Shadowhunters- 4 temporada- Luz e escuridão escrita por Gi47


Capítulo 9
Paralisada




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Clary recuou um passo enquanto, Magnus se preparava com sua magia, suas mãos brilharam em azul e ficou em posição de ataque, ele ia ataca-la, porém, Clary depois de tomar coragem para machucar a amiga, começou a lutar com Ethel, com a estela que tinha usado para fazer a cerimônia fez a runa de agilidade, força e coragem em pouco tempo.

Clarissa dava-lhe, chutes e socos, sem poder fazer mais que isso, para se defender, afinal, estava sem sua espada serafim, entretanto, Ethel bloqueava todos os ataques da ruiva, com facilidade. 

— Você é fraca, fairchild- disse Ethel, segurando o pescoço da Clary,

— Ethel, lute contra isso, você precisa lutar contra isso- Fairchild tentava a todo custo, tirar a mão de Ethel de seu pescoço, mas era inútil, mesmo com sua runa de força, o aperto da mão de um anjo possuído era extremamente forte, para se soltar com facilidade

— Lamento decepciona-la, Clarissa, mas eu escolhi isso, eu quis que ele me possuísse...- Ethel mal terminou de falar, e foi jogada para longe com uma magia azul que conhecia bem. Magnus a havia atacado, estava inconformado com o que acabará de ouvir.

— Tem ideia do que fez? Porque pediu que ele fizesse isso? – Magnus gritava, estava preocupado com o anjo em sua frente, porém, não perdia a compostura, não perdia a força, e lançava várias rajadas de magia na ruiva.

Ethel já havia se levantado e defendia-se dos ataques com bolas de fogo celestiais, sem parar de usar o seu poder, ela respondeu o feiticeiro

—  apesar de suas exaustivas tentativas de não me deixar sozinha, Ligtwood- Bane- Ethel dizia o sobrenome de Magnus com profundo rancor e desprezo, o asiático não levou em consideração, sabia que era seu pai, ainda não aprovando o casamento de ambos. Ethel continuou- enquanto vocês dançavam com seus belos pares, eu fiquei sozinha, no canto, abandonada - Na última parte a ruiva gritava para Magnus.    

Ambos estavam lutando a todo vapor, Magnus disse, ainda tentando entender o que a Ethel, queria com tudo aquilo:

— Então é sobre isso que se trata? Sua solidão? – Questionou Magnus, com descrença daquilo, não podendo acreditar que aquele era o motivo de tamanha estupidez

— Não é apenas isso, é rancor, é culpa e é dor- as jarradas de fogo celestiais que Ethel lançava contra o feiticeiro ficavam mais fortes.

— Sinto muito por sua dor, mas jamais deveria ter aceitado que a possuísse- tentou consolar e avisar o anjo a sua frente.  O feiticeiro não estava conseguindo lidar com tanto poder mais.

 Quando parecia que Magnus estava perdendo a luta, Alec apareceu tentando atirar uma flecha, para tentar ajudar seu marido. A flecha foi segurada no ar por uma fumaça negra de demônio por uma mão de Ethel e a outra mão lançava fogo no outro oponente.

Ninguém desistia, nem Alec e nem Magnus, desistiam de lutar com ela, Ethel, porém, já estava sem paciência, e com a mesma fumaça negra que havia usado antes, pegou o pescoço de Alec, e direcionou para a sacada.

— Não muito tempo atrás, recordo-me que quase caiu nessa mesma sacada, estou certa? Gostaria de repetir a experiência? – A ruiva usava sarcasmo, desprezo e raiva na mesma fala.

Magnus parou de lutar, e disse com tanta dor e preocupação que cortariam o coração de qualquer um, exceto de Ethel possuída por Asmodeus.

— Pare com isso, Ethel, o que pensa que vai ganhar com isso? - Magnus tentava a todo custo, parar com aquilo, tentava colocar juízo em sua cabeça, sem magia, sem força.

Ethel fechou os olhos, por um momento, tentando limpar a mente, tentando acabar de vez com tudo aquilo, tentando deixar Asmodeus de lado apenas um pouco, porém, as únicas coisas que pensavam eram

“ Quando que ela deu espaço para Asmodeus, fazer sua mente ficar tão adormecida? Quando que seus pensamentos, sua consciência se perderam? Aliás,  quando ela própria se perdeu? Todas as palavras que saiam de sua boca, pertenciam a Asmodeus, ela estava paralisada dentro de si, sabia disso, permitiu que isso acontecesse” então com raiva, com tristeza pelo que fez, abriu os olhos, sorriu e disse:

— Tem razão, é muito fácil apenas jogá-lo da sacada – Ethel olhou para Magnus e depois para Alec, e sorriu mais ainda. Continuou: - já que vocês se amam tanto, o que acham de ficarem inconscientes juntos?

