Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 56
Parte 2 ✖ Capítulo 09


Notas iniciais do capítulo

Feliz ano novo para quem eu não dei. Que o 2022 de vocês seja INCRÍVEL!

Agora vamos descobrir qual foi a ligação que a Sarinha recebeu?

Desfrutem ♥



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Ela pegou o carro e foi dirigindo até o endereço informado. Aquilo ainda parecia surreal, a ligação passava em sua cabeça como se estivesse em replay contínuo.

— Alô.

— Alô, é Sara Sidle? – Uma voz feminina desconhecida surgiu do outro lado da linha.

— Sim, é ela…

— Eu gostaria de informar que o senhor Roberto está vivo. Encontramos…. – Sara ficou completamente irritada ao ouvir isso, já fazia tantos anos, como alguém teria coragem de fazer isso com ela, ou com a memória dele?

— Olha, eu não estou em um bom dia para brincadeiras, vão dar trote em outra pessoa… – Ela nem conseguiu deixar ela terminar.

— Não é trote senhora Sidle. Ele… – A mulher tentou se explicar com paciência.

— Não… Eu não acredito. – Sara interrompeu novamente.

— Eu posso passar para ele? Eu acho que é mais fácil se ele explicar. – A mulher já não sabia o que dizer ou fazer, Sara não a deixava falar.

— Passe. – Ordenou.

—  Oi Sara, quanto tempo.

A voz era rouca, suave era exatamente como ela se lembrava. Ela reconheceria essa voz ainda que passasse um milhão de anos. Mas ao mesmo tempo que ela reconhecia aquela voz, ela sabia que era impossível.

Ele estava morto. Morto. Fazia mais de seis anos que havia ido embora e pelo menos cinco que recebera a notícia de seu falecimento. Isso estava errado. Seu cérebro havia a traído, não podia ser ele.

— Sara? Ainda está aí?

— Onde você está? – Foi o único que conseguiu sibilar.

— Vou te passar o endereço.

Chegou no local, era um alojamento militar. E parecia que todos estavam avisados que ela viria. Precisou apenas mostrar o documento de identidade, fazer um crachá e teve acesso ao interior daquela grande estrutura. Foi encaminhada para uma sala, e ao cruzar a porta seus olhos se encontraram com os de Roberto. Fora um mix de sentimentos e de emoções. Não sabia o que fazer.

Ficou estática por alguns segundos. Era como estar fora da realidade. 

Ainda antes de chegar, Roberto já estava naquela sala, andava de um lado para outro impaciente e quando viu a porta se abrir e Sara entrar, seu coração aqueceu ao vê-la. No entanto, ele também não sabia o que fazer.

Roberto pareceu ter envelhecido o dobro do tempo que esteve fora de sua vida. Sara notou cicatrizes, olhos cansados, mas havia um brilho neles. Algo que fazia ela sentir que ele era o mesmo, o mesmo que havia partido há quase sete anos.

Finalmente ela conseguiu mover os pés e ir até ele. O abraçou. Ele a recebeu nos braços, retribuindo o abraço que durou um longo período. Ela encostou a cabeça em seu peito, como se quisesse escutar as batidas de seu coração, e saber que era real. Ele afagou seus cabelos por um breve momento. Com relutância eles se soltaram, e ela pode analisar ele melhor. Ele fez o mesmo, ela seguia linda, ainda mais linda do que antes, mas seus olhos castanhos pareciam tristes. Como podia ter ficado longe dela por tantos anos e ainda reconhecer quando havia algo errado? Não sabia exatamente o motivo, mas sabia que estava infeliz.

— Eu senti tanto sua falta, achei que nunca mais ia te ver. – Fora a primeira coisa que ele disse.

— Até duas horas atrás eu achava que você estava morto. – Ela desabafou por fim. Sara estava cansada de mentiras, e por mais que amasse a ideia de Roberto estar vivo, não deixaria ninguém mentir para ela, não mais. Nem ele. – O que aconteceu? – Se tom era acusatório, cheio de cobranças.

— É uma longa história, mas eu realmente fui dado como morto, tive que me refugiar, fui sequestrado, fugi, encontrei minha filha, a perdi, encontrei novamente. Ocorreu muita coisa lá. Mas eu estou aqui agora, e estou bem. Desculpa ter te feito passar por isso, eu não queria de verdade.

