Shadowhunters- 4 temporada- Luz e escuridão escrita por Gi47


Capítulo 5
Problemas no paraíso




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Flashback

No céu

Ethel estava em frente a dois anjos, Ithuriel e Raziel, que tinham como dever ordena-la a retirar as runas de Clary. Ithuriel não queria retirar as runas e as memórias de clary, pois tinha uma dívida com ela, desde que ela o salvou de Jonathan e Raziel não queria que seu irmão passasse por isso.

Então, escolheram Ethel, a que mais obedecia às ordens, a ruiva era um soldado excepcional, e por isso a chamaram.

— Ethel, você foi escolhida para tirar as runas e as memórias de Clarissa Fairchild- Anunciou Raziel, que era o líder

— Eu não vou fazer isso, ela salvou os caçadores de sombras, matou Jonathan, temos uma dívida com ela - recusou Ethel, levantando-se da cadeira feita de ouro que estava sentada, dando as costas a seus superiores, ainda os ouvindo

— Ela abusou dos poderes que foram dados a ela- Explicou calmamente, Ithuriel, observando-a intrigado  

— Para salvar os institutos, ela foi uma heroína- Virou-se para eles, olhando especificamente para Ithuriel

— O dever de Clarissa, era para ela parar de fazer runas, e não foi isso que ela fez, ela será punida- Argumentou o líder

— Tudo bem, mas não por mim- disse a ruiva, mantendo sua opinião

— O que está acontecendo com você? Você sempre cumpriu ordens, porque agora seria diferente? - Quis saber Ithuriel, se levantando calmamente, indo até ela.

— Porque eu não acho isso justo, Ithuriel, ela salvou sua vida, matou Jonathan, fez você voltar ao céu, não acho que devemos puni-la por isso, por tais feitos- defendeu-se a ruiva

— Você não tem que achar nada, é seu dever, e será feito ou se não o fizer será expulsa, banida do céu- disse Raziel, ameaçando-a

Ambos ficaram assustados com a ameaça dele, e o loiro, Ithuriel tentou por algum juízo na cabeça do líder

— Está exagerando, apenas chame outro anjo para fazê-lo, não há necessidade disso- tentou dizer o anjo para Raziel

— Ithuriel tem razão, sempre fui competente para cumprir meu papel, só porque recusei-me a obedecer uma única coisa, serei expulsa por isso?  Você é um anjo ou demônio, para dar medidas tão drásticas a seus soldados? - Exaltou-se Ethel

Raziel enfureceu-se ao ouvir essas palavras, seus olhos antes dourados ficaram-se vermelhos, ele caminhava rapidamente em direção a Ethel, suas asas abrindo-se bruscamente

— Além de se recusar a obedecer, você ainda comete um ato de blasfêmia contra seu superior, você será banida por sua insolência - gritou Raziel   

— Tem razão, Ethel, dessa vez passou dos limites- Concordou Ithuriel

— Eu.... Me desculpem, eu não queria...- tentou dizer a ruiva, mas já era tarde demais

— Ithuriel, abra um portal- mandou Raziel para seu irmão

— Para onde? - Perguntou, estendendo as mãos, preparando-se

— Para o inferno- anunciou

— Tem certeza disso? Edom está destruída agora- perguntou Ithuriel assustado com a proposta de seu superior

— Tem muitos outros reinos no inferno, Edom não é o único.

Após isso, o portal foi feito, fazendo os cabelos e as roupas voarem com o vento que aquele portal aberto fez.

— Não acha que está exagerando? Tudo bem que cometi uma blasfêmia, mas mandar-me para o inferno? - Assustada, a ruiva tentava colocar juízo na cabeça dele

Porém, o portal já estava aberto, com a cor dourada e pegando fogo, esperando alguém passar por ele.

A ruiva estava na frente daquele monte de luz, com lágrimas nos olhos.  Relutante, ela virou-se novamente para ambos, anunciado

— Eu não vou, Ithuriel, Raziel, por favor, eu não quero ir- disse chorando, desesperada

Raziel pegou seu arco e flechas, a arma acertou bem nas suas asas, as belas plumas das costas dela desapareceram, caíram.

Entretanto ela apenas ajoelhou-se, ficando em frente aos dois outros anjos. Raziel pegou outra flecha, e dessa vez, foi em seu pescoço, ela não sentiu dor, porém, deixou-a fraca.

Passou pelo portal com aquela flecha fincada em seu corpo, deixando-a inconsciente.

No Limbo.

Ethel abriu os olhos, puxando o ar com força, seu vestido branco estava imundo. A ruiva sabia que estava no limbo, de algum jeito, observando desesperada ao redor.

 O céu era escuro, cheio de trevas, o chão negro, arvores sombrias e secas, havia várias pessoas tristes, distorcidas, sem expressão, por assim dizer, essas pobres almas estavam gritando, implorando por socorro, gritos amargos, cheios de dor. Haviam sombras ao redor daqueles corpos. Que os atormentavam.

 E tinha uma ideia de como tinha acordado, apesar de ter perdido suas asas, ainda era um anjo, anjos tem uma força vital, muito maior que qualquer criatura.

