Pimentinha - La Madrastra & Triunfo del Amor escrita por Mrs Belly


Capítulo 12
Capitulo 12




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Um filho. Um filho a essa altura da vida era tudo o que ela não esperava ter mas que agora crescia e enchia o seu coração de amor e de uma força tão grande e tão verdadeira que também jamais imaginaria que pudesse sentir. Por tanto tempo aquela jovem desejou ter em seus braços o homem que desejava, aquele amor intenso e proibido que era capaz de mexer com cada uma das células de seu corpo e que agora depois de tê-lo conquistado travando uma intensa luta contra o desejo carnal e a razão daquele homem lindo, forte e gostoso, todas as suas vontades e sonhos mais insanos, transformavam e faziam uma reviravolta em sua vida de uma maneira que seria impossível de explicar e também de evitar, porque aquela criança inocente em nada tinha culpa mas estava ali naquele ventre para mostrar a sua mais nova mãe do que ela e do que aquela família agora seria capaz de fazer para ser feliz.

Maria chorou muito pois mesmo que quisesse segurar as lágrimas e tudo o que estava sentindo naquele momento, ela não conseguiria. Laura a enfermeira que a cuidou e que lhe foi muito atenciosa, entrou ali e sem dizer nada apenas a amparou em seu abraço, não era mais preciso explicar ou sofrer por nada, a vida seguiria o seu curso normal a partir de agora e tudo ficaria bem, Maria não tinha mais mesmo que temer a nada e nem a ninguém.

— Eu não sei o que fazer agora... - ela olhou Heriberto e apesar de tudo só pensou em quanto o amava - Eu ainda não consegui terminar a escola, não fiz tanta coisa na minha vida, tem tantos planos que a minha mãe tinha pra mim e agora eu acabei praticamente da mesma forma que ela quando soube que estava grávida e meu pai não quis assumir.

— Maria! - Heriberto a interrompeu, ele sabia que não era fácil, tanta coisa já tinha acontecido de ruim na vida dela mas Maria não podia simplesmente acreditar que estava sozinha e abandonada para criar aquele filho assim como Marina fez quando era jovem assim como ela é agora.

— Calma, você tem a Heriberto! - Laura disse a soltando do abraço - Lembra que me disse que o ama e que faria tudo para ser feliz ao lado dele? Não tenha medo minha linda, todos nós samos e inclusive você mesma sabe que é forte e que tem toda a capacidade e o amor do mundo para cuidar dessa pequena criança... - acariciou os cabelos dela e beijou a testa - Você cresceu Maria e eu tenho certeza que de onde estiver a sua mãe está muito orgulhosa da filha que ela colocou no mundo e que cuidou com todo o esforço e carinho.

— Pode acreditar Maria, não tenha medo! - o doutor Daniel a confortou emocionado - Você é a prova viva de que pode tudo o que quiser, inclusive dar amor a seu filho. Então vai ser feliz minha filha porque você merece! - puxou Maria para um abraço e Heriberto se levantou da cama pegando as poucas coisas que ela ainda tinha para irem embora dali mas antes de irem ele agradeceu, devia muito aqueles profissionais que arriscaram tudo para estar ao lado dele e para conquistar a sua menina de volta.

— Obrigado! - ele disse enquanto abraçava Maria pela cintura - Eu não sei o que eu faria se não fosse pela ajuda e pela generosidade de vocês dois! - abraçou a enfermeira e depois o médico - Tenham certeza, farei o impossível para fazer essa princesa aqui muito feliz para o resto das nossas vidas!

E assim, eles saíram do hospital. Daniel abraçou Laura com carinho e a olhou nos olhos tanta felicidade estava por vir mas será que eles também não seriam dignos de receberem essa dádiva? pensando nisso, ele a olhou e a beijou com amor em seguida, por anos desde os tempos de residencia fora apaixonado por ela mas somente Laura não via ou se negava a enxergar aquele sentimento tão sincero e genuíno.

— Você ficou doido, doutor Daniel? - Laura por fim disse assim que o beijo acabou e os dois recuperaram um pouco do ar que foi perdido. Ele só sabia rir e sorrir para ela como um adolescente que conquista aquilo que tanto quer pela primeira vez.

— Sim eu fiquei doido! aliás sempre fui perdidamente doido mas só você não percebeu! - a trouxe mais para perto apertando a cintura através do jaleco que ela usava.