— E sua filha?

— Ela está bem também. – Ele disse por fim. – É uma menina maravilhosa. Você vai amar conhecer ela. Ela está arrumando as coisas. – Ele olhou as poltronas daquela sala, e convidou. – Venha, sente-se.

Sara foi com ele e se sentou em uma das poltronas. Ele ficou na outra, de frente para ela.

— Quando você chegou? Há quanto tempo está aqui? – Ela nem sabia o que perguntar primeiro, tinha muitas dúvidas.

— No país? – Ela assentiu. – Há pouco tempo para falar a verdade, você foi a primeira pessoa que eu contatei. A primeira que eu pensei, para falar a verdade. Não foram anos fáceis, e é bom ter um rosto conhecido finalmente, alguém que me lembre que eu estou em casa.

— Eu fico feliz que esteja vivo e de volta. – Ela disse com sinceridade. – Mas eu estou um pouco chocada ainda. Não é todo dia que alguém ressurge dos mortos depois de cinco anos.

— Tá tudo bem Sara. Eu entendo. – Ele suspirou. – Meus documentos e os de Raika estão prontos finalmente. Voltei a vida e ela agora é uma cidadã do nosso país. Poderemos sair daqui....

— Tipo, agora?

— Por que?

— Bem, eu estou de carro, e o seu apartamento foi limpo ontem, a luz foi religada e a água também. Totalmente habitável. E suas coisas seguem exatamente no mesmo lugar. 

— Você não vendeu ele? – Ele falou surpreso.

— Eu nunca tive coragem nem de colocar os pés nele. Bem, até hoje. Eu estava me mudando para lá. – Admitiu contra gosto.

— Por que você estava se mudando para lá? – Perguntou confuso. – Nossa, passou tanto tempo, e eu não faço ideia do que está acontecendo. Eu preciso de uma atualização. Ainda sim, o apartamento, você pode ficar nele.

— Não… Eu vou para um hotel. Eu não pretendia ficar lá muito tempo, era só o necessário até meu apartamento ser liberado e eu voltar para ele. Você precisa se sentir em casa, o apartamento é seu e você precisa se sentir em casa e dar um lar para sua filha. Raika, não é?

— Sim, você precisa conhecer ela. Ela é incrível. – Ele falava com orgulho. 

— Estou ansiosa por isso. – Falou um pouco sem jeito.

— E minhas sobrinhas como estão? Jujuba se recuperou totalmente, né?

— Sim, ela está ótima. As duas estão. A Jujuba sente sua falta, sentiu muito quando ela achou que você tinha morrido. Ficou realmente triste. 

—  Nossa, devem ser umas moças agora. E o Noah, ele deve ter o que, uns seis ou sete anos? – Perguntou empolgado.

Sara não soube o que dizer naquele momento. Ouvir Roberto falar do sobrinho como se estivesse vivo, a fez lembrar da dor que foi perdê-lo. Ela estava com muitas emoções misturadas, a briga com Gilbert, a volta de Roberto, e agora falar de Noah. Ela virou o rosto naquele momento, se levantou rapidamente e ficou de costas para ele. Não quis ignorá-lo, mas foi um ato impensado, instantâneo.

— Sara, eu disse alguma coisa errada? – Ele se levantou e ficou atrás dela, colocando a mão em seu ombro.

— Chame Raika e peguem suas coisas, eu vou aguardar no carro. Vou levar vocês para o apartamento. – Ela sabia que ele não tinha culpa, que ele não sabia de nada, mas ainda sim, não conseguia responder aquela pergunta.

— Sara?

— Por favor, Roberto. Só vamos embora. Nós conversamos sobre tudo isso em outro momento. Eu não me sinto confortável aqui. 

Sara foi direto esperar ele no carro, não dando tempo de tocar mais no assunto. Ela estava em um momento sensível, um milhão de sentimentos diferentes, e só fez chorar segurando o volante firmemente, como se pudesse esmagá-lo, enquanto esperava Roberto e Raika no carro. Ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer a menina. 

Viu ambos vindo de longe. Tratou de secar as lágrimas. Saiu do carro para ajudar a colocar os pertences deles no bagageiro.

Raika era uma jovem bonita, olhos claros como os do pai, traços delicados. Era alta, aparentava ter apenas um ou dois anos a mais que suas filhas. Estava com uma calça e blusa comuns da cultura ocidental, mas sua cabeça estava tapada por um hijab.  

