Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 54
Parte 2 ✖ Capítulo 07


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, hoje o recado inicial vai ser um pouquinho longo, e até meio diferente do comum.

Então, quando eu finalizei COL (parte 1) eu disse que se houvesse uma parte 2 (e 3) haveria bastante drama, sofrimento e algumas reviravoltas. E eu não menti. Durante a primeira parte de COL, eu recebi muito muito muito hate seja por comentário ou mensagens privadas, por esse motivo, eu peço que quem quer ver uma história 100% feliz, que tenha o capítulo 06 como último e não continue a partir daqui. O enredo mesmo, começa agora, e boa parte da história vai girar em torno disso (não toda, mas boa parte). Por esse motivo, eu peço a quem não goste, ache ruim e enfim, que tenha trocentas "críticas construtivas" que as guardem para si, se não gostarem do andamento da história, o melhor a fazer é simplesmente parar de ler e abandonar a leitura. Quem continuar a acompanhar, eu tenho CERTEZA de que não vai se arrepender.

Eu não estou dizendo que vocês não podem "odiar um personagem" ou xingar uma atitude que acharam errado do personagem, ou falar mal do personagem. Até por que eu prometo que vocês vão passar muita raiva daqui pra frente hahaha. Eu estou falando de ataques diretos, como ocorreram anteriormente. Ou comentários desnecessários como "ah, não to gostando mais da história, vou parar de ler". Gente, essas ameaças não vão me fazer mudar o roteiro que tenho na cabeça, e sinceramente, o máximo que vocês vão receber é um block.

Sempre que eu proponho um shipp, e não coloco qualquer aviso, eu cumpro, e o shipp fica junto, e eu dou um jeito disso acontecer, sem fantasia, sem mágica, pura história. Nunca colocaria algo irreversível ou imperdoável, então mesmo quando eu "forço a barra" eu faço isso consciente de que eu vou precisar de algo que realmente justifique o casal superar aquilo (vocês podem notar que nas minhas histórias NUNCA ocorre infidelidade, por exemplo, por que considero irreversível).

Eu peço desculpas, por que esse aviso acaba sendo um spoiler do próximo capítulo, mas ao mesmo tempo é uma proteção pessoal, pois eu ando sem paciência para algumas coisas e se tem algo que eu não admito é que tentem dizer como eu devo escrever minhas histórias. Quem acha que faz melhor, vai lá e escreve sua própria.

Para quem for ficar, mesmo depois dessa choradeira toda da minha parte kkkk, eu só posso dizer: DESFRUTEM ♥



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Os gritos podiam ser ouvidos por toda aquela grande casa, começaram no escritório e se misturavam com o barulho de tudo que era jogado no chão ou contra as paredes. Sara passou os braços na mesa, jogando tudo contra o chão, caíram papéis, o notebook e os porta retratos. Enquanto as lágrimas escorriam e seu coração se partia em mil pedaços ela somente sabia pegar o que via pela frente e jogar, enlouquecidamente, como se fosse a única maneira de apartar a dor e raiva que sentia.

Após derrubar tudo da mesa, jogar os livros da estante contra parede. Ela foi para sala, nenhum porta retrato ficou inteiro, nada ficou no lugar. Dali, fora para seu quarto, o seu quarto com seu marido. Em um impulso puxou todas as roupas de cama para o chão, rasgando um dos lençóis no processo. Tudo que era de vidro ia contra as paredes. Inclusive o quadro com a rosa que havia ganhado no dia do pedido de seu casamento.

Urrava. Gritava. Chorava. E nem toda aquela violência fazia sua raiva passar.

Quando se deu por si, estava no banheiro, a torneira aberta, e o choro compulsivo. Tudo não havia passado de um devaneio. Todos os itens estavam no lugar, havia sido apenas sua imaginação a vendo jogar e quebrar o que podia. Ainda que tivesse tido o impulso de fazê-lo uma centena de vezes. Nada havia sido real.

Exceto sua dor, aquele sentimento de traição e a raiva. As lágrimas também eram reais. 

