A Nossa Chance De Amar - Triunfo Del Amor escrita por Mrs Belly


Capítulo 2
Capitulo 2




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Heriberto a beijou e sorveu dos lábios de Victoria com paixão, a muito tempo ele não se sentia assim tão cheio de vida e tão envolvido com alguém já que até então a única mulher que tinha amado na vida era Marcela a sua falecida esposa.

O beijo se estendeu por alguns instantes e ela enlaçava os braços pelo pescoço dele em busca de mais contato, sentia o cheiro de homem tomar conta de tudo e atiçar o seu corpo para algo mais, porém antes eles haviam marcado um encontro para comemorar o sucesso do tratamento que ele como o excelente médico que é, submeteu a ela para que agora finalmente estivesse curada e perdida nos beijos dele, Victoria pensou nisso e o soltou, respirando fundo pois estava quase sem ar.

— Você é assim sempre tão direto? - ela riu passando o dedo de leve nos lábios de Heriberto para limpar a marca de batom vermelho que ficou ali, ele pegou a mão dela aproveitando o gesto de carinho e beijou.

— Eu senti saudades de você o dia todo desde que saiu da minha consulta, Victoria! Não sei o que está acontecendo mas alguma coisa mudou em mim. - a enlaçou pela cintura olhando melhor para ela e vendo o quanto estava linda - Eu amo vermelho... - disse baixinho e ela riu com vergonha.

O decote do vestido não era tão ousado mas estava bem perto e rente aos olhos dele que a olhavam vidrados como se ela fosse uma verdadeira rainha.

— Heriberto... - Victoria desviou o olhar notando a mão dele a apertar pela cintura e ela sentiu desejo, imaginou coisas, porém estavam indo rápido demais, ela ainda se via confusa entre a cruz e a espada, entre ele e Osvaldo Sandoval e por isso, precisava ser mais racional.

— Victoria... - ele se aproximou para beija-la outra vez mas ela se afastou com calma.

—  Obrigada pelas flores, são lindas! - sorriu - Mas acho que vamos nos atrasar para o jantar desse jeito! - riu e ele assentiu dando o braço a ela para saírem da casa de modas.

Do lado de fora estavam Pepino, Antonieta e Lucy, os três amavam Victoria e a admiravam muito tanto como pessoa quanto como profissional e amiga e torciam muito para que ela fosse feliz independente de sua escolha, Lucy e Antonieta apoiariam qual fosse a decisão entre Heriberto e Osvaldo mas Pepino dava mais corda para a patroa escolher Heriberto pois, segundo ele, o doutor era maravilhoso e um bofe de parar o trânsito.

Eles sorriram quando viram Victoria sair da sala com o doutor e desejaram boa noite a ela com carinho.

— Boa noite! - Heriberto os cumprimentou educado.

— Boa noite doutor Heriberto! - disseram Lucy e Antonieta juntas.

— Agora melhor ainda, ui! - Pepeino se abanou com o lenço rindo para ele e Victoria torceu o lábio sem graça o repreendendo por isso. Heriberto apenas sorriu e saiu com ela dali indo em direção a seu carro que foi estacionado pelo manobrista na garagem subterrânea da casa de modas.

E no elevador descendo os andares do prédio os dois conversavam.

— Me desculpe Heriberto, mas Pepino não tem papas na língua! - ela riu achando graça do jeito do amigo.

Heriberto gargalhou beijando a mão dela e olhando nos olhos.

— Eu não ligo, tudo bem, Pepino é um bom amigo e mesmo que ele deseje esse bofe aqui como ele mesmo diz, eu só tenho olhos para a patroa dele, que é uma mulher linda, elegante e encantadora.

Victoria ficou vermelha e baixou o olhar.

— Uma mulher que fica ainda mais linda quando está com vergonha! - tocou o rosto dela com os dedos a fazendo olhar para ele - Mas não se preocupe porque como eu disse antes, eu amo vermelho! - roubou um selinho dela e o elevador abriu deixando-os sair dali.

No carro em direção ao restaurante, Heriberto dirigia tranquilo com uma música bonita que ele deixou que Victoria escolhesse no rádio. Paravam no sinal e os dois sempre trocavam olhares e sorrisos, quando vez ou outra Heriberto buscava a mão dela para beijar... estavam se desejando, se curtindo, descobrindo e se amando antes mesmo de qualquer coisa ou decisão que ela tomasse e mesmo sabendo que podia perder a "batalha" pelo amor daquela mulher que mudou a sua vida novamente, Heriberto seguia seguro e confiante de que conquistaria o seu lugar na vida dela, mesmo que fosse apenas para uma amizade ele não queria viver sem ela.

— Chegamos! - ele disse quando parou onde iam jantar, o restaurante ficava em um hotel luxuoso e bem tranquilo, um lugar perfeito para conversar e trocar confidências ou até quem sabe trocar coisas a mais.

— Que lugar lindo, Heriberto! - Victoria olhou encantada pela janela e tirou o cinto, Heriberto fez o mesmo e se aproximou tocando o rosto dela com amor e disse seduzindo.

