Shadowhunters- 4 temporada- Luz e escuridão escrita por Gi47


Capítulo 10
A descida até o inferno é fácil




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799000/chapter/10

Clary foi a primeira a acordar, olhou assustada para todas as pessoas machucadas naquele apartamento, não encontrou Ethel, nem Alec e também não encontrou o feiticeiro, Magnus, preocupada com isso, ela foi acordar Jace, já que ele estava desmaiado devido a luta com o demônio maior.

Jace despertou, aceitando a mão de Clarissa para levantar-se, o casal se abraçou, estavam aliviados de estarem bem. O loiro acariciava o rosto de Clary, enquanto a ruiva fechava os olhos. Em um sussurro Jace falou para ela, aliviado

— Você está bem, graças a Deus- Clary sorriu ao ouvir essas palavras, porém, o sorriso durou pouco, mesmo gostando do carinho, ela retirou a mão de Jace de seu rosto, e sorriu preocupada

— Eu estou bem, mas Alec e Magnus... não estão aqui, nem Ethel... ela deve ter os levado, Jace, precisamos...

— Ethel está livre, Asmodeus a deixou, bom, acho que não tão livre assim, aquele monstro deve ter capturado os três

— Para que lugar vocês acham que ele os levou? - Isabelle perguntou já levantando, massageando a garganta dolorida. Jace vendo-a ao seu lado, colocou uma mão em seu ombro, e a perguntou se ela estava bem, Izzy apenas respondeu-lhe com um meneio de cabeça, afirmando que estava bem.

— Minha teoria?  No limbo, seria o palco perfeito para a batalha dos quatro- teorizou o loiro, cruzando os braços, deixando as duas muito mais apreensivas.

—  Não faria sentindo, apenas Alec e Magnus estavam inconscientes, Asmodeus sabia onde queria ir-  opinou Clary agora que havia pensando melhor

— Então, a onde será que podiam ter ido? – Perguntou Simon, que estava trazendo seu pescoço para o lugar certo, enquanto, levantava-se, ouvia a conversa e fez a pergunta que todos queriam uma resposta.

— Poderia ser para o inferno, há muitas dimensões que eles poderiam ter ido, Edom não era a única- disse, sugerindo Isabelle

— Precisamos de um feiticeiro confiável para os rastrearmos, se for esse o caso- declarou Jace, indo até a mesa de operações, e procurando por feiticeiros.

Todos chegaram a conclusão de que Tessa Gray, uma amiga de longa data de Magnus seria escolhida, Isabelle mandou uma mensagem de fogo para moça.

E em poucos minutos um portal se abriu revelando uma dupla de amigos de Magnus, Theresa “ Tessa “ Gray e James “Jem” Carstairs . Tessa tinha cabelos e olhos castanhos enquanto Jem tinha cabelos brancos platinados e um rosto oriental. Todos se abraçaram e se complementaram.

Tessa rastreou o seu amigo, e descobriram que todos estavam em Duduael, uma dimensão do inferno que era vizinha a Edom, depois de abrir um portal, ela disse para Clary

— Traga-o de volta em segurança, Srtª Fray – a feiticeira disse gentilmente, mas firme

— Pode deixar, ele voltará seguro conosco, os três, eu prometo. – a última passar pelo portal foi Clary.

Todos chegaram a duduael, e Isabelle, querendo encontrar seu irmão e seu cunhando, junto com sua mais nova amiga, rapidamente, foi em direção a ruiva. E disse para a mesma:

— Vamos, Clary, eles precisam de nós

 Ela estava segurando o arco de flecha do irmão, e ambas os rastrearam com suas novas runas parabatai. Enquanto, Jace e Simon, as observaram. Depois de um tempo, ambas se separaram.

— Nós os encontramos, é melhor nos apressar, o sinal está fraco, e o lugar é longe, então, vamos

Todos foram caminhando até o lugar que eles estavam.

Em um lugar escuro, cheio de flores negras, e plantas secas e podres, estava Alexander Gideon Lightwood – Bane, o moreno havia despertado, e sentiu uma enorme dor de cabeça, então, colocou a mão onde doía, pôde var algo espesso e gosmento, sangue, ele aparentemente, estava com sangue na testa  e na cabeça, depois de ter sido arremessado em direção ao seu marido, Magnus, por Ethel possuída, ele quis salvar o marido, e acabou sido posto na beira da sacada, e jogado em direção ao amor de sua vida ... então o pensamento dele foi para o homem que amava, Magnus, o grande feiticeiro, onde ele estava? Aliás, em que lugar que ele próprio estava?

Com grande dificuldade ainda cambaleando, ele olhou em volta, as flores e as plantas, eram tão mórbidas que ele as ignorou, porém, ele não pôde ignorar as grades que o cercavam, ele se agarrou nas barras, e seus olhos se encontraram em duas pessoas.

Magnus Ligthwood- Bane, seu marido, também preso, desacordado, e aparentemente machucado, ele queria chama-lo, gritar pelo seu nome, acorda-lo, perguntar se ele estava bem, e se não, conforta-lo, Alec queria abraça-lo e ama-lo,  mas sua voz ficou presa na garganta ao ver Ethel.

Parecia que ela não estava mais possuída por Asmodeus,  ela estava ajoelhada, acorrentada pelos braços, uma corrente dourada e bela,  manchadas com seu próprio  sangue ,   afinal,  o anjo estava totalmente machucado, com ferimentos, cortes e roxos em todo seu corpo, seu vestido preto e branco, estava rasgado e também sujo de sangue e poeira, sua cabeça estava abaixada, os cabelos vermelhos estavam escorridos. Caídos em sua face e sem brilho. 