Apertou a beirada da cuba da pia com as mãos. Respirou profundamente, e depois jogou uma água no rosto. Ao levantar o rosto, viu seu reflexo distorcido no espelho, tamanho era seu desespero. Por alguns momentos não conseguia separar o que era real, e o que eram impulsos de raiva contidos.

— Ele não pode ter feito isso comigo. Não pode. Não pode. 

Ouviu a porta do quarto se abrir. E instantaneamente ela conferiu se o banheiro estava trancado.

— Sar, está aí? – Chamou.

— Estou no banheiro. – Ela tentou não se entregar, mas sua voz era de choro. 

Ela tentava se conter. Não chorar mais, no entanto as lágrimas escorriam, uma após a outra. Eram tantas que deixavam sua visão turva.

— Está tudo bem, querida? – Ele foi até a porta do banheiro.

— Está sim. – Mentiu enquanto tentava se recompor.

— Sar, abre a porta. – Ele colocou a mão na maçaneta.

— E-Eu já vou sair. Como foi sua conversa com a Jujuba?

— Realmente muito produtiva, eu tenho que admitir. Nós conseguimos nos abrir e falar sobre como estamos nos sentindo. E eu fiquei muito feliz por isso.

— É bom não é? Ter uma conversa sincera e falar tudo?

Sara lavava novamente o rosto, não queria sair do banheiro naquele estado, não sem ter certeza do que iria acusar o seu marido. Não queria ser injusta com ele, uma acusação daquelas era extremamente grave, e ele nunca teria feito aquilo. Ele não poderia fazer aquilo com ela. Provavelmente tudo passava de um mero engano. Ela estava pronta para pedir desculpas por ter pensado o pior dele, e rir da situação. Isso era o que ela mais queria. O que desejava. Não se importaria se ele ficasse chateado por sua desconfiança, desde que fosse mentira. Precisava ser só um engano.

— É sim. Eu me senti muito melhor depois de fazer isso. Sinto que finalmente estamos um pouco mais próximos. E a sua conversa com a Ju, foi tão ruim assim? Não estou gostando da sua voz. – Ele ainda estava encostado na porta do banheiro. – Por que não sai pra gente conversar.

— E-Eu… Ja-á to saindo. 

Demorou mais alguns minutos, mas assim que conseguiu controlar as lágrimas e a respiração, a morena saiu de dentro do banheiro. Grissom já estava deitado na cama, e se preocupou ao fitá-la, ela tentava esconder que havia chorado, mas seus olhos estavam inchados e ela tinha perdido o brilho do olhar. 

— Meu Deus, o que aconteceu com você querida?

Ele se levantou imediatamente, em sobressalto, extremamente preocupado, porém quando se aproximou dela. Ela desviou seu corpo, isso não foi intencional, foi um ato reflexo. Algo que nem ela havia pensado em fazer, ainda sim, ela não queria que ele encostasse nela.

— Sar? – Ele insistiu.

— Desculpa Gil. Eu só… – Ela mal conseguia continuar.

— Foi a conversa com a Ju? Vocês brigaram? Foi ruim assim?

— Não… – Negou na hora. – Ju foi perfeita e ela está triste, nos emocionamos um pouco. Você também pelo visto, seus olhos estão vermelhos. – Ela logo notou. – Mas eu estou mais sensível, acho que são os hormônios. As injeções que tenho tomado à noite para estimular a ovulação.

— Sar, você sabe que não precisa ficar fazendo isso, tenho certeza que quando for para a gente ter o nosso bebê, ele simplesmente virá.

— Você acha?

— Eu tenho certeza. – Ele confirmou.

— Eu não sei, as vezes eu acho que quero tanto um filho que talvez isso nem seja tão importante, talvez você nem queira, você não queria antes. – Constatou.

— É claro que eu quero Sar. Eu quero muito ter mais um filho com você.

Nesse momento a raiva dela subiu novamente, sentiu que não poderia levar aquele teatro mais longe. Até onde ele era capaz de mentir para ela?

