Pimentinha - La Madrastra & Triunfo del Amor escrita por Mrs Belly


Capítulo 7
Capitulo 7




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Heriberto ficou a olhando sem saber o que dizer, tanta coisa aconteceu na vida deles mas era preciso seguir em frente, ela tinha o último ano de escola para dar conta e ele uma empresa e negócios para cuidar e ainda que não quisesse mais estar longe dela, seria necessário estar. Um sentimento estranho tomou conta de seu coração e agora era Heriberto quem se via completamente perdido.

— Uma semana longe de mim! - Maria repetiu aquelas palavras com o peito dolorido, era sempre assim quando estavam juntos mas desta vez tinha que ser diferente, ela não ia deixar que ele saísse daquela maneira, o olhou firme nos olhos buscando respostas mas ele se calou e não disse mais nada.

— Você não vai! Não quero ficar sozinha, eu só tenho você do meu lado! - puxou firme a gravata dele o trazendo para um beijo, Heriberto correspondeu mordendo de leve os lábios dela e agarrando o corpo pequeno, ele a queria muito naquele momento e estava certo da decisão que tomaria caso ganhasse a causa no processo de adoção de Maria, mas o clima se desfez e ele terminou o beijo com vários selinhos tentando deixá-la calma pois o que menos precisava era de uma briga depois de quase fazerem amor.

— Me responde! - Maria se afastou ajeitando a toalha de banho em seu corpo, cobria os seios com os braços cruzados e Heriberto a olhou nos olhos, era tão linda, tão cheia de vida e de atitude mas ela ainda tinha muito o que aprender e com paciência ele mesmo ia ensinar que, nem tudo na vida acontece como se deseja.

— Maria, vai ser só mais uma viagem de negócios como sempre tenho feito durante todos esses anos que nos conhecemos. - Ele tentou acalmá-la mas Maria estava furiosa, com ciúmes talvez, alguma coisa mudou dentro dela, não parecia mais a menina doce e ingenua de antes, agora era uma mulher, uma mulher disposta a fazer tudo para não estar longe de seu homem - Ei pimentinha, que bicho te mordeu?

Heriberto foi até ela próximo a cama e colou os seus corpos a abraçando com carinho por trás depois de um longo suspiro ao sentir o perfume da pele arrepiada. Ele subiu as mãos da cintura dela até os seios que estavam cobertos pelo tecido da toalha, apertou Maria contra si e depositou um longo beijo no ombro dela que gemeu apreciando a caricia mas logo se soltou sem se deixar cair naquela tentação.

— Tudo bem, Heriberto. Pode ir na sua viagem... - ela suspirou andando pelo quarto e pegando seu pijama que estava perto da porta do banheiro e antes de sair dali para o seu quarto ela virou-se para olhá-lo com um olhar triste de decepção - Pensei que você estaria ao meu lado, pensei que não me deixaria sozinha pra enfrentar minha tia. A audiência está chegando e se eles ganharem - fez uma pausa - Eu vou embora e a gente nunca mais vai se ver de novo.

— Maria!!! - Heriberto chamou mas ela saiu sem dar atenção - Droga! Você está parecendo uma menina mimada!! O que quer que eu faça?? - gritou e Maria voltou a suite dele depois de se vestir.

— Eu quero você!! - ela gritou de volta e se aproximou agarrando e puxando Heriberto pela gola da camisa social com força - Eu quero você, seu lerdo!! Mas você foge de mim como o diabo foge da cruz! - mordeu a boca dele avançando com raiva para um beijo, ele a pegou no colo e a beijou com tanta fúria e vontade que achou que morreria sem respirar.

— Teimosa!!! mandona! - deu dois tapas no traseiro enquanto a erguia com as pernas envoltas em seu quadril.

— Aaaahh!! isso dói tio! não pode bater no bumbum da sua menina! - Fez bico e começou a rir muito da cara dele - Posso te processar por agressão a menores indefesas e inocentes como eu, sabia?

Heriberto a colocou no chão sorrindo do que ela dizia, era impossível argumentar com ela.

