Dinastia 2: A Coroa de Espinhos escrita por Isabelle Soares


Capítulo 57
Capítulo 57




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799059/chapter/57

29 de outubro de 2045

Renesme abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi o rosto adormecido de William em sua frente. Ele estava tão perto que poderia sentir a respiração leve dele em seu rosto. Como ele era bonito! Como gostava daquela pessoa! Ela não pôde evitar, estendeu a mão para correr os dedos sobre sua bochecha, para baixo de seu nariz, em seus lábios. Ela pensou em todas as coisas que aconteceram entre eles na noite anterior.

Não precisaram de muitas palavras. Apenas foram conduzidos pelo sabor de estarem juntos naquele beijo. Renesme ficou tão agradecida em não ter que expressar o seu desejo de estar com ele em palavras. William entendera tudo. Depois de alguns minutos de beijo, ela o olhou com tanta intensidade que ele a conduziu para o seu quarto. Ela não protestou. Tudo que queria era um momento para escapar. Uma noite para se sentir viva. Uma noite para se sentir querida e digna de algo melhor do que o inferno em que ela viveu no último ano.

Ele bebeu o gosto de sua boca, o cheiro de sua pele, a sensação de seu corpo pressionado contra ele. Ela atiçou o fogo que começara a consumi-lo quando o pegou pelas suas calças e o conduziu até a cama.  Com um braço ao redor dela, ele agarrou seu quadril e a puxou contra ele, com tanta força que ela teve que sentir a dura excitação entre suas pernas.

Sua respiração engatou e ele engoliu sua surpresa quando ele recuperou seus lábios. Um de seus braços rodeou seu pescoço, o outro em sua cintura enquanto se moviam um contra o outro. Ela segurou o rosto dele entre as mãos enquanto ele abria o cinto e desabotoava a calça.

Quando finalmente ela sentiu o encontro de seus corpos pôde concluir que nada era tão bom quanto aquilo. William se encaixava perfeitamente em seu corpo como se tivesse feito para estar conectado ao dela.

Os doces sons que deixaram seus lábios quase o quebraram. Enterrando o rosto em seu pescoço, sentindo cócegas por seu cabelo castanho sedoso, ele ouviu cada um deles enquanto movia seus quadris contra ela — golpes profundos e intensos que a deixavam quase sem fôlego. Ela não podia se mover embaixo dele, seu corpo a prendendo contra o colchão enquanto ele pegava o que precisava, o que ela tão graciosamente oferecia.

William estremeceu quando a mão dela atravessou seus grossos cachos, que agora estavam um tanto grisalhos, a outra deslizando por baixo de sua camisa e subindo ao longo de suas costas. Ele drogou seus lábios ao longo de seu ombro, até seu pescoço. Roçando os dentes ao longo da pele sensível apenas para ouvir seus gemidos e suspiros.

Ela se agarrou a ele enquanto ele sentia seu corpo tenso, as quentes e acolhedoras paredes de seu sexo apertando-se ao redor dele. A pressão o fez gemer, suas estocadas se tornando mais rápidas e erráticas. William os inclinou para cima, recompensado por Renesme chamando seu nome, e isso por si só foi o suficiente para mandá-lo cambaleando para a borda.

“Renesme, meu doce pardal” ele gemeu.

Onda após onda, ele se esvaziou dentro dela, e ela bloqueou sua própria liberação debaixo dele. Pensando que nunca tinha se sentido tão bem antes em sua vida. Era mágico! Estava apaixonada e queria William cada vez mais.

Renesme deixou cair à cabeça entre as mãos.  Ela sabia que o homem ao seu lado era doce, educado, gentil, justo, atencioso, compassivo, paciente, compreensivo. Ela observou a luz crescer fora da janela do quarto, se perguntando sobre o estado de sua própria sanidade. Mas não queria pensar naquilo agora. Apenas gostaria de viver aquele momento.

William começou a se mexer ao seu lado. A testa enrugou e os seus olhos se abriram devagar. Um sorriso se instalou em sua boca e Renesme sentiu vontade beijá-lo novamente.

— Você se arrepende? - ele perguntou suavemente.

— Não e você?

— Me arrependo de muitas coisas em minha vida, mas essa não é uma dessas.