— Ela fala nosso idioma? – Perguntou a Roberto.

— Um pouco. – A menina respondeu com um forte sotaque. – Entendo bom.

— Muito prazer Raika, eu sou a Sara. Sou amiga do seu pai. 

— Meu pai contou muito de você.

— Espero que só coisas boas. – Ela piscou. – Venha, vamos guardar as coisas que vou levar vocês para casa. 

Raika estava um pouco contida, como se estivesse envergonhada e desconfiada. Era normal, viveu em um país e em meio a guerra desde que nasceu, e agora sua vida havia dado um giro de cento e oitenta graus.

Parte do trajeto fora em silêncio, Roberto tinha mil coisas para perguntar, Sara também, ainda sim não queriam fazer na frente da menina que estava no banco traseiro.

— Sara Sidle dirigindo, as coisas mudaram. – Roberto cortou o silêncio em certo momento, tinha um tom orgulhoso em sua voz.

— Muitos anos se passaram. – Ela tentava não parecer tão desanimada. – Raika. – Sara chamou sua atenção, mudando o assunto. – Ansiosa para conhecer nosso país?

— Assustada. – Disse sinceramente. – E feliz.

— E o hijab, você usa por opção?

— É minha religião. – Seu sotaque era muito pesado, mas tinha que admitir que conseguia discernir bem as palavras. – Eu gostar. Mas as roupas aqui são bonitas. Me sinto sem roupa, sem hijab. – Ela tinha que pensar ainda antes de falar, tentando lembrar das palavras certas. – Pai disse que talvez preconceito pelo hijab. – Falou apreensiva.

— Não se importe com isso. Você está em um país livre, e tem direito de escolher a religião que quiser. Você está linda de hijab.

— Obrigada.

Chegando no prédio de Roberto, Sara estacionou o carro e ajudou eles a subirem no apartamento. Raika levou suas coisas para o quarto de hóspedes.

— Cansada. Eu dormir agora. – Ela se despediu de ambos.

— Pelo visto o fuso horário pegou ela de jeito. – Ele sorriu.

— Você também deve estar cansado. Eu vou para casa e…

— Não, Sara. Fica. Eu gostaria de conversar com você, me atualizar um pouco sobre tudo que ocorreu enquanto eu estive… morto.

Sara passou um café, e sentaram-se ao sofá. Realmente haviam muitas coisas que ele ainda não sabia. 

— O que você quer saber primeiro?

— Por que você está se divorciando do Grissom? – Ele fora direto.

— Como você sabe que estou me divorciando? Por que acha que é do Grissom? – Perguntou espantada e ao mesmo tempo desafiadora.

— Você está com uma marca de aliança, mas sem aliança, foi tirada recentemente. E o fato de estar se mudando, me faz acreditar que ainda não foi oficializado, você está triste, então ainda está em processo. Não sabe se é a decisão certa.

— Uau, você voltou afiado. 

— E bom, Grissom é óbvio. Ele é o único que teria ao mesmo tempo a determinação necessária para te conquistar e a burrice necessária para te perder. – Ele franziu o cenho. – Estou errado?

— Quase certo. Realmente estamos brigados, mas eu não pedi o divórcio.

— Mas está cogitando... 

— Sim. – Disse com tristeza. – Começamos a ficar juntos um pouco antes de recebermos a notícia que você havia morrido e bem, tivemos anos maravilhosos, mas algumas coisas aconteceram e eu já não sei mais se nosso casamento tem salvação.

— O que ele fez?

— Não importa agora. Eu não quero falar sobre isso. Não com você e nem agora. Não me leve a mal. – Respirou profundamente. – Eu posso falar de coisas que realmente te interessam, que tem haver contigo. Principalmente sobre devolver tudo que é seu, já que está vivo e as meninas ainda não tomaram posse de nada.

— Eu não me importo com o dinheiro. – Ele disse rapidamente.

— Deveria. Deve ter o triplo que deixou.

— Como assim? – Seu tom foi de surpresa.

— Bom, quando você supostamente morreu, deixou o apartamento e uma quantidade bem razoável de dinheiro, mais do que eu achava que você tinha. Então, como esse valor seria das meninas, eu comecei a investir. Aí bom, digamos que hoje você é três vezes mais rico do que era antes, talvez um pouco mais dependendo do retorno dos últimos investimentos. – Ela deu os ombros.

