Shadowhunters- 4 temporada- Luz e escuridão escrita por Gi47


Capítulo 13
Corvus oculum corvi non eruit


Notas iniciais do capítulo

Tradução: Um corvo não arranca o olho de outro corvo.

Esse ditado transmite a seguinte mensagem: duas pessoas não se prejudicam enquanto for conveniente para ambas.
Significado do titulo :

Tradução: Um corvo não arranca o olho de outro corvo.

Não podemos ignorar o simbolismo do corvo, ave geralmente associada à morte e ao mau agouro. Portanto, os corvos do ditado podem ser vistos como pessoas de má índole, que estão unidas por interesse e só não se prejudicam porque essa aliança ainda é útil.

( Jonathan e Asmodeus)



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Ainda nos corredores, de noite, Ethel, Magnus e Alec, estavam respirando fundo, tentando processar o que havia acabado de acontecer. Foram atacados por um demônio maior que pode se transformar em trevas, em pleno instituto, eles achavam que estavam seguros lá, porém não estavam

Alec suspirou, e disse para Magnus:

— Quando eu me casei com você, fiz uma promessa a mim mesmo que iria dar-lhe uma vida rotineira e pacifica, porém, aparentemente estou lhe dando uma vida cercada de aventuras e caos. Eu sinto muito por isso.

— Não sinta, Alexander, eu não poderia querer de nenhum outro jeito- Magnus disse suavemente, ele continuou – Porém, acho que devemos esquecer isso por enquanto, vamos tentar dormir, e amanhã falemos sobre isso para os outros

— Sim, claro vamos

Os três então foram definitivamente se prepararem para dormir.

No dia seguinte, todos foram tomar o café da manhã, nesse evento, o trio disse absolutamente tudo o que aconteceu para os outros, depois do desejum Clary e Jace foram conversar com Jonathan.

— O que houve com você e Asmodeus aqui noite passada? Explique-nos nos mínimos detalhes – Jace perguntou, friamente e irritado

—Ele me atacou, tentou me matar- respondeu Jonathan, sombriamente, seu rosto sem muita expressão

— E porque não fez? Ele é um demônio maior, um monstro, um ser maligno, e você também, não entendo por que não se mataram? - Questionou Jace novamente, recebendo uma cotovelada de Clary

— Eu não o matei pois caso não tenha percebido estou preso- retrucou Jonathan grosseiramente

— E Asmodeus não matou você. Porquê? É isso que quero saber? - Irritou-se Jace, segurando a camisa de força que ele usava, tentando se controlar para não fazer coisa pior, enquanto Clary segurava o braço dele, pedindo para que ele se acalmasse

— Eu o persuadi apenas a não me matar, porém, eu prometo, solte-me e ajudo a mata-lo- tentou argumentar Jonathan, mentindo, manipulando Jace e Clary e todos no instituto

— Como podemos confiar em você? Estava aqui com ele, ambos pertencem as trevas, não confio em você, Jonathan- Clary disse cruzando os braços, após Jace soltar ele violentamente.

— Confie na minha raiva, no meu ódio, na minha escuridão, e no amor doentio e obsessivo que tenho por você, Clarissa morgenstern Fairchild, são as únicas coisas que tenho a oferecer- dessa vez quem se irritou foi Jonathan, que já havia perdido a paciência.

— Cuidado com que fala, Morgenstern, não hesitaremos a devolve-lo ao inferno se aprontar alguma-  foi o último aviso de Jace antes de solta-lo, sim, com hesitação, desconfiança e com medo do que ele pudesse fazer, mas o soltaram.

O irmão de Clary caiu ajoelhado no chão, Jace o levantou com força e com raiva tirando a camisa de força que ele vestia, enquanto o olhava com uma expressão de puro ódio, e Jonathan parecia se divertir com isso, orgulhoso de si mesmo por ter causado tamanha repulsiva em seu adversário.

— Eu não acredito que estou dizendo isso, mas, pronto está livre, Morgastern- jace disse com puro nojo

— Com prazer- Jonathan sorri com uma alegria mórbida, e sai daquele cubículo com velocidade.  

Enquanto isso, após Ethel ter tomado a pequena refeição do dia, ela pediu licença, e foi fazer uma caminhada no instituto, encontrou a estufa, e lá entrou.

Estava observando as flores, com um sorriso triste no rosto, estava pensando em tudo o que fez na jornada desde que caiu do céu, remorsos se acumulam como velhos amigos, ela pensava, enquanto pegava uma flor, uma pequena luz, tentando sair um pouco da escuridão que a cercava, tentando se livrar das trevas do remorso que a sucumbia.

