Shadowhunters- 4 temporada- Luz e escuridão escrita por Gi47


Capítulo 12
Carpe Noctem




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Clarissa e Jace, estavam deitados na cama se abraçando, de madrugada, nenhum dos dois estavam dormindo, pelo contrário estavam acordados, se olhando, se beijando e acariciando um ao outro. Jace estava sem camisa e com uma calça de pijamas, enquanto, Clary estava com uma blusa regata e com um shortinho, ambas as peças de roupa eram pijamas também.

Jace, após dar um beijo nos lábios da ruiva, disse com a voz, mais melancólica, que conseguia:

— Eu senti sua falta, Clary, eu senti muito a sua falta, e agora, você está aqui

—  sim, eu estou aqui, e você me terá para sempre- afirmou Clary acariciando o corpo dele

Jace sentou-se na cama, e disse para a ruiva:

— Todos os dias do ano eu rezava para que os anjos entendessem que o nosso amor é mais forte que o despeito deles. - Ele recordou, ainda com saudade.

— Não foram todos anjos, mas uma em especial entendeu, e ainda me trouxe novamente até você- Clary ficou ajoelhada atrás de Jace na cama, e segurou os ombros dele, massageando-o.

O loiro virou o rosto para trás e deu um beijo caloroso e rápido na sua amada, então virou o corpo inteiro, ajoelhou-se na cama, de frente para ela, segurou os cabelos e o rosto da Clary suavemente, e respondeu:

— E eu ainda tenho que agradece-la por isso, e preciso matar a saudade que eu estava por você, aproveitando que está aqui- aproximou o seu rosto do rosto dela.

— Você pode aproveitar o meu retorno para você, aqui e agora

— e eu vou, que os anjos me perdoem, mas eu a quero ardentemente

Jace sorriu assim como Clary, e ambos se deitaram novamente na cama, beijando um ao outro. Ambos foram dormir.

Nos aposentos de Isabelle, Simon estava com ela, estavam jogando videogames, até que Izzy estava perdendo, então, ela simplesmente soltou o controle, e olhou para o nerd que não usava óculos mais, desde que havia virado um vampiro, e desde que Clary se foi, Jace o treinava, para não ser mais aquele adolescente geek atrapalhado que era antes, ele estava mudado, mais forte, mais lindo, menos medroso. Porém, Isabelle o preferia do jeito que ele era, era estabanado, mas gentil, bom, Simon Lewis, graças ao anjo, nunca deixou de ser gentil, entretanto, sua essência havia se perdido muito, ele ainda era um herói, o herói dela e de Clary, todavia, agora ele era um herói comum, como os heróis que ele lia em seus gibis. Apenas isso.

Pensando nisso, ela pegou o controle do jogo da mão dele, o fez parar o jogo, e delicadamente virou o queixo dele para ela. E disse:

— Você ajudou a mim, ontem quando Ethel quase enforco-me, eu lhe agradeço por isso, mas não precisava ter bancado o herói, eu não sou uma donzela em perigo, Simon

— Se não o tivesse feito, provavelmente, você não estaria aqui, me dói dizer isso, mas estaria morta, e eu não suportaria perde-la, não do mesmo jeito que eu perdi a Clary- falou Simon, ainda se lembrando de quando sua melhor amiga perdeu as memórias, saindo do mundo das sombras e voltando para a luz que pertencia a ela. Porém, infelizmente, ela não tinha levado ninguém com ela, para a luminosidade de uma vida normal.

— Percebi que ficou muito abalado depois que a atacou, o que ela disse a você? - Perguntou a morena colocando uma mão em seu rosto.

—  Ethel disse que eu não era ninguém, que eu era um nada, mesmo depois de eu ter virado um vampiro... ela tinha razão, e o pior nem posso ficar furioso com isso, afinal, ela tem nos ajudado muito, trouxe Clary de volta para nós, ressuscitou Magnus, seria ingratidão demais ter sentimentos tão ruins para com ela agora.

Isabelle ajoelhou-se em frente a Simon, com uma mão na perna do rapaz e a outra no queixo, ela o consolou, fazendo-o mudar de opinião

— Simon Lewis, só porque um anjo possuído disse que você era um nada e um ninguém, não quer dizer que seja.... Você é um ótimo amigo, um irmão maravilhoso, um vampiro extremamente forte e sexy, o melhor namorado que eu já tive, e acima de tudo é uma pessoa incrível ... se tudo isso não for o suficiente, Simon, você pode ser um herói... o meu herói. E vamos aproveitar a noite, pois a noite é uma criança, e eu o quero para mim, e sei que você me quer também.

Isabelle sorriu maliciosa, e Simon também sorriu, ele se levantou, puxou Izzy para si, beijaram-se, enquanto Simon deitava na cama, a morena deitava em cima dele. E o casal foi dormir aos beijos.  

