A princesa da capa vermelha - Bakuraka escrita por UravityStar


Capítulo 2
Meu moranguinho


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura estrelinhas!



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Pov. Uraraka Ochaco

Enquanto voltávamos para o castelo, Tamaki me pergunta sobre a voz misteriosa:

— Ela lhe falou para encarar o seu destino? — Acento confirmando. — Não existe uma profecia onde você se encaixa? A Nejire me contou sobre a mesma.

— Sim, faz muito tempo desde a primeira vez que os espíritos me chamaram, naquela época eu tinha cinco anos e me alertaram sobre alguém de falsa intenção. — Eu falo. — O que é uma enorme coincidência visto que a profecia diz o mesmo. Às vezes fico me perguntando se no fim das contas não interpretamos errado quanto a ela. Sabe Tamaki, não são apenas os sussurros, tenho uma sensação que mais parece um ímã. Como se alguma coisa estivesse querendo que eu entrasse lá na floresta. Talvez um dia irei explorar a mesma, você sabe que amo aventuras e se tem algum lobo mau lá, ele não será páreo para mim. — Tamaki arregala os olhos e vira-se ficando de frente a mim e estende os braços fazendo-me parar de andar.

Tamaki me encara com os olhos estreitos e diz:

— Ochaco, você não faz ideia do que diz. Algumas fadas da floresta têm medo de se aproximar dele, dizem que ele é agressivo. Sem contar que ele é um ser da sombra.

— Como é que têm tanta certeza disso? Você o conhece? — Pergunto curiosa.

— Sim, uma vez ele ficou doente e a Nejire me pediu para criar um antidoto que o curasse. — Amajiki me responde. — Obviamente ele ficou furioso, não quis ajuda. — Fico chocada com o tamanho de irresponsabilidade do lobo, como princesa do reino, devo me preocupar e me importar com os seres da floresta negra.

Andando por entre a vila observo as lojas e puxo o Tamaki pelo braço ao avistar uma barraquinha com comidas. Peço ao vendedor um mochi de morango e o Amajiki pede uma fatia grande de torta de chocolate. Quando ia tirar as moedas para pagar o vendedor, um sujeito encapuzado arranca a bolsinha de minha mão e o Tamaki ao perceber, corre atrás do bandido pegando um de seus frascos de poções que estava pendurado em sua cintura. Ao chegar mais perto dele, o meu amigo elfo atira o liquido verde no bandido paralisando-o. Tamaki ao ver um guarda passando por perto o informa sobre o ocorrido, pega de volta a minha bolsinha e me entrega. Ficando feliz que o meu amigo me ajudou, o abraço deixando o elfo envergonhado.

— Ochaco, não na frente das p-pessoas. — Ele fala corado gaguejando. Eu rio e aperto suas bochechas.

— Que fofo! Meu moranguinho, não precisa ter vergonha de um abraço. — Eu falo. — Vem cá. — Puxo o mesmo pelo braço e de volta a barraca Tamaki paga os doces. Enquanto ele andava distraído envergonhado, aproveito e tento pegar o morango de seu bolo. Tamaki percebe a movimentação e por reflexo afasta o doce de mim.

— Tamaki! — Imploro ao elfo fazendo uma carinha estilo gato de botas. Amajiki não resiste por muito tempo ao me olhar e acaba me entregando o morango na boca.

 Chegando ao castelo, pergunto ao guarda Eijiro Kirishima sobre o meu irmão:

— Com licença senhor Kirishima, por acaso você viu para onde o Denki foi?

— Vossa alteza, o príncipe saiu com as suas namoradas para um encontro. Tem a possibilidade de ele voltar só amanhã de manhã. — Suspiro, ele não toma jeito. Agradeço o guarda e Tamaki me acompanha até o meu quarto. Aproveitando que o meu amigo estava aqui, peço ajuda para com a decoração do baile, não é todo dia que fazemos quinze anos e por isso mesmo a festa terá que ser perfeita. Uma das empregadas traz um mostruário de cores para colocar como toalha de mesa.

No fim, após algumas discussões entre optar por dourado, vermelho e rosa, descartamos a segunda cor para combinar com a nossa bandeira. Eu aviso a decoradora real sobre a nossa decisão das cores. Observando a posição do sol, vejo que estava no horário de meu compromisso com o povo da vila. Sigo para a sala do trono e sento-me na minha cadeira. Tamaki me acompanha ficando ao meu lado de pé. Os guardas liberam a entrada das pessoas que estavam numa fila e atendo primeiro um casal:

— Bom dia, qual o seu pedido para o rei? — Pergunto, geralmente esse é o trabalho dos meus pais, eu cuido das instituições de abrigo animal, orfanatos e abrigos para necessitados, mas como ele saiu tive que tomar conta do reino. Kaminari não teria condições em atender as necessidades do povo, por isso serei a próxima rainha.

— Bom dia vossa alteza, somos humildes fazendeiros. Viemos em nome de minha família para pedir que abaixem os impostos cobrados. Esse ano a criação de macieiras não deu frutos e não temos como pagar.

— Entendo. — Digo compreensiva. — Tudo bem, conversarei com o rei quanto aos impostos, próximo. — Uma senhora de cabelos curtos e roupas simples aparece. Escuto o seu pedido.

— Princesa, quanto ao remédio para a gripe? — Ela me pergunta.

— Nosso alquimista está pesquisando as fórmulas para criar o antídoto. — Respondo e ela agradece. Depois de atender a todos, seguimos para a sala de janta e almoçamos. Peço uma torta de chocolate para a sobremesa e devoro a mesma.

Tamaki me olha e começa a rir. Sem entender eu pergunto:

— O que é de tão engraçado meu moranguinho?

— O seu rosto está sujo. — Tamaki me responde. Ele pega um guardanapo e se aproxima de mim tocando o meu rosto. — Pronto está li-limpo. — Eu coro com seu ato repentino. — Desculpa. — Ele vira o rosto encarando as mãos.

— Amajiki. — Suspiro e continuo. — As vezes tenho vontade de te guardar num potinho, a quanto tempo nos conhecemos? Não se desculpe meu moranguinho.

Tamaki fala:

— Não é justo apenas eu ter apelido, deixa eu ver... Maçãzinha.

— Por que desse apelido? — Pergunto ao elfo.

— Por causa de suas bochechas. — Ele fala corado e rio. Terminamos o almoço e caminhamos pelos corredores em direção a biblioteca real. Procuro alguns romances para ler enquanto Tamaki pesquisava nos livros alguma receita para a sua poção. Estava em cima de uma escada e vejo o livro que procurava no fundo, ao esticar os braços e alcança-lo, me desequilibro da escada caindo rumo ao chão.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até a próxima!



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