— Foi por isso que você marcou a reversão da vasectomia? – Ela perguntou seca.

Grissom gelou naquele momento. Ele não falou mais nada.

— Gil, me diz que isso é mentira. E que isso está errado. – Ela então jogou a folha que havia encontrado no escritório sobre a cama. – Me diz que você não fez isso. – Seus olhos começaram a marear. – Nega! Por favor. Você não seria capaz disso.

— Sar… Eu… – Ele não sabia o que dizer, como falar.

Nesse momento ela teve a confirmação. Ele não conseguia negar. Aquilo era verdade. Como ela queria estar errada. Uma onda de desespero e ansiedade percorreu seu corpo. A raiva tomou conta de si. 

— Quando foi que você fez a vasectomia Gil? –  Ele ficou em silêncio. – Quando? – Ela gritou ordenando que ele respondesse.

— Durante a viagem de negócios para a Espanha…

— Não… Você está mentindo. – Ela negou com a cabeça. – Gil isso faz um ano. Você aceitou que a gente tentasse ter um filho logo depois que voltou dessa viagem. Me diz que não é verdade. Você… Você não mentiria assim pra mim, não durante um ano todo. – As lágrimas escorriam pelo seu rosto.

Os olhos de Gilbert ficaram mareados, e ele não sabia o que dizer ou o que fazer. Aquilo era indefensável e ele sabia disso. 

— Eu fiz tantos exames, eu sempre achei que o problema era eu, que o problema era eu ter perdido o Noah. –  Ela gritou por fim. – Eu estou tomando uma série de medicamentos que alteram o humor e meus hormônios, injeções diárias. Como você tinha coragem de ficar do meu lado em cada teste de grávidez que eu fazia, sabendo que ia dar negativo? Ficava esperando a trouxa da sua esposa mijar na porra de um palito.

— Sar, por favor, me deixa explicar.

— Claro. – Ela cruzou os braços. Ela não sabia qual sentimento era mais forte, se era a raiva ou a tristeza. Se sentia traída. – Me fala, qual sua explicação.

— Você sabia que eu não queria um filho e eu não sabia o que fazer. Eu precisava de um tempo para me acostumar com a ideia e a vasectomia é reversível, ela está marcada. –  Ele não sabia o que dizer, não sabia como se explicar, apenas queria que ela o perdoasse.

— Eu acho que está tudo errado em nosso casamento. – Ela disse por fim. – Eu nunca ia te obrigar a ter um filho. Você achou que eu ia fazer o que? Falhar a pílula? Que tipo de mulher você acha que eu sou? Qual o caráter que você acha que eu tenho? Eu queria um filho sim, eu queria algo que seria fruto do nosso amor, da nossa confiança, e da nossa cumplicidade. Você me disse que a verdade era sempre melhor, me falou isso ainda essa semana. Sua consciência não doeu nem um pouco? Você mentiu pra mim por mais de um ano. 

— Isso pesava sobre mim o tempo todo. – Admitiu. – Eu sabia que tinha que te contar. Eu só não sabia como fazer.

— Não, você não tinha que me contar. Você não tinha nem que ter feito isso sem me contar. Eu não posso decidir o que você faz com seu corpo, ainda que eu não concorde. Mas mentir pra mim da maneira que você fez. Não tem desculpa. Você não confia em mim...

— Sara, meu amor, é claro que eu confio. Por favor, me perdoa. Eu… – Ele então começou a chorar copiosamente.

— Era tão horrível assim a ideia de ter um filho comigo? Era insegurança? Nojo? O que? – Ela disse cheia de mágoa.

— Não Sar, pelo amor de Deus. Não. Eu nunca teria nojo de você. – Ele tentava se defender.

— Então, por que? – Ela gritou. – Por que você fez isso? – Ela precisava colocar sua raiva para fora, toda sua raiva. Então gritou, gritou tão alto que toda casa poderia ouvir.