Quase no fim da madrugada, Alexander tomou um banho, colocou uma blusa preta de manga curta, uma calça de pijama, e foi dormir, queria dormir, preparou-se para dormir, tanto que ficou na porta do quarto, porém, não conseguiu entrar, entretanto, gostaria de ver Magnus, deitar-se com ele, ama-lo, dormir ao lado do homem que foi trazido de volta para ele, trazido milagrosamente de volta para ele, por um anjo que nunca teve muito afeto, todavia, seria eternamente grato por essa ser celestial que conviva com todos eles agora.

Com esses pensamentos, lembrou-se de Asmodeus, se lembrou do horror que ele havia feito com o próprio filho, matando-o ... Lembrou-se de Jonathan, o tanto de trabalho que aquele ser deu para o grupo, ser ele pensava pois, ele tinha sangue de demônio e ainda era um caçador de sombras, e agora, estava de volta, para atormenta-los? Para ajuda-los? Ele não sabia ao certo, E isso o preocupava.

 Essas dúvidas, esses devaneios, rodeavam tanto sua mente, que ele deu meia volta, foi para seu escritório, querendo mais privacidade, mais calmaria... queria pensar mais profundamente nos próximos passos, adoraria pensar no que faria com os anjos e demônios que estavam em seus ombros os perturbando com vigor.

Sentou-se na cadeira de frente para mesa, pegou uma caneta, tentava escrever planos para esses problemas. Nada passava pela cabeça, ficou frustrado, porém ouviu a porta bater, levantou a cabeça, disse “entre” e a porta se abriu, lá estava Magnus, ele estava com uma camiseta regata, e uma calça preta. Ele fechou a porta atrás de si, ficou na porta, perguntou preocupado:

—  estava esperando você para deitar, você não veio, eu fiquei preocupado. Não consegue dormir?

— Não, desculpe-me, Magnus, não consigo, minha cabeça está a mil... estou preocupado com o futuro do instituto, Asmodeus solto por aí, com o Jonathan aqui...

Magnus colocou um dedo na frente dos lábios de seu marido, e disse:

— Não se preocupe, Alexander venha comigo, quero que venha comigo

— Magnus está tarde...tudo bem que estamos acordados, mas os outros devem estar dormindo, e nós podemos acorda-los e...

Ele não deixou o arqueiro continuar, pegou a mão dele, e eles caminharam a uma sala reservada. Alec aceitou ser levado, caminhava pelas sombras dos corredores, até que chegaram até o destino, o feiticeiro abriu a porta, ambos entraram, Alec observou ao redor daquela sala, era a sala de treinamento, primeiramente ele estranhou.

Porém, Magnus estalou os dedos, e o aposento transformou-se em um salão de baile iluminado, o lugar virou algo muito diferente, era decorado com inúmeras rosas brancas, as roupas deles se transformaram em ternos azuis e dourados. Alec com seu terno dourado, com gravata borboleta, e camisa preta, e o feiticeiro de terno azul, com camisa social branca, e gravata preta normal.

Magnus se aproximou do moreno, o segurou pela lapela do terno, sorriu para ele, Alec o segurou pela cintura, segurou seu rosto, também sorrindo. O feiticeiro sussurrou para ele.

— Dance comigo

— Com prazer- apesar de dizer isso com felicidade, com vontade de fazê-lo, foi com hesitação, pois ele não sabia dançar, ele nunca havia dançado, mas dançar com seu marido, com seu homem, com seu parceiro era muito convidativo, então, aceitou.

O casal dançava com calmaria, abraçados um ao outro, com as testas encostadas umas nas outras. Magnus girou o Alec, e trouxe novamente para a dança.

— Não tivemos oportunidade de dançarmos direito naquela pequena festa que eu dei no nosso apartamento, Ethel, bom ela infelizmente estragou tudo-  lembrou-se o feiticeiro

—  sim, mas trouxe você de volta, eu acho que desde que ela apareceu em nossas vidas, ela tem sido uma constate em nossas vidas, nos impactado tanto para o bem quanto para o mal- apontou Alec

— Eu prefiro para o bem-disse Magnus, encostando a cabeça no peito de Alexander

— Eu também- concordou Alec, suavemente encostado a sua cabeça, na cabeça de Magnus, e beijando o topo de sua cabeça.

— Então, vamos aproveitar a noite para dançarmos pois alguns nascem para doces prazeres, e outros nascem para a noite infinita, a nós pertencemos aos dois lados, querido Alexendar. - Disse Magnus maliciosamente.

 Os dois se beijaram calorosamente, continuaram dançando, até que ambos foram interrompidos pela porta se abrindo, Magnus e Alec se separaram e deram de cara com Ethel, que abriu a porta, preocupada, porém deu de cara apenas com o casal de amigos dela, dançando.

— Desculpa interromper a dança, eu estava andando pelos corredores e vi uma luz acesa, achei que estivesse acontecendo alguma coisa...? - a ruiva observou o que seu amigo feiticeiro, havia feito com a sala de treinamento, logo após a porta havia um arco de pedra de cor azul, decorando o arco tinha inúmeras rosas brancas, continha um lustre luxuoso, que iluminava o aposento.