Renesme se virou em direção a ele e montou em sua cintura. Ela pressionou os lábios na bochecha dele, depois na clavícula. Eles simplesmente ficaram olhando para o outro por alguns minutos, ela permitindo que ele a segurasse a sua cintura por alguns instantes felizes.

— Feliz aniversário. – a princesa disse finalmente.

— Então, recebi meu presente antecipado ontem?

— Não. Aquilo foi só um aperitivo.

William sorriu enquanto se sentava e ajustava o corpo de Renesme em seus braços.

— Se aquilo foi só um aperitivo, o que ei de imaginar do real presente. Me sinto um tanto envergonhado. O que dei a você de aniversário foi apenas um beijo.

— Um beijo que mudou a minha vida.

— Mudou mesmo?

— Claro. Finalmente eu pude entender o que eu estava sentindo.

— E o que você está sentindo?

— Algo tão grande que eu não sei explicar. Não force. Talvez um dia eu consiga.

— Você sabe que eu sempre fui louco por você, não é? Desde o primeiro momento que te vi.

Renesme apenas se aproximou dele e deu-lhe um selinho demorado. William acariciou os seus cabelos de uma forma que a fez arrepiar. Se não cuidasse, cairiam nos braços do outro novamente. Deus! Como ela desejava isso.

— Renesme... A noite passada foi… uma surpresa maravilhosa. Significou... muito, provavelmente mais do que você jamais saberá. Eu nunca imaginei que iria gostar tanto de alguém até te conhecer. Agora... O que faremos com isso?

— Não vamos ficar fazendo planos, sim? Vamos apenas viver o que estamos sentindo.

William assentiu, não iria discutir com ela. Aquele momento bastava para ele por enquanto. Sabia da situação complicada em que ela se encontrava. Não podia cobrá-la. Estava feliz por saber que ela correspondia os sentimentos dele e que ontem finalmente pôde se libertar para expressar isso a ele.

— Estou à disposição para ser o seu realizador de desejos. Para mim é uma honra oferecer o meu corpo.

Renesme deu um tapinha de leve no braço de William sorrindo.

— Você é bem mais do que isso pra mim. Deixe de bobagem!

William apenas a segurou e trocaram de posição, estando o corpo de Renesme entre os travesseiros. Ele abriu as suas pernas e a penetrou, deleitando-se com seu corpo apertado, mas acolhedor, que se moldava a ele como uma luva: pele com pele.

— Oh Deus. Sim! - ela gemeu quando ele a tomou com vigor. 

Ele bombeou com mais força, mais alto, mais fundo... As paredes sedosas de seu sexo se contraíram ao redor dele enquanto ele empurrava dentro dela, ansiando por si mesmo. Sentindo ele se esvaziar dentro dela, agradecendo aos céus por não estar em seu período fértil.

Ela ficou imóvel nos braços dele, sua respiração quente contra seu pescoço. Ele correu os dedos pelo cabelo dela, agarrou-o frouxamente enquanto pressionava os lábios no topo da cabeça dela. Depois de um tempo, que pareceu longo para ambos, ela jogou as pernas para fora da cama e sorriu para ele.

— Bem, eu vou tomar um banho. Você vai ficar bem até eu voltar? – brincou.

— Acho que consigo. - William estendeu a mão para dar um leve beliscão em seu quadril. - Não demore.

Renesme entrou no chuveiro e sentiu uma paz absurda. Era difícil não comparar com as outras vezes que fazia a mesma coisa depois de algumas transas com Alec. Agora era diferente. Tudo estava diferente. Ela se sentia bem, plena, amada. Do nada começou a rir. Sua felicidade era tão grande que poderia gargalhar. Como demorou esse tempo todo para conhecer William?

Passou o sabonete líquido pelo seu corpo e acarinhou os mesmos lugares que ele passou a mão. Era como reviver tudo em sua mente. Podia alguém sentir tanto prazer dessa forma? Era uma pena que não pudesse vivenciar isso de forma plena.