— Acho que a Maria deixou a porta aberta, doutor. - Laura sorriu mordendo os lábios - Vai lá fechar por favor.

Daniel se afastou e como ela pediu ele fechou a porta do quarto hospitalar, o plantão terminaria em poucas horas então assim podiam ficar a sós aproveitando para escaparem da intensa e árdua rotina, não demorou muito para que a enfermeira se aproximasse para tornar aquele desejo que também sentia mas não teve coragem de admitir. Abraçou o médico e olhando em seus olhos ela o beijou se entregando de uma vez aquela paixão, aquela amizade que já tinha se tornado amor a muito tempo.

Longe dali...

A noite estava apenas começando e Heriberto finalmente entrava de volta em seu apartamento luxuoso com Maria agarrada em seu colo o envolvendo calorosamente com as pernas em volta da cintura sem permitir que ele respire regularmente já que ela o sufocava de beijos louca para matar a saudade de todo o tempo que o destino cruel a havia afastado dele. A porta se fechou e Heriberto deixou cair no chão da sala aquela pequena mala que Maria trazia consigo, a maioria dos pertences dela estavam ainda na casa dos tios mas nada disso importava, nenhum passado doloroso poderia acabar com aquela felicidade e depois comprariam tudo outra vez, fariam uma reforma para a chegada do filho que estava a caminho e mudariam tudo o que fosse preciso para esquecer a dor que naquele momento, entre os beijos e caricias que os dois trocavam estava sendo deixada de lado para nunca mais voltar.

— Amor, está com fome? vamos comer alguma coisa primeiro! - Heriberto riu enquanto Maria o empurrava para o sofá e se sentava de frente com as pernas uma de cada lado de seu corpo - Preciso comer pra acompanhar o seu pique! - gargalhou e apertou forte as coxas dela sentindo o corpo ascender para ela e a beijou mais na boca chupando e mordendo de leve aqueles lábios atrevidos que desejavam o devorar inteiro.

Maria gemeu se esfregando nele e jogando o corpo para frente enquanto a sua intimidade se ensopava e a pele pegava fogo implorando por amor. Ela estava sim cansada, com fome e sentia o corpo ainda reclamar de dor além da imensa emoção da novidade de seu filho mas ela não se importava naquele momento e apenas queria matar a saudade de ter ficado tanto tempo longe daquele prazer gostoso que era sempre estar ali entregue aquele homem. O seu homem.

— Eu quero comer você! a única coisa que eu quero agora é ter você pra mim! - Ela o beijou mais e quando o beijo sessou, levou imediatamente as mãos ágeis para arrancar a camisa dele e ter o que queria mas Heriberto a parou, a erguendo no colo de surpresa e a levando para a cozinha, primeiro cuidaria com todo o amor dela e de seu filho para depois se entregar sem pressa a ela sem ter medo de sofrer por isso.

— Não tenho nada aqui pra fazer! - ele levou a mão a cabeça pensando no que preparar para os dois ainda com a geladeira aberta. Maria sorria o olhando do banquinho no balcão em que ele a colocou sentada, ela cruzou as pernas e sentiu o meio delas se lambuzar o desejando e mordeu os lábios gemendo baixinho olhando ainda mais louca por ele.

— Você fica tão lindo assim, não sabia que cozinhava... já disse que não precisa fazer nada, o que você tem pra comer já está pronto bem aqui no meio das minhas pernas!

— Pimentinha... - riu pegando na prateleira uma bandeja de queijo e presunto para preparar os sanduíches - Esse seu fogo na perseguida me mata, garota! pode deixar que vou chupar todinha - provocou e a viu suspirar - Mas primeiro a senhorita precisa se alimentar bem, temos um bebezinho ai!

Maria se levantou do banquinho e foi até ele, o abraçou e na ponta dos pés se ergueu para morder a orelha e falar ao ouvido baixinho.

— Safado! meu velhinho safado e gostoso... ainda me faz um filho e depois quer me negar fogo?

Heriberto fechou os olhos com força sem resistir a tentação, ela era terrível! Ele largou a bandeja com os sanduíches e virou-se de frente para ela querendo arrancar aquela saia e chupar aquela pimenta até ela não aguentar mais.

— Para de me atentar! e velhinha é você que nessa idade não aguenta um pau direito ai nessa perseguida apertada e já cai para o lado dormindo! - ele riu alto e Maria o empurrou contra a pia com força.

