A princesa da capa vermelha - Bakuraka escrita por UravityStar


Capítulo 6
Lobo Mau


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura estrelinhas, espero que gostem desse capítulo!!



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Pov. Ochaco

Hoje o céu estava aberto, o sol da manhã brilhava refletindo alguns cristais do castelo dando uma visão esplêndida a quem olhasse para o teto por causa dos lustres. Empolgada com o dia de hoje, acordei as pressas e fiz as minhas higienes pessoais. Finalmente estou com quinze anos, como a festa acontecerá de noite, resolvo sair e convidar o Tamaki para passear pela vila. Coloco um vestido simples azul sem mangas com um laço prateado na cintura e babadinhos nas pontas e deixo os meus cabelos soltos. Sigo para a sala de jantar e após comer vários mochis, andando pelos corredores vejo o Tamaki olhando para todos os lados parecendo perdido. Ele para o seu olhar em mim, sorri e diz:

— Ah, finalmente te encontrei. Ochaco, a Nejire me pediu para te levar até a floresta negra, aparentemente um dos seres mitológicos ficou doente e ela disse que precisa que procuremos a flor de disciplina para criar a poção da obediência.

— É o lobo outra vez? — Pergunto curiosa e o elfo assente.

— Sim, ele fica resfriado muito fácil, afinal vive em contato com os cogumelos espalhados na floresta. Embora o lobo não goste de admitir que tem alergia.

— Entendo, então finalmente vou poder conhecer o lobo mau? — Pergunto com um sorriso travesso.

Tamaki estreita os olhos e diz:

— Você apenas vai me ajudar a colher a flor. A Nejire que vai entregar os remédios para ele, não esqueça do que eu disse sobre ele ser perigoso Ochaco, o que você está pensando em fazer?

— Hum, como se um filhote de lobo resfriado fosse me dar medo. — Respondo convencida. — Sou o quinto elemento, não um gatinho assustado. E não irei aprontar nada, apenas se ele for de meu agrado tentarei ser sua amiga.

— Ochaco, você está assinando a sua sentença de morte. Só porque és um elemento não significa que seja indestrutível.

— Elfo medroso. — Mostro a língua para o Amajiki e ele arqueia as sobrancelhas, negando com a cabeça e sorrindo em seguida.

Tamaki diz sussurrando, porém consigo escutar a sua fala:

— Quem mostra língua pede beijo.

Coro com suas palavras e o pergunto:

— Desde quando você ficou assim tão ousado e seguro de si? Não estou te reconhecendo, por acaso os espíritos da floresta te possuíram?

— Há, há engraçadinha. Nunca ouviu esse ditado não?

— Claro que sim, mas é estranho lhe ouvir falar sem gaguejar e não ficar com vergonha de tudo. — Respondo ao meu amigo. Saímos do castelo e seguimos para a floresta negra. Passando pela árvore em forma de arco, vejo a Nejire deitada num galho de cerejeira enquanto jogava uma maçã para o alto e a pegava novamente, ela nota a nossa presença e voa em nossa direção.

Nejire nos cumprimenta e mostra o desenho da flor que ela precisava num livro. A flor me era familiar, ela era rosa com tons de verde e azul no caule, foi quando me lembrei... Na cachoeira quando acordei do meu desmaio eu vi uma flor parecida com essa. Sem avisar a eles, eu corro para o local sendo seguida pelos meus amigos que estavam sem entender a minha reação. Me aproximando da cachoeira encontro a Toru fazendo uma dança com as folhas das árvores para tira-las dos galhos devido a mudança de estação que se aproximava. Uma das funções da Hagakure como espírito elemental era limpar as árvores com o vento.

— Bom dia Toru. — A cumprimento. Toru para de mexer nas folhas e voando até nós, ela assopra balançando os fios de meu cabelo.

Sinto o vento gelado arrepiar meus braços e ela responde:

— Bom dia irmã, olá Nejire e Tamaki. — Eles acenam. — Precisam de alguma coisa?

— A flor de disciplina, você sabe se tem alguma muda dela por aqui? — Tamaki responde e a pergunta.

Toru pensa e vasculhando a área ela arranca a planta que procurávamos colocando-a em minhas mãos. Sinto o perfume adocicado da flor e suspiro. Logo sinto uma tontura surgir e outra vez vejo tudo escurecer.

 

Sonho on.

"Caminhava pela floresta seguindo para a casa na árvore, quando vejo num lago próximo, a Tsuyu se divertindo com as fadas e os duendes. Eles faziam guerra na água jogando-as uns nos outros e riam sem parar. Cumprimento eles e minha irmã pede para eu me juntar a diversão. Sorrindo eu corro para o lago e ao pular grito:

— Bala de canhão!! — Com o impulso, respingo a água neles e numa fada que voava no ar, o que ocorreu por ela cair no rio devido as asas molhadas.

