As portas da Ala hospitalar se abriram de repente.
— Molly, Arthur. - Minerva levantou. - Lamento muito.
— Gui. - Molly sussurrou. - Ah Gui!
— Você disse que Greyback o atacou? - Arthur perguntou. - Mas não estava transformado? Então que significa isso? Que acontecerá ao Gui?
— Ainda não sabemos. - Minerva respondeu.
— É provável que aja certa contaminação Arthur. - Remo respondeu. - É um caso raro, provavelmente único... Não sabemos qual será o comportamento dele quando acordar...
— E Dumbledore? - Molly perguntou. - Minerva é verdade... Ele realmente... - Minerva assentiu.
— Dumbledore se foi. - Arthur sussurrou e Molly começou a chorar olhando Gui.
— É claro que aparência não conta... Não é... Realmente importante... Mas ele era um... Garotinho tão bonito... E ia se... Casar!
— E qu é qu a senhorr querr dizerr com isse? - Fleur perguntou. - Qu querr dizerr com "El ia se casarr"?
— Bem... Só que...
— A senhorra ache qu Gui vai dessitirr de casarr comigue? A senhorra ache qu porr côse desses morrdides el non vai me amarr?
— Não, não foi o que eu...
— Porrqu ele vai! Serra prrecise mais qu um lobisome para fazerr Gui deixarr de me amarr!
— Bem, claro, tenho certeza. Mas pensei que talvez... Visto que... Que ele...
— A senhorr pensô qu eu non ia quererr cassar com el? U err esse a su esperrance? Qu me importe a aparencia del? Ache qu sou bastante bonita porr nós dois! Todes esses marrcas mostrrm qu me marride é corrajose! E eu é qu vou fazerr isse! - Ela arrancou o algodão da mão de Molly e começou a passar o ungento nas feridas de Gui.
Todos ficaram em silencio observando.
— A nossa Tia-avó Muriel tem uma linda tiara feita pelos duendes... E estou segura que posso convence-la a lhe emprestar para o casamento. Ela gosta muito do Gui entende, e a tiara ficaria muito bonita em seus cabelos. - Molly falou.
— Muite obrrigade. - Fleur falou. - Tan certez de qu ficarrá bonite!
Elas se abraçaram e começaram a chorar.
— Esta vendo. - Tonks se virou para Remo. - Ela ainda quer se casar com Gui, mesmo que ele tenha sido mordido! Ela não se incomoda!
Kate se virou chocada assim como eu, Charlotte ergueu a cabeça observando os dois.
— É diferente. - Remo respondeu. - Gui não será um lobisomem típico. Os casos são completamente diferentes...
— Mas eu tambem não me incomodo! - Tonks agarrou Remo pelas vestes e o balançou fazendo Kate se afastar dos dois. - Já lhe disse isso um milhão de vezes...
— E eu já disse a você um milhão de vezes que sou velho demais para você... Pobre demais... Perigoso demais...
— E tenho lhe dito o tempo todo que a sua atitude é ridícula, Remo. - Molly falou.
— Não estou sendo ridículo! Tonks merece alguém jovem e saudável.
— Mas ela quer você. - Arthur falou. - Afinal de contas Remo, os homens jovens e saudáveis não permanecem sempre assim. - Ele olhou para o filho.
— Este não... Não é o momento para discutir o assunto. Dumbledore esta morto...
— Dumbledore teria se sentido o mais feliz dos homens em pensar que havia um pouco mais de amor no mundo. - Minerva falou.
— Esse não é o momento para isso. - Ele lançou um olhar para Serena e Charlotte limpou o rosto.
Ela levantou e seguiu ate ele.
— Faz anos que nós três desejamos a vocês que fossem felizes, que esquecessem o passado. Mamãe e Sirius morreram sem sentir sentir isso. Mamãe te amava e ela mais do que ninguém desejava que você fosse feliz, nós três desejamos isso a você. Aprenda que sua condição não o torna inferior ou perigoso. Você é um lobisomem adulto e sabe lidar muito bem com isso. Você teve amigos e família, conviveu com isso por anos. Pode deixar de lado seus temores e se dar a chance de ser feliz. E se Tonks o ama. - Ela lançou um olhar a Tonks. - Só não deixe a oportunidade ir embora, não deixe essa mulher incrível escapar.
Remo assentiu minimamente e Charlotte voltou a sentar ao lado do corpo de Serena. Hagrid entrou na sala quebrando o silencio.
— Fiz o que mandou, professora. Removi ele. A professora Sprout fez a garotada voltar para a cama, ela procurou pelo senhor Diggory, mas avisei que ele estava aqui e expliquei a situação ela. O professor Flitwick esta descansando, mas diz que logo estará bem e o professor Slughorn diz que o Ministério foi informado.