— Só não é mais lindo que você! - sorriu e ela também.

— Me deixa sem graça doutor! Obrigada, devo confessar que você também é muito charmoso, gentil e cavalheiro. Obrigada por tanto carinho, não sei se mereço tanto!

— Merece sim! - ele viu os olhos de Victoria brilharem e não resistiu, os lábios dela eram como um imã o atraindo, o arrastando para beijar mais e mais, então assim ele fez com calma, um beijo terno e doce, leve mas ao mesmo tempo intenso, desses que arrancam suspiros e aceleram o coração.

Victoria parou o beijo sorrindo com vários selinhos e o olhou recuperando o fôlego. Heriberto tinha uma coisa, um poder de envolver que ela não sabia como explicar, apenas sentia inebriada naquele momento a sós com ele.

— Tirou o meu batom caríssimo, Heriberto! Não sei se posso te perdoar! - ela brincou rindo dele que a olhava de modo diferente.

— Vamos jantar, antes que eu tire mais que o seu batom, senhorita Sandoval! - roubou mais um beijinho dela, estava apaixonado, já não podia negar nem para ela e nem para si mesmo.

Com Victoria, Heriberto se transformava em um novo homem, mais ousado e sedutor, confiante e certeiro, louco de vontade de roubar o coração dela para sempre.

Antes de saírem do carro os dois ainda trocaram mais alguns beijos. Victoria tanto quanto Heriberto, já se sentia entregue aquele momento de carinho e não tinha outra preocupação em sua mente a não ser a de aproveitar muito com ele tudo o que aquela noite os reservava. Ela gemeu sentindo as mãos fortes dele passearem por seu vestido e o corpo todo ascendeu quando o toque foi mais intenso na parte em que a fenda do tecido vermelho deixava as suas pernas expostas, a pele toda se arrepiou mostrando o quanto ela já estava excitada, então Victoria achou melhor parar por aí já que a noite estava apenas começando.

— Hum, Heri... - beijou mais - Vamos jantar! - riu e Heriberto se afastou rapidamente pegando as chaves do carro e a carteira.

— Vamos! - roubou um selinho - Mas depois eu quero a sobremesa! - provocou e Victoria sorriu olhando admirada com todo aquele charme de homem que a possuía.

Minutos depois já estavam sentados rente à mesa mais bonita e tranquila de todo o restaurante. Em nenhum momento Heriberto deixou de dizer com todas as letras e gestos o quanto ela era linda e o quanto a desejava ter só para ele completamente entregue àquela noite, assim ele imaginou, todas as suas dúvidas sumiriam e enfim poderiam ter mais uma chance de amar depois de toda angústia e da dor que a vida de uns tempos para cá tem os brindado.

Ele acarinhava a mão de Victoria quando um casal gentilmente se aproximou pedindo para fazer uma foto com os dois, Victoria era uma mulher notável em todo canto do país, então uma situação como essa era bastante comum.

— Claro! - ela se aproximou de Heriberto na mesa e trouxe o jovem casal para a frente da câmera do celular, sorriu e os dois logo foram embora felizes da vida por terem encontrado e pegado a rainha da moda em um momento mais calmo e feliz, bem distante da rotina de mulher ríspida e exigente que ela costumava ostentar a cada dia nas quatro paredes de seu império de luxo e de tecidos importados.

— Não sabia que você era assediada por admiradores na rua! - Heriberto a olhou e pegou as taças para servir o vinho que o garçom acabava de trazer ali. Victoria sorriu.

— Acontece sempre! Mas por sorte me pegaram desprevenida e feliz! - ele deu a taça para ela que bebeu um gole.

— Fico feliz que você se sinta assim Victoria e dessa forma sempre deve ser! - sorriu olhando para ela sedutor e provou daquele vinho como se beijasse mais uma vez os doces lábios que ela tinha.

— Você que me deixa assim! - Victoria tocou a mão dele - Há muito tempo não me sinto tão bem de verdade...

— Eu te admiro tanto Victoria! Você é uma mulher incrível, linda, inteligente... merece muito encontrar a felicidade e eu devo confessar...

— O que? - ela o olhou atenta e perdida naquele olhar que lhe parecia penetrar o fundo da alma.

— Que eu espero que de alguma forma você encontre a felicidade ao meu lado! - beijou a mão dela com carinho e Victoria sentiu o corpo esquentar, apertou mais as pernas, começava a sentir-se molhada, Heriberto tinha mesmo um grande e intenso poder sobre ela.

— Heriberto eu... - baixou o olhar, ficou ruborizada.

— Eu te espero, Victoria! Calma... não quero que você se sinta pressionada. Se decidir por Osvaldo eu vou entender, vocês construíram uma família linda e sólida mas se decidir por ele de verdade eu te deixo ir, só quero o melhor pra você e que seja feliz, mesmo se não for comigo!