— Eu te atento, atento o quanto quiser porque você é meu! Vai me dizer que não quer provar de novo a sua pimentinha apertada? - mordeu o lábio dele e beijou sem pressa - Ela tá louca pra se encontrar com o dono dela, meu ursão!

— Ai, eu não te aguento! - riu colocando ela de costas para ele apoiada na pia da cozinha, ergueu a saia e alisou o bumbum, Maria suspirou e gemeu se oferecendo como um banquete para que ele possa devorar com gosto, loucura e vontade - Até que esse filé mignon me parece apetitoso!

— Prova! - Maria pediu sapeca para ele apaixonada por seu rosto que pegava cor e ficava vermelho, Heriberto não ia resistir, ela sabia.

— Hummm... vamos ver o que temos aqui! - bateu no traseiro dela e escorregou os dedos para tirar a calcinha.

Heriberto a olhou e sorriu porque realmente era louco de paixão e amor por ela, saber que ela estava grávida só deixou aquele prazer ainda mais especial mas, sabendo que não poderia machucar o seu filho ele não teria pena e quando baixou a calcinha dela, viu o quanto estava molhada e pronta para ele e seu membro reagiu ficando ainda mais duro quase rompendo o ziper da calça. Heriberto era um homem grande em vários sentidos mas nesse quesito ele não se preocupara pois já tinha provado como era bom e o quanto cabia perfeitamente dentro dela sem incomodar de qualquer maneira. Depois que experimentou uma vez, Maria não queria mais parar até ficar exausta depois de estar com ele por várias horas seguidas.

Ele meteu um dedo na intimidade dela se lambuzando naquele liquido docinho e depois levou o dedo a boca chupando o sabor que ela tinha com prazer, era muito gostosa e viciante, perfeita para ele no mais literal e verdadeiro daquela palavra. Maria gemeu com o ato e Heriberto repetiu aquele gesto mais duas vezes até liberar o membro rijo e esfregar nela sem entrar.

— Olha que gostoso Maria! sente como está duro pra você, pimentinha! - passava a base do pênis na entrada se lubrificando ainda mais com aquele mel que escorria entre as coxas dela.

— Ahh... - ela gemeu enlouquecida se esfregando contra ele - Que saudades eu senti disso, de você me pegando assim! É disso que eu gosto e que quero ter pro resto da minha vida... entra...

— Não tem jeito mesmo né Maria! - ele sorriu mordendo a ponta do próprio lábio e apertando o bumbum dela com a mão enquanto se empurrava para dentro do corpo dela com calma, desfrutando de toda aquela luxuria e prazer que tanto sentiram falta de ter um com o outro.

Quando estava totalmente dentro dela, Heriberto se moveu devagar e Maria grunhiu jogando a cabeça para trás gemendo manhosa para ele que a juntou mais próxima a seu corpo e começou a se mover mais rápido a levando para uma onda intensa de calor e prazer diferente, mais ousada e provocativa. Os sexos se chocando faziam barulhinhos que se contrastavam com os gemidos e as palavras de amor que ambos trocavam jurando que momentos como aquele ficariam para sempre marcados em suas almas.

— Eu te amo Heri, eu te amo e quero que hoje me prometa que nunca vai me deixar. - Maria dizia sussurrando inebriada com a força e o poder que aquele homem viril tinha sobre cada poro do corpo dela. Já começavam a suar e os cabelos longos grudavam na face...

Heriberto entrava e saia louco de dentro dela mas ao mesmo tempo era carinhoso baixando de vez em quando o tronco para beijar a região das costas dela. Ele a agarrou pelos cabelos e fez um rabo de cavalo, com a outra mão guiava a intensidade dos movimentos de Maria sobre ele a fazendo rebolar mais forte e ritmada do jeito que ele gostava e ela também. Amar é isso, se importar com a outra pessoa até mesmo nesses momentos em que a carne fala mais alto.

De repente ele a ergueu pelas costas beijando o ombro dela sem deixar o que fazia. Assim, colados e de pé com as pernas um pouco mais fechadas o tesão pareceu ser ainda maior visto que Maria arfava alto o avisando que estava prestes a gozar e foi o que ela fez com gosto, tremendo e se jogando contra ele envolvida com a sua incapacidade de sustentar em uma hora dessas, as próprias pernas sozinha.

