Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 75
Especial ✖ Capítulo 7 (Todos)


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem ♥



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Sara estava descendo as escadas quando a campainha tocou. Não havia mais ninguém na sala, então ela mesma atendeu a porta. Eram Roberto e Raika.

— Oi! – Sorriu cumprimentando. – Entrem.

— Oi. – Roberto entrou acompanhado da filha. – Como está, Sara?

— Bem, um pouco de correria, afinal chegou o grande dia. – Ela rolou os olhos rindo. – E você Raika, como está?

— Estou bem. – Disse um pouco contida. – Posso ir ver as Julias?

— Claro. Estão no quarto, a Ju está ajudando a Jubs com as malas. – Riu. – Você sabe como é. Ju já estava com tudo pronto há quase um mês, mas a Jubs…

— Deixa tudo pra última hora. Típico. – Raika riu.

— Exatamente.

— Vou subir lá, e ver se posso ajudar.

— Claro.

Eles logo perderam Raika de vista, quando ela subiu as escadas indo atrás das primas. Sara logo desviou o olhar da escada para Roberto, tinha algo errado com ele, e ela sabia. Com certeza ele não havia vindo apenas trazer a filha, ele queria conversar. O escritório estava ocupado, o seu marido estava em uma reunião online. Então teve uma ideia

— Quer ir tomar um café lá fora? – Convidou Sara. – Ruth preparou um bolo que está realmente delicioso.

— C-claro. Pode ser sim.

Não demorou mais que dez minutos, e os dois já estavam no jardim, sentados a mesa. Esther havia trazido duas xícaras de café e o bolo, logo depois havia se retirado.

— Então, o que você quer falar? – Sara sorriu e logo tomou um gole de café enquanto não tirava os olhos dele, que tinha uma certa expressão surpresa.

— Como você sabia que…  – Ele suspirou. – Esquece. – Ele rolou os olhos rindo. – Eu queria uma opinião sua.

— Prossiga…

— Eu estou pensando em pedir Rafaela em casamento. – Ele jogou tudo de uma vez só.

Sara se engasgou com o café e tossiu umas duas vezes. Era uma informação que ela teve que processar rápido demais. Ela sorriu, estava realmente feliz por Roberto, mas estavam acontecendo coisas que ela não sabia, e precisava ser atualizada.

— Você está bem, Sara?

— Eu tô ótima. Só um pouco desinformada. – Ela riu. – Não que eu não tenha notado alguns olhares, e algumas saídas juntos, mas desde quando vocês estão juntos?

— A Rafaela não te contou? – Ele perguntou surpreso.

— Parece que não. – Disse indignada, sem conter sua surpresa. – Quando aquela cretina ia me falar?

— Bom, a gente concordou em manter isso somente entre nós por algum tempo. Mas achei que você era uma excessão para ela, assim como Raika também era uma excessão para mim. – Ele deu os ombros.

— Rob, eu tô muito feliz por vocês… Surpresa, mas nem tanto. – Ela riu. – Mas feliz de verdade. Há quanto tempo já?

— Faz uns oito meses. – Admitiu. – No começo foi bem estranho. Fazia muito tempo que eu não me relacionava com ninguém. Mas…

— Mas… – Ela incentivou.

— Eu consigo ser sincera com ela, sobre tudo que eu sinto e como eu me sinto. E ela me ajudou a me encontrar novamente, superar meus traumas, eu já consigo dormir uma noite inteira sem suar, ter calafrios ou acordar gritando, quando ela está comigo. – Ele sorriu, e tirou uma pequena caixa de dentro do bolso. – E ela me ajudou a superar você. – Ele colocou para fora com sinceridade.

— Eu fico tão feliz por isso Rob, por vocês, de verdade. – Ela sorriu. – Eu só não entendo qual é a duvida então.

— É que, eu tenho medo de estar indo rápido demais e assustar ela. – Admitiu envergonhado. – Ela nunca falou em casamento ou morar junto, ou qualquer outra coisa. E eu não sei se é por que ela não quer ou porque não quer forçar algo. Eu comprei isso… – Ele colocou a caixa em cima da mesa e abriu para Sara ver. – E eu nem sei se ela vai gostar.