Alguns minutos depois estavam ambos na cozinha. Renesme caçava os ingredientes para preparar o café da manhã. William a observava. Há muito tempo não poderia dizer que se sentia completo. Na verdade, essa era a primeira vez. Nem mesmo os anos todos que passara casado com Helen tinha esse sabor. E eram coisas tão mundanas! O sol entrando pela janela; os pássaros cantando lá fora; o som de chiado da frigideira; o cheiro de ovos fritos. Só os dois naquele pequena cozinha. Ele podia imaginar uma vida muito diferente da sua realidade. Uma vida não tão difícil. Uma vida em que teria Renesme em todos os cômodos de sua casa compartilhando o máximo de horas que pudessem.

— Você merecia um bolo cheio de velinhas que nem o que você me deu.

William se aproximou dela e colocou as mãos em sua cintura. Os seus rostos ficaram tão próximo que ele não resistiu em tomar os lábios dela.

— Quando se completa 49 anos não se pensa muito nisso.

— E como você iria comemorar? Se eu não estivesse aqui, claro.

— Sei lá. Talvez iria num pub aqui perto e beber para esquecer a minha solidão.

— Graças a Deus que eu vim, então. Não quero que comemore sozinho.

— Agora o que eu queria mesmo era poder sair com você. Comer em algum lugar. Andar de mãos dadas, roubar um beijo ou dois e gritar para todos que você está comigo. Isso é meio bobo?

— Um pouco. Mas romances são bobos em geral. Eu também queria fazer tudo isso com você, mas não podemos.

— Eu sei. Me contento em tê-la aqui. Você foi o meu melhor presente.

Aqueles olhos extraordinariamente bonitos suavizaram, e ele lentamente levantou a mão para a bochecha dela. O toque de seus dedos quentes fez sua pele formigar. Renesme, então pegou os pratos e levou a mesa.

— Não sei você, mas estou morrendo de fome.

— Vamos comer, então, meu passarinho.

Aro estava incontrolável! Sua raiva podia ser sentida a quilômetros de distância. Como seu filho poderia ter sido tão estúpido dessa forma? Casos se tinham fora dos holofotes. Mas ele era mesmo um grande idiota!

Agora a situação está mesmo difícil. Volterra estava saindo de seu controle. Antonius estava cada vez mais próximo de roubar o seu trono. A CPI estava perto do fim e nada de prenderem Bono Donnalson. Muito deputado tremia nas bases com essa possibilidade. E ah como ele queria que o prendessem logo, mas tinha que confessar que estava meio temeroso do que poderia sair das bocas traiçoeiras do palácio do parlamento.

Ele estava se afundando e agora seu filho inútil estava pondo tudo a perder. Pegou o primeiro avião e decolou para Belgravia. Quando chegou encontrou todos assustados. Ele não deixaria isso barato. Tinha que pensar em alguma coisa. Ao menos esse casamento tinha que durar.

— Reunam todos por que temos que resolver essa situação. – Gritou ele como se aquelas pessoas fossem seus funcionários.

— Sim, senhor.

— Quero falar com a sua majestade.

— Ele se encontra no escritório, senhor.

— Me anunciem.

Aro andou decidido até o escritório do rei. Estava irritado com a falta de atitude do palácio. Como ainda não haviam lançado nenhuma nota ao menos dando uma justificativa qualquer para tentar acalmar os ânimos. Já tinha dado uma olhada no que falavam no na imprensa e claro que todos estavam contra Alec. Mas o que mais lhe incomodava era o fato de que muitas teorias estavam sendo criadas de casamento falso. Ele não queria que falassem isso, mesmo que fosse de verdade. Queria construir uma imagem de credibilidade, ele bem sabia, com experiência de Volterra, o quanto a boa imagem é importante.

Quando a porta abriu, ele entrou matendo à pose. Queria era tirar esse inútil dessa cadeira. Edward olhou para Aro e revirou os olhos. Pediu aos céus paciência.

— Edward.

— Aro. Sente- se, por favor.

— Gostaria de saber por que nenhuma nota foi emitida para a imprensa sobre o acontecido.

Edward cruzou os dedos e olhou firmimente para o princípe regente de Volterra e tentou manter a compostura.

— Temos um hábito muito coerente aqui dentro. Não entregamos lenha para aumentar a fogueira.

— Mas não acha que nesse caso é necessário? Temos a honra da família agredida.

— O que iremos dizer? Se mentirmos será pior.

Aro respirou fundo já sabendo que seu autocontrole não iria aguentar mais.

