com os cabelos bagunçados, esfregando as mãozinhas nos olhos pelo sono, ela não largava o ursinho Teddy, seu primeiro presente que ganhou da mãe quando nasceu, tinha um significado especial.

— Tio Libeto! - ela abriu um lindo sorriso e correu para ele quando viu. Heriberto se abaixou para ficar da altura dela e a abraçou apertado e fazendo cócegas, o que a fez rir.

Victoria olhou a cena e se emocionou. Nunca tinha imaginado que aquele momento chegaria na vida delas e pensou em tudo o que Heriberto disse. Conheceu a mãe dele e sabia do que ela era capaz de fazer mesmo sem nenhum motivo. Via a filha ser erguida e girada no ar em brincadeiras e risos, por muito tempo devia admitir que sonhou em ver aquela cena.

Heriberto colocou a pequena no chão e olhou o ursinho que ela segurava sem soltar nenhum minuto. Uma lembrança veio em sua mente e ele olhou para Victoria emocionada. Há muito tempo quando ainda eram namorados, ele havia presenteado Victoria com aquela pelúcia em comemoração ao seu aniversário de namoro. Ele se levantou e foi até ela levando a menina que sorria para a mãe em seus braços.

Heriberto olhou novamente o ursinho na mão de Amy e olhou Victoria que fez um sinal positivo com a cabeça, então ele perguntou:

— Florzinha, quem te deu esse ursinho tão lindo?

— A mamãe! - ela ergueu os bracinhos para Victoria que a pegou no colo. - meu papai que deu pra ela!

— Seu papai? - na mesma hora ele sorriu e uma lagrima escorreu pelo seu rosto.

— Você conhece o meu papai?

Victoria observava os dois e com o olhar, Heriberto perguntou se o que ela dizia era mesmo verdade, já sabia que era desde que a viu na escola, mas ainda estava sem acreditar, sempre quis ser pai e agora era. E viu Victoria dizer que sim.

Amy era tão pequena mas podia sentir as coisas e o momento, uma menina linda e educada, as vezes geniosa como a mãe, mas ao mesmo tempo muito doce e delicada, tinha os traços dos dois, ali era claramente notável, Amy é uma junção perfeita do amor de Victoria e Heriberto.

— Sim, Amy. Seu papai sou eu! - a menina abriu a boca em completa surpresa, sempre quis conhecer o pai e estar com ele, abraçou Heriberto com uma alegria sem igual, estava feliz e eles riram com o gritinho que ela deu se agarrando a ele.

— Você é meu papai? Ele é meu papai, mamãe?

— Sim meu amor, ele é! - sorriu com todo o amor do mundo.

— Papai, você vai embola?

Os dois ali sentiram o peito doer com a pergunta da filha. Aquela era uma incerteza e por um bom tempo ela queria saber onde ele estava e se um dia viria para casa. Heriberto olhou Victoria sem ter uma resposta para aquela pergunta e ela respondeu:

— Não filha ele não vai, porque nós duas não vamos mais deixar ele ir! - Amy bateu palmas e o beijou no rosto, aquela era a melhor noticia do mundo.

— Tem certeza, Victoria?

— Sim, não vai Heriberto, por favor, eu te amo!

Felizes e emocionados eles se beijaram com o todo o amor que ainda sentiam um pelo outro e que deixaram trancado em seus corações. Agora tudo estava completo outra vez e nada no mundo seria capaz de os distanciar novamente, nem mesmo a morte, e a filha deles Amy Sandoval é mais que a reafirmação desse grande amor.

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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