— Obrigada Hagrid. - Minerva falou. - Terei de ver o pessoal do Ministério quando chegar, Hagrid, por favor avise os diretores das casas... Slughorn pode representar a Sonserina... De que quero vê-los sem demora no meu escritório. Gostaria que você se reunisse a nós, tambem. - Hagrid assentiu antes e sair da ala hospitalar. - Antes de me reunir com o Ministério, eu gostaria de dar uma palavrinha com você, Harry. Se quiser me acompanhar...
Eles saíram da ala hospitalar nos deixando sozinhos.
— O que será que vai acontecer? - Gina perguntou.
— Eles vão optar por fechar a escola. - Remo falou.
— Nem todos vão aceitar isso. - Murmurei sentindo Vitor beijar meus cabelos enquanto seus braços apertavam minha cintura.
Tudo parecia meio desfocado na verdade. Ontem estávamos fazendo planos, mas agora as coisas seriam diferentes.
Olívio apareceu mais tarde enquanto Remo cuidava do funeral de Serena, nós realmente não tínhamos cabeça para isso. Estávamos a ponto de desabar e ainda tínhamos que dar apoio a Charlotte.
Na manhã seguinte Olívio e Vitor foram embora por que não poderiam continuar ali. As aulas foram suspensas e os exames adiados. Alguns estudantes foram tirados as pressas de Hogwarts. Algumas pessoas ficaram no castelo para os funerais de Dumbledore.
O funeral de Serena tinham poucas pessoas visto que ela não tinha mais família e amigos, somente os membros da Ordem e nós.
— Queria contar algo a vocês. - Harry se aproximou sentando a nossa frente.
Estávamos em frente o lago da escola, sentadas no chão aproveitando os dias quentes e bonitos que estavam fazendo. Nenhuma das três tinham muito animo para nada na verdade.
— Conte. - Falei prendendo meu cabelo em um coque despojado.
— Aquele dia... Nós fomos buscar uma Horcrux lembram? Bom eu consegui. - Ele estendeu o medalhão e eu o peguei. - Mas é falso.
— Falso? - Kate perguntou e Harry assentiu.
— Abram. - Abri o medalhão e encontrei o bilhete.
— "Ao Lorde das Trevas
Sei que a muito estarei morto quando ler isto,
mas quero que saiba que fui eu quem descobri seu segredo.
Roubei a Horcrux verdadeira e pretendo destrui-la assim que puder.
Enfrento a morte na esperança de que, quando você encontrar um adversário a altura,
terá se tornado outra vez mortal.
R.A.B.". - Terminei de ler e encarei Harry. - R.A.B. Sabe quem é? - Balançou a cabeça negando.
— Hermione esta fazendo pesquisas, mas não encontrou nada. E tenho outra coisa para contar tambem. Descobri quem é o Príncipe Mestiço.
— E quem é? - Kate perguntou.
— Snape.
— O que? - Charlotte o encarou surpresa.
— Hermione já tinha achado uma Eileen Prince, mas não acreditamos que podia ser ela por que era de um homem. Aquele dia... Snape contou para mim que o livro era dele quando usei um feitiço contra ele. E Hermione encontrou mais algumas coisas sobre o casamento de Eileen com um trouxa e nasceu o Snape.
— Então é mestiço e finge ser sangue puro. - Kate debochou. - Patético.
— Igual a Voldemort. - Harry lembrou.
Ele suspirou e ficou nos encarando.
— Eu andei pensando e... Vou terminar com a Gina.
— O que? - Praticamente gritei.
— Sim... Vai ser perigoso o que vou fazer. Não posso ficar com ela. Ela vai ser um alvo.
— Todos somos um alvo agora, Potter. - Charlotte lembrou.
— Sim, mas... É diferente. Vocês sabem disso. Não posso correr o risco de coloca-la em perigo. Não vou suportar se algo acontecer a ela por minha culpa. E tenho algo para pedir a vocês. Não quero que sigam comigo na missão.
— O que? - Repeti de novo.
— Não. Vai ser perigoso. Não quero que se machuquem ou pior.
— Bom você não pode decidir isso. - Charlotte respondeu. - Meu avô, minha mãe, Sirius morreram pela mesma causa. Isso é algo que vai acontecer daqui para frente estando com você ou não. Eu prefiro correr o risco por um bom motivo. Nós vamos com você, Harry. Eu estive pensando. Dumbledore sabia que iriamos com você por isso nos chamou para conversar aquele dia. Ele me ensinou como mandar mensagem por um patrono. Kate vai virar um animago nas férias. Já nos decidimos Harry. - Ela nos encarou depois o encarou. - Estamos juntos nessa.