— Eu exijo que uma nota seja lançada.

— Fique à vontade. Mas que as consequências virão.

— Eu não te entendo. Não é você que vive preocupado com a imagem da família? Não vê que a crise ainda não passou?

— Eu penso sim. Para mim a instituição e a minha família vem em primeiro lugar. Mas o caso é complicado. Tenho que admitir que esse casamento foi um erro absurdo! O que aconteceu mostra que nossos filhos não estão felizes.

— E o que isso interessa? Casamentos reais são negócios.

— Eu não concordo. Devemos ter o mínimo de sentimento para tentar haver uma força conjunta para enfrentar o desafio que é trabalhar para a monarquia. Sem amor e parceria não funciona.

— Não está me sugerindo um divórcio, está?

— Conversei com minha filha e ela me assegurou que isso não irá acontecer. Eu não quero um divórcio, desejo que eles se entendam.

— Eles vão entrar em acordo. O que não podemos é ficar nesse vexame.

— Vamos deixá-los se resolverem sozinho. Não vamos interferir, Aro, por que isso será pior.

O príncipe regente de Volterra se ajeitou na cadeira com vontade de gritar. Mas não deixaria barato. Ele queria saber se essa calma e pouca ação permaneceriam se Renesme fosse pega traindo Alec.

— Vou lançar uma nota com um esclarecimento.

— Não vou lhe impedir de fazer isso. Mas quero analisá-la primeiro e ai veremos como era será pulicada.

Aro revirou os olhos, mas não discutiu. Edward ainda era o rei.

Em Brocken Hall, Renesme e William desfrutavam um passeio a cavalo. A princesa estava temerosa no início em sair ao lado de seu novo amante em plena luz do dia, mas tentava confiar no fato de que não haveria sequer possibilidade de ter sido seguida até a propriedade. O ar de Genove e a presença de William estavam deixando-a mais confiante, então por que não testar a sorte um pouco mais?

Já William jamais imaginou que voltaria a cavalgar novamente. Manteve os animais na propriedade, mas não era um hábito dele dar passeios como estava fazendo agora. Porém, o que não era divertido ao lado de sua amada? Continuaram andando por alguns minutos até decidirem parar um pouco.

— Eu sempre fui rebelde na verdade. Eu questionava a minha família o tempo inteiro. Se eles queriam que eu fosse magro, eu engordava. Eles ouviam um blues e eu sou alucinado por David Bowie.

— Que pessoal difícil você era! – Renesme falou rindo.

— Eu era mesmo. Uma vez, quando eu tinha 13 anos, pintei o meu cabelo de laranja e lembro de meus pais quase infartarem. Meu irmão gozava de mim o tempo inteiro. Me chamava de Visconde branco gordo.

— Por que você fazia isso com os coitados?

— Ah! Algumas vezes era apenas pra dar trabalho, mas na maioria das vezes era por que eu não suportava a hipocrisia do meio. Ainda não suporto.

— Entendo. Aliais, por causa dessa hipocrisia que a minha situação está como está. A diferença é que eu não tenho margem para ser rebelde. Fui orientada a minha vida inteira apenas a seguir as regras.

— Eu imagino. Depois de tantos problemas com o seu tio, não seria interesante que alguém desviasse dos padrões.

— Sim. Me lembro bem de passar horas com o meu avô conversando sobre isso. Acho que não existirá no mundo um governante como ele. Parecia que sempre sabia o que fazer.

— Carlisle também teve os seus momentos de rebeldia.

— Teve. Mas o importante é isso, revolucionar para o bem.

— É papel difícil, de qualquer forma. Um rei ou rainha não tem vida pessoal. Qualquer coisa que se faça pode prejudicar um país inteiro. Apesar da hipocrisia, reconheço a importancia que se tem o cargo.

Renesme respirou fundo não querendo continuar o assunto. Hoje era dia de não pensar em responsabilidade. Sentiu seu bolso vibrar e pegou o celular. Uma chamada de Emily e uma perdida de Aro. Desligou o celular. William apenas sorriu. A princesa tinha seus momentos de ousadia. Não atender o próprio sogro.

— Aro deve estar elouquecido.

— Ele pode ficar. Conversei com Alec e acertamos um acordo.

