A princesa da capa vermelha - Bakuraka escrita por UravityStar


Capítulo 12
Mau presságio


Notas iniciais do capítulo

Tenham uma boa leitura!



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Pov. Uraraka Ochaco

Estava observando o oceano, Katsuki me trouxera no seu lugar favorito, uma praia que escondia outro mistério, como era possível ela ser feita de vácuo? A não ser que eu tenha criado ou a encontrado séculos atrás. Enquanto o lobo nadava no mar, aproveitei para explorar a praia. Na mata haviam muitas espécies de plantas diferentes, eu segui uma trilha que encontrei no meio do caminho e observo algumas formações rochosas que formavam um morro ao longe. Não entendo, por que esse lugar contém a minha energia? Iria virar uma curva na trilha quando de relance, vejo um brilho atrapalhar a minha vista lateral. Paro e olho na direção da luz cujo ficava no topo da montanha. Volto para a praia e vejo Katsuki me procurando.

— Katsuki, estou aqui! — Grito e aceno para ele. 

O lobo me vê e pergunta:

— Biscoito, quer me deixar preocupado? Não pode sumir assim do nada!!

— Perdão, estava explorando a ilha e... Katsu, você tem que vir comigo lá na montanha! Não sei porque, mas vi algo refletir lá, sinto que é importante.

Katsuki me observa, suspira e diz:

— Certo, vamos lá na montanha. — Sorrio e vejo o lobo pegar uma blusa, só aí percebo que ele estava sem ela e noto seu tórax. Sinto o meu rosto esquentar enquanto fico o encarando, Katsuki vê que eu o observava e sorri de canto.

— Biscoito, cuidado para não babar, eu sou tão irresistível assim? 

— Quê? — Pergunto constrangida. — E-Eu não estava olhando para você, só estava pensando… — Disfarço, Katsuki arqueia as sobrancelhas, ri e faz um cafuné na minha cabeça. Se antes estava vermelha, agora eu parecia um pimentão. — E-Eh... V-Vamos logo lá. — Seguro a touca da capa tampando o rosto envergonhada e ando mais rápido ficando a frente dele.

— Biscoito, espera! — Ouço ele chamar, porém, foco na trilha.

 

Uma hora de caminhada depois, finalmente havíamos chegado na montanha. Olho para o topo dela e vejo que tinha uma abertura, uma caverna? 

— Como iremos escalar até lá em cima? — Pergunto ao Katsuki.

— Pode ser perigoso para você, deixe que eu vou. — Katsuki segura numa rocha com a mão esquerda e se apoia em outras com os pés, alcança outra rocha com a mão direita e começa a subir. Nem pensar que ficarei para trás. Seguro nas rochas e tento subir, mas escorrego. Tento de novo, porém é impossível, como eu... Tenho uma ideia, por que não pensei nisso antes!

Olho para Katsuki e digo:

— Te vejo lá em cima! — Ele me olha confuso e fecho os olhos me concentrando. Estendo as mãos e tento abrir um portal para o topo da caverna, Toru me falou que além de absorver objetos para o vácuo do espaço, eu tinha a capacidade de utilizar esse poder como um portal para teleporte. — Vamos lá Ochaco, você consegue! — Lembro-me do treinamento com os espíritos e esvazio a mente, logo sinto um formigamento nas mãos e ao abrir os olhos, vejo uma centelha do elemento sair e em seguida um portal transparente surgir a frente. Pelo portal, vejo a entrada da caverna e sorrio, consegui! Ao atravessar o vácuo, vejo a entrada. Porém, não sinto o chão abaixo de mim e por erro de cálculo, estava em queda livre rodopiando no ar. De novo não! Olho para a montanha e estendendo o braço direito, crio uma corda feita de terra e me seguro nela. Estava quase colidindo com a montanha, ergo os meus pés para frente e pouso em segurança, pelo visto terei que escalar. Com um pouco de esforço crio uma escada de terra e subo a montanha. Chegando no topo, Katsuki estende a mão e sento no chão para recuperar o ar.

— Ochaco, você está bem? — Katsuki pergunta preocupado, encosto a minha cabeça em seu peito e controlo a respiração.