— Isso, quero que goze muito pra mim! - Heriberto disse em êxtase, já mudando Maria de posição e a levando para se sentar no balcão da cozinha. Ele a pegou nos braços enquanto ela ainda gemia do recente orgasmo e a colocou deitada ali no mármore frio na intenção de agora entrar ainda mais forte nela para também chegar ao seu prazer.

— Aaahhh... meu Deus, por que fugiu tanto de mim, por que me negou por tanto tempo esse paraíso que você tem ai no meio dessas pernas hein? ursão... - ela abriu as pernas de novo para ele que riu do seu jeitinho pidonha e se encaixou ali, voltando a ereção para o interior dela.

— Oooh...- Heriberto meteu forte sem parar, Maria sacolejava sorrindo para ele tentando alcançar as coxas para cravar as unhas porém sem sucesso. Ela logo foi tomada pelo tesão do momento e esqueceu-se de tudo, nem parecia que havia sofrido tanto para estar ali, nada mais importava, nenhuma dor e ninguém além deles mesmos.

— Se eu soubesse que além de safada e atrevida você era assim tão quente e apertadinha, Maria! Teria te dado o que tanto me pedia muito antes... - ele se movia nela que tinha a perna direita erguida e apoiada sobre os seus ombros.

— É??? - ela quase gritou, já estava gozando de novo com força.

— Sim... meu pecado foi não ter me entregado a você muito antes naquele escritório, apesar de tudo eu sempre gostei e as vezes até ficava esperando até mais tarde de propósito na empresa só para ver se você aparecia! - socou forte e gozou como louco dentro dela sem parar.

— Fortes revelações senhor Rios... - Maria riu e o puxou pela camisa beijando a boca dele e apertando as penas para aumentar o prazer.

E os dois ficaram ali na cozinha, se amando, se beijando e se curtindo muito matando aquela saudade que antes parecia que nunca ia acabar.


***

Enquanto isso ela pegava a sua bolsa e as chaves do carro para sair de casa, já havia esperado muito por aquele momento e estava na hora de agir, alguém lhe beijou gostosamente na boca desejando sorte e então ela foi quase correndo sem nem olhar para trás...


***


Agora no quarto ainda despidos, Maria e Heriberto acabavam de se amar outra vez. Agora ela já estava um pouco cansada mas agarrada a ele na cama, olhava para baixo entre as suas pernas e ria, a pele estava vermelha e Heriberto sorria com ela enquanto voltava a mover seus dedos ali.

— Eu te amo tanto pimentinha, não posso mais viver sem você! - beijava a boca dela com carinho a vendo se esquentar e gemer.

— Eu te amo ainda mais, meu velhinho tesudo! - gargalhou e Heriberto como forma de puni-la, enfiou dois dedos dentro dela com força a fazendo tremer.

— Já disse que não sou velho sua descarada! - movia com gosto o clítoris dela sentindo molhar mais e o gozo chegar - Não aguenta nem uma dedada e já está gozando!

— Aaahh... isso é muito bom... - Maria abriu os olhos e o mirou cheia de malicia assim que se derramou ali nos dedos dele, Heriberto tirou a mão e levou aos lábios apaixonado por aquele gosto quente que ela tinha.

— Podemos comer agora hein, pimentinha? - a beijou e sentou na cama - Você tem que comer, temos que cuidar da nossa malaguetinha! - se referiu ao bebe, imaginando se fosse como ela.

— Ai amor, não chama nosso filho assim! - riu dando tapas no braço dele e alcançando o lençol para ir a cozinha - Vem? quero um sanduíche com muito queijo! - deu a mão a Heriberto que se levantou e seguiu com ela de volta a cozinha.

Só que no caminho a campainha tocou e ele pediu para que ela visse quem era, não esperavam ninguém e isso era estranho mas Maria foi olhar mesmo assim.

— Boa noite, o Heriberto está? - Lavínia Montenegro encarou aquela menina dos pés a cabeça e se negava a acreditar no que estava vendo, nua e enrolada no tecido do lençol de seda, estavam transando com certeza e ela sentiu ódio, o corpo inteiro ferver.

A reação de Maria ao ver aquela mulher tampouco foi de felicidade. O que ela queria? o que fazia ali se ela mesma deixou claro naquela viagem que não queria mais que Lavínia se acercasse a seu amor?

