O lugar onde eu pertenço escrita por pokedupla


Capítulo 27
O momento inusitado de Spirit


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novo fresquinho. Boa leitura...



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Shiro andava no subterrâneo da escola. Um lugar restrito para os alunos, tocando os dedos nas paredes, desviando e deixando um pequeno rastro de magia perdida nos seus pensamentos.

— Você ainda está irritada, minha criança? – Uma voz masculina dizia dentro dos seus pensamentos.

— Você não deveria ter feito isso – A garota resmungava.

— Vamos para casa – O rapaz oferece a sua mão.

— Eu nego.

— Por que? – Surpreso, mas tentando entender... – Eu sei que está aborrecida, mas você não deixou escolha. Sabe que trato todos iguais.

— Mesmo assim…

— Eu não aguento ver você desse jeito. Estarei esperando em casa e pense sobre a gente – A voz sumiu tristemente. A garota estava parada agora em uma porta grande e entrou pensando sobre o que o rapaz disse…

*** Diário de uma garota (Alice) ***

“Uma garota seguia o homem desconhecido. Ele segurou a mão dela e a encorajou a sair daquela sala escura. O corredor era muito branco e claro, tinha outras pessoas. Todos estavam fardados e com roupas muito parecidas, menos o rapaz que a guiava. Passamos por vários corredores e encontravam mais pessoas. Os que estavam com fardas e em vez enquanto com capacetes reverenciavam.

— Por favor, tragam roupas limpas para ela – O rapaz pediu para uma jovem enfermeira.

— Não seria melhor o senhor deixar ela com a gente?

— Não, eu cuidarei pessoalmente dela. Traga o que eu pedi para os meus aposentos.

— Certo senhor – A jovem saiu e sumiu nos corredores.

— Vamos? – O rapaz ofereceu a sua mão de novo. A menina fez um sinal positivo e continuou a seguir. Chegando ao seu destino abriu a porta e entraram…

— Vem aqui – Ele chamou para sentar em sua cama. Ela hesitou.

— Vem, não precisa ter medo – Ele aproximou  e se agachou ajustando a diferença de tamanho deles – Não precisa hesitar. Assim ela foi devagarzinho e olhando atenciosamente aquele quarto, algo chamou atenção, um pequeno porta retrato. Toc, toc. Ela fez um pequeno salto por causa do susto.

— Deve ser a enfermeira trazendo as suas novas roupas. Espere aqui sentada, não demorarei muito – Ele e a enfermeira conversaram brevemente. Com o comentário do rapaz ela observou as roupas que estava vestindo, não se lembrava muita coisa e muito menos quando ganhara elas. No entanto percebeu que estava muita suja, empoeirada e tinha algo manchado de vermelho.

— Aqui está. Vai tomar um bom banho que uma dama como você não pode está toda suja – O rapaz recolheu as suas mangas e começou a tirar os sapatos dela, depois as meias, a gravata verde e o colete escolar – Pronto agora é com você. Sabe pelo menos tomar um banho. Não é? – A garota fez gesto que sim.

— Estarei esperando aqui...”

***

 

Momentos antes...

 

Voltando para a Festa... Em Shibusen…

— Soul, sabe onde Maka está? – Spirit e Soul estavam correndo no subterrâneo dentro da escola.

— Eu estou a sentindo.

— Como assim, sentindo?

— Spirit se transforme – O albino pediu mirando seriamente a escuridão.

— Como assim? Você não pode pedir assim de repente – Um barulho de corrente pôde ser escutado naqueles corredores sombrios – Será fantasma?

— Vamos logo, se não quiser virá um.

— Certo, mas não precisa ser grosso – Spirit se transformou e direcionou para a sua mão.

— Sabe pelo menos manejar uma… – Spirit foi interrompido pelo salto que Soul tinha dado para desviar um ataque – O que é isso?

— Correntes. Afinal, sua filha não é boba em deixar o caminho sem armadilhas.

— Minha filha pode usar magia? Como? Não é possível!

— Se acalme. Você está me queimando.

— Você acha o que? E a primeira vez que me usa.

— Faça o que eu to pedindo.

— Tá certo.