— Ochaco! — Kendo, a fada das nuvens se surpreende e ri.

— Vocês querem ver o que é salto? Deixe com a mestra das águas, Kero. — Tsuyu salta bem mais alto pulando e caindo no lago.

— Essa é a minha irmã, sem dúvidas a melhor quando o assunto é água. — Tsuyu sorri timidamente."

Sonho of.

 

Acordo confusa e vejo a Nejire e o Tamaki olharem preocupados para mim, suspiro e pergunto:

— Desmaiei de novo, não foi? — Eles assentem e prossigo contando sobre o sonho até que digo. — Eu acho que descobri o motivo dos desmaios e das lembranças voltarem. — Os três arregalam os olhos e falo. — É o efeito dessa flor, afinal ela tem propriedades curativas, pode ser que ela tenha curado a minha amnésia.

— Verdade, ela é uma planta que cura vários tipos de doenças, além de ser rara o seu pólen estimula o cérebro e ajuda com a memória. — Tamaki confirma. Após a descoberta, Nejire e Tamaki preparam a poção e me levam no lar do lobo mau. Chegamos num campo aberto com grama e muitos cogumelos espalhados, agora entendo porquê o lobo fica resfriado. O vento passa direto aqui e como não tem proteção das árvores, ele fica vulnerável.

Vejo um garoto loiro de cabelos espetados deitado de baixo de um cogumelo. Suas orelhas se movem ao ouvir os nossos passos e ele se levanta apoiando os braços no chão. Olhando para a Nejire ele grita:

— O que essa fadinha está fazendo aqui? Eu já falei que não preciso de babá. E quem essa garota com cara de biscoito aí? — Fecho a cara com o seu apelido e inflo as bochechas cruzando os braços no peito.

— Bakugou! — Nejire o repreende.

— Essa “cara de biscoito” aqui, é a princesa de Musutafu e o quinto elemento. — Respondo o lobo. — Nós viemos lhe dar o remédio da gripe.

— Tsc, eu não preciso de remédio, shine! — Ele grita. — Tô nem aí pra você figurante, eu me recuso a tomar essa gororoba dolorida.

— Não sou nenhuma figurante, você não ouviu quem eu falei ser? — Pergunto ao lobo cuja me ignora e lanço um olhar bravo a ele.

— É só uma picadinha, você nem vai sentir. — Nejire fala mostrando a agulha grande e pontuda para o lobo.

Bakugou vira o rosto e resmunga:

— Mentira, na outra vez foi muito doloroso, tsc.

Me aproximo do lobo na intenção de o passar confiança quando ele, de repente, se levanta ligeiro e mostra suas garras rosnando para mim. Recuo assustada e Nejire entra na minha frente, ela pega o frasco que continha a poção de obediência e lançando um olhar bravo ao loiro, Nejire atira o líquido azul no rosto de Bakugou. Minutos depois a poção começa a fazer efeito e Nejire fala:

— Muito bem lobinho, senta. — Estando sob o efeito da poção, Katsuki a obedece. — Muito bem. — Nejire sorri e acaricia as orelhas do lobo. Dobrando a manga da blusa dele, a fada procura a veia no braço e pega a agulha inserindo-a na pele do lobo. — Katsuki uiva de dor e derrama algumas lágrimas a contragosto. Depois que a injeção fora dada no Bakugou e ainda sob o efeito dela, ficamos conversando e fazendo brincadeiras com o lobo que parecia não se ligar com o que ocorria a sua volta. Nejire pegou um pincel que o Tamaki havia levado junto e pintou um círculo em volta do olho do lobo. A fada também entregou o pincel para mim e mesmo receosa eu faço um bigode abaixo de seu nariz. Ambas ficamos revezando o pincel e desenhando no rosto do pobre lobo enquanto Tamaki apenas observava e ria. O elfo nos alerta que o tempo do efeito estava se acabando e resolvemos parar com a brincadeira. Lembrei-me de que iriamos ter visitas de tarde e teria que me preparar para a festa. Saindo do campo aberto, nos despedimos de Toru e voltamos para o castelo, Tamaki comentava que quando o lobo acordasse iria fazer picadinho de fada com recheio de biscoito. Entendendo sua referência nós rimos e seguimos para a entrada dos portões do castelo.


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Notas finais do capítulo

Estrelinhas, espero que tenham gostado! E até a próxima.



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