Levantou-se, andando pensando se algum dia, teria aquela sombra ao seu redor, que seus gritos ecoariam na próxima vítima daquele lugar sinistro, atormentada com a possibilidade de nunca sair dali, desesperada ela estava, que mal tinha pensando que era um anjo, e anjos podem acessar portais.

Mas ela estava com a mente tão obscura que a única coisa que pensou é que jamais alguém deveria acordar no limbo, ela o fez, e aquilo iria persegui-la para sempre.

De repente, parada na frente de um homem com uma expressão, não de horror ou de desespero, mas sim com uma expressão de raiva, de ódio, sua imagem ficou turva, uma mancha deslocada na sombra apareceu no seu campo de visão, atraindo-a para se aproximar e ver quem estava ali. Ela tocou no coração daquele ser, que parecia um demônio, e o corpo dele foi tomado por chamas.

Aquela criatura, aquele demônio, algo havia despertado dentro daquele ser, e aquela mancha, transformou-se em escuridão. A escuridão entrou na boca dele, e ele abriu os olhos. Negros como a noite.

Ele foi até ela, rápido demais, segurando a garganta de Ethel, perguntando com uma voz arrogante e rouca, talvez por ficar bastante tempo, sem falar nada:  

—Quem é você? E o que fez comigo? - Perguntou abalado, sem respostas do que era ela.

—Se me soltar primeiro, ira entender melhor o que digo, vai por mim- tentou ela dizer, com uma mão forte apertando seu pescoço

Ele soltou a mão do pescoço dela fortemente, praticamente jogando-a no chão, ele se abaixou também, observando-a. ela enfim, diz com a mão no pescoço, com dor:

— Chamo-me Ethel, sou um anjo, fui banida do céu, por dois motivos: recusei-me a tirar as memórias e as runas de Clarissa Fairchild morgenstern e chamei o anjo Raziel de demônio, ou seja, cometi blasfémia, e eu não sei porque estou perdendo meu tempo falando com você- Ela explicou-se irritada, tentando levantar, mas ele segurou seu braço, trazendo-a de volta ao chão.

— Há tempo de sobra aqui- disse Asmodeus a segurando

— Não, me solta- tentou Ethel desesperada

—  não farei isso, . Poderá ser-me útil no futuro, aliás, quem sabe? Poderá ser-me útil agora, afinal, é um anjo- anunciou para a garota

— E por falar nisso, quem diabos é você? E como saímos desse inferno? - Perguntou exasperada, observando-o, esquecendo-se novamente que poderia acessar um portal e ir embora, mas aquela criatura, de alguma forma a atraia  

— Diabos? Inferno? Exatamente, estou surpreso que não saiba da minha existência, Asmodeus, príncipe do inferno, e até você aparecer não tinha como sair desse lugar, querida- levantou-se rodeando o corpo dela, parando nas costas, e ajoelhando-se

— Agora você é o príncipe de pessoas praticamente já mortas, gritando por suas vidas- virou-se para ele, com raiva

— Não é nenhum pouco diferente do inferno- esclareceu o príncipe

— O que quer de mim? - Questionou dessa vez assustada.

—Voltar para Edom, ou para terra, e só um anjo como você poderá fornecer tal coisa- sorriu, um sorriso cheio de maldade

— Não vou leva-lo para lugar nenhum- declarou-se, tentado levantar, pois já havia recordado, dos portais, e queria livrar-se do transe dele, mas ele a puxou novamente.

— Não há necessidade. - Avisou Asmodeus

Ele colocou as mãos nos olhos dela, mãos essas que tinham unhas negras e pontudas, e Ethel gritou de dor. O antigo príncipe do inferno e o atual príncipe do limbo, Asmodeus, se desintegrou, tornando-se fumaças e entrando na boca de Ethel. Quando acabou seus olhos tornaram-se negros.

A mando dele, ela abriu um portal, negro e dourado, pegando fogo. Dessa vez ela estava com sua consciência.  

 Pensou em Clary quando abriu o portal, antes de Asmodeus faze-la perder quase a memória, exceto seu nome. Passou pelo portal e saiu do limbo.

Indo para a terra.

Encontrando Clary, na frente do instituto, se ela ainda tivesse as memórias, poderia jurar que o anjo já havia cumprido a ordem, mas para uma Ethel que também perdeu a memória ela parecia bem. Clary, ela estava linda com aquele vestido vermelho.

Ethel quase desmaia, mas antes havia sido amparada por Clarissa que a segurou, perguntando educadamente

—  você está bem? Não, você não parece bem, vou leva-la para casa, venha comigo- perguntou e já havia respondido Clary pela garota

— Você confia em mim? Quem é você? - Perguntou Ethel

— de alguma forma eu confio sim, há sim, sou Clary, e você quem è?-

— Ethel- disse confusa

— e você, confia em mim, Ethel?- Perguntou Clary, determinada a ajuda-la

— Totalmente

—Ótimo

Ambas as ruivas, confusas, voltando para a casa, andando na escuridão da noite.


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