 Ela estava lá, afastada de tudo e todos, para esquecer seus momentos mais sombrios, porém, tentando esquecer, acabou revivendo-os, ela não conseguia encontrar uma saída para a culpa que estava sentindo, não via uma saída para tirar o remorso de dentro de si.

A ruiva cheirou a flor, sentindo o perfume doce, e fechou os olhos, divagava e viajava para longe do remorso, da culpa e das sombras que ainda restavam em si, estava tão absorta em seus devaneios, que apenas sentiu a presença de Isabella Lightwood, quando a morena colocou uma mão em seu ombro.

— Ethel? Você está bem? - Perguntou Izzy, preocupada

— Estou, estou sim, é só que ... gostaria de dar um tempo para respirar, para pensar e este lugar... este lugar é perfeito- Ethel disse com carinho, gesticulando ao redor

— É lindo, não é? - Izzy sorriu, olhando a ruiva

— Sim, faz-me lembrar o paraíso- Ethel, falava enquanto abaixava a cabeça

— Como é lá? Nos contou como é o limbo, mas nunca como é o céu- lembrou-se Isabelle, sentando-se em um banco que estava no aposento.

— É um belo, maravilhoso lugar, é cheio de luz, não existe um pingo de sombras, os moveis, os objetos e os detalhes são feitos de ouro puro, é cheio de flores e folhas como essas... é como se fosso o jardim do éden, ou coisa parecida. - Com saudades de casa a ruiva falava enquanto sentava também

— Sente falta de lá, não é? - A morena colocou uma mão no ombro da ruiva, consolando-a

— É claro, porém, gostaria de ter permanecido lá, e ainda estaria de fato, se eu não tivesse desobedecido ordens, eu não teria caído, não teria ido parar no limbo, e jamais teria sido possuída e Magnus Jamais teria morrido- confessou um pouco frustrada e irritada com tudo aquilo

— Sim, mas se não fosse por você Clary nunca teria voltado e Magnus ainda estaria morto-  Isabelle tranquilizou a Ethel com um sorriso confortante no rosto

— Talvez tenha razão, enfim, o que queria conversar comigo? - Ethel desviou o rosto da morena, e observou uma flor

— Lembra-se de quando sucumbiu ao Asmodeus, e machucou a todos nós, obviamente não tendo intenção, após a minha cerimônia parabatai. – Começou a caçadora de sombras

— Sim, obviamente, eu quase a matei enforcada, peço perdão por isso- arrependeu-se o ser angelical, segurado a mão dela

—  obrigada, não precisa desculpar-se, eu entendo, infelizmente, naquela ocasião você machucou mais o Simon psicologicamente do que a mim, e creio que a todos, fisicamente- Izzy apertou ainda mais a mão de Ethel, gentilmente, querendo passar-lhe confiança.

— Oh, sim, eu disse a ele que ele era um nada e um ninguém, há ele deve estar tão triste comigo, agora- o anjo colocou uma mão no rosto, um pouco chateada com a possibilidade de causar mais preocupações para o vampiro.

— Não está, ele tem a mim para anima-lo, e ele quer perdoa-la, quer perdoa-la mas sente dificuldades para fazê-lo- Afirmou a Ligthwood,

— E o que você quer que eu faça quanto a isso? Quer que eu me ajoelhe perante a ele? Quer que eu implore pelo perdão dele? - Ethel levantou do banco que estava sentada, se alterou com Izzy, e parecia que tinha perdido a paciência

— Não Ethel, não quero que implore pelo perdão de ninguém, e muito menos que se ajoelhe perante a alguém – Isabelle também levantou-se tentando acalmar a ruiva a sua frente.

— Então, o que quer de mim? - Perguntou o ser angelical com a voz embargada

— Quero que saiba, que todos nós a perdoamos, tudo bem, Simon ainda não a perdoo totalmente, mas ele não te odeia, ele é eternamente grato por você, e eu também todos nós somos- confessou a caçadora

— Então está decidido- afirmou Ethel , indo em direção a porta 

— Aonde vai? Ethel, apenas tome cuidado, pois uma vez que você realmente machuca pessoas, aquilo vai estar sempre no fundo da mente delas, mesmo se elas terem um sorriso no rosto- disse a caçadora para o anjo

— Já que todos me perdoaram e sentem gratidão por mim, só me resta uma coisa a se fazer, perdoar a mim mesma, Izzy, obrigada – Ethel segurou a mão de Isabella, e saiu da estufa