— Me leva com você! - Maria pediu com sua voz mais melosa e convincente, ele se derretiria, era o seu ponto fraco - Eu prometo me comportar bonitinho... - deu um selinho nele.

— Tudo bem garota, o que não faço por você não é mesmo? - Heriberto riu e a abraçou com carinho e ficaram assim por um bom tempo até o celular dele tocar novamente avisando que já estava na hora de ir.

Horas depois...

Heriberto chegava a empresa depois do almoço, ele deveria estar lá bem mais cedo como tinha combinado com Rodrigo para uma reunião mas seus planos mudaram e ele decidiu ficar mais algum tempo com Maria. Durante essa manhã que passaram juntos ele esteve com ela e a encheu de carinho, ajudou a fazer as malas com algumas roupas pois se precisasse comprariam mais durante a viagem, assistiu um filme com ela embaixo das cobertas e fez pipoca, comprou sorvete e depois de um banho saíram para almoçar, pareciam um casal de namorados para algumas pessoas e para outras pai e filha em um momento família, andaram de mãos dadas pela rua até que se despediram com ela dizendo que passaria a tarde na casa da tia Ana para fazer uma visita.

Na empresa ele estava mais desligado do que atento a pauta do evento da viagem. Rodrigo bateu a caneta na mesa para chamar-lhe a atenção e Heriberto sem querer deu um pulo da cadeira, despertando de seus pensamentos e fazendo todos naquela sala caírem na gargalhada. O amigo não era nada discreto e o provocou a fim de que ele prestasse mais atenção no trabalho.

— Esse aí está assim desde que eu liguei mais cedo... deve estar pensando na gostosa que traçou hoje, não é garanhão!! - Rodrigo gargalhou e todos os presentes acompanharam, Heriberto ficou vermelho e estava suando apesar do ar condicionado ligado. Ele balançou a cabeça em negativa e desviou o assunto tentando evitar que aquela conversa sem cabimento se estendesse ainda mais, continuou a reunião pegando uns papéis em sua pasta e os colocou sobre a mesa dizendo em seguida o que iriam fazer.

— A palestra da noite será minha. - ele disse apontando a caneta na direção dos assessores - E vocês, Julio César, Fernando e Rodrigo, ficam responsáveis por fazer com que esse contrato seja assinado. - Foi firme - Temos investimentos e uma grande construtora para dar conta nesse novo mercado e os melhores clientes tem que ser nossos! - Terminou.

Enquanto isso Maria terminava de lavar as louças e arrumar o apartamento já que Lúcia não estava ali. Ela guardava os pratos com cuidado ficando na ponta dos pés para alcançar a prateleira quando de repente seu olhar se desviou para o ambiente e as lágrimas caíram de seus olhos, ela suspirou e bebendo um copo d'água sorriu ao se lembrar da mãe, Marina Fernández que tanto a amava e que lutou para que ela se tornasse quem agora estava se tornando, era muito difícil olhar aquela casa sem ela, não ter o seu carinho e até mesmo as broncas que Maria agora entendia que eram todas para o seu bem apenas.

— Mamãe! - ela sussurrou indo até a sala e pegando o retrato que estava sobre uma mesinha, na foto estavam ela, a mãe e Heriberto que sorriam enquanto mastigavam o espaguete que haviam feito para um jantar - Eu te amo tanto mãe, me perdoa por não ter te salvado, por não te ouvir quando você me chamava a atenção... mas obrigada por me ensinar o melhor da vida e a valorizar e a cuidar do que é meu! - ela conversava encostada na almofada e com a foto abraçada no peito - Eu amo o tio Heriberto mamãe e quero lutar por ele também! - Maria sorriu secando as lágrimas e beijando o rosto de Marina no quadro, ela sentiu um arrepio e um ventinho bater em sua face e entendeu aquilo como um sim, como um beijo e um abraço de amor e conforto e ela podia ficar tranquila para seguir a vida pois sempre amou a mãe acima de qualquer coisa.

Minutos depois Maria já estava pronta para ir até a casa da tia, ela sabia que nunca foram próximas mas queria entender o porque estava entrando na justiça para brigar com Heriberto por sua guarda até que completasse dezoito anos. Ela pegou um taxi e logo desceu enfrente a um bairro simples com casinhas iguais e amontoadas como uma vila, pagou o motorista e esperou que abrissem a porta dando de cara com a mulher que usava uma máscara verde de argila toda desajeitada e que sorriu assim a viu ali.