— Estamos quase chegando – Soul advertiu Spirit, desviando e contra atacando as correntes que tentavam impedir os avanços. Até encontrar uma porta gigante aberta – Vamos lá.

— Já chegou Sensei – A garota mexia em alguns livros procurando algo, especificamente um objeto. 

— Shiro para o que está fazendo e vamos para a festa – Soul pediu.

— Não posso. Estou em uma missão e não posso falhar.

— Você não quer isso. Não é? – Soul perguntou.

— Não sei nem o que quero, Sensei – A garota avançou com pequenas investidas de soco e chute.

— Spirit fica pronta – Soul alertou Spirit. Ele soltou a foice e segurou o punho em uma das investidas que Shiro fazia, então com um golpe jogou ela contra o chão. No entanto, ela não perdeu tempo e usou a magia para criar correntes e afastá-lo.

— Tá louco. O que você fez com ela – Spirit querendo discutir com Soul.

— Não a subestime. Lá vêm – Uma investida de correntes pontiagudas foram na direção deles. Desviaram até que uma ideia veio à sua mente. Soul lembrou em um momento em que estava com Maka no seu tempo.

Algum lugar… A sós...

“– Você realmente não quer conhecer os seus pais? – Maka perguntava para o albino.

— Não me interesso muito. E você? …”

Shibusen… Subterrâneo...

— É isso – Disse desviando quase sendo atingido.

— Vamos imobilizá-la, mas para isso você terá que ser uma distração – Soul dizia para o ruivo.

— Por que sempre sou eu? Mas está certo – Spirit avançou rapidamente ameaçando atravessar a defesa. Shiro concentrou o seu ataque onde estava sendo ameaçada então com essa oportunidade Soul surgiu atrás dela e a imobilizou. As correntes se desfizeram…

— Shiro se acalma.

— Me solta – Ela lutava.

— Está tudo bem, sei que está irritada.

— Por que você sempre se intromete onde não é chamado.

— Por que gosto de você e agora você está se machucando – Escutando essas palavras  Shiro sentiu algo a invadindo a sua mente.

— Você está hesitando. Eu ajudarei…

— Espere… – A sua mente foi tomada. Soul logo percebeu que algo estava errado. No entanto, não deu tempo para revidar. Várias correntes os envolveram mais rápido do que antes quando elas se moviam os apertando e asfixiando.

— Não tenho escolha, vou morrer nas mãos da minha própria filha sem ela saber quem eu sou – Spirit entrou em desespero e juntou o resto de ar que tinha e disse – Eu sei que é um momento muito estranho de dizer isso, pois não quero morrer antes de dizer isso. Shiro, eu sou o seu pai e...

Spirit começou a perder a consciência. As palavras que ele disse foi um impacto enorme para a garota, não sabia o que sentir a liberando do controle mental. Sentia raiva? Feliz? Desapontada? Um grande receio? Não sabia ao certo, não conseguiu segurar uma lágrima teimosa que caia. As correntes quebraram na hora. O cansaço pesou e caiu.

— Soul, a segure – Spirit tossia, mas conseguiu transmitir a mensagem. Shiro não caiu no chão, estava nos braços do seu professor. A garota olhou muito cansada para baixo e viu um filhote com pelagem marrom mordendo os sapatos e latindo para a figura que dizia que era pai dela. O ruivo não o via.

— Você merece isso – Ela disse baixo, ninguém escutou e apagou. Soul carregava Shiro nos seus braços, que estava muito cansado…

— Soul, está bem? – Spirit já recuperado do ataque.

— Estou só um pouco cansado.

— Deixa a Maka comigo – Spirit aproximou e pegou a garota. Os dois caminharam para a enfermaria, onde poderiam cuidar apropriadamente dos ferimentos e levar a pequena para um lugar de descanso.

 – Sabe, você não imagina quanto tempo esperei por isso – Falou docemente o ruivo – É como todo o peso sair-se de mim, e o pedaço que estava faltando estivesse voltado ao seu lugar.

— Sei o que é isso.

— Não, você não sabe…

Os dois conversavam e iam sumindo naqueles corredores sombrios.


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Notas finais do capítulo

Então... E agora?
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