— Estou. — Digo ao lobo. Katsuki acaricia os fios dos meus cabelos e suspiro. Levanto-me e observando a caverna, vejo que haviam tochas espalhadas nas laterais. Concentro o poder de fogo nas mãos e acendo as tochas cujo iluminam o corredor. Seguimos em frente explorando o local, após alguns minutos, o chão de terra deu lugar a um piso feito de cristal. As paredes continham pinturas dos cinco elementos e outros desenhos que retratavam momentos entre os meus irmãos com os seres de Musutafu. Conforme avançamos, as paredes das cavernas iam se expandindo até que ao chegar no fim do corredor, nos deparamos com uma porta simples de madeira. Olho para o lobo e ele assente, quando abro a porta, vejo uma sala grande com um lustre em tons de azul no teto. Seis cadeiras com os símbolos de cada elemento entalhado estavam dispostas ao redor de uma mesa redonda de cristal, apenas uma cadeira não continha o seu símbolo entalhado.

— Por que tudo aqui me faz ter uma sensação de nostalgia? — Pergunto a mim mesma. — Katsuki, você já veio aqui?

— Não, só explorei alguns cantos dessa terra. — Seguimos outro corredor onde nos levou a uma grande biblioteca com uma enorme variedade de livros e uma área com algumas poltronas perto de uma lareira. Numa das passagens, levava a uma área com seis quartos. Seguimos outro corredor que nos levou a uma porta com os símbolos elementares, curiosa, eu tento abrir a porta.

— Está trancada! — Digo. Katsuki tenta arrombar a porta dando um chute na mesma em vão. — Espera lobinho, me dê a sua mão, talvez seja melhor nos teletransportar. Assim que sinto o seu toque, coro e desvio o olhar para frente.

"— Foco Ochaco!" — Digo a mim mesma em pensamento. Ativo o vácuo e levo nós dois para o outro lado da porta. 

— Que lugar é esse? — Katsuki pergunta ao olhar o ambiente. Na sala, seis pedestais de rocha cuja altura não passava da minha cintura, se fixavam ao chão. 

Sigo caminhando entre os pedestais e digo ao olhar os símbolos nas colunas:

— Fogo, água, ar, terra e vácuo. O que é essa outra coluna sem símbolo? Queria ter todas as memórias de volta para resolver logo esses mistérios. — Suspiro frustrada e me sento apoiando as costas no pedestal. Olho para o lado apoiando a mão direita no rosto e vejo algo brilhar. Levanto-me e ao me aproximar do objeto caído no chão,  percebo que era um cristal em forma triangular. — Um cristal perdido. — Ao pegar o cristal nas mãos, sinto uma onda de choque me atingir e por reflexo, atiro o elemento para longe.

— Ochaco? — Katsuki pergunta assustado com a minha reação.

— Temos que sair daqui imediatamente. — Respondo o lobo. — Esse lugar é amaldiçoado.

— O que disse? Alguma de suas lembranças voltou, Ochaco? 

— Não, foi um pressentimento. — Respondo. Junto as nossas mãos e nos teletransporto para a entrada da barreira de vácuo. Olhando para a barreira, estendo as mão e tento fechar a passagem. — Vamos lá! — Desenho com a mão vários círculos, formando uma espiral no ar. — Trancar! — Grito. Uma luz branca quase incolor, surge na minha mão e atinge a barreira, fechando-a para que ninguém pudesse entrar ou sair da praia.

 

Voltando para a floresta, vejo a Nejire conversando com os meus irmãos, Shoto me vê e diz apontando em minha direção:

— A Ochaco está aqui.

Nejire vira-se e me olha preocupada. Por que estou sentindo que vem notícias nada boas pela frente?

— Princesa, temos que voltar para o castelo imediatamente! — Diz a fada azul. — A Yaoyorozu está com grandes problemas. Ao que parece, o segredo de ela ser uma bruxa foi descoberto e os cidadãos estão querendo jogar ela na fogueira. 

— O que? — Falo surpresa com a informação. — Como foi que isso aconteceu?

— Te conto no caminho, vamos! — Nejire diz. Olho para meus irmãos e volto o meu olhar para a frente. Por favor, que a Momo-chan esteja bem.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até a próxima!



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