— Mariazinha minha pituquinha! - Ana disse abrindo os braços para um abraço apertando a menina com certa força em seus braços - O que quer aqui hein? olha, se veio pedir dinheiro é melhor você pedir pra aquele bonitão do trabalho da sua mãe - ela falava de uma vez sem fazer pausa para respirar e Maria a olhava parada com um riso nada contente no rosto, estava triste e falar da mãe não era fácil.

— Não tia! será que eu posso entrar? - interrompeu e a mulher abriu passagem - Eu não quero pedir nada de vocês eu só queria... - ela suspirou se sentando no sofá e passando os olhos pela casa que não tinha luxo e era parecida com a casa que vivia tempos atrás - Eu só queria entender o porque quer isso, o porque me quer aqui com vocês se antes nem você e nem o tio Hernesto ligavam pra mim e pra mamãe!

Maria a encarou forte e não estava ali para brincadeira, queria a verdade e nada mais!

— Que isso menina! - Ana se assustou sentando perto dela - Como diz que eu e seu tio nunca ligamos pra vocês? Eu mesma sempre falava com a sua mãe pelo telefone...

— Sim claro, para tirar da minha mãe muitas vezes o único dinheiro que ela guardava pra que um dia pudesse comprar a nossa casa própria! - Maria se levantou indo para longe dela - Vocês dois querem tirar dinheiro de quem agora? Do Heriberto? - a olhou triste e não esperava aquilo outra vez depois de tudo.

— Não Mariazinha, quero dizer... - gaguejou.

— Fala a verdade pra mim titia, pelo menos uma vez! - gritou

— Quer saber? e se for? olha isso, olha essa casa e esse lugar! Maria, eu não aguento mais viver nessa pobreza! E também aquele homem não é da nossa família, você não pode ficar morando com ele só porque ele era patrão da sua mãe! O que você quer? um macho que te banque? O que todo mundo vai falar de você por ai Maria, olha pra você, uma menina ainda, tão linda vivendo com um velho! Ele podia ser seu pai, menina!

— Não fala assim dele! - Maria a segurou pelo braço mas depois soltou - Ele ao contrário de você sempre ajudou a mim e a minha mãe. ele deu emprego, comida e até um teto quando nós duas fomos despejadas de casa e você simplesmente não fez nada! Negou ajuda para a própria irmã que sempre fez tudo por você e seu marido! - era a mais pura verdade que fazia Maria se encher de raiva e desabar naquele momento.

— Fala direito comigo! me respeita!! - Ana revidou e avançou com tudo para desferir um tapa na cara da sobrinha mas não o fez - Eu vou ganhar mais essa e você vai vir morar aqui! Aliás, eu devia colocar aquele homem na cadeia por assédio, Heriberto o nome dele né? Está abrindo as pernas pra aquele ricaço porco em troca de comida a quanto tempo, Maria Fernández?

— Cala a boca!!! - Maria foi para cima com as pernas tremendo e o corpo queimando por dentro, sentia tanta raiva por tudo que nem pensou e encheria a tia de tapas se Hernesto não chegasse na hora e a segurasse para impedir uma tragédia, por muito pouco ele chegou a tempo entre as duas que se encaravam como dois leões na selva.

— Epa, Epa!! - ele agarrou Maria pelos pulsos e Ana se afastou - O que é isso? - olhou as duas mas se referia agora a máscara verde esquisita que a mulher usava na cara.

Ninguém disse mais nada, Maria bufou e saiu da casa sem dar atenção as palavras da tia que gritava atrás de si.

— Você vai ser nossa, ouviu sua ingrata!! Nós somos a sua única família!!