Após isso ela foi em direção a porta do instituto, porém, antes de abrir a porta ela encontrou Jace, que estava passando por lá com Clary e Jonathan, e Jace foi falar com ela:

— Vai sair do Instituto? Não aconselho, sabe Ethel? É perigoso, ainda mais com Asmodeus solto por aí, é mais seguro ficar aqui- Quis saber Jace, preocupado com a ruiva

—   Obrigada, Jace, mas eu sei cuidar de mim, preocupa-se em ser o cavaleiro de armadura de Clary- tentou dizer Ethel

— Você disse cavaleiro de armadura? - Questionou o caçador

— Sim, desculpa se eu o ofendi- desculpou-se o anjo

— Não, não ofendeu, só achei um pouco medieval, aliás, aonde vai? - Jace pergunta, curioso

— Na igreja- respondeu o ser angelical

— Bom, você sabe que o instituto é uma igreja abandonada, não é?- perguntou o loiro

— Sim, abandonada, preciso de uma que funcione- falou obviamente a ruiva, apressando para chegar ao portão do instituto

— O que pretende fazer em uma igreja? -Jace perguntou enquanto ela saia do instituto, ele ia atrás dela, porém, Clary segurou o braço dele, e sussurrou para o loiro:

— Deixei-a ir, ela precisa disso- Jace concordou e sorriu para ela, e ambos voltaram para o hall de entrada principal.

 Jonathan aproximou-se do casal, e perguntou para onde ela iria, Jace segurou o ombro de Jonathan fortemente e grosseiramente, e o respondeu:

— Ela foi para a igreja, mas escuta o que estou falando, aquilo não é lugar para você, viu Jonathan- Jace disse o nome dele com puro asco, com pura raiva

Jonathan apenas sorriu falsamente, agradecendo por esse conselho, Jace e Clary então, voltaram a sala de controle, enquanto Jonathan saia do instituto, seguindo-a.

Na igreja Ethel encontrava-se ajoelhada, com as duas mãos juntas, rezando:

— Deus perdoe-me por ter machucado meus amigos, Deus perdoe-me por ter sido possuída, perdoe-me por ter sido expulsa do céu e principalmente Deus perdoe-me por ter trazido o Jonathan de volta do lugar que ele nunca deveria ter saído

— O que você está fazendo? – Perguntou Jonathan chegando perto dela por trás, Ethel conhecia aquela voz, desgostosa, irritada e frustrada ela levantou-se e disse sem olha-lo

— Isso não te interessa, você deveria queimar ao pisar os pés aqui, Morgastern – ela falava sem esboçar uma reação

— Bom, eu não queimei absolutamente nada, ainda não pelo menos- Jonathan disse sarcástico, e com um sorrisinho de deboche no rosto

— O que você está fazendo aqui? Pelo que me lembro de você estava preso- Ethel virou-se para o Jonathan

— Eu aceitei a ajuda-los a encontrarem e a destruírem o Asmodeus, e soltaram-me obviamente- respondeu com ironia

— E não deveria estar procurando por ele? - Ethel saiu da fileira de bancos e ficou mais perto dele

— Eu estou exatamente onde eu deveria estar, você conhece o ditado, não é? “ Deixe seus amigos por perto, e seus inimigos ainda mais perto”- ele também chegava mais próximo dela

— Eu sou sua inimiga? Supostamente seria Asmodeus o inimigo aqui- ela deu as costas, e nem conseguia olhar para Jonathan

— Não, eu estou certo, você a machucou, Ethel, você a machucou- ele sussurrou no ouvido da ruiva

— O que? - Ela ficou atenta, mas não entendeu muito bem o que ele dizia

— Clary, você machucou a Clary- ele gritou no ouvido dela, e ela não pareceu se assustar

— Sim, eu machuquei ela, mas não apenas ela, eu machuquei o Magnus, o Alec, a Isabelle, o Simon, o Luke e a Maryse, eu só não feri o Jace, porque ele não estava lá... é por isso que estou aqui, eles me perdoaram, porém, eu não perdoei a mim mesma- ela falava segurando as duas mãos, caminhava na igreja, se afastando dele, não tinha medo dele, mas sim do que ele poderia despertar nela, tinha medo da tentação que ele poderia despertar nela, e isso seria perigoso, ainda mais em solo sagrado

— Eu também não a perdoarei por isso-  ele segurou a mão dela, fazendo ela se virar para ele, ele estava tentando não se enfurecer com a ruiva. Tentava ser o mais gentil possível, queria aproximar-se dela com cautela.