— O meu amor tá aqui sim! - Maria a olhou e torceu o lábio com raiva - Mas como você tá vendo, ele e eu estamos ocupados! - deixou o lençol que a cobria cair de propósito e ficou nua na frente dela.

Lavínia bufou e Maria sorriu travessa fingindo estar distraída.

— Desculpa se vim te atender assim, é que o Heriberto estava fazendo amor comigo... pode voltar outra hora? ele tá cansado e já ficou bem tarde.

A loira ia retrucar, não acreditava naquilo! Heriberto um homem tão maduro se esfregando na cama com uma criancinha? absurdo!

— Sai da minha frente pirralha! esse desgraçado agora vai me ouvir!

— Quem você pensa que é pra falar assim comigo na minha casa? - Maria gritou enraivada colocando-se de frente a Lavinia de braços cruzados.

— Sua casa? Faça-me rir! Sai da minha frente, não tenho nada pra falar com você! Não sou babá de crianças mimadas! - Lavínia a empurrou e entrou para o apartamento.

Heriberto que estava na cozinha preparando dois sanduíches e um suco natural, sussurrava animado uma musica que falava de amor quando de repente começou a escutar gritos exaltados vindos da sala. Ele estranhou e então deixou o que estava fazendo em cima da pia para olhar o que acontecia e quando viu aquela mulher parada olhando para Maria com olhos de sangue, seu corpo tremeu e ele se colocou entre as duas como um escudo que prevê uma desgraça prestes a acontecer e acabar com tudo, inclusive com a paz que ansiavam e que caia por terra naquele momento.

— O que está acontecendo aqui? - ele perguntou se dirigindo a Lavínia pronto para tirá-la dali a força com suas próprias mãos.

Maria o olhou e foi rapidamente ao quarto para vestir alguma coisa, ela também queria saber o que significava aquela invasão e principalmente o que tanto Heriberto tinha a tratar com a mulher, por vezes ela tinha perguntado mas ele sempre encontrou uma desculpa que ela aceitou pelo menos até aquele minuto. Segundos depois Maria retornou a sala vestida com uma camisa de seu amor e um short curto por baixo. Ela parou e ficou observando os dois.

— Eu também quero muito saber o que diabos essa loira aguada tem tanto pra falar com você Heriberto! Mas até agora nada... - olhou brava para ele.

— Maria não é nada, Lavínia deve estar enganada porque não temos nada a tratar! - alterou a voz e viu a mulher rir debochando claramente da expressão de descontentamento que ele fez.

— Bom... - Lavinia andou pela sala e sentou na beirada do sofá — Parece que Heriberto Rios Bernal não foi homem o suficiente para contar o que fez comigo naquele hotel!

— Do que você tá falando? - Maria se aproximou dela com raiva mas Heri a segurou.

— Você nunca quis saber como a gente se conheceu, garota? De verdade?

Heriberto suspirou e a fuzilou com o olhar, ele até quis contar a Maria mas a sua incapacidade de ser honesto com ela e o medo de perdê-la foi ainda maior.

— Não tem nada para falar, Lavínia! O que você quer!? Maria já sabe que fomos amigos um dia mas hoje não temos mais nenhum tipo de relação! Não sei o que quer, colocando lenha em uma fogueira que não existe! - ele se alterou e Maria o abraçou com força, ela sentia medo e algo a alertava naquela mulher desde que a viu pela primeira vez.

— Fala Heriberto! Conta pra ela que você esteve comigo naquele hotel na França! Que transou comigo como um louco depois de encher a cara no bar e me largou na cama a ver navios! Você é um canalha!!! Me prometeu uma boa vida!!! Até disse que me amava!!

— Você está louca! - ele avançou em cima dela agarrando forte pelos braços e a puxando para fora dali.

— Para Heriberto, larga ela!!

Maria interviu antes que visse o pior. Saber daquele fato foi dolorido demais para ela como ser apunhalada no coração e então tudo estava explicando, ele a rejeitava  porque nunca a amou e ela foi uma boba se humilhando e implorando por um amor que só ela sentia. Mas ainda assim, não podia presenciar aquela agressão, Heriberto não era assim, nunca foi e agora não parecia o mesmo, estava totalmente desnorteado.

— Me solta! - Lavinia pediu e Heriberto a soltou, depois foi até Maria que se esquivou negando qualquer contato com ele.