— Ethel- ele sussurrou, apavorado e preocupado

Ela levantou a cabeça assustada e olhou para Alec preso. O arqueiro ao vê-la com o semblante tão triste e sangrando. Ficou com medo de quebra-la ainda mais, mas tomou coragem, e perguntou:

— Onde nós estamos? O que houve? – Ele segurava as barras com preocupação, olhando-a.

— Em uma dimensão demoníaca... eu não sei qual, Duduael, eu acho- ela respondeu com a voz rouca e fraca- e ele nos capturou, e torturou-me, disse que eu seria útil..., mas minha utilidade foi ser torturada por ele- lágrimas escorreram por seu rosto

— Ethel ... eu sinto muito- aproximou-se das barras, sentindo o gelado daquele metal

— Não sinta, com certeza ira tortura-los também- disse sussurrando

Alec ia dizer algo, porém, ele viu Magnus acordar, e olhar em volta no ambiente, tentando usar sua magia, mas parecia que não funcionava, então, ele chamou a atenção para ele, e o chamou:

— Magnus, estou aqui, eu te prometo que vai ficar tudo bem- ele esticou a mão entre as barras para ele pegar, e ele tentou, mas a distância o impedia, apenas tocaram as pontas dos dedos, e Magnus disse:

— Alexander, que bom que está bem, mas não faça promessas que não pode cumprir- ele disse sombriamente

 O feiticeiro viu Ethel, e ficou chateado ao vê-la daquele jeito, ele ia dizer algo, entretanto, Asmodeus chegou no recinto

— Ora, ora, finalmente acordaram, que bom, achei que ia ter que os tortura-los para acordarem- ele disse em tom de desprezo e ódio

Magnus segurou as barras com raiva e gritou para o demônio maior:

— O que pretende com tudo isso? – Perguntou Magnus preocupado

— Vingança, por ter me posto no limbo- respondeu seriamente, se aproximando da grade

— Quando eu fiz isso, pensei ter me livrado de você- disse com sinceridade e rancor

— felizmente, eu tive ajuda para sair, não é Ethel?- ele se aproximou da ruiva, e segurou seu queixo, forçando-a a olha-lo, ele sorriu enquanto ela o olhava enfurecida

— Asmodeus deixei-a ir, deixa-os ir, sua vingança é comigo- Magnus tentou dizer para o pai

— Eu vou deixá-los ir, não se preocupe, se me der sua marca de feiticeiro e sua imortalidade- disse o príncipe do inferno com um sorriso maligno no rosto

— Magnus não, não faça isso, por favor- implorou Alec, que estava calado até agora, segurava as barras com desespero e força

Asmodeus aproximou-se da cela de Alec, e a abriu, pegou o caçador de sombras pelos cabelos com força, e disse sussurrando com raiva:

— Meu filho, merecia alguém muito melhor

— Acredite em mim, seu filho merece um pai muito melhor que você- Alec respondeu com ódio, também sussurrando

Asmodeus perdeu a paciência e empurrou a cabeça de Alec na grade, fazendo a testa do arqueiro sangrar ainda mais, devido ao corte profundo que se abriu.

Querendo ameaçar ao filho com o estado em que o homem que ele ama está, ele segura novamente os cabelos dele, e sai de cela de Alec, dando a Magnus uma imagem privilegiada do rapaz, com o rosto ensopado de sangue.

Alexander não parecia sentir dor, mas o olhava com lágrimas nos olhos, fazia perguntas silenciosas para Magnus: “Você consegue ouvir o silêncio? Consegue ver a escuridão? Pode consertar o que foi quebrado? Você pode sentir meu coração? ”

Magnus, sabia as respostas para essas perguntas, se entregar, o viu desse jeito e aceitou, dar-lhe sua imortalidade, com um olhar de orgulho, Asmodeus o empurrou novamente na cela, e abriu a cela que prendia Magnus.

— Magnus não- implorou novamente Alec

— Desculpe, Alexander não posso afogar meus demônios, eles sabem como nadar- ele disse acabando com a discussão.

Asmodeus e Magnus ficaram frente a frente, o demônio maior, esticou o braço, e luzes negras e douradas saíram dos lábios de Magnus e entraram na boca de Asmodeus, passando assim sua imortalidade para ele.

Depois disso Magnus caiu no chão com olhos fechados, Alec saiu de sua cela, que Asmodeus deixou estupidamente aberta, e foi em direção não a Magnus, mas a Asmodeus.

 Segurou o pescoço do demônio maior, e disse chorando e com raiva sem se importar com a quantidade de sangue que escorria de sua face

— Você deveria ter me matado, se quis vingança, poderia ter me matado, como pôde matar seu próprio filho? Ele deveria ser imortal- Alec estava desesperado, e nessa vulnerabilidade, Asmodeus arranhou o alec com suas garras, e pegou uma espada demoníaca que estava como enfeite na parede da prisão, e com um único golpe esfaqueou o caçador de sombras.

— Cuidado com o que deseja- deixou o rapaz no chão, abriu um portal, e foi embora

Enquanto isso Ethel observava Alec deitar ao lado de Magnus com hesitação, parecia que ele estava com medo de se aproximar e medo de ficar sozinho, Ethel por sua vez ansiava por aquele sentimento de não sentir nada. Viu Magnus morto e Alec neste estado e não podia fazer nada. Essas correntes tiravam seu poder.

Então, aliviada ela ouviu lâminas serafins sendo usadas, passos desesperados e respirações ofegantes. Olhou para a frente, e ela os viu: Clary, Jace, Isabelle e Simon, sangrando e suados pela batalha. Ela sorriu, mas o sorriso durou pouco

— Chegaram atrasados, chegaram muito atrasados

Todos observaram o casal, mortos e feridos no chão, e as expressões tornaram-se tristes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Shadowhunters- 4 temporada- Luz e escuridão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.