— Eu não preciso e não quero o seu perdão... Você a machucou também, Jonathan, eu vi, eu observei no céu, você escreveu “ Eu sinto a sua falta” no seu braço, para ela ver no braço dela com sangue, não negue Morgastern, você a machucou uma vez e continua machucando-a todos os dias, porque você é um monstro- ela soltou a mão que ele segurava, e apontava o dedo no rosto dele, acusando-o

— Há, nesse solo sagrado você é o monstro, você é um anjo que já foi possuído por um demônio, o quanto controverso isso pode ser? Ethel- ele também a acusava, e agarrava a mão que Ethel usava para apontar-lhe o dedo, com força

— Não estou mais possuída, e eu não tenho sangue de demônio nas minhas veias, como você tem- ela apertava ainda mais a mão de Jonathan com sua outra mão

— Sim, você saiu das trevas, eu ainda estou lá, sabe como eu convivo com os demônios dentro de mim? É fácil, é só deixar as sombras te acariciarem, as trevas te embalarem e deixar a escuridão te abraçar- eles soltaram-se as mãos com um misto de agressividade e suavidade.

— Eu ainda não entendi esse conceito, Morgenstern, de deixar as sombras me acariciarem, trevas me embalando e escuridão me abraçando? De algum jeito isso parece difícil de acreditar- Ethel cruzou os braços, querendo desafia-lo

— Quer que eu te mostre, como se faz?  Jonathan perguntou, aceitando o desafio

— Fique à vontade, se ousar- respondeu Ethel entrando no jogo

 Jonathan ousou, chegou por trás dela e envolvia o pescoço dela, apertando cada vez mais a pele alva contra suas mãos.

— O que está fazendo? - Perguntou assustada com o que estava acontecendo, ela não achou que ele fosse realmente demonstrar e ilustrar o que dissera, e Jonathan apertou ainda mais o pescoço dela.

— Expondo meus pensamentos e meus argumentos apenas, como pediu para fazê-lo- Jonathan a abraçava por trás, deixando os braços dele envolta dos ombros da ruiva.

— Expõe seus pensamentos, e principalmente seus argumentos de maneira clara- Ethel tentava se soltar, porém, Jonathan exercia uma força descomunal nela que era quase impossível se soltar.

 Ethel estava sentindo muita dor no lugar que ele apertava, mas estava infelizmente começando também a sentir uma onda de calor e prazer, fechou os olhos, e para tentar aliviar o que sentia, deitou a cabeça em um dos braços de Jonathan.

 E então, aproveitando a oportunidade da pele exposta, sentindo aquele cheiro intoxicante de rosas, começou a cheirar o cabelo dela, e logo após o pescoço, ficando inebriado com seu cheiro adocicado

Porém, chegou um momento que ele ficou enojado com tal aroma, e a soltou abruptamente, afastando-a dela.

Aliviada e ao mesmo tempo surpresa por ter sido solta desta maneira Ethel, ofegante tentava recuperar o folego, e pergunta para ele, ainda tentando controlar a respiração

— O que foi isso? – Ela perguntou curiosa

— Eu senti seu cheiro, seu perfume- ele disse tentando controlar-se

— Meu perfume? - Questionou surpresa

— Sim, cheiro de bondade, de gentileza, esse cheiro angelical que me deixa enjoado, não posso ficar perto de você- ele disse com nojo

— Então fica longe de mim, é um favor que você me faz- ela ia afastar-se, ela estava indo embora

E Jonathan que estava de costas para ela, queria deixa-la ir, queria mesmo, mas algo dentro dele o fez ter vontade de realizar seu acordo, algo dentro dele despertou uma súbita vontade de matá-la, lembrou-se daquele rosto angelical e daquele cabelo ruivo diabólico, e furioso correu até ela, pegou o pescoço dela de surpresa, e a empurrou até a parede mais próxima

Jonathan estava em solo sagrado, e desejava matar um ser angelical, e sabia o resultado disso, uma viagem para um dos muitos reinos do inferno, e ele tinha certeza de que se ele fosse ele não voltaria, entretanto, isso não o impediu de apertar aquele pescoço. E gritar para ela:

— Eu vou destruí-la, Ethel, eu vou te destruir

— Você pode tentar, boa sorte com isso, você vai precisar- ela disse segurando também o pescoço dele, fogo saia de sua mão, e iluminava seu rosto com a luz do âmbar do fogo celestial.