***

Maria chorou e chorou muito naquela noite, estava cansada e nem fez o jantar, tomou um banho e foi dormir sabendo que Heriberto chegaria tarde, se esticou na cama e depois de pensar muito em todas as palavras de sua tia, ela cochilou. Heriberto entrou em casa preocupado porque tinha feito várias ligações a Maria mas ela não estava atendendo, ele foi em direção ao quarto quando notou a casa escura, ela sempre estava por ali o esperando chegar e por isso achou ainda mais estranho, ele sabia que tinha algo errado quando a viu dormindo inquieta na cama mas não quis a acordar e esperaria o dia amanhecer para saber o motivo, então apenas foi até ela a cobrindo melhor com o lençol, a beijou na testa com carinho e foi para o seu quarto se banhar para também dormir. A viagem estava marcada para a tarde do dia seguinte e ele ambos precisavam estar descansados já que a noite seria bem longa.

Amanheceu e o dia transcorreu bem, com muito custo Heriberto conseguiu que Maria comesse alguma coisa depois de ele muito perguntar o que estava acontecendo e ela desviar a conversa não querendo falar sobre aquilo. A tarde chegou e eles já estavam prontos indo em direção ao aeroporto rumo a Argentina, enquanto Júlio César e Fernando já tinham chegado mais cedo ao país para organizar os últimos detalhes dos negócios da empresa. Maria dormiu a viagem toda com a cabeça nos ombros de Heriberto enquanto recebia dele um carinho nos cabelos, chegaram e foram para o quarto de hotel se arrumarem para o evento e enquanto Maria tomava um banho, Heriberto colocava os sapatos e ajeitava o cabelo.

Ele falava com ela de onde estava sentado na cama do quarto, quando ouviu um barulho e Maria gritar em seguida.

— Aaahh!!

— Maria!! - ele correu e abriu a porta do banheiro depressa, foi até ela e abrindo o box a ajudou a se levantar do chão molhado - Maria, cuidado! Você está bem? - a olhou em todos os cantos somente percebendo naquele instante que ela estava nua em sua frente e era ainda mais linda assim.

Ela se apoiou nele e ficou de pé, estava bem e foi só um susto, um descuido de sua parte ao escorregar tentando pegar o sabonete que caiu no chão.

— Eu to bem! - ela o olhou e ficou vermelha - Escorreguei e... me desculpa, não sei se posso ir nessa festa com você. - pegou a toalha que Heriberto deu a ela para se cobrir.

— Se machucou? - a olhou de novo - Se não estiver bem eu fico aqui com você!

— Não! você tem que trabalhar e falar pra todas aquelas pessoas lá fora. - ela baixou o olhar se sentindo culpada, não queria estragar a viagem ou os negócios dele que sabia que eram muito importantes.

Heriberto a pegou no colo enrolada na toalha e a levou para o quarto a colocando sentada na cama, colocou os cabelos molhados dela atrás da orelha e sorriu, querendo vê-la feliz também e lhe deu um beijinho rápido nos lábios, suspirou e a olhou com calma.

— Eu estou aqui para trabalhar sim mas se eu quiser posso cancelar tudo isso para ficar do seu lado, Maria. Não quero você assim, está triste desde ontem, o que aconteceu, hum? fala pra mim!

— Não é nada. - ela desconversou mais uma vez - Mas quero te pedir uma coisa - o fez se sentar ao seu lado na cama e segurou as mãos dele olhando nos olhos - Quero que me prometa que não vai me esquecer caso você não ganhe o processo contra os meus tios...

— Maria...

— Promete! Jura que não vai me esquecer se eu tiver que ir embora algum dia. - ela chorou e ele secou as lágrimas com as pontas dos dedos.

— Eu prometo, mas isso não vai acontecer! O que ela te disse, você não me contou da visita.

— Vamos se arrumar? olha essa gravata toda torta em você! - ela disfarçou rindo dele - Está lindo! Eu te amo!

— Pimentinha... - ele riu e beijou os lábios dela com amor - Eu te amo bem mais! Agora vamos colocar esse vestido que eu mandei fazer pra você! - Heriberto se levantou e mostrou uma caixa a ela - Não é lindo?

A noite...