— E eu posso saber o que foi? Preciso me preparar.

— Não posso me separar de Alec agora, William. Com Aro na mira da investigação, ficar longe dele ficará mais difícil descobrirmos algo.

— Eu sei meu amor. Jamais cobraria isso de você.

A princesa virou-se para ele e beijou-lhe os lábios. William recebeu o carinho apertando-a mais em seu corpo.

— Não queria ficar com você dessa forma. Não sou o tipo de pessoa que apoia traição. Mas acredito que ficar longe vai ser pior. Quase elouqueci de saudades suas nesse tempo que ficamos separados. Acho que é um caminho sem volta.

— Idem. Tenho fé que em algum momento podemos viver esse sentimento que estamos sentindo de forma mais livre.

— Sim. Não importa o que Aro queira. Alec e eu iremos nos divorciar quando tudo terminar de ser resolvido com relação à mamãe.

— No dia em que isso acontecer, será o escândalo mais prazeroso que vou viver na vida.

— Você é impossível!

William sorriu e abraçou. Ficaram assim, nos braços um do outro, por um tempo. Ele acariciou o cabelo dela, deixando as mechas fluirem por entre os dedos. Ela passou as mãos sobre o peito dele, circulando os braços em volta do pescoço dele para puxá-lo para mais perto.

— Temos que voltar. Já está ficando tarde. – orientou William.

— É uma pena não termos como comemorar o seu aniversário em algum lugar legal.

— Esse já está sendo um dos melhores aniversários da minha vida.

Renesme sorriu e William lhe ajudou a subir novamente no cavalo. Seguiram em cavalgadas mais lentas até a sede do casarão banhados ao pôr do sol mais lindo que a princesa já viu em sua vida. Guardaram os cavalos no estábulo e seguiram de mãos dadas. Ela já amava aquele lugar.

Seguiram até a porta e se surpreenderam ao ver Joel tocando a campainha. Soltaram as mãos imediatamente, mas o policial já suspeitara de tudo. Quando viu a nota oficial do palácio dizendo que havia sido um “mal entendido” que o paparazzi publicou a foto num “ângulo que deixava entender que havia tido um beijo”, ele não acreditara. Só poderia ter sido coisa de Aro e ver Renesme ali de mãos dadas com o seu amigo só comprovava a sua teoria.

— Olá Joel. – William saudou o policial com um desconforto típico de quem era flagrado.

— Olá amigo! Feliz aniversário!

— Obrigado.

— Imaginei que estaria aqui, então trouxe um whisky do bom e esse bolo para celebrarmos.

— Agardeço Joel! Mas não precisava.

— Precisava sim. Joel, você salvou o dia. William estava precisando mesmo de um bolo de aniversário.

— Bom... Podemos entrar? Tenho outro presente para te dar, na verdade, é um presente para os dois.

— Então, entremos logo!

Ambos entraram no grande casarão e William conduziu a princesa e o policial para a sala de estar. Renesme estava curiosa e esperançosa que fossem boas notícias.

— Sean Renard agiu. O espião dele revelou a Adem tudo que ele ouviu e apresentou as provas. Marcaram para amanhã o interrogatório de Bengt.

— Já?

— Sim. Adem está com pressa.

— Será que dessa vez abre a boca? – Renesme perguntou esperançosa.

— Esperamos que sim. Só falta a confirmação dele para que haja uma intimação de Bono Donnalson. – falou Joel.

— Bom, se Bengt falar o que esperamos que ele fale. A CPI já tem uma boa desculpa para indiciar Bono Donnalson. Se isso não ocorrer, sabemos o porquê.

— Não seria o caso de entregarmos James e Emily? – Renesme perguntou.

— No momento não. É claro que esperamos que Bengt esclareça todo o caso amanhã e com o foco em Bono ficará mais fácil pegar Aro no pulo.

— Assim espero.

Sem sentir, Renesme, com alívio e uma sensação de confiança, colocou a mão na perna de William. Joel figiu que não viu aquela intimidade, mas torcia muito para que ambos fossem felizes. A princesa só esperava que tudo tivesse finalmente chegando ao fim. PRESENTE DE ANO NOVO PARA VOCÊS. COMEMTEM BASTANTE!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!