O lugar onde eu pertenço escrita por pokedupla


Capítulo 28
O veredicto – O começo


Notas iniciais do capítulo

Vamos nessa? Boa leitura



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*** Diário de uma garota (Alice) ***

“Uma garota corria ansiosamente pelos corredores extremamente brancos animada para o seu destino; Um quarto…

— Cheguei! – ela entrou e se jogou na cama olhando para um rapaz sentado na ponta da cama lendo um livro.

— Ah, desculpe, estava tão concentrado que não a vi chegando – O rapaz respondeu – Como foi a sua aula?

— Foi muito legal – Falou entusiasmada. Ao lembrar uma coisa deixou mais retraída, hesitou fraquejando a voz – Posso perguntar uma coisa?

— Pode. O que eu souber responderei – Respondeu o homem.

— Sabe, hoje na aula comentamos muito sobre família e tal. Queria saber de onde eu vim e onde estão meus pais? – A garota se sentou e o outro sentiu um pouco incomodado.

— Entendo, já estar nessa fase – Ele suspirou e sentou mais perto dela chamando muita atenção – Realmente que saber?

— Quero.

— Encontramos você inconsciente em uma vila em cinzas. Foi atacado possivelmente por bandidos ou um ovo de kishin. Sobre os seus pais… – Ele espiou para ver o estado dela – Não sei.

— Não acredito que não saiba – A garota olhou com olhos cerrados – Conte tudo.  

— Como... – Ficou ainda mais surpreso – Como essa garota sabe que... – Refletiu silencioso.

— Desembucha – Ela disse mais impaciente e intrigada.

— Quando resgatamos você, fui atrás dos seus parentes. Mas, não descobrimos o que desejávamos. Pelas informações dos sobreviventes daquela vila, você não tinha uma boa relação com o seu pai e sua mãe desapareceu quando ainda era pequena. Tentamos procurar o seu pai... – Suspirou de novo enquanto a garota escutava atentamente.

— Então concluímos que ele foi uma das vítimas do incêndio ou a pior da hipótese; Ter a abandonado – A partir desse ponto a garota não prestou atenção a nada, estava em choque com a palavra abandono, e nesse instante, milhares de pensamento invadiam a sua cabeça até o rapaz abraçá-la e dizer...”

***

 

Shibusen… Madrugada...

Shiro acordou assustada e se sentou na cama. Ela percebeu que não estava em uma sala normal, mas sim na enfermaria. Nesse momento lembrou o que tinha ocorrido na festa.

— Soul!? – Chamou olhando o que estava ao redor e viu o seu parceiro na cama ao lado dormindo.

O garoto estava com a máquina que verificava os batimentos cardíacos e um soro no braço esquerdo. Se sentiu aliviada, mas refletiu sobre a sua fala – Por que o chamei de Soul? A droga, minha cabeça estar doendo – Se queixou da dor – E aquele maldito, dizendo que é meu pai? Vou espancá-lo na próxima – Ela enfurecida e com enxaqueca se levantou cambaleando. Tentou se apoiar em um pequeno armário que havia ao lado da sua cama. Shiro se apoiou, mas derrubou um rolo de faixas médicas.  

— Preciso sair daqui, se não acordarei Hiro – A garota pegou o rolo e colocou no lugar mostrando um pouco o que está debaixo da faixa no antebraço. Uma tatuagem de um letra “A” ( De direita para esquerda no antebraço), onde sempre estava coberto por faixa branca e foi indo para porta. Percebeu que não era a única acordada.

— Não me siga. Fique cuidando dele – Ordenou para uma criaturinha de pelos marrons alaranjados. Latiu uma vez contestando o que a garota disse – Cuide de quem realmente precisa. – Saiu sem mais delongas. O filhote queria segui-la, mas não o fez, voltou para debaixo da cama onde Hiro estava, se enrolou e dormiu.

De manhã...