— Não toca em mim. Me fala a verdade agora! - ela o olhou com lágrimas nos olhos — É verdade o que essa mulher tá dizendo? Pra isso que você viajava e passava semanas fora de casa enquanto eu ficava aqui sonhando feito boba com seu amor? Me fala Heriberto! Diz logo! - bateu nele e sentiu tudo girar.

Heriberto a segurou firme enquanto a loira sorria contente pela discórdia que semeava na vida dos dois e para ela, seria apenas começo, Heriberto ia se arrepender por tê-la usado e deixado de lado por causa de uma ninfeta qualquer.

— Maria, olha pra mim! - a fez olhar em seus olhos mesmo com toda a recusa por parte dela — Nada disso tem importância, eu te amo! Eu te amo muito e é isso que importa pra mim, pra nós dois pimentinha....

— Pimentinha?? - Lavinia gargalhou - Que droga de apelido! Bem melhor aquele que você me chamou quando estava nos meus braços... Gostosa, minha gostosa!! Era assim que ele me chamava, viu menina!

— Cala a sua boca, vadia! - Ele gritou com o rosto todo vermelho. Maria só escurava chorando, sendo apoiada pelas mãos dele até uma cadeira para que ficasse melhor.

— Para Heriberto, não adianta gritar com ela... - Maria sussurrou, estava dilacerada e sentia o ar faltar — Eu não sou mais uma tonta, não é porque sou nova que não sei quando você está mentindo... - o olhou — Esteve mesmo com ela e a abandonou depois de tudo?

— Foi apenas uma noite! - por fim confessou — Uma noite que não é nada para mim, porque ainda com ela eu pensava em você e por isso a deixei naquele hotel... Era você que eu queria e que eu sempre desejei, mas fui covarde! Me perdoa! - tocou o rosto dela mas Maria não o olhou nos olhos outra vez.

Lavínia vendo aquela cena se sentia realizada, aquele era o começo da sua vitória e do seu trunfo pois a surpresa não parava por aí. Sem dizer nada ela foi até sua bolsa e pegou um papel num envelope que já havia sido aberto e um pequeno objeto, andou até Maria e entregou a ela mesmo com os protestos do homem que a todo custo a queria ver longe.

— Eu sinto muito mas é verdade tudo isso que eu falei e como ele mesmo confirmou. Mas eu tinha que vir até aqui porque sou mulher e agora contra a minha própria vontade infelizmente vou precisar da ajuda desse infeliz que você escolheu pra amar, Maria. Mas que como pode ver não passa de uma ilusão! - disse firme com uma falsa expressão de pesar.

Heriberto só chorava implorando pelo perdão de Maria que se afastava cada vez mais para tentar ler o que aquelas letras diziam.

— Positivo... - ela lia o exame molhando a folha com suas lágrimas, olhou Lavínia e depois Heriberto ajoelhado no chão a sua frente e disse — Aqui diz que essa mulher está grávida e vai ter um filho seu, Heriberto!

Maria se levantou encontrando força em suas pernas e o fez ficar em pé olhando para elas.

— Sim, por isso eu vim! Estou grávida e agora você vai ter que assumir seu filho, Heriberto! - Lavínia o fuzilou com o olhar e ele negou.

— Isso é mentira! Esse filho não pode ser meu! - a encarou e depois olhou seu amor sentindo a alma inteira se desprender do corpo.

— Mas é o que tá escrito aqui nesse maldito papel! - Maria jogou o exame — E nesse teste de gravidez! - entregou na mão dele que jogou o objeto na parede.

— Vai negar até quando? - Lavínia confrontou e Maria a olhou decidida.

— Você diz que espera um filho dele... Heriberto esteve contigo não é? Pois então... saiba que não é só o seu filho que esse filho da mãe vai ter que assumir. O meu também! Eu também engravidei e se você quer guerra, se quer disputar esse homem comigo então pode se preparar!

— Maria calma! - Heriberto a tocou no braço e ela se afastou chegando bem perto de Lavínia para olhá-la nos olhos.

— Me larga, porra! - gritou e foi para cima da loira — Esse infeliz aqui é meu e de mim você não tira, mesmo que ele também seja o pai da sua criança!

— Vamos ver quem ganha, pirralha! - sorriu - Vamos ver!


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Notas finais do capítulo

Continua...



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