A noite estava perfeita e Heriberto dava entrevistas e conversava com empresários e clientes vendo que o fechamento do contrato seria um sucesso. Ele subiu ao palco e começou a sua palestra falando dos projetos e de seu trabalho, as vezes olhava Maria sentada entre as pessoas nas mesas do salão e sorria para ela discretamente e era correspondido, Rodrigo e Júlio César o acompanhavam no palco contentes, faltava muito pouco e tudo daria certo até que ao terminar a palestra Heriberto saiu e foi falar com jornalistas e depois foi até o camarim e por lá ficou, Maria achou estranho a demora porque ele disse que logo viria até ela para irem jantar, então com esses pensamentos ela saiu dali e entrou no corredor que dava acesso as inúmeras portas marcadas com o nome de cada empresário que falaria aquela noite.

Ela andou até parar em uma porta que tinha o nome dele, Heriberto Rios Bernal, o seu amor, a sua família, o seu tudo mas o sorriso que ela ostentava sumiu quando viu a loira sair por aquela mesma porta.

— O que está fazendo aí dentro? Você não é aquela que esteve lá em casa... você... - Maria não sabia o que dizer.

— O que foi pirralha? lembrou de mim? - a mulher sorriu largamente - Sou eu sim, Lavínia!! Mas já estou de saída e não tenho mais tempo a perder! - Colocou os óculos escuros e saiu dali, deixando Maria falando sozinha.

— Mas o que? - Maria se revoltou - Pirralha é a sua vó, sua loira aguada! Nojenta!

Lavínia apenas a olhou, rindo com seu melhor sorriso.

Heriberto estava em frente ao espelho, estava aparentemente nervoso e andava de um lado a outro quando a porta bateu forte fazendo tudo ali e inclusive ele estremecer.

— Posso saber por que demorou tanto e com aquela aguada ridícula aqui dentro? - já entrou aos gritos, avançando sobre ele como um furacão.

— Calma, eu estava me arrumando quando ela entrou! - ele segurou as mãos dela

— O que ela queria aqui? Eu sei que ela não é sua amiga coisa nenhuma, Heriberto! Você tem alguma coisa com ela?? - estava ficando nervosa e quase não parava para respirar, ficou tensa e algo a fez mudar da água para o vinho desde que viu aquela mulher ali e nem queria imaginar o que poderiam estar fazendo.

— Lavínia me persegue Maria! Ela quer acabar comigo! - passou a mão no cabelo bagunçando tudo sem olhar diretamente para ela.

— E por que? desde que essa mulher esteve em casa que tá atravessada aqui! - fez um gesto com a mão - Ela é ou foi sua namorada? me diz!!

Heriberto ficou mudo e não sabia como reagir, amava Maria mas como ia dizer aquela verdade a ela? uma verdade que ele não queria e nunca desejou mas que agora era real e presente em sua vida...

— Maria...

— Fala logo Heriberto, não me enrola! - ela gritou o enchendo de tapas - Me traiu com essa daí? - batia mais e mais com força e ele se defendia como podia sem a machucar, estava tão confuso mas como assim ele a estava a traindo se não tinham nada ainda?

— Te traindo, pimentinha? - ele se afastou andando para o outro lado do camarim - Eu não estou te entendendo! - respirou fundo olhando para ela completamente transformada em sua frente, parecendo até outra pessoa.

— Você é sempre devagar! nunca entende né? - ela se aproximou ficando bem perto - Eu te amo caramba e não é de hoje!! eu fico pegando fogo e acabando com meus dedos por sua causa, fazendo sozinha o que você podia fazer!!

Ele arregalou os olhos imaginando aquilo.

— Por Deus garota! você se toca pensando em mim? - seu corpo todo respondeu e ele achou que ia explodir.

— Quase toda noite desde que tenho peitos! Eu sou mulher, eu cresci e é agora ou nunca... - Maria foi bem direta o encarando como uma leoa, não aguentava mais aquele papo de sempre e estava decidida - Você me ama? - o empurrou até a mesa.

— Amo mas eu... - bateu as costas com tudo e sentiu uma dor - Porra, pimenta! para!

— Não paro, cansei! e se me ama mesmo, eu quero agora! e aqui! - Maria começou a tirar a gravata dele - Me ama então prova! ou não gosta mais de mulher, tio Heri?




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Notas finais do capítulo

Continua...



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