— Sar, me perdoa. Eu te amo. –  Ele tentava se aproximar, mas sempre que o fazia, ela se afastava. Parecia que ela quem tinha nojo dele naquele momento. – Eu quero ter um filho com você, eu quero estar com você pra sempre.

— Você não me ama não. E se esse é seu amor, pra mim ele não serve. – Ela falou em tom mais baixo, decepcionado. – Quantas noites você me viu dormir frustrada depois de um teste negativo? Quantas vezes você me viu fantasiar a ideia de um novo bebê em casa? O nome, as roupas, os cuidados. Quantas vezes você me viu fazer esses planos? E me viu triste e decepcionada quando não ocorriam? – Agora já sem forças para brigar, com a raiva se dissipando deixando espaço somente para a dor da traição, sua voz parecia um sussurro. – O que você sentia cada vez que você me abraçava e dizia que logo ocorreria? Que nosso bebê viria no tempo certo? E você sabia que não… –  Ela negou com a cabeça, já não conseguia nem o olhar nos olhos. – Você sabia o motivo, você poderia ter dito tantas vezes que o problema não era eu ou o meu corpo, que o problema era você, por que você decidiu por nós dois e tomou uma decisão definitiva.

— Sar, isso não é definitivo, isso é reversível.

— Você sabe que as chances de engravidar depois de uma vasectomia diminuem muito. E o ponto não é esse. Você sabe que não.

— Eu sei. – Ele disse em lágrimas. – Mas eu preciso que você me perdoe, Sar, por favor. Eu te amo.

— Eu mal consigo olhar na sua cara agora, Gil. Eu não sei se um dia eu conseguirei esquecer essa traição. Acho que não tem como voltar a confiar em você. E isso é triste, é decepcionante. Por que eu nunca amei alguém da maneira que eu te amo. 

— Sar, não me deixa. – Implorou.

— Eu preciso de um tempo de você, ficar longe de ti. Eu vou dormir no quarto de hóspedes hoje. Eu preciso colocar minha cabeça no lugar.

— Sar… – Ele disse novamente, tentando buscá-la para si, mas isso era impossível.

— Eu preciso ficar sozinha. 

Ele assentiu. Ele não queria, mas sabia que insistir agora era pior. Ele percebeu que enquanto ela pegava algumas roupas e itens pessoais, as lágrimas ainda escorriam pelo seu rosto. Ele também chorava. E ela bateu a porta ao sair.

Sara se assustou ao ver as meninas chegando pelo corredor. Preocupadas.

— Mãe. – Ju fora a primeira a chegar. – Está tudo bem? A gente ouviu os gritos.

— Você e o Gil brigaram? – Jujuba chegou logo em seguida.

— Está tudo bem meus amores, vão dormir. 

— Mãe, você tá chorando. Não está nada bem. – Jujuba notou o rosto da mãe inchado e avermelhado.

— Meninas, eu realmente quero ficar sozinha agora. Vocês podem ir dormir?

— Tudo bem. – Elas responderam uníssonas, porém contrariadas.

— Mas se você não quiser ficar sozinha, pode dormir no nosso quarto. – Ju sorriu para ela. – A gente  fica quietinha pra você dormir.

— Obrigada meus amores, mas eu vou ficar bem. Agora vão deitar.

— Boa noite mãe.

— Boa noite Ju.

— Boa noite mãe.

— Boa noite Jujuba.


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Notas finais do capítulo

Ok gente, podem respirar agora. E podem bater no Gil, eu deixo. Ou tentar justificar ele (o que eu acho bem difícil, mas o desafio tá aí).

O que acontece no próximo capítulo:
A) Uma das meninas insiste para que Sara conte o que aconteceu
B) Jujuba briga com Gilbert por conta da situação de briga dos pais, o que retrocede o que tinham alcançado até agora
C) Sara mesmo cheia de tanta dor e desconfiança aceita a proposta de Gilbert e tenta passar por cima disso e começar do zero, mesmo sem certeza se irá funcionar
D) Sara recebe uma ligação misteriosa


A, B, C ou D? O que vocês acham que vai acontecer?



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