Sara olhou o anel de noivado, ele era muito bonito, simples e de muito bom gosto. Ele havia escolhido perfeitamente, pois era algo que Rafaela realmente iria gostar.

— É lindo Rob. Ela vai amar. Com certeza. – Disse animada. – Eu ainda to indignada que vocês não me falaram nada. – Ela suspirou. – Mas, vocês estão há alguns meses juntos, já não são mais crianças, e se você se sente assim com ela, se você se sente apaixonado, feliz, se é a pessoa com quem você quer estar, se joga. Não deixe as dúvidas corroer o relacionamento de vocês. 

— E se ela disser não?

— Bom, sempre tem o risco de vocês estarem em expectativas diferentes sobre o relacionamento. Se ela não estiver pronta, ela vai saber dizer isso de forma educada, mas não importa a forma que ela diga, você vai ficar chateado. – Disse com sinceridade. – Apenas leve em consideração que isso não precisa ser o final do relacionamento de vocês, talvez só tenha que ir mais devagar e dar o tempo para ela. Talvez ela não esteja pronta ainda para casar, ou para assumir um compromisso assim. 

— Eu as vezes acho que ela é insegura com o nosso relacionamento. Como o Grissom… Por conta de tudo que ocorreu entre nós dois e…

— E a gente segue próximos, sendo amigos. – Sara concordou. – As vezes isso também me deixa pensativa.

— Não sei se isso é justo para eles, mas eu não queria abrir mão de nós. 

Grissom esfregou os olhos, a reunião havia sido cansativa e essa era apenas uma das várias tarefas que tinha para o dia, que seria bastante cheio. Saiu do escritório e subiu para o quarto em busca de Sara, não a encontrou lá. Fora até o quarto das meninas e viu elas animadas, junto com a prima finalizando tudo para partirem. Desceu as escadas e encontrou Esther caminhando em direção a cozinha assim que desceu o último degrau.

— Esther, onde está Sara?

— Está lá no jardim… – Disse com um tom muito atrevido. – Com o senhor Roberto.

— Certo.

— E o senhor não vai lá ver o que estão fazendo? 

— Não, Esther. – Disse em um tom mais seco. – Vou ao meu escritório pegar uns papéis depois me junto com eles. 

Ela respirou pesadamente e se retirou.

Não demorou muito para organizar os papéis e assim que terminou, ele foi até o jardim até onde estavam Roberto e sua esposa. Ele pegou apenas algumas partes da conversa antes de eles perceberem a presença de Grissom.

— … isso também me deixa pensativa. – Era a voz de Sara.

— Não sei se isso é justo para eles, mas eu não queria abrir mão de nós. – Era a voz de Roberto. 

Grissom esclareceu a garganta demonstrando que estava ali.

— Oi amor. – Sara sorriu olhando para ele.

Ele puxou a cadeira e sentou-se ao lado da esposa.

— Olha, eu não pude deixar de escutar a última parte da conversa, e eu acho que ninguém precisa abrir mão da amizade de ninguém. – Ele disse simples. – Rafaela, assim como eu, vai aprender a lidar com isso, e entender que é impossível lutar contra a amizade de vocês dois. – Ele sorriu admitindo.

— Como assim? Você sabia da Rafaela? – Sara virou-se para ele indignada.

— Você não sabia? – Perguntou ele surpreso.

— Não. – Falou simples. – Roberto, você falou pra ele e não falou pra mim? Pelo amor… – Ainda estava indignada.

— Eu não falei para ninguém. – Ele se defendeu.

— Ninguém me falou. – Grissom falou por fim. – No dia que renovamos os votos, eu vi vocês se… – Ele tentou escolher a palavra, mas acabou ficando um pouco corado. – pegando? – Ele riu. – Enquanto iam para o quarto de hóspedes. – Ele sorriu de canto. – Não falei nada, por que como você é a melhor amiga dos dois, achei que sabia. – Deu os ombros.

— Tô pior que esposa traída, a última a saber das coisas. – Riu.

— Vai pedir ela em casamento? – Ele olhou o porta joias aberto, com o anel. – O anel é muito bonito, tenho certeza que ela vai gostar.

— Estou pensando ainda. – Disse sem convicção.

— Cara, você comprou um anel, não tá pensando. Toma coragem e vai. Tenho certeza que ela vai dizer sim.