Entretanto, a magia que ela viu, durou pouco, pois Magnus estalou os dedos e tudo voltou ao normal, eles estavam na escuridão da sala de armas novamente, armas essas que eram usadas para deixar a vida de mundanos com a devida luz.

 Ela ficou decepcionada por ter visto tanta beleza apenas rapidamente, porém, entendeu, que a tal beleza era privada apenas para o casal que se amava. Não para estanhos como ela.

— Estamos muito bem, Ethel, não precisa se preocupar- respondeu Magnus, se aproximando dela, segurando ela pelos ombros e a levando para fora da sala de treinamento

— E o que você está fazendo andando pelos corredores a essa hora? - Perguntou Alec, os seguindo

— Não conseguia dormir, então, eu fui conversar com o Jonathan, dizer para ele que o odeio, convencê-lo a nos ajudar- disse a ruiva, se explicando

— Conseguiu? - Perguntou Magnus

— Há não, eu fiquei com raiva dele, sai furiosa daquela sala- Ethel respondeu

— Isso não me surpreende- comentou Alec

Ethel ia responder, porém, Magnus parou, ele estava escutando coisas, algo sombrio, algo que pertencia as trevas, sussurros nas trevas, vozes nas sombras, gritos de raiva na escuridão.

— Esperem, Asmodeus está aqui, eu consigo ouvi-lo nas sombras- o feiticeiro avisou a todos, Alec voltou na sala de treinamento para se proteger, e pegou seu arco e flecha

Eles não tiveram tempo de processar mais nada além disso, pois realmente, uma massa escura os atacou, era Asmodeus, realmente, já que ele tinha poder de transformar-se em uma fumaça escura, e então, levou Magnus para a parede, de surpresa, tentou enforcar o próprio filho, e falou sombriamente para ele:

— como você ainda está vivo, meu amado filho? - O demônio maior estava sendo sarcástico e desprezível

Magnus com muita dificuldade, ignorou o aperto, e a dor no pescoço, e com sua magia, levou o seu pai para longe dele, mas não fez efeito nenhum, então, Asmodeus se irritou ainda mais, e foi em direção a Ethel, também a pegando pelo pescoço, e percebeu furioso que ela havia trazido seu filho de volta a vida. Então perguntou mesmo sabendo a resposta para essa pergunta:

— Foi você que o trouxe de volta, não é? Eu vou ensina-la a não se meter nos assuntos dos outros- Asmodeus iria ataca-la, e Ethel tentava se soltar, tinha um rosto com determinação, um rosto com fúria, seu rosto em brasa e fúria, as chamas já estavam em sua mão, preparadas para usa-las, e ela o atacou com fogo celestial. E o demônio maior a soltou, queimando em chamas negras.

Aparentemente, ele não saiu ferido, era visível que a marca de feiticeiro que ele havia pego do próprio filho, o tornou mais forte. Ainda nas sombras e mais em fúria do que nunca, segurou tanto Magnus quanto Ethel, os segurava por uma fumaça, massa negra, que era invisível naquelas trevas que o rodeavam, ambos estavam prontos para ataca-lo ao mesmo tempo.

Porém, Alec foi mais rápido, preparou o arco e flecha, e gritava para Asmodeus.

— Solte-os, Asmodeus, solte-os agora ou eu juro pelo anjo que irei atirar

— Fique à vontade, isso me fará cocegas, eu não vou morrer como Azazel morreu, eu sou mais forte que ele- falou sombrio.

O demônio maior não soltou nenhum deles, o arqueiro atirou a flecha, e ele virou escuridão novamente, foi até a sala da configuração Malachi. E virou a forma corporal novamente, Jonathan viu surpreso e irritado.

— Então, é você que trouxeram de volta para me matar, vou mata-lo antes que consiga- ele ameaçou segurar o pescoço dele, mas o que Jonathan disse o parou

— Está com medo de mim? Antes de me matar saiba que Ethel, o anjo que possuiu, trouxe seu filho de volta a vida, assim como me trouxe de volta.

— Sim, eu sei aquela garota sempre interrompe meus planos, quando eu a possui era para ter machucado todos os amigos dela, e isso inclui a sua amada Clarissa Fairchild, e isso ela fez com maestria, agora ela estraga tudo- ele deu as costas, caminhando no pouco espaço que tinha naquela cela.

— Ela machucou a Clary? Como ela ousa? Eu vou matá-la com minhas próprias mãos

— Vamos fazer um acordo? Você a mata para mim e eu o deixo viver, não pretendo solta-lo, mas pretendo deixa-lo viver, para poder matá-la- ofereceu Asmodeus

— E porque não faz isso você mesmo?

— Não tenho acesso a ela sempre, e se falhar, eu mato os dois. - Prometeu o demônio maior.

— Aceito

— Ótimo- respondeu o pai de Magnus.

E ele foi embora, pelas sombras. O trio tentou mata-lo com tudo, não conseguiram, afinal não poderiam ver a escuridão nas trevas em que estavam cercados.

Jonathan na cela da configuração Malachi sorriu sombriamente.


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