Jonathan não parecia se intimidar com aquilo, com aquele olhar queimando silenciosamente seu rosto, e muito menos não parecia se intimidar com o fogo em seu pescoço, pelo contrário parecia se divertir com aquilo. Ele então apertava o pescoço da ruiva, ignorando o fogo que o consumia. Ele estava prestes a deixar que a força o consumisse, ele queria desesperadamente que aqueles olhos agora rubros pelo fogo que emanava dela parassem de olha-lo, e ia matá-la.

Porém, chegou ao momento que ao piscar aos olhos, ao se distrair, acabou vendo não Ethel ali, mas sim, Clary, em sua mente agora muito confusa e perturbada estava prestes a matar sua irmã, a garota que deveria ser sua princesa, a sua rainha, a única coisa e pessoa que lhe restava, e para ele, com sua mente deturbada, estava prestes a mata-la.

Com muito esforço, e desesperado, soltou o pescoço da ruiva a sua frente, ajoelhando-se no chão da igreja que estavam, colocou as mãos no rosto, e murmurava algo:

— Eu não posso, eu não posso fazer isso- ele chorava, talvez não de tristeza, mas sim de desespero, talvez estivesse chorando por causa de um pouco de ódio

— Jonathan, o que está acontecendo? Não pode o que?- perguntou Ethel, colocando a mão em suas costas, não estava preocupada, estava com pena, de vê-lo daquele jeito.

— Eu ia destruí-la, mas eu acho, eu acho que vi a Clary em seu lugar- ele levantava apenas a cabeça para poder vê-la

— Jonathan...- A ruiva ia continuar, porém uma voz ecoo no solo sagrado, uma voz grave e cheia de raiva demoníaca

“ Eu lhe prometi Jonathan Morgenstern Fairchild, que se você não cumprisse o acordo, eu mataria ambos, e diferente de Você, Morgenstern, eu costumo cumprir minhas ´promessas, quando vocês saírem deste santuário, estará nas sombras inúmeros demônios para matar-lhes  lentamente e deixar seus corpos estraçalhados nas trevas”

A voz cessou, e Ethel, recordando do dono daquela vez, perguntou sem nem mesmo acreditar naquilo

— Essa voz... essa voz... essa voz é do Asmodeus? Jonathan, o que foi que você aprontou? - Ethel o levantou do chão pela sua camiseta

— Eu ... eu fiz um acordo com Asmodeus, te matar em troca de minha liberdade, e eu não consegui, eu não pude e- ele foi interrompido por Ethel, que o empurrou com puro ódio, fúria e rancor.

Seu corpo pegava fogo, asas feitas pelo fogo se formaram em suas costas, seus olhos estavam escarlates, seus cabelos também voavam e emitiam o calor do fogo, ela o atacou com fogo celestial, não querendo mata-lo, mas queria defender-se daquele que atentou contra sua vida. Gritou para ele, mesmo que eles ainda estavam na igreja, ela gritou:

— Seu grande idiota, bastardo, filho – da- mãe, vai para o inferno- a ruiva foi em direção a porta e emendou- eu vou enfrentar aqueles demônios sozinha, pois o inferno está vazio e todos os demônios estão aqui, e você é um deles

Ela saiu da igreja, e matava os demônios que podia com o seu poder de fogo celestial, Jonathan a seguiu e ficou ao lado dela, estava chamuscado, queimado, mas não aparentava estar com dor. Com receio colocou uma mão no ombro dela e disse:

— Ethel, perdoe-me eu- ele foi interrompido pela ruiva

— Uma vez que você realmente machuca pessoas, aquilo vai estar sempre no fundo da mente delas, mesmo se elas terem um sorriso no rosto, Morgenstern, considere isso um não- ela disse com raiva.

Mesmo não sendo perdoado, ele lutou ao dela, e ganharam, mesmo eles estando em pouco número e os demônios em maior quantidade, de alguma forma ambos conseguiram matar todos os demônios

Voltaram no instituto, mantendo uma distância considerável um do outro, e quando chegaram lá, foram surpreendidos por uma Clary e um Jace, com um olhar de desconfiança

Ninguém disse nada, a não ser Clary que disse:

— Eu preciso falar com Jonathan a sós- ela descruzou os braços

Jonathan deu um passo e Jace, tentou segura-lo, preocupado tentar avisar a Clary:

— Clary, eu acho melhor não- o loiro foi interrompido por Clary, e ele soltou o irmão da ruiva ao ouvir tais palavras:

— Não se preocupe, Jace, eu sei cuidar de mim mesma

Então, ambos os irmãos Morgensterns foram para uma sala reservada, deixando Ethel e Jace apreensivos


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