— O que você quer dizer com isso? - Perguntou Alec com dificuldade, mas desconfiado

Ethel não respondeu, apenas jogou Alexander na direção de Magnus, fazendo ambos caírem, assim, como os dois ficaram realmente inconscientes no chão.

Clary tentou mais uma vez lutar com a Ethel, pegou uma flecha, que fazia parte das flechas da aljava e do arco de Alec que ele havia pego do instituto, e se aproximou da ruiva, fincando a flecha no peito de Ethel.

Devido a isso, o vestido de Ethel ficou sujo de sangue, o liquido vermelho escorria no tecido multicolorido, a moça não se abalou, o ferimento curou-se rapidamente, então, ela pegou a flecha e depositou no ombro de Clary. Enquanto a caçadora de sombras, tentava se curar com uma iratze, o anjo abaixou-se e disse:

— Tem que parar de travar lutas que não pode vencer- e acariciou o rosto de Clary enquanto a mesma perdia a consciência. 

— Ethel, deixe-a em paz- Isabelle disse chegando perto de Ethel

Ethel virou-se para a morena e disse com sarcasmo:

— Há, olhe só a Parabatai, sentiu a dor dela? Quer senti-la na sua própria pele?

— Ethel porque está fazendo isso? – Isabelle tentou conversar com ela invés de lutar por enquanto

— Porque está errada sobre mim, sempre pertenci as trevas, este é meu lugar, sempre será- Ethel apontava para si mesma

— Não, não percebe que Asmodeus está usando você? Você está tão coberta de trevas que não consegue ver? - Perguntou Izzy já preparando o seu chicote, já sabendo que não iria convencê-la  

— Talvez, eu esteja cega, mas esse chicote te faz útil, então, vou tira-lo de você- sorriu Ethel,

— Você pode tentar- sorriu Izzy, esticando seu chicote até a garganta de Ethel, tentando enforca-la, o chicote prendeu no pescoço da ruiva.

Ethel tentando respirar, de algum jeito pegou o chicote de izzy, puxando-o e levando Isabelle consigo, a morena então bateu as costas na parede com força

— Eu sinto muito, Izzy, você foi a única que chegou perto de realmente me matar, eu admito você é forte, porém não o suficiente- Disse ela se abaixando para ficar na altura de Izzy.

Isabelle irritou-se e deu um soco no rosto da ruiva, a mesma se impressionou a ver sangue em seu nariz, e sorriu dizendo:

— Isso fez cócegas- Ethel, então pegou a garganta da morena, enforcando-a e deixando-a inconsciente     

— Se eu fosse você deixaria a Izzy, em paz- falou Simon, usando sua velocidade para tirar Ethel de perto de Izzy, a colocando na beira da sacada, quase caindo, Simon a segurava pelo pescoço, na beirada da sacada, com seus dentes prontos para morde-las. Ethel então, falou sussurrando para ele:

—  você acha mesmo que é alguém só porque é um vampiro? Você é um nada, e vai continuar sendo um nada

Simon perdeu a paciência, e bateu a cabeça dela na borda da sacada, Ethel sentiu o sangue escorrendo na cabeça, mas sorriu como provocação, irritado ele fala:

— Pelo menos eu sei o que sou, pelo menos sei quem eu sou, diferente de você-  Dessa vez, Ethel perde a paciência e o empurra para longe com sua força descomunal, Simon fica novamente com seus dentes a mostra, mas antes que pudesse fazer algo contra ela. Ethel, quebra o pescoço de Simon, não o matando, mas deixando-o inconsciente.

Respirando fundo, e se virando, ela é atacada por Luke, como um lobisomem, os dois lutam um pouco, mas ela o joga para trás, se levantando ela olha para o Luke já humano caído no chão, e fala:

— Sim, se finja de morto, fica melhor assim- ela foi em direção a Maryse, e começou uma conversa com ela:

— Maryse, tenho pena de você, acha mesmo que pode me controlar? Me domar? - As duas ficaram se rodeando uma a outra, até que Maryse revidou

— Você machucou minha família inteira, acha mesmo que eu não tentaria domar você? Acha mesmo que eu não a controlaria? É um monstro e sabe disso

—  Bom, se sou um monstro, lute comigo

Ambas lutaram, mas como sempre Ethel ganhou a batalha.