— Sara… – Ele estava impressionado. – Eu não posso aceitar isso. Foi você que… – Ele nem sabia o que falar.

— O capital era seu. Esse dinheiro é seu.

— Eu vou ter que ver o que fazer. Tenho que te repor o trabalho que fez para isso. Bem, eu não consigo pensar nisso agora, mas vou ver isso com calma. – Ele deu uma pausa. – Eu quero saber sobre o que realmente importa agora, você, meus sobrinhos, o que aconteceu nesses últimos anos. 

— Bem, tantas coisas aconteceram. Ju e Jujuba estão lindas, grandes e já não são mais duas crianças, são adolescentes. Já estão passando por todas as mudanças e eu sinto falta das minhas bebês. – Reclamou. 

— Bom, mas você tem Noah. – Ele insistiu, mesmo sabendo que havia algo errado. – Ele deve estar com uns seis anos agora…  A idade que as meninas tinham quando eu parti.

A face de Sara mudou, ela não queria tocar nesse assunto, mas pelo visto teria. E Roberto saberia de qualquer jeito. O quanto antes falasse, mais rápido terminaria aquela conversa difícil. Só de pensar seus olhos se enchiam de lágrimas.

— Eu não tenho Noah. – Disse com a voz embargada.

— Como? Onde ele está? – Isso pareceu confuso para Roberto, a última vez que havia a visto, estava com uma barriga grande demonstrando os seis meses de gestação.

— Eu achava que estava com você e isso me confortava de alguma maneira, mas agora eu sei que não. – Ela disse já com os olhos molhados, enquanto tentava segurar as lágrimas.

— Comigo? – Ele disse confuso, não havia entendido. Ou preferia não entender?

— Noah não sobreviveu. – Disse por fim. – Ele morreu algumas horas depois de nascer. – Mesmo após tantos anos falar sobre isso era horrível, pronunciar aquelas palavras doíam tanto que as lágrimas já escorriam pelo seu rosto.

— Meu Deus Sara. – Ele estava chocado. – E-eu sinto muito. Eu não sabia. – Ele buscou a mão dela, e colocou entre as suas, mas na realidade queria abraçar ela. – Eu sinto muito por não estar contigo em um momento como esse. Por que você não me falou sobre isso nas mensagens que me enviou?

— Eu tive uma crise, passei algum tempo desorientada. Também não achei prudente, você estava atrás da sua filha… E… Bem, você não respondia as mensagens. Quantas vezes me respondeu? Três? 

— Tantas quanto eu pude. – Admitiu. – E como é sua história com Grissom? 

— Gil me deu muito apoio quando você partiu, ainda sim, eu te amava, então não conseguia deixar ele entrar na minha vida. Demorou até que eu estivesse pronta para abrir meu coração, e ele foi paciencioso. Nos casamos e éramos muito felizes. 

— Eram? – Ele franziu o cenho. Ele havia ouvido quando ela disse que não queria falar do assunto com ele, mas ele não conseguia deixar de questionar.

— Gil quebrou a minha confiança. É complicado explicar e não quero falar sobre isso. Ainda não pedi a separação, apenas um tempo para pensar. É tudo muito recente, eu amo ele, amo ele demais. – Admitiu. – Mas eu não sei se só com o amor eu vou conseguir superar o que aconteceu.

— Ele traiu você? 

— Com outra mulher? Não, ao menos eu acho que não. Ele traiu minha confiança. 

— E você realmente acha que não tem volta. Digo… – Ele suspirou. – Eu te conheço, e não importa quantos anos eu tenha passado fora, você parece a mesma. – Ele sorriu. – Você está sofrendo e, se está sofrendo, é porque realmente ama ele. Você tem certeza que quer jogar a história de vocês fora sem ao menos tentar consertar?

Sara franziu o cenho, não acreditava que aquilo estava vindo da boca de Roberto.

— O que está querendo dizer?

— Que eu te amo, que eu não te esqueci, e que muitas vezes quando estava em situação de risco era você, a sua lembrança que me dava força. – Ele falou sinceramente. – E eu me importo com você e quero ver você feliz. Não me leve a mal, eu tenho vontade de socar a cara do Grissom agora, volto depois de anos e ele está te fazendo sofrer. Ainda sim, será que essa situação é tão grave a ponto de fazer você desistir de quem ama?