Hiro acordou com o barulho de agitação na frente da escola e foi verificar. Arrancando todos aqueles negócios grudados em sua pele, andando devagar e todo dolorido olhava ao redor. Não tinha nenhuma ideia onde Shiro estava, e sentia um sentimento apertando o seu peito. Um sentimento de culpa. 

— Estou preocupado com Shiro, não a vi deste do acontecimento da festa. Será que ela fugiu? – Negou balançando a cabeça – Ela não me deixaria aqui, ou talvez prenderam Shiro? Se for verdade. Por que não me prenderam junto? 

O garoto olha para o céu. Onde o sol sorria macabramente e Hiro observou algumas pessoas que arrumaram a bagunça que ele tinha feito. Não pensou duas vezes, foi logo ajudar encontrando Soul varrendo.

— Sensei. 

— Você deveria estar descansando – Soul o repreendeu.

— O que você acha? Não poderia ficar parado sem saber onde Shiro estar e ver vocês arrumando a bagunça que nós fizemos. Voltando, onde está Shiro?

— Ela deve estar andando por aí. Pegue isso – Soul ofereceu uma pá – Não vai exigir muito de você e vai me ajudar.

— Ok – Hiro pegou a pá.

Depois de algumas horas varrendo e juntando os destroços entraram na escola para beberem água e descansar um pouco encontrando com o senhor diretor Shinigami, Death Scyther, Spirit e o doutor maluco,  Stain com  Diego e aquela turma que não largava o pé dele nos primeiros dias. Chegando mais perto se virou para o diretor abaixando a cabeça dizendo.

— Peço desculpa por tudo que eu e a minha colega causamos e aceito a penalidade que o senhor disser. 

— Não se preocupe, já foi tudo esclarecido e não precisa ser tão formal. É muito estranho um aluno de sua idade ser desse jeito – confessou sem graça.

— Como assim? É tão incomum assim? – Hiro ficou um pouco espantado e virou para conferir as respostas olhando as pessoas ao redor. As pessoas perto mexeram a cabeça afirmando, o deixando um pouco envergonhado fazendo todos rirem.

— Bom, tenho que voltar para a minha sala – Shinigami acenou e foi andando.

— Soul, alguma informação sobre Shiro? – Spirit perguntou depois do momento.

— Tenha paciência que logo ela aparece – Soul logo percebeu uma sombra atrás dele – Eu não disse.

A garota estava agachada em cima do parapeito do andar que eles estavam, quando se virou percebeu as suas roupas sujas e o rosto com algumas esfoliações.

— Você entrou em mais uma briga, não foi? – Diego aproximou para verificar o tamanho do estrago. Porém, a líder o impediu descendo do para peito e avisando.

— Precisamos conversar depois – Soul logo assentiu.

— Também precisa me dar algumas satisfações garotinha. É proibido arrumar brigas por aí sem ter professores por perto.

— Recado dado. Estou indo – Saiu andando.

— Espere, eu... – Spirit a chamou e antes de alcançar. A garota ainda de costas para ele disse friamente as seguintes palavras…

— Não me toque. Áleas, não chegue perto de mim se quiser continuar respirando – Spirit a respeitou chateado.

— O que você fez para a líder o ameaçar desse jeito? – O albino mais novo perguntou ao lado dele.

— Eu não sei. Só disse que sou o seu pai.

— Você disse que é o pai dela? – Hiro soltou uma leve risada e complementou – Você está muito ferrado, meu caro. Por que se eu fosse ela, diria a mesma coisa. Não fique em hipótese alguma sozinho, pois não queira ter a nossa visita – Terminando isso, dois soldados feridos da AIS apareceram no corredor. Chegando perto do grupo, um deles abordou Soul pela gola e ameaçou…

— Você não ensinou sua pirralha direito – Enquanto todos os olhavam – Olhe o que ela fez com a gente. Isso é inaceitável e iremos imediatamente relatar aos nossos superiores.


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Notas finais do capítulo

Ihhh, o que ela fez?
Teorias e comentários?



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