Cansada mentalmente e fisicamente ela ficou parada, observando tudo ao redor, observando a chacina que tinha feito, ela fechou os olhos, e deixou sua mente afastada novamente de Asmodeus apenas por alguns minutos

“ Onde estão sentimentos que ela tinha? Após essa batalha toda deveria estar arrependida, mas não estava. Não sentia mais nada, estava paralisada, onde estava o seu verdadeiro eu? Ela estava perdida dentro de si, isso estava matando-a por dentro, permitiu que Asmodeus a deixasse paralisada dentro de si”

— Ethel, olhe para mim, Ethel o que foi que você fez? – Ethel escutou Jace no fundo de sua mente. Interrompendo seus pensamentos, ela abriu os olhos, e o viu com uma espada serafim, provavelmente ele e Alec saíram para buscar suas armas, e o caçador só voltou agora.

— Eu os machuquei, Jace, todos eles, cada um deles- sua voz embargada enquanto falava, mas o tom sombrio voltou e seus olhos ficaram negros, quando ela continuou- e você será o próximo

Ethel foi em direção a ele, preparada para ganhar mais um combate, mas foi em vão, Jace foi mais rápido, e a esfaqueou com a espada Serafim, Ethel se ajoelhou no chão, com a mão no ferimento, Jace se ajoelhou também, conversaram

— Eu sinto muito, tive que fazer isso, eu sei como é ter um lado sombrio, sei também como é pertencer as trevas, eu sei como é ficar no lado inimigo, eu sei como é ficar dividido entre trevas e luz, precisa lutar contra isso, precisa deixar esse demônio sair de você- Jace dizia enquanto depositava suas mãos em seus ombros

Ethel chorava, mais pensamentos invadiram sua mente

“Quando foi que ela ficou tão fria? Ela estava envergonhada, onde está a pessoa que conhecia? Deve tê-la deixado quando Asmodeus a possuiu, claro que essa pessoa que era a deixou com toda a fé que tinha, mais uma vez sabia que estava paralisada, não havia mais sentimentos, ela não sentia mais nada que deveria, estava paralisada totalmente”

Ethel estava com medo de morrer e estava com medo de viver, decidiu então não passar por isso sozinha, e disse para Jace que estava em sua frente

— Jace, você fez o certo, obrigada, Asmodeus está me possuindo, eu cometi um erro-

— Você ficará bem agora não se preocupe- Jace se levantou, e foi na varanda ver como estavam Magnus, Alec, Clary e Simon, ele ficou assustado com o que viu

— Eu sinto muito, eu não queria- disse colocando uma mão em seu ombro

— Bom, não é a mim que tem que se desculpar, olhe ao seu redor, passou dos limites Ethel

Ela ia dizer algo, mas ela caiu de joelhos no chão novamente, uma fumaça negra saiu de sua boca, essa fumaça negra transformou-se em Asmodeus, que finalmente saiu devido o ataque de espada serafim que Jace fez em Ethel.

Ambos ficaram assustados, Jace lutou com ele mas perdeu, Ethel continuava ajoelhada, Asmodeus se agachou e sussurrou em seu ouvido:

— Abra um portal, agora- fraca para lutar, ela o fez

O demônio pegou Magnus e Alec, pelo pescoço jogando-os pelo portal, ele iria passar, mas a voz fraca da ruiva perguntou

— O que pretende fazer com eles?

— Torturar, talvez matar

— Teria coragem de matar seu próprio filho?

— Ele me pois no limbo, acha que eu não teria minha vingança?

— Você possuiu meu corpo, minha voz e minha mente porque estava tão desesperado por vingança? – Levantou-se irritada, e com desprezo na voz

— Não é um bom motivo para você?

— Absolutamente não, o que pretende fazer comigo?

—  você ainda pode ser útil, venha comigo, meu anjo, e deixarei seus amigos viverem- ele estendeu a mão para ela 

— Vamos deixar as coisas claras, você pode ter me usado, mas, não sou seu anjo, dito isso, aceito sua oferta- ela pegou a mão dele com nojo.

E ambos, passaram pelo portal.


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