— Eu não faço ideia. Na realidade, agora eu não sei de nada.

— Tire seu tempo pra pensar, mas não tome uma decisão precipitada. – Ele suspirou. – Sabe, quando eu decidi partir e agora pude voltar, meu único pensamento era como você estaria e se eu estava pronto para abrir mão de você. Se eu estava preparado para ver você sendo feliz com outra pessoa.

— E você estava?

— Na realidade não, mas precisei estar. E por mais que eu tenha evitado pensar nisso durante muito tempo, meus sentimentos por ti seguiram intactos, e é até dolorido saber que já não sente o mesmo por mim. Ainda sim, eu sabia que isso ia acontecer. E fico feliz que tenha encontrado a felicidade, mesmo que agora não esteja tão feliz. A questão é, você está pronta para abrir mão de Grissom? Você conseguiria hoje ver ele amando outra pessoa? Estando com outra pessoa? Eu não sei o que aconteceu, mas é importante se questionar se foi tão grave a ponto de arriscar tudo que construíram ao longo dos últimos anos. 

— Eu não esperava esse conselho, não vindo de você. 

— Eu podia chegar para você e dizer que ele é um idiota, que deveria se separar dele. Abrir caminho. Só que eu não estaria fazendo isso por você, e nem por mim. Porque o que importa pra mim sempre foi sua felicidade. Sempre.

— Obrigada por não ser um cretino. – Ela riu. – De verdade. – Ela suspirou e se jogou para trás na poltrona. – Mas agora eu preciso saber, o que aconteceu com você? Por que ficou longe por tanto tempo. 

— Podemos ter essa conversa em outro momento? Eu sei que sim, eu te devo muitas explicações. E eu prometo para você que terá todas, com quantos detalhes quiser. Eu só preciso de um tempo, alguns dias, talvez um pouco mais. Preciso voltar a me sentir em casa e me sentir seguro de novo. Antes de reviver tudo o que aconteceu lá. 

Sara percebeu certa angústia enquanto falava. O que quer que tivesse ocorrido lá, não tinha sido fácil de encarar.

— Tudo bem. Você tem o tempo que precisar.

Eles então ficaram em silêncio. Terminaram o café e Roberto percebeu que Sara o olhava de um jeito diferente. Sua face tinha um pequeno sorriso, e o encarava, mas era como se estivesse perdida em milhões de pensamentos.

— O que foi? – Ele perguntou sem graça. – Você me olha como se eu fosse explodir.

— Desculpa. – Ela quem ficou sem graça. – É… Estranho… Você está vivo, e eu estou feliz por isso.  Mas é estranho. Parte de mim quer te abraçar, mas a outra quer te esmurrar na cara por ter me deixado acreditar por tantos anos que estava morto.

— Já disse que não foi intencional. – Ele se defendeu.

— Essa sensação também não é. – Ela sorriu de lado.

Ela suspirou.

— Bom, eu vou indo. Eu tenho que falar com Grissom sobre a sua volta, antes que ele descubra sozinho. Apesar de tudo, não quero que ele pense que eu escondi isso dele. 

— Você está certa.

Eles se levantaram e Roberto a acompanhou até a porta. Quando meteram a chave na fechadura, a campainha do apartamento tocou. Os dois se entreolharam e franziu o cenho. Ninguém havia interfonado. Sara, sem pensar duas vezes, girou a maçaneta e abriu a porta. 

O espanto dos dois quando viram Grissom, só não fora maior do que a de Grissom quando viu Roberto ao lado de sua esposa.


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Notas finais do capítulo

EITA EITA EITA EITA! Comecei o ano ressuscitando os mortos... E aí o que acharam da volta do Roberto?

Não matem a escritora, por favor!

E o primeiro quiz do ano é dificílimo! O mais difícil que eu já publiquei aqui. Qual vai ser a reação do Grissom após encontrar Roberto vivo e ao lado da sua esposa?
A) Ele vai ficar chocado!
B) Ele vai gritar!
C) Ele vai fazer um escândalo!
D) Ele vai surtar!
E) Todas as anteriores e um pouco mais!!!!
F) Ele vai ficar sereno e calmo, pedir explicações e entender tudo com paz e tranquilidade...

E aí gente, já sabem o que vai acontecer?



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