— Amor, chamou o Roberto de cara? – Ela riu, nunca havia visto seu marido falar assim.

— A última vez que me chamou de cara foi na faculdade. – Roberto riu junto.

Dessa vez foi Grissom que ficou um pouco constrangido. E eles riram.

— Bom, eu vou ver como vou fazer isso. – Ele pegou a caixa, fechou e colocou no bolso. – E acho que só precisava de um incentivo. – Ele se levantou. – Eu tenho que ir, prometi que levaria Raika até a casa de Hank para se despedir.

— Hank vai vir aqui daqui a pouco. – Sara quem lembrou. – Por que não almoçamos todos juntos? É nosso último almoço com as crianças por um longo tempo. – Ela fez um bico.

— Amor, elas vão vir nos feriados, natal, férias. – Grissom relembrou.

— Até parece que você nunca foi pra faculdade, cara. – Ela rolou os olhos rindo, fazendo piada com ele. – Elas vão embora hoje prometendo vir sempre que puder, e depois vão arranjar tudo que é desculpa para poderem ficar com os amigos, fazerem festa… 

— Muito animador. – Roberto suspirou.

— Raika tá terminando os estudos né?

— Sim, ano que vem, acho que vai para a mesma faculdade que Hank. – Rolou os olhos. – Ela estava um pouco envergonhada de começar os estudos mais tarde, mas o amadurecimento também veio e ela sabe que não é nada demais.

— Fico feliz de ver como ela se inseriu tão bem aqui no nosso país. – Grissom comentou.

— No começo achei que ela teria mais dificuldades para se adaptar, mas agora parece que sempre viveu aqui.

— Com a diferença que tem um sotaque muito fofo. – Constatou Sara.

O almoço fora incrível, não somente suas filhas e seu marido estavam lá, como ainda antes do almoço haviam chegado Camil, Hank e Rafaela. Que juntamente com Roberto e Raika, completavam a quantidade de pessoas incríveis que estavam reunidas ali. Todos estavam animados, conversando alto e rindo.

Os risos começaram a ser trocados por lágrimas, no inicio da tarde, quando começaram a despedidas. Todos partiriam da casa dos Grissom. Carlos terminava de descer as malas de Jubs para colocar no carro. Ju, ao contrário, só levava uma mochila grande e uma mala de mão.

 Apesar de todos terem os olhos cheios de lágrimas, a conversa ainda era animada, cheia de emoção e sorriso. Em um canto da sala estavam Gilbert, Sara, Ju e Jubs.

— Tem certeza que não quer que a gente acompanhe? – Sara perguntava pela enésima vez.

— Mãe, não precisa. – Ju sorriu.

— É melhor que a gente chore tudo aqui, que no aeroporto. – Jubs sorriu.

— E a gente ainda vai passar na casa do Hank e da Camil para pegar as coisas deles. – Ju explicou.

O cronograma já estava pronto, fazia dias, graças a Ju, claro. Primeiro eles passariam na casa de Camil, onde ela pegaria suas coisas, e se seus pais estivessem em casa, ela daria um tchau para eles. Depois iriam para casa de Hank, pegar as coisas dele, onde, com certeza haveria mais uma despedida com muito choro. De lá, iriam para o aeroporto, onde deixariam Jubs e Camil, que iriam pegar o avião juntas, já que iriam para a mesma faculdade. Hank iria no próprio carro, junto com Ju. Ju iria aproveitar a carona para chegar ao seu primeiro destino, ficaria alguns dias na mesma cidade que Hank e depois partiria para uma nova jornada conhecendo novos lugares e novas culturas dentro do próprio país, já almejando poder logo conhecer outros países e continentes.

Rebeca havia insistido várias vezes para Hank ir de avião, mas agora que dirigia, ele não queria nem saber de deixar o carro, e por isso, acabou optando por ir pela estrada. Rebeca acabou ficando mais tranquila quando Ju optou por dividir os custos e ir junto com ele.

— Bem, gente, está na hora. – Camil quem chamou atenção. – Se a gente demorar muito, podemos acabar perdendo o voo.

Sara abraçou as duas filhas, pegando uma em cada braço.