Victoria se calou e agora mais do que nunca ela se sentia ainda mais perdida. A poucos minutos estava entregue aos beijos daquele homem a sua frente mas pensar em Osvaldo a fez sentir um pouco de culpa. Será que faria uma escolha errada se quisesse viver uma nova paixão, ser tocada e amada de outra maneira pelas mãos do médico que se demonstrava verdadeiramente apaixonado por ela? Difícil responder naquele momento.

O jantar chegou e Victoria comeu pouco, não parava de pensar e de olhar para Heriberto que vez ou outra sorria e tocava a mão dela com carinho. Ele era um gentleman, perfeito, tanto no meio profissional quanto no pessoal e disso ela não tinha mais nenhuma dúvida. Mas será que apesar dos anos ele ainda não sentia falta da família que um dia teve? E de Marcela? Será que ele a estava amando e conseguiria se entregar para ela depois de amar tanto uma mulher que significou tanto em sua vida? pensando nisso, Victoria deu uma última garfada na comida e o olhou suspirando, precisava saber onde estava se atirando e se seria feliz caso escolhesse viver ao lado dele.

— Heriberto... eu não quero ser invasiva mas já que falamos de sentimentos agora eu preciso saber de você.

— Sim, o que quer saber? - ele sorriu deixando o talher sobre o prato e a olhou com atenção.

— Uma vez você me disse que teve uma família... uma esposa e dois filhos e que infelizmente... - ela parou de falar, aquele fato era delicado demais apesar de ter ocorrido há alguns anos.

— Sim Victoria, eu tive. - suspirou limpando os lábios com o guardanapo - Já fui casado e amei muito a minha falecida esposa, assim como você amou Osvaldo. Mas por que essa pergunta? - segurou a mão dela com carinho sobre a mesa.

— Me desculpe mas eu não sei. Estou confusa...

Ela suspirou mais uma vez e Heriberto entendeu o que queria dizer com aquele assunto. Ele sorriu, era normal que ela ficasse insegura sobre os sentimentos que ele mostrava a cada minuto sentir desde que a viu pela primeira vez em uma consulta de rotina no hospital em que ele trabalha.

— Não tenha medo Victoria. Eu sei que você já sofreu muito mas nós dois somos livres e capazes de amar de novo. Sim? - beijou a mão dela e pediu a conta - Vamos? Eu te levo para casa...

— Tudo bem. - Heriberto pagou a conta e juntos eles saíram do restaurante, o caminho até o carro foi silencioso mas quando abriu a porta para ela e depois entrou, Heriberto voltou a toca-la pela mão e a olhou firme nos olhos, viu ali muitos receios e marcas profundas pela vida sofrida e desejou apagar dela todas aquelas más recordações e sentimentos que a impediam de certa forma a seguir em frente com a vida.

— Eu não posso mais negar e acho que deixei bem evidente o que sinto e o que desejo com você esta noite e por toda a vida, Victoria. Mas eu não te quero pela metade, você precisa ordenar seus pensamentos, seus sentimentos e o seu coração. Converse com Osvaldo e veja o que ele apesar de tudo ainda tem a te oferecer, e se o que ele te der for o melhor, eu vou seguir a minha vida para que você seja feliz com ele.

— Heriberto... - Victoria sentiu o peito apertar, ela ficava tão bem e tão relaxada ao lado dele que só de pensar que um dia nunca mais poderiam se ver, o seu coração doia e ela ficava ainda pior com medo que a distância os afaste para sempre.

Mas como manter uma amizade com um homem que também mexe com todo o seu corpo e que balança o seu coração a deixando entregue apenas em alguns instantes?

— Eu não quero me afastar de você, Heriberto! Não sei o que vou fazer mas mesmo se eu reatar o meu casamento com Osvaldo, eu não quero que você vá embora da minha vida! - a respiração acelerou, ela estava nervosa com essa possibilidade.

— Eu sinto muito Victoria, mas se você o escolher eu vou ter que te deixar, assim como ele faria caso você ficasse comigo. Não posso ser apenas amigo de uma mulher que eu desejo e que eu quero beijar com amor a toda hora!

Heriberto respirou fundo com pesar mas o que ele dizia era a mais pura verdade, não podia suportar viver em paz vendo Victoria com outro então o melhor seria a deixar ir e também seguir sua vida, longe dela para sempre. Victoria o olhou e em um impulso desesperado de seu corpo, avançou sobre ele no carro, ainda naquele estacionamento. Ela o beijou com vontade, desejo, medo e pavor de ficar sem ele ao mesmo tempo e se aquele fosse o seu último beijo, ela queria aproveitar e sentir de verdade aquele gosto e aquele prazer, deixando o sabor da boca dele gravado em suas lembranças.

— Vamos ao seu apartamento, Heriberto. - ela pediu quando soltou os lábios dele. Heriberto se surpreendeu mas fez o que ela pediu porque tampouco queria a esquecer.

Ainda mais depois que sentiu que agora ganhava o passe livre para amá-la por pelo menos aquela noite.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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