— Meus amores, por favor, se cuidem, e avisem assim que chegar, estão ouvindo? – Falou entre lágrimas. – Eu já to morrendo de saudade de vocês.

— Nós também mãe. – Ju sorriu. – Eu te amo.

— Eu te amo mãe. – Jubs também falou em lágrimas.

— Pai! – Ju foi até ele e abraçou forte, com o rosto agora molhado. – Eu te amo também.

— Eu vou sentir muito sua falta princesa. – Ele retribuiu o abraço tentando conter as lágrimas. – Aproveita muito.

— Pode deixar.

Jubs foi até Gilbert e o abraçou forte, com os olhos ainda molhados, deixou que mais lágrimas escorressem.

— Eu vou sentir muito sua falta pai.

Grissom ficou estático nesse momento. E não conseguiu falar nenhuma palavra.

— O que foi que você disse? – Ele falou sério assim que ela o soltou.

— Que eu vou sentir sua falta… – Falou simples.

— Depois disso.

— Eu disse pai. – Ela falou sorrindo sem dar importância.

— Eu estou esperando você me chamar de pai há doze anos, daí você ta indo pra faculdade e me larga assim, como se não fosse nada demais. – Ele ainda estava sem reação.

— Se não quiser não quiser eu não te chamo mais de pai, pai. – Falou brincando.

Se antes ele havia conseguido segurar as lágrimas, agora ele não conseguia mais. As pequenas gotinhas que estavam acumuladas começaram a cair e ele puxou a filha de volta para seus braços, a abraçando mais uma vez. Nesse momento, todos, emocionados, ficaram quietos a olhavam a cena.

— Olha, quase me esqueci. – Fora Ju que falou assim que os dois se separaram do abraço. – Mãe e…

— Pai. – Jubs completou.

— A gente teve conversando, e bom, sabe. Vocês tem filhos desde que vocês se conhecem, nunca tiveram um momento realmente só dos dois, por que sempre estiveram envolvidos com a gente. – Explicou.

— Não só as indas e vindas no hospital, e todos os problemas, mas toda a rotina de criar a gente, de se preocupar com a gente…

— E a gente não tá dizendo que vocês não vão se preocupar…

— Talvez se preocupem até mais agora que a gente vai tá longe.

— Mas por favor…

— Por favorzinho.

— Se divirtam. – Elas disseram juntas.

— Sei lá, – Ju continuou. – Aproveitem essa fase children free para viajarem, namorarem, fazerem coisas que deixaram de fazer.

— Por favor pai, não fica mergulhado só em trabalho, por que a mãe vai ter tempo livre demais agora sem a gente aqui, e vê se leva ela para conhecer o mundo. – Jubs riu.

— A gente quer ver vocês dois aproveitando.

— Mas a gente aproveitou muito, mesmo tendo vocês. – Sara argumentou. – Vocês duas nunca nos privaram de nada.

— Mãe… – Ju rolou os olhos. – A gente sabe que não é bem assim.

— A gente sabe que os adultos são vocês, mas escutem a gente, por que o conselho é bom. – Jubs completou.

— Não dá pra negar que elas estão certas. – Roberto comentou.

— Eu também acho. – Rafaela concordou.

— Viu. – Ju sorriu. 

— Tá bom meninas. – Grissom deu fim a discussão. – Vamos escutar vocês.

— Bom, a gente tem que ir mesmo. – Hank quem chamou dessa vez.

— Vão lá. – Sara sorriu, não podia se despedir mais uma vez, já havia feito isso umas três vezes.

— Se comportem. – Grissom sorriu.

— Mas vocês não. – Jubs riu.

— Pelo amor de Deus, não se comportem, por favor. – Ju riu.

— Vocês são impossíveis. – Sara riu. – Vão de uma vez, porque daqui a pouco não deixo mais irem. – Piscou.

— Estamos indo.

Raika e Hank se despediram em lágrimas, assim como os demais. Os jovens tinham um misto de animação pelo que viria, assim como o medo do desconhecido e a saudade daqueles que ficavam. O carro partindo da mansão dos Grissom, fazia com que aquela casa parecesse vazia. E pouco a pouco ela ficava ainda mais vazia.

Em seguida, Roberto, Raika e Rafaela também foram embora.

E ali ficavam somente Grissom e Sara.


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